Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]

Ando meio ocupada, mas não vou postar só 2 não, tá? KKK calma :( 
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Comoveu-se com aquele gesto. Sabia que Grier tinha fama de não fazer amizades facilmente. No seu novo cargo de subchefe de polícia, já estava a fazer inimigos no concelho pela sua atitude firme com os delinquentes. Mas Anahí adorava-o. Era como se fosse da familia. Tinha feito mais por ela do que qualquer outra pessoa, exceto Alfonso. Sorriu-lhe com afeto.

- Obrigada, Cash - disse em voz baixa. - A sério. Cash começou a andar para a porta com ela atrás. Abriu-a e virou-se e a sua silhueta ficou recortada contra o entardecer.

- Feliz aniversário, Annie - disse com suavidade e inclinou-se para a beijar na bochecha - Sinto muito que não seja mais feliz.

Anahí sorriu-lhe.

- Há uns filmes novos que quero ver já há algum tempo. Acho que me vou oferecer uma ida ao cinema.
- Sozinha? De noite? - Cash hesitou. - Ouve, há anos que não vou ao ballet - disse de improviso. - Há um em Houston e posso arranjar bilhetes com pouca antecedência. Leva-me contigo à tua festa de aniversário. Convido-te para jantar.

O rosto de Anahí iluminou-se.

- A sério? Não tens planos para esta noite? Cash desatou-se a rir.
- Não tenho planos para nenhuma noite - confessou. - Ultimamente, tenho problemas com as mulheres. Sou demasiado brusco para a maioria.
- Não é verdade - o olhar de Anahí suavizou-se. Adoro sair contigo, mesmo que seja para pescar ou para comer um hambúrguer.

A mudança que se operou nele foi surpreendente. Praticamente, corou. Tossiu.

- Bem, então, está decidido. Vamos ao ballet e assim poderás vestir o teu vestido novo. Venho buscar-te às cinco e meia.

Anahí sorriu de orelha a orelha.
- Estarei pronta! Obrigada, Cash!
Este encolheu os ombros.
- Não podemos permitir que uma jovem como tu faça vinte e um anos e não os celebre, pois não?disse e foi-se embora.

E então, em vez de ficar em casa a lamentar-se porque Alfonso não quisera levá-la a jantar no seu dia de aniversário, Annie vestiu-se para Grier. Quando se olhou ao espelho, teve que reconhecer que não tinha mau aspecto.

O suave vestido azul realçava a sua figura e bem como as mangas em balão que sustinham o corpete decotado com o vaporoso lenço a condizer. Os saltos altos arqueavam os seus bonitos pés de forma sugestiva e gostava que o vestido lhe chegasse aos calcanhares. Era perfeito para o ballet. Como toque final, fez um penteado sofisticado.

O que mais a entristecia era que Alfonso nem sequer lhe tinha telefonado para a felicitar. A cada cinco minutos, ia ver se a luz do atendedor estava a piscar, para o caso de não ter ouvido o telefone. Pensou em levantar o auscultador e comprovar se dava sinal, mas pareceu-lhe demasiado infantil. Se Alfonso não queria felicitá-la pelo aniversário mais importante da sua vida, era com ele. Sairia com Grier e iria divertir-se muito.

Achava graça e ficava satisfeita, por um homem como Grier querer passar uma tarde aborrecida com uma moça como ela quando poderia ter saído com qualquer mulher que escolhesse. Era muito atraente e, se não se enganava, muito experiente com as mulheres.

Apareceu à hora combinada, com um fato escuro e com o cabelo ondulado solto, em vez de apanhado no habitual rabo-de-cavalo, com o bigode e a pêra perfeitamente barbeados. O cabelo caía à altura do pescoço e realçava a sua garganta musculosa. 

Tinha um ar europeu a camisa branca e a gravata azul discreta que trazia contrastavam com a sua tez. Os sapatos pretos estavam tão brilhantes que refletiam o tecto do alpendre.