Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]

- Tinha-me perguntado se tu e Alfonso não estariam interessados nesta oportunidade - respondeu Rey quando Anahí lhe perguntou pelos empresários japoneses que iam visitá- lo. Telefonei a Cy Parks, mas ele já tinha o seu gado comprometido para o ano que vem, bem como os Tremayne. Os vossos novilhos seriam perfeitos, se estiverem interessados. Fazem o mesmo que nós, criam carne ecológica. É isso que os nossos contatos procuram para a sua cadeia de restaurantes de Osaka e Tóquio.

O coração de Anahí deu um pequeno salto.

- E pagam bem?
- Muito bem - riu Rey. - Sobretudo, agora. No ano passado, o Japão sofreu perdas no seu próprio mercado de carne. Agora têm que recomeçar. Estão à procura de machos e de reses de primeira qualidade. Este é o melhor momento para formar alianças - Rey disse-lhe um valor e Anahí teve que se sentar.
- Isso seria fenomenal. Estamos em baixo há tanto tempo.
- Podes contar comigo - repôs Rey. - Interessa- te?
- Sim! E a Alfonso também, assim que lhe contar.
- Que tal se vieres ter comigo amanhã por volta da uma e conheceres os nossos convidados? Vão instalar-se com Corrigan e Dorie.
- Podemos ir no sábado? Eu não tenho aulas amanhã, mas Alfonso tem que trabalhar.
- Desculpa, tinha-me esquecido. Claro, no sábado à uma. Parece-te bem?
- Perfeito. Rey, não sabes o quanto te agradeço.
- Toda a gente está a passar um mau bocado neste momento - interrompeu. - Entre todos, temos que nos ajudar. É o que fazem os criadores de gado. e as criadoras, não é?

Anahí sorriu.

- Sim. Espero poder retribuir a tua ajuda.
- Bem, podias.
- Como? - perguntou com fervor.
- Traz Cash Grier. Ele fala japonês fluentemente e gostaria de poder contar com alguém que traduzisse bem tudo o que nós dizemos para nos assegurarmos que não há mal entendidos.

Anahí riu-se.

- Cash ficará encantado.

- Ótimo! Então, até sábado.

Rey Hart desligou e Anahí apertou os lábios. Sabia que Cash iria ao encontro se ela lhe pedisse, mas Alfonso não acharia graça. Mesmo assim, se queriam salvar o rancho da falência, aquela era a oportunidade deles. Parecia um presente caído do céu.
Marcou o número de Alfonso antes de se poder arrepender. Tocou várias vezes e estava quase a desligar quando ouviu a sua voz grave.

- Temos uma oportunidade de venda - apressou-se a dizer.

Fez-se silêncio.

- De que tipo?

Descreveu resumidamente o acordo dos Hart e os lucros que tirariam e esperou ouvir a sua reacção.

- Não falo japonês - começou por dizer Alfonso.
- Nem eu. Mas têm tradutores - acrescentou, rezando que não tivesse que mencionar Cash e Alfonso se comportasse como um energúmeno.

Alfonso proferiu um som rouco.

- Grier fala bem japonês. Podia acompanhar-nos como tradutor. Se achas que consegues convencê-lo, claro - acrescentou sarcasticamente.
-Os Hart já o fizeram - mentiu Anahí. - Querem assegurar-se de que compreendem todos os detalhes da negociação.
-Ah - Alfonso pareceu relaxar e fez-se novamente silêncio. - Ouve, quanto ao almoço de hoje - disse devagar. Não era minha intenção gritar contigo daquela maneira.

Alfonso nunca se desculpava, aquela era a sua maneira de pedir desculpa. Anahí sorriu para si.

- Nem minha - disse com rigidez. - Feliz Dia de Ação de Graças, Alfonso.
- Sim - fez-se novamente silêncio. - Casarias com Grier?

O coração dela deu um salto.

- Como?
- Se ele te pedisse.

Anahí não estava a conseguir raciocinar. A pergunta era despropositada.

- Esquece - disse Alfonso bruscamente, ao ver que ela hesitava. - Assim que nos derem a anulação, deixará de ser assunto meu. Vejo-te no sábado por volta do meio-dia e meia.
- Está bem. Estarei.