Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]

- Desculpa um momento - disse a Tippy e aproximou-se deles.
- Não danças? - perguntou-lhe Grier com ironia e, de seguida, Alfonso viu-o apertar a mão de Anahí com força. Abriu os seus olhos negros. Não sorria.
- Pensava que tinhas que estar em Dallas na segunda-feira logo de manhã.
- Sim. Vou de avião amanhã à tarde - Grier sorriu devagar. - Isso chateia-te? - acrescentou num murmúrio e com visível ameaça no olhar.
Era um desafio. Alfonso esbugalhou os olhos.
- Se calhar - disse naquele tom frio e lento com que paralisava os seus ajudantes do rancho.

Anahí não entendia o que se estava a passar, mas sabia que era explosivo. Soltou a mão de Grier e puxou a manga de Alfonso.

- Quero falar contigo um minuto - disse com firmeza e pôs-se a andar até à porta lateral que dava para o pátio no preciso momento em que as notas de uma valsa invadiam a sala e Harley Fowler e Janie Brewster iam para a pista.

A insólita firmeza de Anahí fez com que Alfonso lhe obedecesse. Não reparou no olhar de carneiro mal morto de Tippy quando saíram.

À luz ténue que as janelas derramavam, Anahí voltou-se para Alfonso.
- Pode-se saber o que é que se passa? - perguntou asperamente. - Vamos pedir a anulação, Alfonso. Tenho todo o direito do mundo de sair com Cash. Eu não te recriminei por causa de Tippy Moore, pois não?

Não, não o tinha feito. E isso chateava-o. Durante anos, Anahí tinha sido possessiva com ele, tinha-o picado, provocado, tinha-lhe feito insinuações sobre lingeries vermelhas. De repente, estava a um mundo de distância e com Grier, ainda por cima.

- Grier toma miúdas como tu ao pequeno-almoço todas as manhãs - disse bruscamente. - Viveu na sombra grande parte da sua vida, a trabalhar para agências secretas do governo.

- Que emocionante! - exclamou Anahí.
- Escuta-me! - resmungou. - Matou homens. Anahí arqueou as sobrancelhas.
- E?

Alfonso apertou os lábios e soltou um curto suspiro.

- Não é uma mascote que possas guardar em casa e dar de comer - prosseguiu obstinadamente. - É um renegado. Não está domesticado.

Anahí arqueou as sobrancelhas.

- Mas o que é que te faz pensar que eu quero ter um homem como mascote? - perguntou com um sorriso. Agora que tenho vinte e um anos, sou livre pela primeira vez na vida. para sair e fazer o que me apetecer - observou o seu semblante exasperado com um prazer doloroso. - Nunca pude experimentar. Até agora - acrescentou com voz rouca, levando as mãos às suas ancas de mulher deliberadamente, entreabrindo os lábios com um olhar sedutor.

Aquelas duas palavras provocaram-no de forma inesperada. Agarrou-a pela cintura, arrastou-a para o escuro e apertou o seu corpo suave contra o seu, alto e poderoso.

- Endiabrada! - resmungou junto aos seus lábios.

O beijo foi elétrico. Alfonso tinha-a tocado em muito poucas ocasiões e, quando o tinha feito, tinha sido com ternura, com afecto distante. O único beijo de verdade que tinha dado a Anahí tinha sido antes da sua primeira saída com Grier. Aquilo era diferente. Tratava-a bruscamente, como se tivesse perdido o controlo. Uma mão grande e delgada percorria as suas costas enquanto a devorava com a boca. 

Apertava-a contra o seu corpo sólido e Anahí voltou a sentir aquela pressão dura e insistente no ventre; uma pressão que só tinha sentido uma vez, quando Alfonso lhe ensinou como ela podia ser uma presa fácil para Cash.

Anahí proferiu uma exclamação, dando-lhe o acesso que ele queria. Alfonso introduziu a língua entre os lábios de Anahí. Nunca tinha feito isso! Anahí cravou-lhe as unhas nos braços enquanto umas estranhas palpitações percorriam o seu baixo-ventre. Nunca tinha sentido nada igual. Estremeceu, impotente, enquanto uma tensão ardente contraía os músculos do seu sexo e a fazia sentir-se inchada por todo o lado.