Fanfics Brasil - Capítulo 10 Alem da Sedução (terminada)

Fanfic: Alem da Sedução (terminada)


Capítulo: Capítulo 10

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mais uma vez gracias por comenta, besos!!!


 




Anahí não podia acreditar quão rápido tinha progredido seu retrato. Poncho trabalhava como um possesso, ou ao menos como um homem que não precisava comer nem dormir. Diante de sua insistência, ela esquentava a cama, mas passaram muitas noites em que era a única que se deitava. Quando faziam amor, ele não estava plenamente presente. Isso sim, sua destreza era sempre igual de formidável, e Anahí não podia negar que desfrutava embora, de algum jeito, se ele não estava totalmente comprometido, aquele gozo não era suficiente.


Sua distração teria doído se Anahí não estivesse preocupada com ele. Onde estava o homem que sofria um arrebatamento diante de uma xícara de café? Que fazia do flerte uma arte? Que considerava uma breve sesta uma forma de oração? Quase parecia que se estivesse castigando com sua devoção pelo trabalho, embora Anahí ignorasse o motivo.


Não deixava de esperar que aparecesse o verdadeiro Poncho. Não sabia como estar com este outro e, contudo, não se decidia a ir. Tinha a impressão de que ele queria que ficasse, e embora o sentisse distante, sabia que saudava sua presença junto a ele de noite. Sempre a estreitava em seus braços, beijava-lhe o cabelo e suspirava enquanto relaxava.


A preocupava que aquele pequeno vínculo bastasse para mantê-la ali. Seu coração era muito fraco quando se tratava dele, extremamente débil.


Uma noite, enquanto Poncho dormia, murmurou o nome de uma mulher. Bess, pensou ela, ou possivelmente Beth. Anahí nem sequer se zangou. Ao contrário, perguntou-se quem seria aquela mulher e por que sua lembrança turvava o sono de seu amante. Ela o teria consolado se pudesse, mas a atitude de Poncho não a convidava a isso. Para ele, sua arte era tudo nesse momento. Anahí não era mais que uma simples conveniência.


Poncho se deteve na porta da biblioteca. As notícias que trazia sumiram no esquecimento com a imagem que tinha diante dos olhos. Annie estava sentada junto à janela com um livro sobre o regaço, voltada para o exterior e olhando as carruagens que passavam pela rua. O cabelo lhe caía sobre os ombros feito ouro, em curiosa contradição com sua postura tão rígida. Apesar de estar relaxada, suas costas estava reta como um pau sob seu vestido verde, um dos poucos objetos que tinha escolhido na casa da costureira. A gola era alta e ajustada com elegância, e seu único adorno eram uns babados brancos e rígidos em torno do pescoço e os punhos. Tinha os joelhos juntos e as mãos pegas sobre o livro, uma imagem que a Poncho recordou às garotas que tinha conhecido na escola. Garotas de boas famílias, que não esqueciam manter a postura embora estivessem sozinhas.


Sentiu que o coração se encolhia inesperadamente ao admirar sua beleza. Pensava que seu pincel a tinha captado, mas não era verdade. Nada podia captá-la. Apesar de todo o tempo que tinham passado juntos, de toda a intimidade compartilhada, aquela jovem tão vital seguia sendo um mistério.


- Annie - disse com voz suave para não sobressaltá-la.


Ela virou a cabeça e aquele olhar em seu rosto fez que o chão tremesse estranhamente sob seus pés. Tinha uns olhos enormes. À luz do fogo, brilhavam como âmbar banhado em lágrimas.


Poncho se aproximou rapidamente para ajoelhar-se a seu lado, e seus nódulos se voltaram brancos quando apertou com força o braço de couro desgastado da cadeira.


- O que acontece? -inquiriu-. Há algum problema?


Com um gesto triste, lhe acariciou o cabelo.


- Estava pensando o muito que sentirei falta quando tiver que ir.


- Ir? Por que teria que ir?


- acabou o quadro, não?


Ele sacudiu a cabeça para sair de seu assombro.


- Como sabia que ia dizer isso.


- Tem verniz na camisa. E volta a me olhar como se realmente estivesse aqui, presente.


- OH, Annie. Nunca quis... -Assombrado por sua própria falta de sensibilidade, Poncho teve que deter-se e girar a frase de outra maneira-. Nunca quis deixá-la de lado.


- Eu sei. Estava simplesmente absorto em seu trabalho - disse ela, e os olhos brilharam quando lhe agarrou a face na terrina da mão, com uma mescla de afeto e tristeza-. Está satisfeito com o resultado, não é?


- Sim - disse ele, lacônico-. É o melhor que tenho feito.


- Bem - assentiu ela-. Alegro-me.


- Pensei que você gostaria de vê-lo. E depois poderíamos sair para jantar no Café Royal. Ir ver um espetáculo. Celebrar.


Por um momento, Anahí guardou silêncio. Poncho não sabia como interpretar os pensamentos que afloraram na expressão de seu rosto.


- Não posso sair - disse ela.


- Não pode?


Ela baixou o olhar. Sua quietude o assustou. De repente, ele não quis que explicasse, não queria saber o que a entristecia. Cobriu-lhe o punho com a mão e lhe acariciou o braço através da lã de cor esmeralda.


- Poderíamos ficar em casa - sugeriu, inclinando a cabeça um lado e sorrindo-. E eu poderia compensá-la por minha indiferença.


Anahí torceu a boca e um leve sorriso lhe desenhou na cheia de sardas.


- me diga que sim pediu ele-. Deixe-me que lhe compense isso.


Tinha ouvido mil aquele vezes grunhido, sugestivo, sedutor, o grunhido com que certamente deixava às mulheres rendidas a seus pés. Pela primeira vez em sua vida, aquele som ficou preso na garganta de Poncho.


- me diga que sim - murmurou, e desta vez era uma prece.


Ela elevou o olhar para encontrar o seu, profundo, uma escuridão em que um homem podia cair. A emoção vibrava em seus olhos, e Poncho conseguiu com muita dificuldade tragar o nó da garganta. Ansiava tê-la em seus braços, cobrir aqueles lábios rosados e fazê-la suspirar. Diga-me que sim, insistiu. Diga-me que sim.


-Sim - disse ela, e se inclinou para aceitar seu beijo.


- Podemos começar outro quadro - propôs Poncho-. Este não tem por que ser o último.


Annie se aconchegou junto a ele, mas não respondeu. Estavam deitados frente à lareira da biblioteca, a roupa dispersada e o suor secando sobre a pele brilhante e irritada pelo roçar com o tapete. Seu acoplamento tinha sido rápido, acompanhado de sons guturais, e tinha acabado muito rápido para recordar seus detalhes uma vez consumado. O fino espartilho de dentes de baleia de Annie estava estendido como uma carapaça sobre a cadeira em que se sentou. Poncho não recordava tê-lo tirado, mas ainda sentia as mãos marcadas pelos rastros de suas coxas. Ele as tinha separado para possuí-la, estirando os tendões que chegavam a seu sexo. Ela tinha gemido pronunciando seu nome quando ele empurrou e entrou, e voltou a pronunciá-lo no meio do orgasmo. Agora seus seios se agitavam sob a luz desfalecente da lareira. O pulso de Annie batia com tanta força que ele o apalpava no pescoço e no baixo ventre. O triângulo de cachos estava pegajoso, cheio de pequenas lanças carameladas. Aquela imagem lhe pareceu especialmente excitante, apesar de que não tinha nenhuma dúvida de que ela haveria se sentido observada se tivesse sabido.


Também poderia se enfurecer. Poncho havia tornado a esquecer o maldito preservativo, e não se retirou o bastante rápido no final. Tinha derramado nela ao menos algumas gotas, o que não o incomodava tanto quanto não haver-se dado o tempo para saboreá-la, úmida e nua como estava.


Aquela reação não tinha precedentes e era extremamente irresponsável. O pior de tudo é que teria tornado imediatamente a arriscar-se sem duvidar.


Não estava levando muito bem aquele assunto, não estava levando-a bem. Tinham passado longos minutos desde seu dilacerador clímax e ainda sentia o coração desbocado no peito. Já deveria ter sossegado, como estava acostumado a acontecer quando uma aventura chegava a seu fim.


Teve que reconhecer que simplesmente não estava preparado para deixá-la ir. O quadro o tinha distraído. De outra maneira, já haveria sentido fastio dela. Umas semanas mais e se despediria sem pigarrear.


Mas ele não pediria algumas semanas mais.


Anahí se espreguiçou ao seu lado, e se aproximou para lhe beijar o ombro, com a palma aberta lhe acariciando timidamente o peito. Por leve que fosse, o contato de suas mãos lhe provocou um repentino endurecimento do membro. Ela se virou, sua face suave e fresca como uma pétala. Seus lábios encontraram a ponta proeminente do seu mamilo. Nunca o tinha beijado ali antes. O roce da língua e lábios era como um ferro candente. Por isso não estava enfastiado, ainda estava por ver como Annie perdia todas suas inibições, como triunfava sobre sua falta de experiência.


- Quando é sua exposição? -perguntou Anahí.


Poncho teve que lutar para recuperar o fôlego enquanto lhe mordia a pele.


- Na próxima quinta-feira.


Ela deslizou a mão para baixo e se deteve, provocadora, em seu quadril. Quando esses dedos calosos e femininos tinham se convertido no sublime objeto de seu desejo? Anahí seguiu com o polegar lhe roçou a borda do pêlo púbico. Ele mordeu o lábio, esperando que ela mesma desse o passo. Toque-me, por favor, pensou. Não tem que pedir permissão. Não tem que preocupar-se de errar. Mas me agarre o membro com sua maldita mão. Espectador, deixou de respirar. Ridículo, pensou, aniquilado ante as profundidades de sua luxúria. Absolutamente ridículo.


- Ficarei até lá então - disse ela.


A princípio, estava muito pendente da posição de sua mão para entender. Quando ao fim compreendeu, quis dizer algo, mas, depois de repensar, calou discretamente.


Tinha até na quinta-feira. Quatro dias para concentrar toda sua arte nela. Aproximou-a ainda mais, e deslizou uma mão por debaixo do cabelo até chegar ao pescoço, enquanto com a outra lhe acariciava as costas sedosa. Ela se arqueou sob seu contato e deixou escapar um suspiro. Poncho não tinha dúvida alguma de que podia a fazer mudar de opinião.




Sebastian Locke observava o quadro terminado enquanto acariciava o cavanhaque. Tinha esse costume das pessoas altas de abandonar-se a uma postura desajeitada, embora isto, naturalmente, poderia ter sido a idéia que ele tinha de um aspecto próprio de Lorde Byron.


Qualquer que fosse a pose que adotava, e apesar de seu olhar adormecido, sua atenção era muito aguda. Tinha os lábios franzido, em um gesto de concentração.


- Estes brilhos são muito esguios - disse.


-Sim - conveio Poncho.


Tinha utilizado capas de cor para criar a viveza que desejava. Apesar de que sabia que o efeito conseguido era bom, percebeu que agora estava mordiscando o polegar. Sebastian tinha um olho penetrante. Era uma das razões pelas qual não estava satisfeito com seu próprio trabalho, porque via o que teria que fazer com mais facilidade que levá-lo a prática.


- Vejo que não pintaste as sardas - disse, franzindo burlonamente uma sobrancelha loira-. Era muito o desafio?


- Dava ao quadro um aspecto muito matizado - disse Poncho, negando com um gesto da cabeça.


- Hmmm. -Sebastian voltou para seu exame. Seu olhar vago do alto da cabeleira de Anahí até onde seus seios apareciam timidamente-. Hmmm - repetiu.


Poncho perdeu a paciência.


- Pelo amor de Deus, Sebastian, só me diga o que pensa.


- Sabe perfeitamente bem que é bom, meu amigo - respondeu Sebastian, rindo-. Minha intenção era lhe dar uma resposta que fosse algo mais que isso.


- Teria que ter sido um maldito crítico.


Ao ouvi-lo resmungar, o sorriso de Sebastian distorceu a curva de seu loiro bigode. Seu rosto poderia ter sido desenhado precisamente para essas expressões taciturnas.


- Um desses que não sabem pintar, né?


- Não quis dizê-lo nesse sentido. Você sabe pintar. E muito bem.


- Poncho, Poncho, Poncho - disse Sebastian-. Sempre tão boa pessoa - Coçou um lado do queixo-. E diz que acaba de terminá-lo?


- Ontem à noite. Quer tocá-lo para ver se o óleo está úmido?


- Não, não. Não duvido de sua palavra. Só que estou surpreso - disse e lançou a Poncho um olhar irônico-. Normalmente, quando acaba um grande projeto, não manda me buscar para que o veja. Mete-se na cama e hiberna.


Poncho brincou com umas moedas que tinha no bolso.


- Este quadro é diferente.


- Já o vejo.


Sabendo que seu amigo esperava uma nova provocação, Poncho guardou num obstinado silêncio.


- De acordo. -Sebastian se rendeu com uma risada rouca-. É brilhante. Inovaste em novos terrenos artísticos, para você mesmo, certamente, e possivelmente para outros. Estas cores me deixam boquiaberto, quão mesmo sua deliciosa Godiva. O fato de que tenha conseguido que essa criatura esquálida pareça tão desejável é um prodígio em si mesmo. Quando Alma- Tadema acabar de ficar verde de inveja, dará uma boa palmada em suas malditas costas.


Poncho suspirou com alívio. Excitado com a súbita liberação da tensão, balançou-se sobre os pés.


- Anahí me rogou que conseguisse uma cadeira para montar de lado, mas não me convencia. Ruskin dará um chilique e é provável que diga que sou uma ameaça para a sociedade.


- convidaste Ruskin a sua exposição?


- Certamente - sorriu Poncho-. Um homem como eu deseja ferventemente ser uma ameaça.


Estendendo o sorriso, Sebastian lhe deu um apertão no ombro.


- É bom - disse seu olhar ao mesmo tempo cálido e aberto-. É muito bom. Isso sim, pergunto-me...


- Sim?


Sebastian estirou os olhos como se estivesse reprimindo uma risada.


- Tem um aspecto muito saudável. E me pergunto se seu ânimo não se deve mais a seu ardor amoroso que ao feito de ter acabado este quadro com êxito.


Poncho sentiu, alarmado, uma ardência na nuca. Se seu amigo ocorria que Annie era importante para ele, perseguiria-a fazendo demonstrações de todas as suas artimanhas. Sebastian Locke sempre tinha sido um homem competitivo e o auge incontrolável da carreira de Poncho só tinha piorado as coisas. Podia ser que Annie não fosse importante para Poncho como pensava o outro artista, mas não merecia que a misturassem nos jogos de Sebastian.


- O que quer dizer com isso? -perguntou, forçando um tom, distendido-. Por que teria Annie Puente algo que ver com meu ânimo?


- OH, não sei. Possivelmente por como a olhava em casa da Anna, como se você fosse o lobo faminto e ela a pobre ovelha.


- Então ainda não tínhamos deitado.


- Ah - assentiu Sebastian. Mas não parecia muito convencido.


- Eu gosto delas - disse Poncho, fazendo o possível por adotar um tom razoável-. Eu gosto das mulheres.


Sebastian levou o polegar aos lábios com gesto reflexivo.


- Já sei. É o segredo de seu êxito.


Seu amigo o observou, cruzado os braços enquanto fazia estalar a unha do polegar contra os dentes. Ocultava seu pensamento, atrás do véu habitual de sua diversão, mas Poncho adivinhou seu pensamento. Teve que lutar contra o impulso de retorcer-se. Tudo o que havia dito a Sebastian era verdade. Gostava das mulheres. Todas as mulheres. Se as faíscas que ele e Annie tinham tirado eram inusualmente brilhantes, isso se devia a uma feliz coincidência de compatibilidades. Não significava que albergasse sentimentos sérios nem que a presença de Annie tivesse que ver com a melhoria de sua disposição habitual depois de acabar um quadro. O quadro era um marco pessoal. Qualquer artista teria se sentido com sorte.


Finalmente Sebastian rompeu o silêncio.


- Deveria pedir que se reúna conosco em Veneza depois da exposição. A condessa nos convidou ao seu palácio.


-nos convidou?


O sorriso de Sebastian era diabólico. Poncho soube imediatamente o que implicava.


- Vai com Evangeline, não?


Sebastian retorceu o bigode.


- Sua aventura com o Gerald Hill parece ter chegado ao seu fim.


- Ah, Sebastian - disse Poncho, esfregando a cara com um gesto de resignação-. Sabe que deveria deixá-la em paz. Nenhum dos dois sairá muito bem amparados.


- Você tem seus próprios venenos - disse Sebastian, impenitente como sempre. Elevou um pincel com ponta de leque e o fez girar destramente entre dois dedos-. Poderia vir sem a Annie, se preferir. Sei que a Evangeline não importaria. Como nos velhos tempos.


- Deus o proíba - murmurou ele, recordando que a aquele casal agradava incluí-lo em seus dramas.


- Vamos, vamos - disse Sebastian com tom de recriminação-, não foi todo Sturm und Drang.


- Não - reconheceu Poncho. Não tinha sido tudo tormentas e paixões. O trio, Sebastian, Anna e Evangeline o tinham acolhido quando acabava de chegar a Londres. Durante sua formação artística, tinha visitado muitos lugares da Europa. Poncho tinha tido algumas relações passageiras com certos conhecidos, mas não amigos. Depois de perder Bess, não tinha tido vontade de cercar novas amizades. A calidez de Sebastian e dos outros o tinha reincorporado à sociedade humana.


Um amor assim generoso, e salvador, jamais deveria despertar arrependimento.


Agora foi Sebastian quem riu.


- Recorda que penetrávamos nas peças de teatro da Anna, e depois ficávamos toda a noite falando em seu camarim? Fomos uns idiotas, pensando que conhecíamos o sentido da vida e da arte, tão pobres que tínhamos que reunir todo nosso dinheiro para uma só comida.


- Recordo - disse Poncho, e roçou a mandíbula de seu amigo com o dorso da mão. Poncho tinha estado orgulhoso de sua pobreza, orgulhoso de nunca tocar a fortuna manchada de seu pai.


- Tenho saudades desses dias - disse Sebastian, e deixou escapar um suspiro.


- E bem, eu não tenho saudades de morrer de fome - objetou Poncho, embora sentisse falta da leveza de todos seus demônios. Divertiam-se naquele tempo, uma época de mais excentricidades que sofrimentos. Quando as pessoas eram tão jovens, parecia que tudo podia sanar com o tempo. Agora era mais velho e menos otimista. Às vezes pensava que o conhecimento que tinham um do outro não fazia mais que aumentar sua capacidade de ferir.


- Eu sinto saudades - disse Sebastian, com a voz de repente rouca-. Sinto falta dos tempos em que todos fomos iguais.


Aquela confissão comoveu Poncho até o limite das lágrimas. Possivelmente Sebastian fosse um bode ardiloso e enganoso, mas Deus meu, também sabia jogar luz a verdade descarnada.


- Todos somos iguais, -, disse com a mesma voz rouca-. Para julgar um homem, é preciso algo mais que a opinião do mundo.


Seu amigo deixou escapar uma risada nasal. Recuperado daquele momento de emoção, em seus olhos brilhava o mesmo olhar de desprezo para si mesmo.


- Só me diga que pensará em ir a Veneza. Você e eu não nos embebedamos em séculos.


- Pensarei - prometeu Poncho.


Sua promessa o tinha tomado por surpresa, mas sabia que era verdade.


 



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Autor(a): annytha

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Poncho tinha saído a visitar seu alfaiate, conforme disse, e Anahí ficou livre para bisbilhotar em seu estúdio. Jamais a tinha proibido que entrasse ali a sós, mas não era por isso que tinha esperado. Não suportava a idéia de ter uma testemunha junto a ela quando olhasse o quadro pela primeira vez. Nem Farnham, nem a senho ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 416



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  • elizacwb Postado em 21/12/2012 - 15:31:40

    amei o final dessa web, amei, que lindos...envolvente, excitante, emocionante, aiai muito boa mesmo

  • biacasablancasdeppemidio Postado em 20/12/2012 - 00:55:16

    preciso de leitoras .. web com cenas hot http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=19720

  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:52

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* se casaram finalmente *-*

  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:51

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  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:50

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  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:46

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