Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]

Sério, JL? Awn, espertinha *-*. Vou postar mucho!!! ;)
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—Não penso em te contar nada.

Anahí se aproximou.

—Ouça, comprei maçãs frescas esta manhã. Tenho canela em pau. E açúcar moréia —se inclinou para ele—.E manteiga, e farinha de confeiteiro...
—Pare —gemeu Alfonso.
—Não imagina essas maçãs borbulhando sobre a massa, cozinhando, até formar uma torta suave, macia e deliciosa...?
—Está bem! —resmungou, e lançou um olhar ao redor para assegurar-se de que ninguém os ouvia—. Era a esposa de um rancheiro dos arredores —disse—. O marido conta com um álibi sólido, e ela não tinha nem um sóinimigo no mundo. Acreditam que foi escolhida ao acaso.
—Não há nenhum suspeito?
—Ainda não. O assassino não deixou muito rastro, salvo por um cabelo e uns filamentos de um tecido de cores fortes que não se correspondia com a blusa da vítima. E não penso em te contar nada mais —acrescentou, zangado—, haja torta de maçã ou não.
—Está bem —disse Anahí, cedendo com esportividade. Olhou para seu rosto magro e atraente—. Quer que abramos as portas do rancho a essa companhia cinematográfica? —acrescentou.

Alfonso assentiu.

—Na próxima semana, quando tivermos feito a declaração trimestral, teremos um déficit de uns mil dólares —disse em voz baixa—. Terá que comprar mais ração. A inundação estragou quase todo o feno e a colheita de milho, pra não falar da alfafa. Reparamos o silo, mas não a tempo para esta temporada. E também necessitaremos mais suplementos vitamínicos e minerais para o gado
—Sim... —reconheceu, e seu olhar ficou sonhador—. Não seria maravilhoso ter milhões? Poderíamos comprar colhedoras, debulhadoras, tratores novos, henifícadoras...

Alfonso franziu os lábios e sorriu ao ver seu entusiasmo. Deslizou o olhar por sua preciosa figura, detendo-se involuntariamente em seus seios. Pareciam bonitas maçãs baixo aquele tecido; e experimentou uma onda de desejo inesperado e surpreendente. Levantou de novo os olhos.

—Não preferiria uns jeans novos? —perguntou, e assinalou os buracos que tinham os que levava.

Anahi deu de ombros.

—Aqui ninguém se arruma muito. Bom, menos Debbie — assinalou, e lançou um olhar a sua companheira de classe, que vestia um conjunto caro de saia e Top- Mas seus pais são milionários.
—O que está fazendo em uma escola de formação profissional?
—Caça o filho de Henry Tesler.

Alfonso sorriu.

—Um estudante.

Anahi negou com a cabeça.

—É professor de álgebra.
—Um intelectual —comentou Alfonso.
—É muito inteligente —assentiu Anahí—. E muito rico. O pai de Henry tem cavalos de corridas, mas Henry não gosta de animais, por isso é professor —jogou uma olhada ao relógio grande e pouco feminino em seu pulso—. Meu Deus! Vou perder a aula! Tenho que ir.
—Direi à companhia cinematográfica que podem rodar - disse Alfonso. Anahí deu a volta para alcançar a seus companheiros, que se afastavam a passo lento para a porta lateral do edifício principal. Deteve-se e voltou a cabeça com receio.
—Quando virão?
—dentro de duas semanas, para tirar umas fotos e comentar as modificações que precisarão fazer para instalar suas câmaras.
—Pois lhes diga que não façam muito ruído perto do celeiro. Bessie vai ter a seu potro.
—Porei-os à par de tudo.

Anahí o observou com admiração.

—Está muito sexy, sabe? —disse—. Minha amiga Debbie te quer de presente de Natal —acrescentou com malíca. Alfonso lhe lançou um olhar furioso—ó faltam três meses. Tenho uma idéia. Se me comprar um negligé de musseline vermelho, usarei para você —brincou.

Alfonso se negava a imaginá-la assim.

—Sou alguns anos mais velho que você —afirmou.

Ela mostrou a aliança. Alfonso deu quatro passos e se inclinou sobre ela com atitude ameaçadora—. Caso te ocorra dizer isso a alguém...!

- Não sou fofoqueira —Ela lhe recordou—. Mas não há motivo legal nem moral que te impeça de me ver em roupa intima vaporosa —assinalou—, tanto faz a gente estar casado ou se não.

—Já Lhe disse faz isso cinco anos, e repito isso agora — disse Alfonso com firmeza—. Nossa relação nunca será íntima. Dentro de dois meses, copletará a maioridade. Você assinará um papel, eu também, e seremos sócios, nada mais.

Anahí observou seus olhos negros, sentindo aquela excitação familiar.

—me diga que nunca se perguntou como eu seria nua—sussurrou—. Hein?!

Alfonso lhe lançou um olhar que teria tostado um pão. Era um olhar famoso no sul do Texas; fazia retroceder tanto delinqüentes com ela. Até tinha usado esse mesmo olhar com o pai de Anahí antes de enche-lo de socos

Anahí exalou um suspiro de pesar.

—Que desperdício —murmurou—. Sabe mais de mulheres do que eu nunca saberei de homens. Acredito que deva ser sensacional na cama.

Alfonso apertou os lábios. O olhar começava a adquirir atributos de míssil termodirigido.

—Está bem —desistiu por fim—. Procurarei um garoto amável que me ensine como aplacar estas ânsias que acontecem de vez em quando comigo, e te contarei até o último e sórdido detalhe, isso eu te prometo.
—Um... —disse Alfonso. Anahí arqueou as sobrancelhas.
—Como é que é?
—Dois...