Fanfic: Dominada pelo Desejo
-Escolhe um -lhe espetou, assinalando a lingerie da cama-. Te emprestarei minha bata e um par de meias três-quartos, logo vêem jantar. A comida se esfria.
Anahí quis lhe dizer que ficaria vestida tal e como estava, mas já se pôs o sol e tinha frio. E a roupa que vestia não era a mais apropriada para manter as distâncias com o Alfonso. Isso sem mencionar que a tanga que tinha posto estava muito molhado e se aderia a suas dobras carnudas... um aviso constante do desejo que a embargava.
-Obrigado -murmurou.
Ele grunhiu enquanto procurava a bata e umas meias três-quartos no armário, os atirou e partiu.
Anahí agarrou os artigos que pareciam menos provocadores. Cruzou o corredor e entrou no banheiro com a tanga e o bustier dourados na mão para trocar-se.
A nova tanga era diminuta. Uma tira lhe rodeava o quadril, e a outra lhe dividia as nádegas até unir-se com a minúscula parte de encaixe que lhe cobria escassamente o sexo. O espelho do banho lhe mostrava de maneira explícita que esse objeto tão escandalosamente feminino só servia para emoldurar os cachos dourados de seu púbis, da mesma cor fogosa de seu cabelo. Estava desenhado para atrair imediatamente os olhos de um homem para o montículo de uma mulher. Os olhos do Alfonso.
Uma mescla de medo e desejo colidiram em seu ventre.
«Não, isso não está bem».
Mortificada, Anahí tirou o sutiens que Alyssa lhe tinha deixado. O bustier cobria ainda menos que o sutiens, se é que isso era possível. Também com um cós dourado, era muito decotado, ficando só um centímetro por cima dos mamilos. Tinha aros que ofereciam um suave suporte sob os seios, e realçava seu decote. Um delicado cós de encaixe decorava o bordo superior e inferior do objeto, e acabava recolhido em forma de laço entre os peitos, acentuando os tensos mamilos contra o fino tecido.
Anahí estava segura de que jamais tinha vestido nada tão sexy em sua vida. A segurança de que Alfonso poderia lhe provocar múltiplos orgasmos a fazia sentir muito consciente de si mesmo como mulher. E imaginar sua reação ante essa roupa... excitava-a sobremaneira.
Sua imaginação tinha que tomar um descanso.
Entretanto, por muito que odiasse admiti-lo, era algo mais que os orgasmos. Com o Alfonso, havia sentido uma delirante liberdade diferente a algo que tivesse tido com outro amante. A liberdade de ter tudo o que ela desejasse. A aceitação absoluta de seus desejos. Apesar de que sua cabeça lhe dizia que essas necessidades não eram corretas, doía-lhe todo o corpo. Podia não compreender totalmente o que desejava com tanto desespero, mas Alfonso sim sabia. Esse conhecimento se refletia no fogo dos olhos masculinos, e nas coisas que lhe dizia. Alfonso poderia lhe dar tudo aquilo com o que ela tinha fantasiado. Além da segurança que sentia aqui com ele, como se o perseguidor estivesse a um milhão de quilômetros, animando-a a explorar esse lado escuro com seu enigmático e enfurecido protetor.
Tinha que controlar-se. As fantasias só eram fantasias, e em realidade ela não queria realizar todos esses atos que surgiam no mais profundo de sua imaginação. Seriamente que não.
Com mãos trementes, Anahí se envolveu na bata do Alfonso, atou-se o cinturão, e colocou as enormes meias três-quartos antes de dirigir-se à cozinha para jantar, esperando parecer muito pouco desejável.
Ao chegar à cozinha, viu que Alfonso tinha preparado uma espessa sopa com arroz e partes de carne, e tinha disposto além disso o pão caseiro de sua tia e um prato com manteiga. Havia salada em outra fonte. E um grande copo de água gelada ao lado de seu prato.
Alfonso, por outro lado, agarrava uma garrafa de uísque e a olhava como se fora algo tentador, incapaz de lhe ocultar por completo a fome feroz que brilhava em seus olhos e que lhe dizia que queria despi-la, enterrar-se nela até fazê-la gritar. Ao parecer, a bata lhe parecia mais atrativa.
-Fiz frango com gumbo -disse com voz rouca enquanto deslizava o olhar por seu rosto até o pescoço e a escassa pele visível do decote. Alfonso se acomodou em sua cadeira-. Provaste o gumbo alguma vez?
Ela negou com a cabeça, perguntando-se -embora não queria fazê-lo-, se ele estaria tão incrível e apetitosamente duro.
-É espesso e picante.
Como o ar que havia entre eles. Como a carne com que a tinha cheio essa mesma manhã.
Tremendo, Anahí apartou o olhar e se concentrou no gumbo. Tinha que deixar de pensar nesse tipo de coisas. Mas não podia comer, era muito consciente do olhar do Alfonso enquanto seguia sujeitando a garrafa de uísque na mão.
Anahí tragou e sentiu que lhe acelerava o pulso.
-Está-me olhando fixamente.
Ele assentiu com a cabeça.
-Assim é, cher.
-Pois o único que vais ver é esta enorme bata.
Alfonso deixou o uísque a um lado. De repente, ela sentiu que Alfonso arrastava sua cadeira sobre o chão de madeira para aproximá-la a ele. Baixou a vista e viu que ele tinha enganchado o pé na perna da cadeira para atrai-la a seu lado e alagá-la com esse aroma quente e picante.
-Bom, claro que olho fixamente. Em primeiro lugar, sou um homem, e você é uma mulher muito formosa. Em segundo lugar, não faço mais que me perguntar qual desses objetos tão sexys leva posta debaixo da bata. E em terceiro e último lugar, sei com exatidão o que se sente quando goza em torno de meu pênis.
Anahí conteve o ar enquanto o desejo se estrelava contra ela, deixando-a sem fôlego. Estava claro que se alguém tinha que conservar o controle aqui teria que ser ela.
Não eram boas notícias, já que não tinha muito.
Ele se inclinou e lhe acariciou com o nariz a sensível pele do ouvido. Anahí tremia quando lhe disse:
-Senti-se úmida e estreita, cher. Foi uma foda espetacular. Dobrou a minhas ordens como se tivesse nascido para te submeter. Com naturalidade. Não pensei mais que em te atar e em me passar a manhã, a tarde e a noite procurando maneiras de fazer que goze até que tenha a garganta em carne viva pelos gritos, e apesar disso siga me pedindo mais.
Direto. Gráfico. Escandaloso. Suas palavras deveriam havê-la repugnado. A feminista havia dentro dela deveria sentir-se ofendida de que a considerasse um objeto sexual. Mas não foi tão afortunada.
Alfonso era uma tortura para sua mente; arrogante, exigente, difícil. Mas também encarnava todas suas fantasias; quente, indomável, decidido a tê-la e obrigá-la a experimentar cada fantasia picante que sua mente febril tinha conjurado.
Uma nova umidade lhe empapou a tanga, e o clitóris começou a lhe doer de novo.
Anahí fechou os olhos. Isto tinha que parar ou se não acabaria cedendo. E não estava segura de poder viver com as conseqüências -ou consigo mesma- se o fazia.
-Alfonso, só quero te entrevistar para um programa de televisão sobre o estilo de vida que leva, não te convidar a que me conte cada um desses pensamentos que espreitam nas escuras curvas de sua mente. Se não lhe poder guardar isso para ti mesmo, deveria me levar até meu carro. Eu... retornarei a Houston e...
-A esperar que te encontre o perseguidor? A esperar que te viole? Ou que te dispare? Ou que lhe mate? Já discutimos isto antes. Está muito mais segura aqui, no meio do pântano, rodeada de sofisticados sistemas de segurança e com um guarda-costas pessoal, enquanto meu amigo Deke realiza um perfil sobre ele. Assim que saibamos algo, poderemos resolver quem é esse psicopata e ir por ele. Até então, acredito que o mais inteligente será que fique aqui. A não ser, claro está, que esteja mais assustada do sexo que do perseguidor.
Maldita seja, tinha escolhido o pior momento possível para ser razoável e lógico.
-Claro que não. É que me faz sentir incômoda.
-A verdade é a que te faz sentir incômoda, eu só lhe digo isso. Desejo-te. Você me deseja. É assim de simples.
-Simplifica-o muito, grandalhão.
Ele agarrou a garrafa de uísque e tomou outro comprido trago. Anahí observou com fascinação o movimento oscilante de sua noz ao tragar.
Quando se acabou a garrafa, deixou-a sobre a mesa.
-Não pode mentir, cher. Seus olhos me dizem que quer ser atada e posuída freqüentemente. E que quer que eu seja o que o faça.
Tentando apartar a mente do desejo que lhe ardia no cérebro, Anahí negou com a cabeça.
-Olhe, os dois tínhamos necessidades esta manhã e o solucionamos. Depois, pôs-se a correr como se tivesse lepra. Parecia que não foi capaz de pôr suficiente distancia entre os dois. Se não o conseguiste, eu o farei. Terminamos.
-A sério o cre, neném? Fizemos, certo, e foi impressionante -lhe disse, brocando-a com esse escuro olhar e obrigando-a a escutar e a que compreendesse-. Se não me tivesse ido, te teria levado a cama, te teria amarrada e não te teria solto até que te tivesse tomado por todos lados e ter descoberto cada um de seus sensíveis lugares secretos, e a forma de te fazer perder a cabeça.
Anahí ficou sem fôlego. Isso não deveria excitá-la. A idéia dele tocando-a por toda parte, lhe exigindo uma mamada e, se o tinha entendido bem, sexo anal, não deveria fazê-la tremer de excitação. A curiosidade e as fantasias quentes eram uma coisa, a realidade... outra muito diferente.
Mas não podia negar o desejo que a assaltava com a força de um invasor, fazendo que seus clitóris pulsasse com uma necessidade ardente, provocando que doessem os mamilos.
Igual a não podia negar que se tentava partir dali e voltar para Houston, o psicopata que a perseguia poderia tentar matá-la outra vez. E essa vez, poderia ter êxito.
Soltou um suspiro tremente. Era um inferno, estava apanhada com um homem capaz de lhe proporcionar um prazer assombroso e de submetê-la a cada um dos desejos proibidos que se negou até esse momento. Maldita seja, ela tinha estado negando essas necessidades desde que Andrew a rechaçara, tinha lutado contra esse lado escuro até que lhe doeu. Mas simplesmente não podia passar de tudo e abrir-se de pernas ante o primeiro desconhecido, sem importar que novas sensações despertasse este em seu corpo.
-Não nego que estou muito mais segura aqui que em Houston ou em Los Angeles. Não sou estúpida, e sei que não posso lutar contra um homem que não vi e não compreendo.
-Mas?
-Quero que as coisas fiquem em um nível platônico. Supõe-se que tenho que te entrevistar. E você me proteger. Não quero mais coisas dessas que disse antes. Passamo-nos da raia esta manhã.
Alfonso se aproximou mais, até que ela sentiu seu fôlego na boca. Tinha um débil aroma de uísque e a especiarias.
-Nível platônico?
-Já sabe. Um pouco educado e amistoso. -Anahí tentou apartar a cadeira. Ele não o permitiu-. Nada de sexo.
-Sei o que quer dizer, Anahí. Por que crie que deveríamos nos negar a ter o melhor sexo do mundo?
-Não quero o mesmo que você. Não vai... não vai seu rolo.
Anahí centrou a atenção em sua comida. As coisas seriam mais fáceis se ela pudesse lhe dizer que seus desejos eram retorcidos e depravados. Se o feria, possivelmente conseguisse afastar o dela com maior rapidez. Mas depois de ter sofrido esse tipo de comentários em sua própria carne, não podia fazer o mesmo a ele.
«Tampouco tem muito talento para mentir», sussurrou-lhe uma vozinha em sua cabeça. Anahí fechou os olhos para não ouvi-la.
-E... -continuou ela-, apesar do que ocorreu esta manhã, não sou uma pessoa a que faça o sexo indiscriminado.
Alfonso não abriu a boca durante um comprido minuto. Só a olhou fixamente, como tentando decifrar cada um dos pensamentos de Anahí. Não a tocou. Só a olhou... um olhar duro, ardente, como se estivesse recolhendo e processando cada uma das fantasias que ela tinha tido. O desejo que se refletia em seu rosto derrubava as defesas de Anahí, despertando sua rebelde imaginação, seus clitóris, que ainda palpitava em silêncio, e a inexplicável atração que sua alma sentia por ele.
Maldita seja, tinha que apartar-se dele já. Anahí se fechou as lapelas da bata com intenção de levantar-se.
Alfonso lhe pôs a mão no braço, mantendo-a no lugar.
-São essas as únicas razões? Que você não gosta do sexo indiscriminado e que vais mentir a ti mesma até te convencer que você não gosta da maneira em que lhe fodo?
-Quero que deixe de dizer essas coisas escandalosas e que recorde nossa relação profissional.
-Quer dizer que quer que te prometa que não te vou tocar? -Sua presa se fez mais forte.
-Sim, isso é o que quero dizer.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
diou oba oba leitora nova, seja bem vindo a nosso mundo amor, e espero que se divirta bastante por aqui, não só nessa web, mas tambem nas outras, ainda muito hot pela frente por aqui.besos!!! Elevando o queixo e com a determinação aparecendo em seus olhos, Anahí esperou resultar convincente. Esperava que Alfonso não tivesse n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 417
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
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