Fanfic: - Fora da Lei - AYA ♥ [adp]
Cash assentiu. Não disse mais nada. Segundos mais tarde, empreendia o caminho de regresso ao hospital.
Alfonso estava sentado na capela, sozinho. Tinham-lhe permitido passar alguns minutos na UTI para contemplar o rosto pálido e tenso de Anahí. Se tivesse conseguido ir a um bar, teria bebido uma garrafa inteira de uísque. Era chocante vê-la assim. Estava ligada a meia dúzia de monitores e tinha um tubo no braço que lhe fornecia nutrientes e analgésicos. Das costas saía-lhe um tubo de drenagem. Se calhar era o mesmo que tinham usado para voltar a encher os pulmões.
Alfonso tinha-lhe tocado na mão e tinha recordado as suas últimas palavras antes do aparecimento de Clark. Pensava que ele estava envergonhado por ela, que não queria vê-la, nem que corresse atrás dele com o coração na mão. Se não sobrevivesse, a última recordação dele seria de dor e traição.
Não era verdade. Não estava envergonhado. Ficava acordado todas as noites a reviver a paixão que tinham partilhado. Tinha saudades dela. Era como estar sem uma perna ou um braço. Tinha dito a Anahí que não queria nada permanente e, agora, talvez a sua escolha não fosse essa. No final, podia ficar sozinho, como pensava que queria quando tinha dito a Anahí que ia pedir o divórcio.
Recordou um velho provérbio. Cuidado com o que desejas; pode tornar-se realidade, Contemplou o corpo imóvel de Anahí e viu o fim de tudo o que amava.
Um ruído captou a sua atenção. Grier tinha voltado. Sentou-se no banco, ao lado de Alfonso, desconfortável.
- Deus está chateado comigo - disse Cash com um suspiro, olhando à sua volta. Posso dar azar a Anahí por ter entrado numa capela.
- Deus não é vingativo - repôs Alfonso. - Costuma dar-nos mais margem do que merecemos.
- Annie disse-me que o teu pai era pastor - comentou Cash. Alfonso assentiu. - Disparar contra John Clark foi mais duro do que imaginavas - acrescentou em voz baixa.
Alfonso olhou para ele com curiosidade.
- Porque o meu pai era pastor?
- Porque te ensinaram a acreditar que matar é sempre mau - Grier olhou para o altar. - A mim, não. A primeira coisa que aprendes no exército é que matar é necessário e ensinam-te a fazê-lo com a máxima eficácia. Os homens não matam outros de perto a não ser que para eles seja um ato reflexo. Depois de várias semanas de treino, matar é instintivo. Eu era um bom aluno - acrescentou com voz fria.
Alfonso abriu muito os olhos.
- E não te incomoda?
- Antes, não. Até conhecer Annie - acrescentou, sorrindo ligeiramente.
- Foi a primeira mulher em muitos anos que quando olhou para mim não viu um assassino. Tem uma maneira de fazer com que te sintas importante, necessário, útil. Fez com que me sentisse bem só de olhar para mim.
Alfonso detestava ouvir aquilo do seu rival.
- Sempre foi assim - comentou passado um minuto. - Por muitos problemas que haja, sorri sempre.
- Fez-me pensar que podia encaixar aqui, em Jacobsville, se tentasse - repôs Grier. - É a primeira vez na minha vida que quero criar raízes num lugar.
Alfonso ficou a olhar com os olhos bem abertos.
- Agradeço a tua companhia, mas será melhor que saibas que, se ela sobreviver, nunca lhe darei o divórcio - disse bruscamente.
Cash ficou a olhar para ele.
- Não a enganarás com compaixão - replicou. - Vai aperceber-se.
Alfonso baixou o olhar. Não iria revelar os seus sentimentos mais profundos ao seu único rival.
- A única pessoa de quem sinto pena neste momento sou eu. Sou o idiota que devia estar a protegê-la. Como diabos levou aquele tiro? - perguntou de repente. - Sei que Clark não a pretendia matar a ela. Não foi Anahí que disparou contra o seu maldito irmão.
Cash hesitou, olhando para as mãos. Não podia contar a Alfonso o que sabia. Ainda não. Não até que tivesse a certeza que Annie iria sobreviver.
- Com o tempo, irá saber-se - disse, sem se comprometer.
Alfonso enterrou o rosto entre as mãos com um longo suspiro trémulo.
- Daria tudo o que tenho para voltar atrás e mudar as coisas.
- Tu e todos nós - filosofou Cash.
Foi uma noite longa. Na manhã seguinte, Alfonso, com semblante esgotado, entrou na UTI com o coração apertado. Anahí jazia na cama com o mesmo aspecto do dia anterior. Dava a impressão de estar morta.
Alfonso inclinou-se e tirou-lhe o cabelo da cara. Doía-lhe vê-la assim.
- Desculpa - sussurrou. - Desculpa, querida. Anahí pestanejou e abriu os seus olhos azuis.
Ainda respirava ruidosamente e tinha um ar cadavérico. Mas parecia vê-lo.
- Anahí? - sussurrou. Ela tinha os olhos cravados no seu rosto, mas não raciocinava. - Ouves-me, meu anjo? - perguntou suavemente.
Ela franziu o sobrolho e fez uma careta.
- Dói-me - sussurrou com voz áspera. Alfonso acariciou-lhe o cabelo, a cara, com dedos trémulos.
- Graças a Deus, estás viva - disse, falhando-lhe a voz apesar do seu controle.Inclinou-se e beijou com suavidade os seus lábios ressequidos. - Graças a Deus
- gemeu.
Anahí pestanejou. Não tinha consciência de mais nada a não ser a dor.
- Dói muito - sussurrou e voltou a fechar os olhos. Alfonso soltou-a e telefonou à enfermeira pelo telefone interno para lhe dizer que Anahí estava acordada e a queixar-se de dores. Segundos mais tarde, entrou na sala de exames seguida por um especialista e sorriram-lhe tranquilizadores. Anahí iria sobreviver. Era a esperança pela qual tinha estado a rezar.
Coltrain cumprimentou-o com uma inclinação de cabeça quando entrou para a ver. Saiu poucos minutos depois, a sorrir.
- Ficará bem - disse a Alfonso e deu-lhe uma palmadinha no ombro. - É apenas uma questão de tempo. Podes deixar de conter a respiração.
Alfonso agradeceu-lhe, afastou-se pelo corredor e encostou-se à parede, tentando recompor-se. Tinha vivido um inferno durante tantas horas que o alívio era devastador. Anahí iria sobreviver. Iria sobreviver. Limpou os olhos humedecidos.
Cash aproximou-se dele com olhar interrogador.
- Ficará bem - disse Alfonso com voz rouca.
- Graças a Deus! - exclamou Cash com alívio sentido.
- Que terá acontecido a Clark? - perguntou, de repente, porque acabava de se lembrar dele.
- Trataram dele e está na prisão. É possível que passe o resto da vida atrás das grades, depois do julgamento - assegurou-lhe. Estava a observar Alfonso com atenção. Acho que devias saber o que Tippy me contou - acrescentou, detestando ter que lhe revelar aquilo que sabia. Isso pressupunha o fim das suas esperanças com Annie.
- O quê? - apressou-o Alfonso.
Autor(a): pink
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- Viu Clark chegar e apontar-te a arma. Não teve tempo de raciocinar e nem Annie. Disse que Annie percebeu que não irias conseguir salvar- te e interpôs-se deliberadamente na trajetória da bala.Alfonso inspirou bruscamente.- Tippy ficou muito abatida quando viu aquilo - prosseguiu. - Disse que se sentia muito mal por todos os problemas que causou e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 554
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tinkerany Postado em 21/01/2020 - 23:46:01
Eu queria msm é que ela ficasse com o cash
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werahadiita_ Postado em 01/08/2014 - 01:06:10
Nossa que lindo, amei essa fanfic <3
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mandyvaz Postado em 20/03/2012 - 13:57:02
Ah, há um limite para tudo, Alfonso é um idiota e não merece ficar com a Anahí.
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:46
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou =( QPPQ que historia incrivel *---* Amei amei amei, toda espera valeu a pena e no final os dois ficaram juntos! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA vou ver a outra *--*
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:46
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou =( QPPQ que historia incrivel *---* Amei amei amei, toda espera valeu a pena e no final os dois ficaram juntos! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA vou ver a outra *--*
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:45
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou =( QPPQ que historia incrivel *---* Amei amei amei, toda espera valeu a pena e no final os dois ficaram juntos! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA vou ver a outra *--*
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:45
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:44
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:44
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jl Postado em 17/09/2011 - 12:34:44
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