Fanfics Brasil - 44 Dominada pelo Desejo

Fanfic: Dominada pelo Desejo


Capítulo: 44

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  Alfonso se sentiu impressionado ante essa rápida aceitação. Não só impressionado mas também  orgulhoso, algo que o alegrava e o preocupava ao mesmo tempo. Por um lado se alegrava porque Anahí era doce, e poderia dobrá-la até convertê-la em uma submissas que o tentaria além de suas mais selvagens fantasias. Com o tempo, poderia ajudá-la a aceitar essa parte de si mesmo que se empenhava em negar, pois ela não seria realmente feliz até que o fizesse.


  Mas por outro lado lhe preocupava que esse sentimento de orgulho significasse algo mais. Nenhum dominante se sentiria orgulhoso de uma submissas que não estivesse determinado a fazer dela. Durante anos, ele havia sentido um distante respeito pelas mulheres às que tinha submetido. Como um professor e seu aluno, ele tinha premiado seus progressos, tinha castigado suas falhas, e aperfeiçoado suas habilidades.


  Com  Anahí sentia algo mais profundo e pessoal. Sentia-se impelido a ajudá-la. Como se só ele pudesse despertar sua sexualidade.


  «Como se ela fosse sua». Esse sentimento confirmava tudo o que sentia. Não era só uma simples fase, nem estava sob o calor do momento. Desejava-a. Ponto.


  -Alfonso.


  A tremente voz da Anahí penetrou em sua consciência, lhe trazendo de volta à realidade. Estava tremendo e esta vez não era de desejo. Maldição, ali fora fazia frio. E mesmo assim, ela tinha agüentado. Não, superou-se e o tinha surpreso mais do que nunca tivesse imaginado.


  Envolveu-a entre seus braços, tentando protegê-la do vento.


  -Cher, tem frio, verdade?


  Sem poder resistir, embalou a cabeça da Anahí sob seu queixo e lhe acariciou as costas com uma mão. Com a outra, acariciou-lhe um de seus peitos, e com o polegar lhe roçou o mamilo ainda duro.


  Ela gemeu.


  Qualquer urgência por levá-la a seus quarto de jogos e ficar ali com ela durante horas ou dias abandonou seu corpo para ouvir esse som.


  Colocou a mão no bolso para tirar as chaves com a intenção de lhe ordenar que se desse uma boa ducha quente e se reunisse com ele no quarto de jogos em quinze minutos. O que lhe dessem ao café da manhã, mas bem daria ele a ela.


  -Bonjour-se ouviu uma voz longínqua e familiar, justo à volta da esquina, perto da porta principal.


  Anahí deu um grito afogado e se esticou no círculo de seus braços.


  -É... seu avô!


  Sim. O que outra pessoa tinha esse dom da oportunidade? Contendo um taco, soltou ao Anahí, pô-lhe os restos da camisa nas mãos, e a virou a voltar para a cabana pela porta lateral.


  -Vai. Toma uma ducha e se veste. Terminaremos mais tarde.


  Ela vacilou, aumentando os olhos ante suas palavras. A indecisão se refletia claramente em seu rosto ruborizada.


  -Alfonso. Eu... acredito que deveríamos falar disto.


  -Bonjour? -A voz do Brice soava mais perto.


  Lhes tinha acabado o tempo.


  Com rapidez, depositou-lhe um duro beijo na boca, logo a fez girar-se para a porta aberta. Com um tapinha no traseiro, impulsionou-a ao interior.


  -Sim, se for o que quer. Mas mais tarde.


  Antes de que ela pudesse lhe replicar, Alfonso fechou a porta.


  A reticência da Anahí a continuar o que tinham iniciada era óbvia e lhe frustrava. Justo quando pensava que tinha conseguido derrubar suas defesas, que já não ia negar se mais, ela continuava sem lhe dar o doce sim que seu corpo desejava tão ardentemente... e que esperava depois da resposta da Anahí dessa manhã. A decepção e a cólera o alagaram, lhe confundindo, enquanto se voltava para seu grand-pere.


  Todos esses desejos se uniram a sua determinação de não aceitar outra negativa da Anahí, sem importar suas dúvidas nem sua incerteza. Embora queria entendê-la. O que a detinha? Era mais que simples modéstia ou temor ao desconhecido.


  Alfonso suspirou.A peergunta que deveria fazer-se era que demônios lhe ocorria para que de repente estivesse tão resolvido a ter a essa mulher? Ao que  parece, tinha perdido o julgamento.


  E corria o perigo de perder muito mais.


  -Ah, aqui está -disse Brice, dobrando a esquina do alpendre. dirigiu-se para o Alfonso arrastando os pés pelo chão de madeira.


  -Bom dia, grand-pere. -Alfonso lhe ofereceu sentar-se na cadeira da esquina com um gesto da mão-. Café?


  -Não. Vim ver como esta você e a jolie rousse.


  «Sua formosa loira?». Ainda não no momento. Tivesse estado um passo mais perto de sê-lo se não tivesse tido essa inoportuna interrupção. Conteve uma maldição.


  -Anahí está bem -resmungou Alfonso, deixando cair na cadeira ao lado de seu avô.


  Umedeceu-se os lábios e ainda saboreou ali a doçura da Anahí. Esse sabor -e a lembrança de suas pernas abertas para ele, e de seus gemidos desinibidos ressonando no pântano- não fazia nada para reduzir sua dura ereção.


  -Alguma novidade... desde minha última visita? -mofou-se Brice,  piscando um olho-. demoraste para responder a minha saudação e não me ouviste bater na porta, verdade?


  -É certo. Não te ouvi chamar. Estava aqui fora. E é muito cedo. Não esperava companhia.


  -Que horas são? -Brice franziu o cenho com ar inocente.


  Alfonso não o tragou nem por um momento.


  -Mas bem se for hora de -lhe corrigiu Alfonso-. É muito cedo para chamar, e o suficientemente cedo para haver pilhado a mim e ao Anahí fazendo algo se tivéssemos querido começar o dia com bom pé. Não é o que esperava?


  -Mon petit fils, que suspicaz.


  -Acredito que tenho direito a sê-lo, depois de que a roupa cômoda e prática que te pedi que trouxesse parecesse a versão porno do catálogo de Vitória`s Secret.


  A risada de seu avô fez que Alfonso pusesse os olhos em branco.


  -Mas, a que desfrutaste com... as vistas?


  -Sem comentários. Por que o fez? Estava claro que queria que fizesse o amor com ela. Sei que quer que volte a me casar, mas não conhece  Anahí.


  O ancião se golpeou o peito.


  -Vivi uma larga vida, e sei muitos coisas. Esses sonhos, Alfonso, significam algo. Significam amor. Foi assim há várias gerações.


  -Só porque você...


  -Não, não só eu. Também meu avô. Quando foi  trabalhar em São Francisco depois de  jurar que não voltaria para a Lousiana -Brice agitou uma mão com desdém ante aquele juramento-, começou a sonhar com uma bela loira.


  -Caramba, eu também sonhei com uma loira mais de uma vez.


  -Durante meses e meses, mon garçon?


  Alfonso suspirou, primeiro porque odiava que o chamassem menino e logo porque raciocinar com esse ancião não era nada fácil.


  -Não -respondeu finalmente.


  -Pois já vê. Meu grand-père teve esses sonhos sobre uma formosa loira. Conheceu-a e descobriu que era a mulher de seu chefe. Como ela já estava casada, acreditou que a lenda familiar estava equivocada. Mas continuou sonhando com ela. Nesses sonhos falava seu coração.


  »Duas semanas depois de que conhecesse seu amor verdadeiro, ocorreu o grande terremoto de São Francisco de 1906. O marido da formosa loira morreu. E meu avô se casou com ela um ano depois. Seis filhos e cinqüenta anos depois ainda seguiam apaixonados.


  Cravando os olhos no ancião, Alfonso se perguntou se falaria a sério. Seria possível? Seria realmente possível?


  -E seu avô antes que ele -continuou Brice-. Foi ferido em combate e capturado pelos ianques ao final da Guerra Civil. Sua noiva era enfermeira em um hospital de campanha. Meu avô sempre sustentou que foram os sonhos sobre uma bela desconhecida o que o mantiveram cordato durante os meses de batalha. Quando a conheceu, ficou impactado. Casaram-se três dias depois de que acabasse a guerra.


  Três homens de seu sangue tinham sonhado com belas desconhecidas. Alfonso tinha sonhado uma e outra vez com uma mulher de brilhante cabelo dourado que resplandecia sob a luz do sol. E essa mesma manhã, Anahí se tinha manifestado como a imagem de seu sonho. Explicava isso esse amalucado desejo de reclamá-la, como se não pudesse renunciar a ela, como se Anahí fora muito mais que um instrumento de sua vingança? Como se afastar-se dela fora simplesmente impossível?


  Um estremecimento atravessou seu corpo. Alfonso se acariciou o queixo e tentou raciocinar. Os sonhos e as almas as gema se associavam ao conceito da espiritualidade. Era tudo tão estranho. Não é que nunca tivesse ouvido falar disso ao longo de sua vida, mas sim, simplesmente, não acreditava.


  -Nenhum de nós quer acreditar que a maldição seja certa. Mas os fatos são os fatos. Ocorre aos homens de nossa família. E agora toca a ti, com a Anahí.


  -Como soube que a avó era a mulher indicada? -perguntou Alfonso, tentando aceitar tudo o que dizia seu avô-. O que te fez estar seguro, além dos sonhos, de que grand-mère era a mulher perfeita para ti?


  O ancião sorriu, fazendo mais profundas as linhas que lhe sulcavam os olhos e a boca. Sem lugar a dúvidas era um homem que  passou a vida sorrindo muito freqüentemente.


  -Quando a conheci, tive que me conter para não abraçá-la e convencer a de que era minha. Nunca quis estar afastado dela nem que estivesse triste. Sobre tudo, cher garçon, queria que fosse feliz e sabia aqui dentro -se destacou o coração- que só eu poderia fazer que o fosse.  Comprendes-você?


  OH, sim. Alfonso o entendia muito bem. Não era justo o que tinha sentido do primeiro momento que tinha conhecido ao Anahí? Um louco desejo de tocá-la, a necessidade de fazer o que fora para mantê-la a salvo, um ódio visceral para o perseguidor? Odiava ver as dúvidas que corroíam a Anahí, mas a chave de sua felicidade estava em liberar sua sexualidade.


  -O que lhe dizem as vísceras, Alfonso? Faz caso a seus instintos.


  -Não são racionais.


  As linhas emolduraram a boca do Brice quando seu sorriso se fez mais amplo.


  -Não têm por que. É o coração quem tem a última palavra. Há-te sentido alguma vez dessa maneira com outra mulher? Com a Kayla?


  O ancião se referia a sua ex-mulher.


  Alfonso só negou com a cabeça. Não. Nunca. Nem de perto. Casou-se com ela porque estava grávida, e ele era católico, inclusive embora ela não o fosse. O matrimônio acabou uns meses mais tarde quando encontrou um vídeo do Christopher Uckermann atirando-lhe enquanto ela, supostamente, tinha estado tão afligida pela perda de seu bebê que não tinha querido fazer  amor com seu marido. Olhando-o em retrospectiva, o divórcio tinha sido o melhor. Mas não podia esquecer aquela humilhação. Brice tinha estado com ele, esperando para ver um episódio do CSI que Alfonso  tinha gravado, quando  tinha encontrado com um tipo de ação totalmente diferente.


  -Com  Anahí é distinto, verdade? -sussurrou Brice.


  -É complicado. Anahí está saindo com outra pessoa. Estão comprometidos.


  Alfonso não podia lhe dizer a seu avô que Anahí pertencia ao homem que tinha estado com a Kayla no vídeo. Saberia imediatamente que ele tinha atraído a Anahí até sua casa para obter sua vingança. E não teria que lhe jogar muita imaginação para saber o que Alfonso fazia para consegui-lo. Esse ancião o esfolaria vivo com sua velha navalha e lhe jogaria tabaco nas feridas.


  Fazendo uma careta, Alfonso não pôde negar a desagradável sensação de vergonha que lhe atravessou as vísceras.


  E se Anahí  descobria alguma vez... OH, Deus, claro que  ia descobrir. Faria-o assim que falasse com o Christopher. E o impedir  era condenadamente impossível.


  Soltou um suspiro. Não havia maneira de apagar um correio já enviado. Maldita seja! Oxalá tivesse emprestado mais atenção a seu instinto nesse momento, que lhe dizia que enviar esse vídeo seria um terrível engano.


  E assim que Anahí e Christopher falassem, ele a perderia para sempre.


  O pensamento o encheu de pânico.


 


 



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Autor(a): annytha

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A menos que encontrasse uma maneira de atá-la a ele antes de que soubesse a verdade... Sim! Isso era. Brice se encolheu de ombros. —Bom, jovencito. O que o preocupa? Nem sequer estão casados. E possivelmente não o estejam ainda porque Anahí sabe que esse homem não é o indicado para ela. Se ela te der um beijo ou dois é porque seu coração e seu corpo sabem o que sua ...


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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29

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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

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