Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]

Voltavam a atravessar momentos difíceis, justo quando começavam a levantar cabeça.
Qualquer outro homem teria reparado com Nos olhares encantados das duas bonitas companheiras de Anahí. Alfonso lhes dava a mesma atenção que concederia a um inseto. Tinha um propósito em mente e nada podia distrai-lo até que não o tivesse completado.

Aproximou-se de Anahí e, para total assombro de seus companheiros de classe, deteve-se frente a ela.

—Nos fizeram uma oferta —disse, e a segurou no braço com a mesma frieza com a que teria segurado um delinqüente—. Tenho que falar contigo.
—Alfonso, tenho uma aula dentro de poucos minutos —protestou.
—Só será um minuto —resmungou, e entreabriu os olhos, procurando um lugar afastado. Encontrou um sob um enorme carvalho—.Vamos.

Arrastou-a até a árvore enquanto seus companheiros contemplavam a cena com perplexidade. Anahí sabia que, depois, submeteriam-na a um interrogatório.

—Não é que não me alegre de te ver —disse Anahí quando Alfonso a soltou com brutalidade, longe de ouvidos curiosos—, mas so disponho de cinco minutos...
—Então, não os esbanje falando —a interrompeu. Tinha uma voz grave e aveludada, embora falasse com brutalidade, e Anahi sempre sentia deliciosos estremecimentos de prazer pelas costas quando a ouvia.
—Está bem —concordou com um suspiro, e levantou uma mão.

Alfonso reparou no anel de casamento, seu anel de casamento, que Anahí usava no dedo anelar. Embora o tivesse levado a joalheria para que o ajustassem, ainda era muito grande para sua esbelta mão. Mas ela insistia em usa-lo.

Anahí seguiu seu olhar e flexionou a mão.

—Ninguém sabe —disse—. Não sou fofoqueira.
—Não, não é —concordou e, por um instante, um humor afetuoso brilhou em seus olhos negros.

—Bem, qual é o problema?
—Não é um problema, exatamente —disse, e apoiou a mão direita relaxadamente na culatra de sua arma. O emblema dos Rangers estava esculpido no punho de madeira. O novo punho de seu Colt teria a mesma madeira e o mesmo emblema—.recebemos uma oferta de uma equipe de filmagem. Estiveram percorrendo as terras ao redor, acompanhados por um representante da Secretaria de Cultura, procurando um lugar apropriado para instalar um rancho fictício. Gostaram do nosso.
—uma equipe de filmagem —Anahí mordeu seu generoso lábio inferior— Alfonso, eu não gosto de ter gente no rancho —começou a dizer.
—Eu Sei. Mas queremos comprar outro garanhão puro-sangue, não? E se escolhermos um bom, será caro. Ofereceram-nos trinta e cinco mil dólares por usar o rancho durante várias semanas. Seria um trampolim. Até poderíamos ampliar a cerca elétrica e comprar um novo trator.

Anahí assobiou. Aquela quantidade de dinheiro lhe parecia uma fortuna. Sempre havia gastos em um rancho, uma máquina que se danificava ou ajudantes que queriam um aumento, ou o fornecedor elétrico deixava de funcionar e não havia água. Também tinham que chamar o veterinário para que atendesse a uma vaca doente, pôr as etiquetas identificadoras no gado, marcá-lo, comprar material para os alambrados... Freqüentemente, perguntava-se como seria ser rica e poder comprar o que desejasse muito. O rancho tinha pertencido a partes iguais ao tio de Alfonso e ao pai dela, e ainda estava distante de ser próspero.

—Deixa de sonhar —disse Alfonso com aspereza—, Necessito uma resposta. Tenho um caso em mãos.

Anahi arregalou os olhos.

—Um caso? Qual?

Alfonso estreitou o olhar.

—Agora, não.
—trata-se do homicídio,não é verdade? —perguntou, intrigada—. A mulher que encontraram degolada em Vitória, em uma sarjeta, só com uma blusa. Tem uma pista!