Fanfics Brasil - Capítulo 1 Dominada pelo Desejo

Fanfic: Dominada pelo Desejo


Capítulo: Capítulo 1

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-Permitiste alguma vez te deixar levar por um homem cujo
único propósito seja o de te dar prazer?


  As palavras
apareceram na tela do portátil de Anahí Portilla. Inspirou, sobressaltada.
Fazia menos de três minutos que tinha conhecido esse homem em um chat. Como
podia saber ele que era isso o que ela queria?


  Devia havê-lo
intuído ou adivinhado de algum jeito. Não lhe tinha contado nada sobre si
mesmo, nenhuma só coisa salvo seu nome e que queria lhe entrevistar para seu
programa de televisão à cabo.


  Mas enquanto ela permanecia
em silêncio, aniquilada, ele deixou ao descoberto seus segredos.


  -Não quer que um
homem olhe em seu interior, que conheça suas mais íntimas fantasias, essas tão
escuras que nem sequer conta a seus amigos, e que consiga que se façam
realidade?


  Anahí sentiu que uma quebra de onda de desejo
lhe atava no ventre e  começaram a suar
as suas mãos. Tragou saliva.


  A silenciosa sala
de estar começava a tingir-se com todas as cores do entardecer. Anahí se
removeu no sofá de couro negro, tentando ignorar esses desejos que lhe rondavam
na cabeça.


  Isto era trabalho.
Ele era trabalho. Não era boa idéia perder a cabeça pelo que seria seu próximo
entrevistado. Pode que só fora um programa noturno de entrevistas para a
televisão por cabo, mas Me Provoque era seu trabalho, sua criação, sua pequena
rebelião... sua vida.


  Além disso,
desejar a um homem do que não sabia nem sequer seu verdadeiro nome, ao que
jamais tinha visto em pessoa -cujo estilo de vida nem sequer conhecia-, era,
simplesmente, uma estupidez.


  -Então, Amo A, o
que faz um Amo? -Teclou a resposta, decidida a manter uma conversação ligeira-.
Converter as fantasias em realidade?


  -Algumas
-respondeu ele ao fim-. Mas isso simplificaria muito a questão. O mais
importante é contar com a confiança de seu casal. A confiança é importante em
qualquer relação, especialmente em uma que implica Dominação e Submissão. Se
esta não existir, como poderia uma mulher entregar-se livremente aos cuidados
de um homem sem estar segura de que seu bem-estar e sua segurança sempre serão
o primeiro para ele? Como poderia saber que seu Amo a compreenderá até o ponto
de fazer realidade cada uma de suas fantasias mais atrevidas?


  A dominação era
algo mais que atar a alguém à cama para jogar um pó? A surpresa fez que Anahí
franzisse o cenho. Confiança, segurança, compreensão... tinha que admitir que
tudo isso soava como uma fantasia em si mesmo. Era certo que ela tinha sentido
falta de todas essas qualidades na relação com seu último namorado, Andrew, em
especial, a compreensão.


  -A confiança
permite que uma mulher conecte com essa parte primitiva de seu ser que implora
render-se à misericórdia de seu Amo, sem saber se os planos que este tem para
ela implicam prazer, dor, ou ambas as coisas de uma vez


  Anahí não podia negar
que o Amo A lhe intrigava mais agora que quando um de seus ajudantes de
produção, Reggie, tinha-lhe passado sua biografia.


  Entrando em seu
correio eletrônico, abriu o dossiê que lhe tinham proporcionado e o releu de
novo.


  «Ativo praticante
de técnicas de dominação e sadomasoquismo durante quase dez anos, o Amo A
experimentou todas as facetas, mas continua aprendendo. Possui uma companhia de
segurança pessoal e foi guarda-costas de senadores, diplomáticos e esportistas.
Graduado no West Point, também emprestou serviço nas Forças Especiais do
Exército como chefe de equipe antes de pedir a baixa voluntária».


  Anahí fechou o
correio eletrônico. O parágrafo revelava muito do homem cujas palavras a faziam
estremecer com escuras fantasias. Auto-disciplina, honra, coragem. Mas ao mesmo
tempo diziam muito pouco dele. Quem era esse tipo? Seria certo que podia atar a
uma mulher e jogar com ela até fazê-la implorar?


  -Anahí?-Seu nome
apareceu na tela-. Continua aí?


  -Sinto muito.
Estava pensando. Ao que parece tenho que aprender mais do tema para fazer bem o
programa. Suponho que pensei que tudo consistia em ataduras de veludo e
algemas.


  -Também consiste
nisso.


  Ela riu, ignorando
o desejo que lhe enroscou no ventre... e mais abaixo. Sentir curiosidade não a
convertia em uma depravada. É obvio que não. Simplesmente sentia interesse em
conhecer os costumes de outras pessoas.


  -Mas além disso é
um intercâmbio de poder e confiança -teclou ele-. Uma mulher escolhe entregar
seu corpo e sua mente a seu Amo. Rende seu corpo e sua liberdade a algo que ele
deseje.


  «Que tipo de
rendição?» Exigiu saber uma vozinha em seu interior. Milhares de escuras
imagens de suas mais íntimas fantasias lhe alagaram a cabeça: ela ajoelhada
ante o membro desse desconhecido, ele lhe ordenando que abrisse as pernas para
poder examinar a sua vagina, ela atada à cama enquanto ele se dispunha a fazer
o que quisesse.


  Aturdida pelo
escandaloso rumo que levavam seus pensamentos, obrigou-se a ignorá-los e inalou
com força.


  Tinha lido que
muita gente tinha fantasias de submissão em algum momento de sua vida. As ter
era algo normal, não importava o que houvesse dito Andrew.


  Anahí voltou a
remover-se inquieta sobre o sofá de couro, ignorando a umidade que sentia entre
as pernas.


  -Mas uma relação
de submissão consiste em muito mais -escreveu o Amo A-. Como é possível atar a
alguém, lhe enfaixar os olhos, deixar às escuras a habitação onde se encontra e
ainda assim conservar sua confiança? Como desenvolver uma relação que
gratificante quando só uma das partes tem todo o poder?


  «Exato».


  O olhar da Anahí
permaneceu ancorada na tela enquanto esperava que ele escrevesse mais. Durante
uma dilatada e silenciosa pausa conteve o fôlego, mas não ocorreu nada. O Amo A
não ia revelar nada mais. Supôs que era assim como atuava no dormitório. Que
teria a virtude de dar e de não dar.


  Finalmente, uma
larga resposta apareceu na pequena janela do chat.


  -Sinto muito,
acabo de receber uma chamada urgente. Tenho que ir. Se crê  que posso te ajudar com o programa podemos
conversar. Responderei-te então a todas as perguntas que queira me fazer. Em um
lugar público se o preferir, assim não terá que preocupar-se de que seja um
assassino em série tentando te chavecar. Será mais rápido. Sou muito bom dominando,
mas não escrevendo a máquina . Ainda teclo com dois dedos.


  Anahí conteve sua
impaciência. Algo não muito difícil quando esse homem a fazia sorrir com suas
piadas.


  -De acordo
-respondeu-. Podemos conversar amanhã às três? estive «googleando»e encontrei
um lugar que parece ser bastante popular no Lafayette, chamado A Roux.
Conhece-o?


  -Cher, sou daqui.
Conheço até as gretas das calçadas.


  Anahí sorriu e
teclou:


  -Cher? Não sou nem
o suficientemente alta nem velha para ter sido cantor nos sessenta!


  -Jajaja. Quer
dizer carinho em francês -traduziu ele-. Sou cajún, o francês é meu idioma
materno.


  Anahí leu a
resposta e ignorou o leve bater das asas de seu estômago. O flerte era algo
muito francês, e ele se criou nessa cultura. Sem dúvida era tão natural para
ele como respirar.


  -<Rubor>
Suponho que vivia em Los Angeles muito tempo. Ficamos então?


  -Claro. Como te
reconhecerei? Há muitas garotas bonitas na Lousiana. Quero estar seguro de
revelar meus mais íntimos segredos à correta.


  Anahí não duvidava
de que seria uma pessoa fascinante. Tinha algo que ver com seu interesse pelos
látegos e as cadeias. Não cabia dúvida de que a maioria das mulheres «normais»
sairiam correndo espantadas em direção contrária ao pensar na mais leve dor ou
submissão no sexo.


  -Levarei um chapéu
de palha, óculos de sol, cachecol e um enorme casaco escuro -respondeu.


  -Parece como se
fosse disfarçada -respondeu o Amo A.


  Não tinha nem
idéia. Não pensava apregoar aos quatro ventos que tinha um perseguidor. Anahí
esperava que a razão pela que precisava disfarçar-se fora apanhada logo e
começasse a apodrecer-se no inferno.


  -Até manhã
-escreveu.


  -Au revoir.


  Momentos depois
apareceu em sua tela a mensagem que anunciava que o Amo A tinha abandonado o
chat. Com um suspiro, moveu-se para fechar a janela.


  Tremia-lhe a mão.
Não, tremia-lhe todo o corpo, a pesar do calor que lhe formigava sob a pele.


  Estava cansada,
isso era tudo.


  «O cansaço não te
faz sentir dor nesses lugares tão pessoais», burlou-se a vozinha de sua mente.
«O cansaço não te molha».


  -O cansaço me faz
ouvir vozinhas molestas na cabeça -se queixou.


 


Só pra começa ok!!!


 



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Autor(a): annytha

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mandycolucci uau primeira leitora migah...gracias por esta aqui, vai adora essa web... é digamos pra lá de... ah vc ja sabe, hot.besos, espero que goste!!!   Tentou relegar ao Amo A ao fundo de sua mente e centrar a atenção nas perguntas que lhe faria ao dia seguinte. O guia do programa tinha que estar preparado logo, e queria estar prepar ...



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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29

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