Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]
—Graças a Deus...!
—Maude, coloque a outra vez na cama antes de que se enfraqueça e caia —gritou Alfonso, e seguiu caminhando para o pessoal médico que saía da ambulância. A seguir apareceu um carro patrulha com as luzes do teto acesas. Um policial desceu e se aproximou de Alfonso,
—O que aconteceu? —perguntou o agente Hayes Carson, com o olhar cravado nas costas de Anahí.
—Tom, isso é o que aconteceu —replicou Alfonso com aspereza, enquanto esperava a que o pessoal da ambulância retirasse a maca—. Estava açoitando à potra de Anahí com um chicote curto. Ela tentou detê-lo.
Hayes fez uma careta. Fazia cinco anos que era agente de polícia e tinha visto muitos casos de agressão. Mas aquele... Anahí não tinha mais que dezesseis anos, era magra e frágil, e quase todos os vizinhos do Jacobsville a queriam bem. Sempre estava fazendo bolos para campanhas de caridade, levando flores a anciões prostrados em cama e ajudando a enviar comidas quentes aos inválidos depois do colégio. Tinha um coração tão grande como todo o estado do Texas. Imaginar Tom Portillo açoitando-a com todas suas forças bastava para provocar náuseas a um policial veterano.
—Onde está? —perguntou Hayes com frieza.
Alfonso lhe indicou com a cabeça por onde ficava o abrigo dos arreios, sem afastar o olhar do rosto manchado de lágrimas do Anahí. Eram ainda mais dilaceradoras pela ausência de soluços.
—A chave está junto à porta —olhou ao Hayes aos olhos—. Não o tire do cárcere por nada desse mundo. Juro que, se o soltar,eu o matarei —afirmou em um tom que produziu calafrios em Hayes.
—Encarregarei-me de que fixem uma fiança muito alta — o tranqüilizou—Irei ver ele. Está bêbado?
—Estava-disse Alfonso com aspereza—. Agora, chora. Lamenta muito o ocorrido, é obvio. Sempre lamenta... —depositou Anahí com suavidade sobre a maca—. Irei com ela —disse aos auxiliares médicos.
Estes não se sentiam inclinados a discutir. Alfonso Herrera já intimidava bastante quando não estava de mau humor.
Alfonso voltou a olhar para Hayes.
—Me faça um favor. Ligue para Santo Antonio, na sede dos Rangers, e avise que chegarei tarde, e que arrume um substituto.
—Claro. —disse Hayes—. Espero que Annie fique bem.
—Ela ficará —disse Alfonso em tom sombrio. Subiu à ambulância e se sentou junto de Anahí. Envolveu sua pequena mão com a sua—. Podem lhe dar algo para a dor? —perguntou ao ver que as lágrimas continuarem brotando de seus olhos.
—Pedirei instruções —o auxiliar falou por radio com o hospital e explicou a condição da paciente. O doutor Jebediah Coltrain, o médico de plantão, fez-lhe algumas pergunta.
—me dê isso —disse Alfonso com aspereza, e estendeu a mão para tomar o microfone. O auxiliar não protestou—. Copper? —perguntou com aspereza—. Sou Alfonso Herrera. As costas de Anahí estão em carne viva. Ela está sentindo muita dor. Faça com que lhe dêem algo. Fico responsável por ela.
— E quando não faz isso? —murmurou Copper com ironia—. Passe-me outra vez para Dão.
—Claro —e devolveu o microfone ao auxiliar, quem escutou, assentiu, e começou a encher uma agulha hipodérmica com o conteúdo de uma ampola.
Alfonso tirou o chapéu e secou o suor que lhe caía sobre a testa. Deixou o chapéu a um lado e ficou olhando para Anahí com olhos brilhantes.
—Alfonso —sussurrou Anahí com voz rouca enquanto lhe aplicavam a injeção— Cuide de mamãe.
—É obvio —repôs, e fechou os dedos em tomo a sua mão. Tinha semblante de pedra, mas seus olhos negros seguiam flamejando de fúria. Ela o olhou.
—Ficarão cicatrizes.
—Não importa —resmungou.
Anahí fechou os olhos, cansada. Tudo se arrumaria. Alfonso se ocuparia de tudo...
E assim tinha sido. Cinco anos depois, Alfonso seguia ocupando-se de tudo. Anahí nunca havia se sentido culpada por isso mas, de repente, o fazia. Alfonso era responsável por tudo no rancho, incluindo ela. Seu pai faleceu de um enfarte pouco depois de sua prisão. Sua mãe morreu o ano em que Anahí terminou o colegio, deixando-a só com Maude. Alfonso as visitava em Ação de graças e Natal, e os três passavam bons momentos juntos, mas ele nunca tinha querido manter uma relação física com sua jovem esposa, e tomava medidas extremas para assegurar-se de que fosse assim.
Naquele ano Alfonso se transferiu à sede que os Texas Rangers tinham em Vitória, aproveitando a aposentadoria de um companheiro. Foi pouco depois de que seu amigo e companheiro Marc Brannon se casasse com Josette Langley e de que Cash Grier se transferisse a Jacobsville de Santo Antonio para ocupar o cargo de sub-chefe de polícia.
O modo que Alfonso a tinha deixado sentar-se em seus joelhos aquela noite, não significava nada para ele, nunca significaria. Nem sequer lhe tinha acelerado o pulso, recordou. Em troca, quando o diretor tinha mencionado Tippy Moore, Alfonso tinha sorrido, e Annie tinha visto em seus olhos um olhar puramente masculino.
Sabia que Alfonso não era virgem, embora ela fosse. Tinha um ar mundano, e as mulheres pareciam intui-lo, como sua amiga Debbie fazia na escola. Debbie tinha comentado que, certamente, Alfonso era sensacional na cama e que tinha quebrado corações por toda parte.
Anahí tinha ficado pensativa depois disso, porque recordava alguns comentários estranhos de sua mãe tempos atrás, sobre Alfonso e a companhia que freqüentava em Santo Antonio. Ao que parecia, não era resistente a mulheres faceis, mas nunca as levava ao rancho. Sua mãe tinha sorrido com sagacidade. Não queria que seus amantes desfilassem diante de Anahí, tinha comentado. Não quando estavam casados em segredo.
Tinha sido devastador descobrir que Alfonso não honrava seus votos conjugais, embora fosse um matrimônio de conveniência. Sendo realistas, não teria podido ficar sem uma mulher durante vários anos; Annie sabia. Mas detestava imaginá-lo na cama com uma mulher voluptuosa. Chorou durante dois dias, ocultando as lágrimas no galinheiro enquanto recolhia ovos, ou enquanto percorria o pasto.
Sua natureza pouco feminina tinha inquietado a sua mãe inválida, que dizia que Anahí deveria estar aprendendo a vestir-se e a pôr serviços na mesa em lugar de laçar carneiros para marcá-los ou a encilhar os cavalos no estábulo. Anahí não prestava atenção e seguia adiante com suas tarefas. Sentia que devia realizar parte dos afazeres do rancho antes e depois do colégio, e nos fins de semana, quando dispunha de tempo. Alfonso reparou nisso, primeiro com regozijo, depois com afetuosa indulgência.
Tinha carinho por ela, a sua maneira. Mas não era o carinho que Anahí desejava.
Tinha uma terrível premonição sobre a mudança que ia operar se em sua vida com a chegada do pessoal de filmagem. Alfonso já tinha anunciado sua intenção de tramitar a anulação em novembro. E se perdesse a cabeça por aquela modelo de fama mundial que fazia babar a todos os homens? Annie não podia evitar pensar que a modelo poderia acha-lo igualmente atraente. Alfonso era um pedaço de mal caminho.
Começou a virar na cama e tampou a cabeça com o travesseiro. Teria tempo de sobra para preocupar-se disso depois do exame de informática do dia seguinte. O exame!Como podia ter esquecido? Pegou o despertador e o programou para uma hora antes da habitual.
Um repasse de último minuto não fazia mal a ninguém.
Fez o exame, assistiu ao resto das aulas e retornou ao rancho para fazer suas tarefas. Acabava de encilhar a sua égua, a mesma tinha salvado da brutalidade de seu pai quando só era uma potra, quando ouviu que se aproximava um carro.
Maude estava em Jacobsville, no supermercado, assim saiu para ver quem era. Viu , surpreendida, que se tratava de um carro de polícia branco e negro. Um homem alto, de boa aparência , vestido de uniforme se voltou ao ouvi-la aproximar-se e subiu os degraus com uma mão apoiada na culatra de seu revólver de calibre 45, que compartilhava o cinto com uma cartucheira, um porrete de couro, um aerossol, uma lanterna e várias facas.
Era Cash Grier, o sub chefe de polícia. Annie o tinha visto de longe em uma ocasião, mas tinha ouvido falar muito dele. Era como Alfonso, pensou, um homem sério de rosto de pedra. Levada por um impulso travesso, cobriu a cabeça com as mãos.
—Confesso. Fui eu! —exclamou—ataquei a caixa de economias de Jacobsville, e o dinheiro está no celeiro! Pode me prender!
Grier se deteve e arqueou as sobrancelhas. Sua boca cinzelada, disciplinada entre o bigode largo e o pequeno cavanhaque, elevou-se em ambos os cantos, e seus olhos escuros cintilaram em seu rosto marcado e bronzeado.
—Como quiser. Me leve a uma árvore e te enforcarei —respondeu.
Anahi sorriu. O sorriso mudava seu rosto, o fazia radiante. Limpou a mão direita nos jeans e a ofereceu.
—Olá, sou Anahí Portillo. Todo mundo me chama Annie exceto Alfonso.
Cash lhe estreitou a mão.
—Como Alfonso te chama?
—Anahí—suspirou—Carece de imaginação e de senso de humor. Se não quer me deter, porque veio? Nem sequer estamos em sua jurisdição. O sinal que marca o limite da cidade está a seis quilômetros e meio daqui—assinalou.
Cash Riu entre dentes.
—Vim ver o Alfonso. Me Deixou uma mensagem. Fiquei sabendo que uma companhia cinematográfica vai vir aqui a rodar e querem contratar a policiais locais em suas horas livres. Ofereceria-me voluntário — acrescentou—mas me dariam tudo para que fizesse de protagonista. Sou atraente, se por acaso ainda não se conta —acrescentou com um sorriso travesso.
Annie demorou um minuto em captar a brincadeira; depois, começou a rir.
—Você vai atuar? —perguntou Grier com um sorriso. Annie assentiu.
—Vou fazer um vaso junto aos degraus do alpendre. Tenho entendido que a maquiagem levará todo o dia.
Cash Riu entre dentes. Aquela jovem era encantadora, e muito bonita. Gostava de sua personalidade. Fazia muito tempo que uma mulher não o atraía tanto em um primeiro encontro.
—Sou Cash Grier, o sub-chefe de polícia —se apresentou—Imagino que já sabia. O que me delatou? O carro patrulha?
—Chama um pouco a atenção—comentou—É muito bonito.
—Nós gostamos de pensar que temos os carros patrulha mais sexys de todo Texas—corroborou Grier— me favorecem —acrescentou.
Annie o olhou aos olhos.
Comprovemo-lo.
—Ah, não —repôs Cash— É uma experiência muito forte para algumas mulheres. Teremos que ir pouco a pouco—arqueou as sobrancelhas—. Também me favorecem as xícaras de café.
Era uma sugestão, e Annie a seguiu.
—Muito bem. Comprovemo-lo.
Antes de entrar na casa, apareceu Maude. Saiu do carro e tirou uma bolsa de verduras do assento contigüo. Seus olhos verdes olhavam alternativamente o carro patrulha e ao homem alto uniformizado. Voltou-se para Anahí e a olhou com irritação.
—Bem, o que fez agora?
—Este é Cash Grier, nosso novo subjefe de polícia. Diz que as xícaras de café o favorecem —explicou a Maude— Deixarei que nos demonstre isso.
Maude lançou ao Grier um olhar eloqüente.
—Ouvi falar de você. Dizem que brinca com serpentes e cascavéis e que espanta aos lobos.
—Certo —lhe assegurou Grier com cordialidade—. E eu gosto de café bem forte —acrescentou.
—Então, aqui se sentirá em casa. É Assim que Annie faz o café.
—Traga, então—disse, e lhe tirou a compra das mãos com elegância—. Mesmo com a liberdade feminina, nenhuma senhora deveria subir as escadas carregando peso.
Maude conteve o fôlego e se levou uma mão ao coração.
—A galanteria persiste! —exclamou.
—A galanteria é minha especialidade —lhe informou—. E faria quase tudo por uma fatia de torta. Não tenho orgulho.
Maude e Anahí riram dele.
—tem uma torta de ontem, se Alfonso não a terminou. É um fanático das tortas de maçã.
—tem um pouco porque fiz dois —informou Annie ao Maude—. Passe, senhor subchefe de polícia, e te darei de comer.
Grier se pos de lado para deixar passar primeiro Maude.
—A beleza antes dos títulos —disse com um sorriso—. E por favor, não diga a meu superior que sou suscetível às chantagens.
—Chet Blake também é — lhe informou Maude—Fiquei sabendo que é primo dele.
Cash suspirou enquanto seguia às mulheres ao interior da casa.
—O nepotismo fez a sua cabeça —corroborou—. Mas ele estava desesperado, e eu também.
—por que? —perguntou Annie com curiosidade.
—Não seja mal educada —disse Maude—. Mal pos o pé em casa. Lhe dê um pouco de bolo e de café antes de interrogá-lo —acrescentou com uma gargalhada.
Para falar a verdade, Grier pegou duas fatias de torta e duas xícaras de café.
—É boa cozinheira—disse a Annie enquanto tomava um sorvo de sua segunda taça.
Autor(a): pink
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—Aprendi logo—repôs, fazendo girar a taça entre suas mãos—. Minha mãe ficou inválida até morrer. Aprendi a cozinhar quando tinha dez anos.Cash intuiu que aquele comentário encerrava uma longa história, e se perguntou qual seria sua relação com Alfonso Herrera. Tinha ouvido rumores de todo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 554
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tinkerany Postado em 21/01/2020 - 23:46:01
Eu queria msm é que ela ficasse com o cash
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werahadiita_ Postado em 01/08/2014 - 01:06:10
Nossa que lindo, amei essa fanfic <3
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mandyvaz Postado em 20/03/2012 - 13:57:02
Ah, há um limite para tudo, Alfonso é um idiota e não merece ficar com a Anahí.
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:46
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou =( QPPQ que historia incrivel *---* Amei amei amei, toda espera valeu a pena e no final os dois ficaram juntos! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA vou ver a outra *--*
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:46
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:45
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:45
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:44
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:44
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:44
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