Fanfics Brasil - 24 Dominada pelo Desejo

Fanfic: Dominada pelo Desejo


Capítulo: 24

311 visualizações Denunciar




  Esses pensamentos a enchiam de um renovado desejo. Um desejo espesso e borbulhante, que se formava redemoinhos em seu interior até formar um insistente batimento do coração. Doía-lhe o clitóris, e não  podia acreditar quão molhados e inflamados tinha as dobras de sua carne. Nenhuma vez se havia sentido controlada pelos hormônios, por que agora sim?


  Anahí pensou em masturbar-se outra vez, mas se conteve. Não queria que a voltasse a pilhar. A mortificação quase a tinha matado uma vez, mas duas vezes e no mesmo dia... fez uma careta. Mesmo assim, possivelmente merecesse a pena arriscar-se se com isso conseguia extinguir o fogo que a embargava.


  Mas muito se temia que esse fogo só poderia apagá-lo Alfonso.


  Um golpe na porta da cabana a sobressaltou. Olhou com rapidez o relógio da mesinha de noite. Eram quase as quatro e meia da tarde.


  Alfonso abriu a porta de seu esconderijo e percorreu com rapidez o corredor. Ao passar pela porta de seu dormitório se deteve e lhe lançou um olhar ardente, um olhar que lhe dizia que recordava cada beijo, cada carícia... e que no que a ele concernia não tinha sido suficiente. Anahí jogou um rápido olhar a seu musculoso peito coberto por uma rodeada camiseta negra, e mais abaixo e... OH, caramba. Estava duro. Esse vulto não deixava lugar a dúvidas.


  O desejo se estrelou em seu ventre. Levantou o olhar para o dele.


  -Falaremos depois.


  Sobre o sexo. Não o disse, mas as palavras flutuaram no ar.


  -Não temos nada de que falar -protestou ela automaticamente.


  Falar de sexo só conseguiria que desejasse o ter com o Alfonso outra vez. Uma má idéia. Mesmo assim, estava mais obcecada com ele do que o tinha estado jamais por um homem... inclusive mais que com o que tinha pretendido casar-se uma vez. Tinha que desfazer-se desse perseguidor, averiguar quem era e retornar a seu trabalho e a sua vida na Los Angeles


  -Temos muito de que falar. Agora vêem conhecer meu avô.


  Anahí se cruzou de braços, negando-se a dar um passo.


  Qualquer satisfação que tivesse sentido ao ver que Alfonso chiava os dentes, desapareceu quando ele cruzou a estadia com a intenção de agarrá-la e arrastá-la à porta refletida em seu rosto. Se a tocava, só quereria que seguisse fazendo-o. O desejo que fervia em seu interior já era muito ardente e perigoso. E isso a fez sentir tão furiosa que poderia jogar fogo pela boca.


  -Não me toque. -separou-se dele-. Posso ir  sozinha.


  -Então move esse precioso traseiro antes de que  o esquente.


  Anahí entrecerró os olhos.


  -Não o fará.


  Ele bufou.


  -Quer me pôr a prova?


  Não. Melhor não. Podia ver a intenção de lhe levantar a minissaia púrpura para lhe esquentar o traseiro escrita nesses olhos escuros e desafiantes e em sua postura agressiva.


  Pensar que se atreveria a fazê-lo- a escandalizou. Por desgraça, também a excitou. E mais desejo líquido molhou a diminuta tanga que tinha posto, recubrindo a fundo seu sexo com cada passo que dava. Rezou para que ele não se desse conta.


  -É um bastardo -resmungo ao passar junto ao Alfonso para dirigir-se à sala da cabana.


  -Se esperava ao Príncipe Azul, sinto muito. Está com seu noivo -disse Alfonso com sarcasmo enquanto a seguia para abrir a porta principal.


  Ao outro lado havia um ancião com duas bolsas nas mãos. Imediatamente, Anahí viu como seria Alfonso dentro de cinqüenta anos. Magro, com o espesso cabelo prateado e faiscantes olhos escuros, o homem entrou na cabana com um sorriso lhe fazendo cócegas nos lábios.


  -Alfonso -o saudou-. Sua tia Cheré te manda um beijo e uma barra de pão caseiro.


  Colocou a mão em uma das bolsas e tirou uma vasilha de plástico. Anahí cheirou a levedura do pão que se mesclava com o aroma da vegetação do pântano nesse temperado dia de fevereiro. Era diferente a tudo o que tinha cheirado. Alagava seus sentidos. Nada com o Alfonso se parecia com algo que tivesse experimentado antes.


  Antes de poder digerir o pensamento, o ancião se aproximou dela com um sorriso travesso.


  -Anahí, sou Brice Boudreaux, o grand-pere materno do Alfonso.


  Tendeu-lhe a mão e ela estendeu a sua para estreitá-la. Mas em vez disso, o avô do Alfonso se levou sua mão aos lábios e lhe deu um beijo. Apesar do desconforto de conhecer um ancião vestida com objetos de couro púrpura que apenas a cobriam, Anahí não pôde evitar lhe devolver o sorriso. Tivesse apostado o que fora a que em seu dia tinha tido um montão de sorte com tudo aquilo que levasse saias.


  -Anahí Portilla.


  Afiado olhar cor café se cravou nos cabelos da Anahí.


  -Uma formosa moça irlandesa com cabelos fogosos. Ao Alfonso adora o cabelo dourado, ele lhe  disse isto?


  Ela não se atreveu a olhar ao Alfonso, não ao sentir que lhe ruborizavam as bochechas. Passaria-lhe algo com as loiras? Isso explicaria a estranha conversa que tinha ouvido antes sem querer.


  -Grand-pére-advertiu Alfonso-. Deixa de colocar joio e lhe dê a bolsa.


  Anahí olhou a bolsa e soube que a roupa que havia em seu interior era para ela. Desejava colocar já, não vestir mais esse adorno que respirava sua imprudência e a fazia ser mais consciente de sua sexualidade que outros objetos de vestir.


  Brice não tinha pressa por lhe dar a bolsa.


  -Tudo a seu tempo. Acaso não pode um ancião sentar um minuto e conversar com uma garota bonita?


  Dirigiu ao Alfonso um olhar desafiante, logo arrastou os pés para o sofá, deixando cair lentamente seus velhos ossos sobre uma almofada. Depois colocou a bolsa entre seus pés e aplaudiu o assento a seu lado.


  -Vêem -disse a Anahí-. Sente-se com este ancião, sim, e lhe deixe recordar os dias em que lhe podia pedir um baile a uma jolie fille.


  Anahí dirigiu um olhar ao Alfonso para que lhe traduzira, arqueando uma sobrancelha interrogativamente.


  -Garota bonita -soltou com um suspiro de resignação-. E não te deixe enganar por essa paródia de ancião. É preparado como um esquilo.


  Brice pareceu carrancudo.


  -A este jovenzinho  está acostumado a esquecer que tenho já oitenta e dois anos.


  -E a grand-pére lhe está acostumado a esquecer que eu não sou idiota -disse Alfonso com um sorriso carinhoso.


  Anahí observou esse intercâmbio de palavras, consciente do amor e o afeto que sentiam  um pelo outro, com um pouco de inveja. Seu pai biológico jamais tinha querido saber nada dela, assim supunha que seus avós paternos não sabiam nem que existia. E seus avós maternos tinham repudiado a sua mãe ao ficar grávida sem estar casada. Tinham morrido pouco antes de que Anahí fizesse dez anos, sem que se tivessem reconciliado. Nunca tinha tido um avô, e menos um como Brice.


  O ancião aplaudiu o sofá de novo e lhe lançou um olhar esperançado. Incapaz de resistir, Anahí sucumbiu a seu encanto.


  Alfonso gemeu.


  -É um pescador perito. Acaba de te pôr uma ceva, e já te apanhou.


  «Deve ser um rasgo familiar», pensou ela por dentro.


  -Talvez a apanhei para ti, jovenzinho -respondeu Brice-. Por culpa do exército, essas boas maneiras que seu mamam te ensinou não são o que estavam acostumados a ser. Sem minha ajuda, não acredito que Anahí deixe que te aproxime dela.


  Anahí ficou paralisada, logo soltou lentamente o ar para relaxar-se. O ancião não podia saber o que tinha acontecido entre  Alfonso e ela essa mesma manhã. Graças a Deus...


  Mas um simples olhar em direção a Alfonso, e Anahí soube que estava metida em problemas. Lhe dirigia um olhar duro e quente que a obrigava a recordar e que prometia mais, bastante mais, até que ela se afogasse no prazer. a ansia voraz ressonou em seu ventre, ecoando entre suas pernas, e sentiu que de novo lhe inchavam os mamilos.


  Anahí  mordeu os lábios para não gemer. Já era muito mau não poder conter o rubor que lhe alagou as bochechas.


  Brice passou o olhar do Alfonso a ela. Um novo sorriso bailou em seus lábios, fazendo que lhe movesse o grisalho bigode. Parecia muito agradado.


  -É católica, Anahí?


  Pergunta-a tomou por surpresa.


  -Me... considero crente. Sim.


  Alfonso gemeu.


  -Grand-pére, a religião que professe Anahí não é de sua incumbência.


  -Com o tempo poderia sê-lo. -aplaudiu-se o joelho e ficou em pé com uma manobra surpreendentemente ágil para lhe dar a bolsa enquanto esboçava um sorriso ladino.


  -lhe tire partido. -Brice assinalou a bolsa com a cabeça e lhe piscou  um olho.


  Logo deu ao Alfonso um tapinha no ombro e virtualmente correu para a porta.






  «lhe tire partido», havia dito o avô do Alfonso. Passando a ponta do dedo pelo suave bustier com cós de encaixe dourado e a tanga do jogo, Anahí se fez uma idéia aproximada do que partido tinha pensado Brice que poderia  tirar. Algo que provavelmente implicaria alguns atos lascivos com o Alfonso... atos que ela se podia imaginar vagamente.


  Resmungando  baixo, Anahí permanecia no dormitório do Alfonso ainda vestida com os objetos de couro púrpura que Alyssa lhe tinha deixado, enquanto tentava decidir o que ficar. Brice lhe tinha levado três jogos de roupa interior, a cada qual mais sexy. E nada mais.


  -Maldita seja, Anahí! -gritou Alfonso através da porta-. Te chamei para jantar faz dez minutos. Quanto tempo demora para te vestir?


  -Pois não é tempo suficiente para resolver como me vestir adequadamente com os artigos que me trouxe seu avô.


  -Que diabos? -Alfonso abriu a porta de repente e entrou na habitação.


  Quando viu os objetos que havia sobre a cama, ficou paralisado enquanto seu olhar vagava sobre o bustier com cós dourados, o espartilho negro com ligas e meias até a coxa e o sutiens cor burdeos com um cós dourado e tão recortado que logo que poderia conter os mamilos. Todos com sua correspondente tanga de encaixe.


  -É tudo o que trouxe?


  -Sim.


  -Que filho de uma cadela. -A expressão do Alfonso se debatia entre a raiva e a diversão.


  -Não são nem cômodos nem práticos -assinalou ela, compartilhando sua raiva mas não sua diversão.


  Alfonso girou a cabeça e cravou o olhar nela. OH, Santo Céu... O calor ardia nas profundidades escuras desses olhos da cor do chocolate derretido, da mesma cor que a cálida terra. Soube nesse momento que ele estava imaginando-a com cada um desses jogos de roupa interior.


  E o que era pior ainda, ela se imaginava colocando os para o Alfonso. Imaginava sua reação. Se a enorme ereção que pressionava contra a braguilha dos jeans era uma indicação, ele estava mais que interessado. Pensá-lo-a excitou mais do que deveria. Sua vagina se contraiu de desejo e necessidade. Por debaixo do couro, os mamilos da Anahí pressionaram contra o sutiens.


  -Definitivamente não são cômodos -conveio ele-. Práticos... bom, isso depende do propósito.


  -Como não estou aqui para rodar um filme porno, evidentemente não são nada práticos. É uma brincadeira ou um engano?


  -Nenhuma das duas coisas.


  -Quer que nós... -Os olhos da Anahí se aumentaram quando a verdade lhe subiu a tensão.


  -Fodemos  como coelhos? Seguro. Está a favor de algo que me persuada de voltar a me casar.


  Voltar a casar-se? Seu primeiro pensamento foi que, apesar de que só conhecia o Alfonso fazia vinte e quatro horas, não lhe tinha parecido dos que se casavam. O segundo foi que jamais teria imaginado que já tinha estado casado.


  -Esteve casado?


  A seu lado, ele se endireitou e ficou tenso.


  -Por muito pouco tempo. Divorciei-me faz três anos. Fim da conversação.


  Anahí franziu o cenho. Podia ser o fim da conversação, mas não o fim das emoções do Alfonso. Estava claro que seu divórcio ainda tinha o poder de lhe fazer danifico ou de o desgostar. Mas sabiamente, deixou-o passar. A vida do Alfonso não era assunto dela. Aprofundar-se no passado desse homem só serviria para que sentisse mais curiosidade por ele. Embora não podia evitar perguntar-se o que tinha acontecido.


Comentem ++++



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): annytha

Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

-Escolhe um -lhe espetou, assinalando a lingerie da cama-. Te emprestarei minha bata e um par de meias três-quartos, logo vêem jantar. A comida se esfria.   Anahí quis lhe dizer que ficaria vestida tal e como estava, mas já se pôs o sol e tinha frio. E a roupa que vestia não era a mais apropriada para manter as distâncias ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 417



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25

    posta mais

  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25

    posta mais


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais