Fanfics Brasil - 4° Capítulo Alem da Sedução (terminada)

Fanfic: Alem da Sedução (terminada)


Capítulo: 4° Capítulo

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ciitah dedicado a vc, minha primeira leitoras, gracias pelo comentarios!!!!


O irmão mais velho de Annie, Evelyn, que tinha
deixado sua mulher em casa indisposta devido a sua última gravidez, tinha a
duvidosa honra de assegurar-se de que sua irmã mais nova não adoecesse apoiada
na parede. Inclusive em uma festa familiar, Annie não era das que estava
acostumada a ter ao seu redor um séquito de pretendentes, embora estes nunca
tinham sido tão escassos como agora.


Depois de sua iniciação nas festas da sociedade,
tinha tido seu grupo de admiradores, suficiente para sentir uma antecipação de
prazer antes de um baile. Durante uma época, depois de Derrick propor
matrimônio pela primeira vez, Annie pensou que algum dia possivelmente diria
sim a outra pessoa, até que se deu conta de que ninguém mais a pediria.


Ao que parece, quando os homens chegavam a certa
idade, perdiam sua tolerância pela franqueza feminina. Da noite para o dia,
parecia que suas opiniões já não eram tão válidas como as dos homens. Tinham
esquecido que se criou em casa de um membro respeitado do Parlamento e, sobre
tudo, que tinha uma cabeça com que pensar. Aí onde antes se maravilharam com
sua habilidade para saltar as cercas a cavalo, agora olhavam sua destreza de
amazona com um gesto de desgosto. Era como se aquilo que tinham elogiado na
menina fosse insuportável em uma mulher. A beleza poderia havê-la salvado, ou
possivelmente o encanto, mas Annie não gozava nem de uma nem da outra. Tinha
vivido muito seguindo os rastros de seus irmãos. Embora tivesse querido ser
complacente, não teria sabido como.


E agora, os homens de sua idade desviavam o olhar
quando ela passava, como se vê-la fosse como levar um estigma. Ao diabo com
eles, pensava cada vez que isso acontecia. Ao diabo com todos eles.


Só seu amor pela dança lhe permitia padecer a
condição indigna de ter como acompanhante seus irmãos.


Aquela noite, a diferença de seu habitual costume
de conversar com ela até o cansaço, Evelyn guardou um silêncio malicioso
durante a valsa. Quando se apagaram os últimos compassos, conduziu-a fora do
salão de baile até o canto flanqueado por fileiras de palmas onde estavam
instaladas as mesas com o ponche. Outros dois irmãos a esperavam com sorrisos
muito semelhantes. Annie sentiu que o coração fraquejava. Dulce tinha razão. Derrick
tinha intenções de pedi-la em matrimônio. Era evidente que aquele jovem não
tinha melhor critério que compartilhar seus segredos com seus irmãos.


Exasperada, deixou escapar um suspiro. Seus
irmãos eram como três belas ervilhas de uma mesma vagem. Igual a ela, tinham
olhos de cor marrom claro e a pele branca e sardenta, além da cabeleira dourada
da avó Portilla, embora Annie fosse a única obrigada a ter o cabelo o bastante
longo para poder convertê-lo em ninho de pássaro. Era verdade que do nascimento
de seu segundo filho, Evelyn tinha deixado crescer umas costeletas bem
desafortunadas, embora quanto menos se falasse disso, melhor.


- Pelo visto - disse, servindo uma taça de vinho
quente com gesto despreocupado-, têm intenção de me enviar à fogueira.


- Não - disse James, seu segundo irmão casado. Annie
não havia tornado a vê-lo desde o dia de suas bodas, e isso fazia meses. Igual
a Evelyn, James tinha o aspecto vistoso de um cavalo bem alimentado. E sua
mulher também tinha ficado grávida fazia pouco.


Nenhum dos dois irmãos tinha perdido tempo na
hora de assegurar que suas mulheres ficassem presas no lar.


- Cai-nos bem Althorp - adicionou-. Nós estamos
contentes por você.


Ela bebeu um gole de seu porto quente e tentou
não desejar que fosse uísque.


- Não vejo por que estão tão contentes posto que
estou decidida a rechaçá-lo igual às outras vezes.


- Falemos a sério - disse James.


- A sério - imitou Evelyn-. Por que não quer se
casar com ele? Sabe montar...


- E disparar...


- E é um homem ao qual nunca negarão um
empréstimo.


A contribuição de Peter ao coro terminou com sua
última esperança de apoio. Peter ainda estava solteiro e era só dois anos mais
velho que ela, e a tinha metido e tirado de mais embrulhos que os outros dois
juntos. Como era natural, a iniciação de Annie na vida social havia posto certa
distancia entre eles (afinal de contas, tinha que cultivar ao menos algumas
coisas próprias de uma dama), mas nos últimos tempos, quando os maiores saíram
de casa para estabelecer-se com suas próprias famílias, produziu-se uma
aproximação entre ela e Peter. Infelizmente, ao rechaçar em repetidas ocasiões
as demandas de Derrick Althorp, que sempre tinha sido amável com Peter, tinha
chegado a exasperar inclusive a ele.


- Vamos, Annie - disse Peter-, não acha que já o
humilhou bastante?


Aquela acusação doeu, mas se esforçou em manter
um tom sereno.


- Me alegro de que aprecie Derrick - disse-. Eu
também o aprecio. Mas sou da firme opinião de que não faríamos um bom casal
como marido e mulher.


Seus irmãos ficaram boquiabertos com suas
palavras, claramente incapazes de compreender o que dizia.


- Será porque não é tão rico como nós? -inquiriu
Evelyn.


- Claro que não. Como pode pensar algo assim!


- Então tem que ser porque seu pai não tem um
título adequado, o qual não deveria preocupar-se, porque sabe que se casarem,
papai o avalizará para apresentar-se aos Comuns, embora acredite que Derrick
não seja um desalmado o muito magistral para chegar muito longe na política.
Como membro do Parlamento, teria mais relevância.


- Não me importa a condição de Derrick. Ao menos
não me importaria se o amasse.


Evelyn fez uma careta.


- Não me diga que continua apaixonada por
Greystowe. Isso aconteceu faz séculos, e agora Burbrooke é um homem casado.


- Não estou apaixonada por ninguém - assegurou
ela, apertando os dentes, embora não estava segura de que dissesse a verdade.
Edward Burbrooke, conde de Greystowe, era um aliado político de seu pai. Ainda
se ruborizava ao recordar como se lançou a seus braços sendo uma moça de
dezessete anos. Ele tinha se apaixonado por Florence Fairleigh. Depois, ninguém
havia tornado a despertar em Annie algo parecido ao que tinha experimentado,
com Burbrooke, o qual, provavelmente, dava igual. Sua seqüência de desastres
não se moderou muito nos anos seguintes.


- Assim que eu gosto - disse Evelyn, com voz
áspera-. Não me agradava ver minha irmã tão abatida.


Comovida, Annie lhe apertou o braço. Por isso
amava aquele tolo perfeito, grandalhão e super protetor. Por isso amava a todos
seus irmãos, por grosseiros que fossem. Mas Evelyn, certamente, não pensava
abandonar enquanto desfrutasse de vantagem.


- Sabe que Althorp jamais te levantaria a mão.
Nem que merecesse isso.


Annie não fez caso daquele comentário.


- Não é por mim que estou preocupada, mas sim por
Derrick.


- E bem, agora pode começar a preocupar-se -
advertiu James-, porque vejo que se aproxima entre os convidados.


Annie se virou e fingiu um sorriso, que
provavelmente se converteu em uma careta forçada. Alheio ao que se discutia, Derrick
sorriu ao vê-la e lhe fez gestos, uma figura alta e sólida rematada por uma
testa de suave cabelo loiro. Como de costume, seu traje de noite não assentava
muito bem a sua musculosa figura. A falta de elegância indumentária, Derrick
era um homem atraente, com o rosto saudável de um camponês, espaçoso como o de
um camponês. As mulheres se viravam a sua passagem, mas Derrick nunca reparava
nisso. Era um homem sem segredos, e seus passos eram seguros, embora seu olhar
tivesse algo de tímido.


- Annie - disse, segurando suas mãos com um ardor
não muito habitual nele.


- Derrick - respondeu ela.


Ao ouvir sua voz, ele entrecerrou os olhos com um
gesto de alegria. Jamais teria suspeitado que sua delicadeza se inspirasse em
um sentimento de lástima.


Ao final, dizer não a Derrick não foi tão
dramático como ela tinha temido. Além de ficar rígido como um homem diante de
um pelotão de fuzilamento, seu amigo aceitou sua negação como sempre acatava
tudo, ou seja, com atitude serena e um mínimo de alvoroço.


- Está segura? -perguntou. Estavam sentados
sozinhos na estufa, debaixo das sombras que projetavam as palmeiras iluminadas
por luzes de velas-. Sua mãe me tinha dado a entender que aceitaria.


Annie enrugou o nariz. Pensava realmente a
duquesa que ela tinha feito caso das efusivas adulações que ela vertia sobre a
pessoa de Derrick?


- Eh, não - disse-. Nada me fez mudar de parecer.
Eu o aprecio, Derrick, mas estou convencida de que não iria bem. Já sabe como
sou, sempre querendo as coisas a minha maneira. Empurraria-o à bebida em menos
de um ano.


- Poderia tentar mudar - disse Derrick, e um
músculo esticou o queixo.


- E você - respondeu ela, dando um leve toque no
ombro com o seu-, poderia tentar conhecer outra garota. Sou como um sapato
velho para você. Pode ser que o aperte, mas está acostumado a mim. Preferiria
procurar o que fazer para encontrar um par melhor.


- Eu a admiro - insistiu ele-, e te faria bem.


Isso, certamente, era o problema. Como todos os
outros, Derrick pensava que podia fazer algo por ela, e chegou à conclusão de
que deveria mostrar-se agradecida pela ajuda. Franziu o cenho e agitou os pés
entre as dobras interiores de seu vestido.


- Pode conseguir algo melhor - disse ela.


- Se o diz pelos rumores, não acredito em nenhuma
palavra.


- Os rumores? -perguntou Annie, pestanejando
surpreendida.


- Ouvi alguém dizer... -começou Derrick, e em
seguida mordeu os lábios-. Esqueça. Não tem sentido. Sei muito bem o que seria
capaz de fazer e o que não. De modo que se o que pretende com seu rechaço é ter
um gesto nobre...


- Não - interrompeu ela, e segurou sua mão-. Digo
que não porque de verdade não quero me casar contigo, porque não quero me casar
com ninguém. Isso não mudará, e não importa quantas vezes me peça isso.


Ele franziu os lábios como se quisesse discutir
mas só atinou dizer:


- De acordo. Se estiver segura de que isso é o
que quer.


Ela estava segura, mais que nunca. Apesar de sua
lástima pela dor que poderia haver causado, deixou-o com uma sensação de
profundo alívio. Nem sequer Derrick podia equivocar-se com ela desta vez. Pode
que seu orgulho se ressentisse ao ficar sem pretendentes, mas se isso lhe
granjeava o direito de viver como queria, estava disposta a engolir até a
última gota de seu orgulho.


E o único que tinha que fazer era convencer seus
pais de que tinham que deixá-la decidir.




Assim que a duquesa viu Derrick, sentiu um pavor
gélido no peito. Desta vez tinha sido tão grande sua esperança, e ela tão
precavida, que tinha chegado ao extremo de recrutar Peter para sua causa. Derrick
tinha sido bom com Peter na escola, seu protetor durante os primeiros anos, e
sua tabua de salvação financeira nos últimos. Se não fosse por sua orientação,
Peter nunca teria aprendido a viver sem endividar-se. Mais que ninguém, o irmão
preferido de Annie conhecia os pontos fortes de Derrick. Se seus argumentos a
favor não conseguiam fazê-la mudar de opinião, Lavínia ignorava qual seria a
voz da razão que poderia.


- Lamento - disse Derrick com um gesto de
resignação que provocou nela ganas de esbofeteá-lo-.Queria ter melhores notícias.


Ela tragou saliva ao sentir o galope de seu
coração esporeado pelo pânico.


- Estou segura de que fez o melhor que podia,
querido. Não fica mais que tentar fazê-lo melhor a próxima vez.


- Ela não quer que haja uma próxima vez - negou Derrick,
sacudindo sua loira cabeça.


- Certamente que quer. -Lavínia apertou as mãos
com tanta força que sentiu que uma unha se quebrava dentro da luva-.
Simplesmente está agindo como uma teimosa. Você e eu sabemos que casar-se
contigo é o melhor que poderia lhe acontecer.


- Não posso obrigá-la.


- Obrigá-la! -a risada de Lavínia foi aguda, como
um tímpano que range ao rasgar-se- Querido, essa garota não sabe que é que lhe
convém. Reflete disse, dando uma palmadinha nas costas, arrasada e derrotada-
Se a amas, mais vale lutar por ela.


Ele ficou olhando, mudo e infeliz, tão diferente
de seu pai como a noite do dia. Normalmente, ela sentia certo regozijo quando
isso acontecia, porque a decência de Derrick mitigava sua culpa. Mas essa noite
teria desejado que o jovem tivesse ainda que não fosse mais que um pingo do
jeito maquiavélico de seu pai.


- Falarei com meu marido - disse Lavínia-. Estou
segura de que entre os dois conseguiremos que nossa filha repense.


Enquanto voltava pelo corredor para seus
convidados, Lavínia divisou Althorp na sala de fumar com seu marido e um grupo
de homens. Entre nuvens de tabaco, todos riam, alegres e rudes, como riem os
homens quando as mulheres não estão pressente. A seus olhos, Althorp destacava
como um lobo entre as ovelhas, mais ardiloso, mais ladino, mais perigosamente
concentrado em sua vontade. Ressonou uma segunda ronda de risadas, e Lavínia
sentiu que brotava nela um agudo rancor ante essa capacidade que tinham de
divertir-se.


Sem dúvida Althorp tinha contado uma de suas
piadas vagamente perversas. Tinha um dom para isso, para fazer rir às pessoas
quando não devia.


Não deixou de observar que os outros homens,
embora entretidos, olhavam Althorp com mais frieza que seu marido.


Geoffrey elevou o olhar justo nesse momento e a
saudou com um sorriso feliz nos lábios.


Insensato, pensou ela. Embora, pensando bem, como
podia Monmouth desconfiar daquele amigo, proprietário das terras vizinhas às
suas? Seu marido não era estúpido, mas tampouco era um homem perspicaz. O
alcance do engano de Althorp superava a imaginação do duque.


Ao ver que sua expressão ficava séria, Lavínia se
obrigou a sorrir, uma vez que fingia uma careta dizendo «o lamento», que não
pôde evitar. Na realidade, não tinha nervos suficiente. Não queria que Althorp
notasse em seus olhos o fracasso que acabava de viver.


Quando saiu, o olhar de seu inimigo caiu sobre
ela como um peso morto.




A virulência da ira de seu pai pegou, Annie de
surpresa. Estava tão acostumada às reprimendas de sua mãe que nem sequer
prestava atenção. E por que teria que fazê-lo, quando todas as vezes papai
acabava tomando partido dela? Por desgraça, essa noite não se pronunciou ao seu
favor, e sua fúria era tão desatada que não tinha podido esperar até a manhã
para repreendê-la. Viu-se obrigado a irromper em sua sala de estar enquanto a
velha Gim a penteava.


- Annie - disse, com seu enorme peito inchado
pela indignação-, Lavínia me disse que tornou a rechaçar Derrick. Outra vez.


Para decepção de Annie, sua mãe entrou
rapidamente seguindo os passos de seu pai. Este vestia seu velho robe
acolchoado, mas a duquesa não trocou o vestido de noite. O corpete estreitava
seu busto oferecendo um ousado decote de seda cor vermelha sangue.


- Ginny - disse a duquesa, com um movimento de
cabeça em direção à criada, ainda surpreendida.


Em outros tempos, Ginny tinha sido a baba de sua
mãe e agora, afligida pela artrite, demorava o dobro de tempo em acabar com
suas tarefas. Apesar disso, estava muito ligada à família para aceitar as
ofertas que faziam para que se aposentasse. Annie temia que se seus pais
insistissem no assunto, seria o final de Ginny.


Como poderia sê-lo também para ela. Afinal, uma
criada quase cega e surda podia ter muitas vantagens.


Acostumado a ignorar à velha criada, seu pai
falou como se não estivesse presente.


- E bem - disse-, é verdade tudo isto? Tornaste a
rechaçar Derrick?


- Sim, papai - reconheceu ela e olhou as mãos com
um gesto humilde. Tinha a intenção de desarmá-lo, mas ante sua amostra de
humildade, redobrou a fúria do pai.


Ou possivelmente era a presença de sua mulher que
o induzia a adotar uma atitude tão inflexível.


- Não me venha com seu sim, papai - respondeu
ele, com voz cortante-. Quem mais acredita que estaria disposto a pedir sua
mão? Até os caçadores de fortuna renunciarão. É uma mal educada e todo mundo
sabe. E não acredite que não me inteirei do número que montou a semana passada.
A galope por Hyde Park e como se isso fosse pouco vestindo calças.


- Era um desafio, papai - explicou ela, desejando
poder estar a sós com ele-. Nenhum de seus filhos teria renunciado aceitá-lo.


-Você não é um de meus filhos! É minha filha. É
evidente que a mimei. Meu engano foi te dar rédea solta. Mas juro Por Deus que
chegou o momento de impor-se. Se casará com o Derrick Althorp ou terá que
explicar seus motivos, jovenzinha!


- É que eu não o amo - disse ela, com um tremor
de voz.


O rosto de seu pai cobrou uma tintura púrpura.


- O amor não tem nada a ver com isto. O que
acontece é que simplesmente não suporta a idéia de que um homem tenha o direito
de te dizer o que tem que fazer. Não é natural, Anahí, que uma mulher seja tão
teimosa. Quer acabar como uma solteirona?Quer morrer em solidão?


- Só tenho vinte anos.


- Vinte anos e é uma moça intratável! -exclamou
ele, elevando os braços para o teto adornado-. Pareceu-me que sua maneira de
humilhar-se perseguindo Greystowe era espantosa, mas isto! Isto não funciona
mais, rechaçar Derrick Althorp, um homem bom e sólido que claramente a adora.


-Isso é verdade, papai? -não pôde resistir a
perguntar Annie-. Todo mundo diz que me adora, mas eu acredito que está mais
interessado em agradar a seu pai que em casar-se comigo. Quando lhe disse que
não, nem sequer se atreveu a discutir.


- Deus me livre, Annie. Por que não deixa que o
homem tenha seu orgulho? Só porque não converte sua estupidez em um escândalo
de opereta não significa que não se importa.


Annie tragou saliva, vagamente consciente de que
as mãos nodosas e secas de Ginny posaram sobre seus ombros.


- Não quero um escândalo de opereta. Só quero...
Só quero...


- Sim? -apressou-se a perguntar seu pai com uma
atitude irônica que jamais tinha tido com ela-. Eu adoraria escutar o que é que
quer a insuportável de minha filha.


Ela tentou recordar o que tinha visto no retrato.
A insegurança, a sensação de impotência diante da mudança. Ele só queria
protegê-la, essa era a razão de sua ira. Quadrou os ombros e se obrigou a
olhá-lo nos olhos enfurecidos. Falaria com ele como se estivessem a sós, como
se sua mãe não estivesse presente para julgar cada uma de suas palavras.


- Quero um marido que me deixe ser como sou - por
uma vez confessando nada mais que a verdade-. Não quero ser um pássaro em uma
jaula. Quero ser uma mulher viva no mundo. Livre para ir e vir. Livre para ler,
pensar e falar como eu queira. Por muito amável que seja Derrick, não me
deixaria fazer isso. Você mesmo o disse, Papai. Ele tem seu orgulho. Sei que
soa como algo horrível, mas preferiria não me casar que ter que viver como uma
esposa exemplar.


 



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Autor(a): annytha

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ciita gracias pelo comentarios bebe, te garanto que vai adora essa web, e Annie é muito mais que teimosa ela é... bom isso vc vai ver com o decorrer, capitulo dedicado mais uma vez a vc!!! Sua declaração o tinha deixado estupefato. - E o que tem que os filhos? Não quer ter sua própria família? - Não estou tão ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 416



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  • elizacwb Postado em 21/12/2012 - 15:31:40

    amei o final dessa web, amei, que lindos...envolvente, excitante, emocionante, aiai muito boa mesmo

  • biacasablancasdeppemidio Postado em 20/12/2012 - 00:55:16

    preciso de leitoras .. web com cenas hot http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=19720

  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:52

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* se casaram finalmente *-*

  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:51

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  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:50

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