Fanfic: Alem da Sedução (terminada)
mandycolucci o que fala não migah o que comentar!!! rsrsrsrs
besos e vc ainda vai se surpreender com essa historia!!!
- Quero ver algum progresso - exigiu
Althorp-. Não quero promessas.
Como o fôlego de um dragão, suas palavras
formavam nuvenzinhas brancas no ar úmido do amanhecer. Tinha dado instruções a
Lavínia para que se encontrasse com ele em Rotten Row, no interior de Albert
Gate. Certamente, o lago Serpentine estava congelado, mas não cruzaram com as
habituais hordas de patinadores devido ao adiantado da hora. Só os guardas
ameaçavam seu quase perfeito isolamento.
Lavínia ignorava se Althorp acreditava
que era muita a freqüência com que ia vê-la em sua casa ou se simplesmente
queria pôr a prova seu poder para lhe dar ordens. Em qualquer caso, o trajeto
desse passeio furtivo e solitário até chegar ali não tinha conseguido acalmar
seus nervos. Não tinha se atrevido a utilizar a carruagem e se viu obrigada a
vir a pé. Sem dúvida a imprudente de sua filha não teria dado importância a um
passeio como esse, mas Lavínia se sobressaltava com cada sombra e cada ruído.
Esforçando-se por manter a serenidade, agarrou as mãos dentro de seu manguito
de pele de foca.
- Já pus tudo em marcha - disse-. Só é
questão de tempo.
- ameaçaste - corrigiu Althorp, sua voz
como uma azeda recriminação-. Suplicaste, mentiste e divulgaste um montão de
intrigas. Além disso, ainda fica ver como passas à ação.
- Passarei à ação. Mas tinha que lhe dar
uma advertência. Dar uma oportunidade.
- Uma oportunidade para que? Para que seu
marido a convença? Até eu conheço sua filha o suficiente para saber que não
bastará uma advertência com Anahí. Despeça a criada, Lavínia. Só assim
demonstrará que tem a intenção de levar a cabo suas ameaças.
Elevou o braço e com sua enorme mão
enluvada apertou seu pescoço como se fossem umas tenazes. Era tal a firmeza que
Lavínia mal podia respirar.
- Está me machucando - murmurou.
-Ah, sim? -Os olhos brilharam com um
brilho maligno em meio da névoa, enquanto observava sua boca e olhava a mão. De
repente, a cor cobriu o rosto e a respiração acelerou-. Estava acostumado a
agradecer quando fazia isto, derretia-se como manteiga sob o sol de julho.
- Patrick. -Disse seu nome de batismo sem
dar-se conta. Não tinha sido sua intenção pronunciá-lo, nunca, jamais na vida.
Aquele lapso, aparentemente, satisfez sua vontade de humilhá-la. Sorriu e
deixou cair o braço.
Tinha desaparecido antes que ela
alcançasse protestar, antes que pudesse suplicar que a acompanhasse de volta
casa.
Covarde, pensou, e o queixo tremeu a
ponto de chorar. Jamais tinha odiado tanto a si mesma como nesse momento,
porque tinha se dado conta de que o obedeceria em tudo.
Anahí, que sempre se levantava cedo,
quase tinha acabado de vestir-se quando entrou a criada com uma bandeja de chá
e bolachas. Era uma moça. É nova, pensou Anahí sem surpreender-se. Em uma casa
como a sua, havia freqüentes mudanças no pessoal.
Na opinião de Anahí, aquilo era uma razão
de mais para apreciar uma velha criada como...
Interrompeu bruscamente essa divagação
quando esta lhe insinuou uma horrível suspeita. Fechou o livro que estava lendo
e se levantou de sua cadeira.
- Onde está Ginny? -perguntou, e suas
palavras soaram agudas como os cascos de um cavalo contra as pedras.
Queria que a criada dissesse que Ginny
estava de cama, padecendo de alguma dor ou que tinha um joelho afetado. Ao
contrário, a garota desviou o olhar como quem resiste a dar más notícias.
Demorou um momento em arrumar tudo o que havia na bandeja.
- Eh, não estou segura de quem fala, lady
Anahí.
- Não minta - espetou Anahí, e com um
movimento rápido a agarrou pelo braço. A criada tremeu, com o medo pintado no
olhar. Anahí se obrigou a suavizar a voz-. Não estou zangada contigo. Mas tenho
que saber onde está Ginny.
- Eu... -balbuciou a criada, e pigarreou
para não deixar-se dominar pelos nervos-. Ouvi que a despediram que a enviaram
a casa de sua irmã em Devon.
- O que? Esta manhã?
- Sim, lady Anahí. O senhor Leed a deixou
no primeiro trem que saía de São Pancrácio. Sua mãe me perdoe, nem sequer lhe
deu tempo de fazer a mala. Disse que mandariam suas coisas.
Anahí soltou o braço da criada e levou
ambas as mãos à cabeça, seu cabelo ainda despenteado. Ginny tinha ido. Despachada
em um trem como um saco de batatas rançosas.
Levantou-se e se aproximou da janela em
busca de ar, sem importar o frio da manhã.
Sua mãe tinha despedido Ginny.
E seu pai tinha permitido.
Aquilo mudava tudo.
Que seus pais pudessem fazer isso a uma
mulher inocente, a uma anciã que não tinha feito outra coisa que os servir
fielmente, pois, bem...
Não mereciam seu respeito, não mereciam o
amor que até agora retorcia dolorosamente no coração.
Ouviu-se um rasgo quando Anahí puxou, sem
dar-se conta, as cortinas de cetim verde.
A criada engoliu em seco e deixou escapar
um gemido, atemorizada.
- Quer que...? Quer que a ajude a acabar
de vestir-se?
Por um instante, Anahí foi incapaz de
responder, apanhada como estava nas implicações daquilo. Quando se limpou e
voltou a olhar à criada assustada, sua decisão já era firme.
- Sim - disse-. Por favor, me prepare o
traje marrom escuro com barra de veludo.
A criada se inclinou com uma vênia
tremula e se retirou. Anahí nem sequer percebeu. Sabia o que tinha que fazer,
até o mínimo detalhe, como se estivesse planejando.
Isso sim, antes se disporia a realizar a
melhor atuação de toda sua vida. De outra maneira, a duquesa não acreditaria em
sua intenção de visitar Dulce em Gales, onde (isso diria) se proporia a
refletir sobre os enganos de sua maneira de ser. Protestaria e suplicaria mas,
sobre tudo, mostraria-se consternada. Inclusive chegaria a insinuar que bem
poderia casar-se com Derrick Althorp quando retornasse.
Uma vez preparado esse terreno, daria a Dulce
um monte de cartas para que as enviasse em seu nome, cuidadosamente redigidas
para demonstrar a debilitação progressiva de sua vontade. Era uma sorte que sua
mãe se mostrasse indiferente em suas cartas. Dada esse seu costume de pensar só
em si mesma, não lhe ocorreria perguntar por detalhes sobre sua filha ou seus
supostos anfitriões. Alguma menção sobre o tempo ou algum comentário
insignificante a propósito de como o conde assumia suas tarefas, faria brilhar
seus olhos com a pátina da indiferença. Só os sinais de remorso chamariam a
atenção da duquesa, só as insinuações de capitulação. E se sua mãe se
aventurasse em alguma pesquisa, Dulce poderia falsificar a caligrafia de Anahí
com suficiente destreza para responder com alguma frase convenientemente
evasiva.
Se a isso acrescentasse um baú cheio de
vestidos destinados «a Gales», sua mãe estaria convencida de que sua filha
estava onde dizia estar.
Anahí sabia que aquele plano fascinaria
sua amiga, embora não fosse mais que pela cor que acrescentaria a seus
compridos e tristes dias de luto.
Seu único reparo era que certamente Derrick
acreditaria na mentira antes que sua mãe.
Autor(a): annytha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 416
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elizacwb Postado em 21/12/2012 - 15:31:40
amei o final dessa web, amei, que lindos...envolvente, excitante, emocionante, aiai muito boa mesmo
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biacasablancasdeppemidio Postado em 20/12/2012 - 00:55:16
preciso de leitoras .. web com cenas hot http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=19720
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jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:52
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* se casaram finalmente *-*
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jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:51
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* se casaram finalmente *-*
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jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:50
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jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:50
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jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:49
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jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:47
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jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:46
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