Fanfic: Dominada pelo Desejo
Entrar correndo no dormitório seria uma idéia estúpida para alguém que tentava evitar por todos os meios a tortuosa necessidade de fazer o amor com o homem que a perseguia.
Contendo um gemido de frustração, Anahí pensou a toda velocidade. Onde diabos podia esconder-se nessa cabana de três quartos? O pântano não era lugar para uma garota de cidade, em especial de noite. Não lhe faziam muita graça nem os jacarés nem as rãs nem qualquer outra coisa que tivesse enormes dentes.
A porta, a que estava ao final do corredor. Antes tinha estado fechada com chave, mas não recordava que Alfonso tivesse jogado o ferrolho depois de que partisse Deke. Possivelmente se conseguia chegar até ela, poderia encerrar-se na habitação e livrar-se do Alfonso. Deixaria-o fora um bom momento a ver como lhe sentava. Que se conformasse olhando a cama que quase tinha ardido em chamas com o calor abrasador de seus corpos.
Girando-se, Anahí correu pelo corredor a toda velocidade.
Meu Deus, não podia acreditar que estivesse fugindo dele, já se insultaria a si mesmo por essa estupidez mais tarde. No momento, não lhe ocorria nenhuma outra maneira de livrar-se da úmida e cálida sedução de sua voz tentando-a até lhe fazer perder o julgamento. Queria submetê-la e jogaria duro com ela até que lhe entregasse cada grama de sua alma e de seu controle.
De maneira nenhuma pensava lhe dar o gosto.
Com passos fortes, Anahí conseguiu chegar à porta com o Alfonso lhe pisando os calcanhares. Seus dedos quentes e trementes agarraram o frio latão do trinco, mas ele a alcançou, apanhando-a contra a porta. Sua mão se fechou sobre a dela antes de que pudesse girar o trinco.
-Está segura de que quer entrar aí? -disse ofegante contra seu pescoço.
«Sim! A porta tem ferrolho». Se pudesse entrar e pôr essa porta de por meio...
Mas enquanto lutava contra os calafrios provocados por seu quente fôlego e sua cercania, Anahí se precaveu de repente de que ele tinha as chaves para abrir a porta. Maldita seja!
-Não acredito que queira -continuou Alfonso.
-É aí onde guarda os cadáveres? -burlou-se ela, esperando lhe encher o saco.
Mas ele simplesmente riu, com uma risada rouca que vibrou através do corpo de Anahí. Inclusive agora, ele desafiava sua compreensão dos homens em geral e dele em particular. Pelo amor de Deus, era capaz de enfurecê-la e intrigá-la de uma vez.
-É muito provável que os preferisse à verdade -a advertiu com um suave sorriso em sua voz-. Mas adiante, olhe.
Ele se estava burlando dela. Isso era tudo. Tentava assustá-la e ela não estava disposta a permitir-lhe nem um minuto mais.
Usando todo seu peso, Anahí se tornou para trás, esperando tirar-lhe de cima para poder abrir a maldita porta e passar ao outro lado.
Com a risada retumbando em seu peito, Alfonso só retrocedeu um passo.
-Entra. Mas não diga que não lhe adverti isso.
Anahí vacilou. E se em realidade não estava jogando com ela? Que diabos podia esconder ali? E se sua intenção era que aprofundasse em si mesmo mais do que tinha feito já?
Sacudindo a cabeça, Anahí decidiu que ele só tratava de desalentá-la. Tinha deslocado atrás dela muito rápido para detê-la e impedir que entrasse na habitação.
_ Que se dane .
Alfonso só sorriu como se não tivesse preocupações no mundo e fez um gesto para que entrasse. Negando-se a sentir temor pelo que pudesse encontrar ali, Anahí girou bruscamente o trinco e abriu a porta.
Franziu o cenho enquanto entrava na estadia, de algum jeito aliviada e totalmente decepcionada de uma vez.
-Isto é tudo?
Encolhendo-se de ombros, Alfonso compôs uma expressão inocente. Mas Anahí não era tola. Alfonso era tão inocente como Lúcifer e muito mais hedonista.
-É só um pequeno escritório com um computador, onde faço toda a papelada.
Ela se voltou para ele.
-Então por que mantém fechada esta maldita porta? Não vejo nenhum cadáver por aqui. Ou é que não quer que veja as fotos porno que tem no computador?
-E por que ia perder o tempo vendo fotos de outras pessoas transando quando posso fazê-lo eu ... -Se aproximou dela, deslizou-lhe um dedo ligeiramente caloso pela curva da bochecha, e logo o moveu para lhe roçar o lábio inferior-... contigo?
Anahí conteve o fôlego, incapaz de apartar a vista do abrasador calor que apareceu nos escuros olhos cor chocolate que gotejavam pecado. Não queria sentir-se tremente. Não queria que suas palavras criassem um nó de necessidade em seu ventre que se fazia maior a cada segundo que acontecia. Maldita seja, não! Não ia sucumbir ante um homem que queria subjugá-la, controlá-la com ordens e ataduras, e submetê-la por completo a sua vontade.
Não era depravada Andrew havia dito que era. Ela sempre se comportou como uma boa garota, tal e como sua mãe lhe tinha ensinado.
-Se cre que vou converter me em sua bonequinha inflavel, maldito arrogante, está equivocado. -A voz lhe tremeu ao cuspir as palavras.
-Estou decidido - corrigiu ele-. Todo esse reticente desejo e esse sensível rubor que lhe iluminam o corpo fazem deliciosa. E embora lute contra isso, cher, acabará por ceder. É como o mel. Doce, espessa e quente. Esses pequenos gemidos que saem de sua garganta, essa formosa maneira em que rodeia a meu membro quando está ao bordo do orgasmo..., só de pensá-lo ardem os testículo.
-Não sabe quando fechar o bico, verdade?
-É obvio que sim. Quando estiver cheia com meu pênis e gozando com tanta força, que até os cristais se romperiam com seus gritos. -Alfonso sorriu, um sorriso malicioso e zombador que converteu suas pernas em gelatina.
Anahí respirou fundo para tranqüilizar-se, decidida a encontrar uma maneira -Deus a ajudasse- de ignorar. Embora a umidade que gotejava e lhe esticava a vagina e lhe molhava a tanga.
-Segue sonhando, carinho. Isso não vai ocorrer.
-Refere-te a que não vai ocorrer de novo? -esclareceu ele cruzando os braços sobre o peito.
Anahí se deu conta que Alfonso estava bloqueando a saída. E por sua expressão sabia que não a deixaria ir a nenhuma parte até que não esclarecessem coisas. Maldito homem!
-Bem. Já demonstraste que é um asno disposto a me tirar de gonzo e que guardas o computador sob chave por alguma misteriosa razão. Agora te mova e me deixe sair daqui.
-Em realidade, acredito que já deixei bem claro que sou um Amo decidido a que certa submissa admita que gosta de estar atada para ser tomada até que fique cega de prazer. E no que a este lugar se refere...
Alfonso lançou um olhar ao outro lado da habitação. Foi então quanda Anahí viu uma porta na esquina, oculta nas sombras.
-Ah, vejo outra porta. Parece que há algo mais nesta habitação.
Ele não deu explicações e Anahí soube que era deliberado. Estava pondo-a a prova. Tentava despertar sua curiosidade com a mesma facilidade que despertava seu corpo. E embora admitia que tinha êxito com o primeiro, que a condenassem se esperava que admitisse o segundo.
-Assim que os cadáveres estão aí dentro? -perguntou-lhe com atitude e com uma valentia que não sentia.
-É algo mais pecaminoso. -Alfonso se aproximou mais, com a intenção de possui-la e fazê-la arder, refletida em seus olhos.
Ela tragou saliva.
-Fique onde está! Não te aproxime!
Como era típico no Alfonso, seguiu indo para ela. Não se deteve até que posou as mãos nos quadris da Anahí, dobrou os joelhos, e atraiu seu úmido e dolorido sexo contra a protuberância de sua ereção.
-Hum. Seu sexo é como o verão na Lousiana, cher. Quente, intrigante, convida a passar o dia descobrindo seu interior.
Anahí lutou para apartá-lo antes de que a fome que a percorria anulasse seu sentido comum. As coisas que lhe tinha feito na cama já eram suficiente obsessão. Não se atrevia a ceder outra vez, quão único conseguiria seria que separar-se dele quando chegasse a hora, fosse mais difícil ainda. Não era tão ingênua para acreditar que estar com o Alfonso a sua maneira a liberaria desses desejos noturnos proibidos que a faziam suar. Pelo contrário, sabia que seus desejos se voltariam mais agudos e atrevidos. Mais insistentes.
-Vai e me deixe sozinha.
Alfonso tomou seu tempo para responder, deslizando a enorme palma de sua mão sobre o traseiro de Anahí, lhe levantando a coxa até seu quadril para esfregar seu membro contra o dolorido clitóris. Então, lentamente, soltou-a e se apartou.
Embora para então, o corpo da Anahí já gritava de necessidade e o desejo que a devorava a fazia sentir-se tão pesada como o metal, apertou-se as mãos para que deixassem de tremer.
-Não é você quem dá as ordens, cher. Dou-as eu, em especial se te tenho tendida em minha cama.
Colocando a mão no bolso dos jeans, Alfonso tirou umas chaves, atravessou a habitação e abriu a porta. Deu um passo em seu interior e acendeu a luz.
Anahí tentou olhar com discrição, mas a luz interior era tênue e vermelha, e as paredes negras. Não podia ver muito, só luz e sombras. O ventre lhe contraiu pela apreensão com uma curiosidade devastadora.
-Detrás desta porta está meus quarto de jogos. Aí dentro tenho tudo o que possa imaginar, algo que sirva para te atar, para te excitar, cada brinquedo existente com o que te possuir. Joga um olhar se quiser, cher, assim poderá descrevê-lo logo em seu programa. Voltarei dentro de quinze minutos. Se ainda estiver aqui... -sorriu e trocou o peso do pé, exibindo com toda claridade a enorme protuberância que pressionava contra a braguilha dos jeans-. Digo que te farei uma demonstração íntima e pessoal.
Alfonso se girou para sair.
-E se para quando voltar não estou? -balbuciou.
Ele se deteve. O olhar que lhe jogou por cima do ombro poderia ter derretido o aço.
-Só atrasará o inevitável, cher. E acabará pagando-o.
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Autor(a): annytha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 417
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
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elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
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