Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]

Ah, que bom que encontrou, amor... *-* Tava me sentindo abandonada já. :( rs
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Ela tinha aceitado sair com ele. sentia-se atraída por ele? Alfonso sabia melhor que ninguém quão inocente era Anahí. Tinha considerado vinculantes seus votos matrimoniais, embora só tinham sido um trâmite. Duvidava que tivesse beijado algum menino ainda, ou que a tivessem beijado, salvo pelo breve beijo que lhe tinha dado no despacho do juiz de paz. Imaginou Grier, um autêntico conquistador, beijando-a apaixonadamente.

—Não —disse mecanicamente—. Maldita seja, não!
—O que? —perguntou Anahí, perplexa.

Alfonso se moveu com a fúria que intimidava inclusive a seus ajudantes. Tomou o rosto do Anahí entre as mãos e o elevou para olhá-la aos olhos com uma intensidade sem precedentes.

—Grier, não —disse com voz rouca, baixando o olhar aos lábios cheios e entreabertos de Anahí—. A primeira vez, não...

Enquanto tentava tomar ar para lhe perguntar do que estava falando, Alfonso baixou a cabeça, e Anahí notou o roçar lento e fluido de seus lábios firmes sobre os dela. Era a primeira vez que a beijava deliberadamente desde o começo de sua turbulenta relação. Anahí conteve o fôlego e ficou rígida. O levantou a cabeça o justo para ver a comoção e a perplexidade refletidas em seus olhos castanhos.

—Para que não perca a cabeça com o primeiro homem que te beije, Anahí —sussurrou com insólita voz gutural—. Sou seu marido. A primeira vez... deveria ser eu.

Anahí abriu a boca para falar mas ele voltou a baixar a cabeça antes de que pudesse articular alguma palavra. Uniu seus lábios aos dela com uma pressão que cresceu em intensidade, em exigência, segundo a segundo. Ela se segurou em seus braços para não cair, tal era o amontoado de sensações. Sentiu a labareda de calor em seu ventre, junto com um anseio repentino que a fazia estremecer. perguntou-se se ele também sentia.

Alfonso baixou as mãos à cintura de Anahí e as deslizou por seus quadris, roçando a suave redondez inferior de seus seios com um movimento lento e excitante que a fez desejar procurar a carícia. ficou nas pontas dos pés, apertou sua boca contra a dele e a abriu para receber sua exigente carícia. Notou uma vibração nos lábios, um pouco parecido a um gemido afogado, justo antes de que Alfonso a estreitasse entre seus braços de improviso e a apertasse contra a curva sólida de seu corpo.

Anahí lhe rodeava o pescoço naquele momentos, segurando-se a ele para não cair, enquanto ele a beijava. De repente, sentiu como Alfonso introduzia a língua dentro de sua boca. Tinha ouvido falar dos beijos profundos, mas seus conhecimentos não a tinham preparado para aquele assalto de sensações. Estava tremendo. Não sabia por que, e não podia evitá-lo. Gemeu, frustrada, por sua incapacidade de controlar suas reações. Inexplicavelmente, o gemido fez com que Alfonso ficasse rígido. Baixou uma mão ao quadril de Anahí e a apertou contra ele. Ela notava algo estranho no contato, um pouco vagamente ameaçador. Apertou-a ainda mais e Anahí proferiu uma exclamação ao compreender o que estava se passando.

Alfonso o compreendeu no mesmo instante e se separou dela. Não a soltou em seguida. Tinha os olhos mais negros que de costume, e a olhava com eles.
Anahí tinha os lábios cheios, o olhar atônito, aturdida, agradada. Estava tremendo ligeiramente. Respirava com dificuldade. Alfonso baixou a vista ao corpinho da blusa e viu pequenas pontas duras.

Voltou a olhá-la aos olhos. Estava-a segurando com tanta força pelos braços que quase a machucava.
—Vê o fácil que é? —perguntou com aspereza.
—... fácil? —repetiu Anahí, quase sem fôlego.

—Que um homem experiente tome por surpresa e te faça te render a ele —prosseguiu—. Grier sabe muito mais que eu. Não deixe que se aproxime muito. Não é homem de uma só mulher. Em qualquer caso, não é livre de experimentar, seja o nosso um matrimônio de conveniência ou não.

Anahí não entendia nada. limitava-se a olhá-lo, completamente desorientada. Nem em sonhos tinha imaginado Alfonso beijando-a assim. No passado, tinha jurado que nunca a tocaria. Anahí estava ardendo e tremendo de cima abaixo. Queria tombar-se com ele. Queria lhe tocar a pele. Queria que lhe beijasse os seios, como os homens beijavam às mulheres nesses vergonhosos filmes de madrugada da televisão à cabo que assistia secretamente quando Maude se deitava.

—Está me escutando? —perguntou Alfonso com impaciência.

Ela apoiou a cabeça em seu ombro. Pôs-lhe uma mão no peito e começou a acariciar o de forma involuntária.

—Escuto-te. Este vestido me está incomodando. Poderia me ajudar a tirar isso -- sussurrou com malicia.
—Pare —disse Alfonso, olhando-a com zango—. Estou tentando falar contigo.

Tinha os olhos semicerrados, o corpo completamente dócil. Tinha a sensação de haver-se fundido com ele, de formar parte dele. Imaginou o que sentiria jazendo debaixo de Alfonso em uma cama. As imagens que alagaram sua mente de forma inesperada a fizeram avermelhar. Alfonso, na cama com ela, completamente nu, e ávido de desejo. Céus, morreria por fazê-lo realidade!

Anahí refletia seu desejo em seu rosto. A Alfonso surpreendia que se mostrasse tão receptiva a ele, tão ávida. Não tinha querido tocá-la. A culpa era do Grier; maldito fosse. Inquietava-o que Anahí saísse com ele, e o incomodava que aquela repentina relação tivesse começo diante de seus narizes e sem que ele se desse conta. Chocava-lhe que Grier se sentisse atraído por uma mulher da idade de Anahí, e não queria que a seduzisse. Teria que falar com ele.