Fanfic: Dominada pelo Desejo
Anahí ficou imóvel, tremendo. A porta da habitação privada do Alfonso não estava aberta de tudo e sentia curiosidade por ver o que havia ali dentro. Bem sabia Deus.
Mas vacilou.
Queria conhecer esses segredos? De verdade queria sabê-los? Ter esse conhecimento a obcecaria, trocaria-a. Saber exatamente o que Alfonso fazia entre essas quatro paredes não faria que tivesse mais objeções sobre sua sexualidade? Ou, pelo contrário, sentiria-se mais tentada e excitada?
Apartou esses pensamentos a um lado. Anahí sabia que estava perdendo o tempo. Alfonso voltaria em menos de quinze minutos. E se então ela seguia em sua guarida, tomaria como um inequívoco sim para fazer algo que lhe desejasse muito. Os únicos limites que haveria entre eles seriam os da imaginação do Alfonso.
Em outras palavras, não haveria limites.
Anahí tragou saliva sentindo que se ruborizava. Apesar de que essa habitação e seu conteúdo a assustavam, tinha que lhe jogar uma olhada, e não só por curiosidade. Havia algo mais que um mero interesse jornalístico ou feminino.
Anahí tinha que ver a habitação porque assim saberia o que era o que a atraía como um ímã ao misterioso enigma que era Alfonso.
Suspirando, deu um passo para a luz vermelha da esquina que a chamava como um canto de sereia.
«Um pé. Sim. Logo o outro. Outro passo mais».
Foram os nervos os que a impulsionaram a mover-se, a dar um passo atrás de outro. Ao fim, esteve de pé ante a porta e abriu os olhos. Nem sequer se tinha dado conta de que os tinha fechado.
Soltou o ar de repente, ficando boquiaberta. Paralisada, olhou fixamente os artefatos que havia na habitação.
A pergunta não era que fazia Alfonso ali dentro. A pergunta era o que não fazia. Da porta viu algo que se parecia com um toalheiro de pé, com duas barras horizontais de uns sessenta centímetros, com algemas paro pulsos e tornozelos em cada uma delas. As algemas da barra inferior estavam um pouco mais separadas entre si. Anahí sabia por que. Se ele tinha levado a uma mulher a esse lugar, a teria colocado com as pernas abertas... Imaginá-lo incomodou muito mais do que queria admitir.
Imaginou a si mesmo nessa posição e, instantaneamente, sentiu uma nova umidade em seu sexo.
Com sinceridade, gostava de pensar em estar atada e que jogassem com ela? Em estar encerrada nesse lugar, sem poder fazer nada salvo receber o prazer ou a dor que Alfonso queria lhe dar?
«Sim».
-Não -murmurou, fechando os olhos com força para lutar contra o desejo que a invadiu.
Mas já era muito tarde.
Girando-se, Anahí observou uma mesa estreita situada em meio da estadia. Era o suficientemente larga para acomodar a alguém em posição supina, e tinha algemas metálicas soldadas na parte superior, nos laterais e na parte inferior. Também havia outro jogo de algemas nas pernas da mesa, perto do chão. Não fazia falta ser uma perita em ergonomia para saber que essa mesa estava desenhada com o propósito de deitar ali a uma mulher e deixá-la imobilizada com as pernas abertas. Ou colocar a de joelhos com as pernas e as mãos algemadas. O mais provável é que se pudessem adotar mais posições, mas isso era o mais longe que chegava sua imaginação.
Não importava. Podia imaginar ao Alfonso deitando-a nua sobre a mesa, sentindo o calor de seu largo peito enquanto lhe fechava as algemas sobre os pulsos. Logo se inclinaria para lhe assegurar os tornozelos, deixando um rastro de beijos sobre suas coxas enquanto se erguia de novo para situar sua ereção contra seu sexo vazio e úmido.
Mordendo-os lábios, Anahí suspirou em silêncio. O batimento do coração entre suas coxas ameaçavadesfazer o controle e consumi-la. Sem lugar a dúvidas se imaginou outra fantasia que jamais desfrutaria na vida real.
Apartando a imagem de sua mente, aproximou-se com rapidez às prateleiras cheias de caixas de plástico. Vibradores e consoladores feitos de borracha, de plástico, de cristal; alguns eram grossos, outros magros, alguns curtos, e outros pensados exclusivamente para dilatar e aprofundar a passagem de uma mulher. Alfonso saberia o que fazer com cada um deles. O pensamento a sobressaltou, fazendo-a sentir ofegante e excitada.
Na prateleira superior, havia outra fileira de caixas que continham artefatos que supôs que seriam para o prazer anal. Eram mais curtos, com ressaltes e miçangas, e apóio mais largas. Inclusive havia um que parecia poder-se inflar com uma pequena bomba de mão.
Totalmente ruborizada, Anahí recordou ao Alfonso penetrando-a com um deles. Um magro e com ressaltes e que vibrava, empurrando-a além de seus limites, algo com o que sempre tinha sonhado.
Logo a tinha abandonado para que se ocupasse ela sozinha de sua vergonha e insegurança. A mesma vergonha e insegurança que ainda lhe retorcia as vísceras.
Anahí se girou. As prateleiras que tinha diante dela, continham todo tipo de ataduras para os olhos, de loções, de algemas, e de pinças; tudo desenhado para intensificar as sensações.
Um gel com sabor a canela e hortelã chamou sua atenção. Queria cheirá-los e saboreá-los, imaginar o que Alfonso faria com eles. Não se atreveu. Acariciou com um dedo a pluma que havia junto a uma suntuosa máscara. Era tão suave como a nata, como tocar uma nuvem. Anahí se estremeceu ao imaginá-la sobre sua pele.
Ao menos até que um par de pinças captaram sua atenção. As pontas estavam revestidas de veludo e unidas por uma cadeia curta; só podiam servir para os mamilos de uma mulher. Seus mamilos se endureceram ao pensar nelas beliscando esses brotos indefesos e sensíveis.
Com vacilação, estendeu a mão para deslizar os dedos pela cadeia e se deu conta de que as pinças ainda estavam em seu pacote original, com o lacre intacto.
Sentiu um amalucado desejo de as agarrar -pois era o único que tinha a certeza de que ele jamais o tinha usado com outra mulher- e ficar e mostrar-lhe ao Alfonso. Ele o passaria... e lhe ensinaria outras maneiras das usar que ela nem podia imaginar. Picaram-lhe os dedos por levar-lhe aos peitos e aliviar a pesada dor que pulsava em seus mamilos. Estavam duros e empurravam contra o sutiens de encaixe.
«Só uma vez», murmurou uma vozinha em seu interior. «Só esta vez...»
«É repugnante! -A voz do Andrew invadiu sua cabeça, lhe fazendo reviver a última conversa que tinham tido-. Anahí, é muito inteligente e educada para desejar que algum...cavernícola te manipule e te ate. É sórdido e pervertido. Não podemos manter relações sexuais como pessoas normais? É tão depravada que precisa sentir dor ou que alguém te controle para te excitar?»
-Três minutos -a avisou Alfonso do corredor.
Sobressalta, Anahí apartou a mão das pinças.
O que estava fazendo ali? Pior ainda, como podia estar pensando em usar um artefato desenhado para beliscar uma parte tão sensível de seu corpo?
Pasmada ante seus próprios pensamentos, Anahí sacudiu a cabeça. Podia manter relações sexuais como uma pessoa normal, maldita seja. Mas ter perto ao Alfonso nublava o julgamento. Tinha que sair dali, já.
Deu-se a volta e saiu pela porta, deixando atrás a nebulosa luz vermelha e passando junto à cadeira do escritório a toda velocidade.
Alfonso bloqueava a porta do corredor, com os braços cruzados sobre o peito e parecendo tão imovel como uma montanha.
-Vai?
Seu rosto inescrutável não mostrava nenhuma emoção. O tom de sua voz, tampouco. Mas Anahí podia sentir sua frustração e decepção. A reação do Alfonso colidiu com seu medo, com o desejo que a invadia e que tão desesperadamente queria ignorar, com as calúnias do Andrew que ainda ressonavam em sua mente.
Todos esses sentimentos espremeram seu coração, fazendo-a soltar um grito dilacerador.
-Me deixe sair.
Alfonso esticou seus bíceps cheios de músculos e veias. Apertou com força a mandíbula e a olhou fixamente. Anahí não sabia o que fazer ou dizer. Nos olhos do Alfonso apareceu um indício de dor, logo desapareceu.
Finalmente, ele se apartou a um lado.
Anahí se aproximou com passos vacilantes. Quando esteve de pé ante ele, sentiu que lhe cravava o olhar, exigindo em silêncio que ficasse. Ela levantou o olhar para o dele; os abrasadores olhos escuros estavam cheios de cólera, de decepção, de desejo e de alguma outra coisa que ela não pôde identificar. Conteve o fôlego. O ventre lhe contraiu com força. O peso de seus seios e os mamilos tão duros que lhe doíam, impeliam-na a ficar. Meu Deus, ele a estava destroçando. A fazia querer desejar o impossível, algo pelo que a desprezaria a sociedade, sua mãe, seus amigos. Algo com o que não estava segura de poder viver.
-Adiante, foge, Anahí -lhe disse ele com uma voz enganosamente suave-. Por agora.
Mas a aterradora verdade flutuou entre eles: não passaria muito tempo antes de que não pudesse fugir mais.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
karolina seja muito bem vinda, e que bom que esta adorando, espero que possamos nos diverti muito por aqui ainda, besos e gracias!!!mileponnyforever ah coisa vai fica boa quando Ponchito querido descobri quem realmente é o cunhado!!!gabizinharbd e eu amo seus comentarios de verdade, gracias por comenta, e que Anahi faça proveto da sua sala "cirurgica" adorei!!! ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 417
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
posta mais
-
elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:25
posta mais