Fanfics Brasil - 47 Dominada pelo Desejo

Fanfic: Dominada pelo Desejo


Capítulo: 47

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—Isso é algo que um soldado faz todos os dias, Anahí. —Agarrou-lhe os pulsos com força—. É o que a joga para proteger aos cidadãos de seu país, gente a que não conhecerá nunca. Fui soldado muitos anos para trocar agora. Depois me converti em guarda-costas. Não podia estar ali e observar como lhe matavam.
A branca neblina do pânico começou a abandonar a mente da Anahí enquanto processava suas palavras. Alfonso a tinha salvado porque essa era sua forma de ser. Bem por instinto ou por cavalheirismo. Se estivesse combinado com o Reggie para matá-la, não teria tomado tanto tempo. Não parecia ser o estilo do Alfonso.
Vale, possivelmente não fora o sócio do Reggie, mas ainda havia algo que a inquietava. Algo que não quadrava.
—O fato de que me ajudasse no Lafayette não teve nada que ver saindo em meu programa?
Apoiando-se sobre os cotovelos que agora emolduravam o rosto da Anahí, ele sacudiu a cabeça.
—Importa-me um nada a televisão. Francamente, salvei-te porque tinha que fazê-lo. É meu trabalho. Mas também o fiz porque queria te tocar desde a primeira vez que falei contigo no chat. Senti que havia um vínculo entre nós. —Beijou-lhe brandamente a linha do queixo—. Senti sua inocência, sua curiosidade e sua incerteza. A primeira vez que te vi no café me senti nocauteado. Você e sua excitante reticência me fizeram te desejar tanto que não podia respirar. Aos cinco minutos de te conhecer já estava procurando a maneira de te tocar, de me deitar contigo. Ainda te desejo.
O pulso da Anahí deu um salto como se acabasse de encontrar um trampolim. Ele acabava de pôr as cartas sobre a mesa. Um estremecimento a atravessou, e as palavras e os pensamentos se atropelaram um após o outro. Sim. Não. Queria. Não queria. Tragou sem saber o que dizer.
—E você também me deseja.
Suas palavras, tão arrogantes como ele mesmo, sobressaltaram-na. Mas não as podia negar. É obvio que desejava ao Alfonso, inclusive embora ele seguisse aprisionando-a contra a cama. A pergunta decididamente sexual que aparecia em seus olhos cor chocolate lhe endureceu os mamilos. Sentiu que se molhava de novo.
Alfonso lhe depositou um beijo na frente, outro na mandíbula.
—Sabe que não vou fazer te mal, verdade?
Lentamente, ela assentiu com a cabeça.
—Te.. tem razão.
—E à respeito do seu amigo Reggie. Pode que ele seja, ou pode que não. Até que saibamos a verdade, não dê nada por certo.
Anahí sacudiu a cabeça.
—Mas é que gosta muito a fotografia. Não conheço ninguém mais que...
—Entendo-o. Mas é melhor esperar. Deke seguirá investigando. Por agora, acredito que o melhor será que não fale com o Reggie até que não saibamos nada mais. Tentaste te pôr em contato com ele?
—Tentei-o ontem. Mas aqui não tenho cobertura.
—Não. —Alfonso negou com a cabeça—. Daqui é impossível falar pelo celular. Denunciará seu desaparecimento se não lhe chamar por telefone?
—Por agora não, suponho que esperará uns dias.
—Esperemos que para então já o tenham detido. Enquanto isso não suponha o pior. É certo que parece que as coisas não pintam bem para o Reggie, mas não há nada seguro. E inclusive embora ele seja culpado, sabe que aqui não te encontrará, verdade?
Onde quer que fosse«aqui».
—Sim.
—E além disso, aqui estou eu para te proteger.
—Por que? —Por que ia ele a correr esse risco por ela?—. Não tem por que fazê-lo.
—Eu acredito que sim. —Acariciou-lhe o pescoço com o nariz, e lhe mordiscou o lóbulo enquanto seu quente fôlego lhe roçava a orelha—. Além disso, contigo, trata-se de algo mais que de te proteger.
Anahí se estremeceu. Precaveu-se de que os dedos do Alfonso se deslizavam por seus braços para lhe rodear os pulsos de novo, com suas pernas pressionando as dela. Uma corrente cálida se deslizou entre seus corpos, e sentiu a ereção do Alfonso, grossa, larga, insistente.
—Não deixa de me surpreender —sussurrou ele—. É o suficientemente pronta para lhe levar a dianteira a um psicopata perigoso e decidido. O suficientemente doce para me converter em um viciado em ti. O suficientemente teimosa para me desafiar. Tão forte para triunfar na televisão, um meio difícil onde abrir-se caminho.
O elogio mais agradável que Anahí tinha recebido do Andrew era o de ser uma mulher arrebatadora. Perfeita para luzir os vestidos. Entretanto, as palavras do Alfonso caíram sobre ela como se fosse doce caramelo quente sobre um sorvete, recubrindo seus medos com algo tranqüilizador e maravilhoso.
A um homem que queria lhe fazer mal não lhe importaria que ela fosse preparada, doce, teimosa ou forte. É mais, nem sequer se teria fixado nela. Na mulher que verdadeiramente era.
Alfonso a cativava, fazendo que se derretesse lentamente. Com a pressão de seus quadris contra seu sexo, Anahí sentiu que se derretia ainda mais. Uma labareda de desejo ardeu e se estendeu por seu corpo. Com uma profunda inspiração, sentiu-se envolta pelo aroma do Alfonso. Cheirava a couro, homem, a ciprestes e mistério. O desejo —e a dor— a percorreram e a fizeram arquear-se contra seu corpo.
—Não só me surpreende, deixa-me perplexo —murmurou contra sua pele, fingindo não notar como se esticava contra ele—. Assumiu um enorme risco ao iniciar um programa de televisão que anima às pessoas a explorar sua sexualidade, seja a que seja. Mas duvidas em explorar a tua própria. Por que?
—Fiz-o. Mas não estou segura de querer ser algemada... ou submetida...
—Atada a minha cama? Você gosta de estar a minha mercê.
—Não quero que seja assim! Não é normal.
—É perfeitamente «normal», não a todo mundo gosta do sexo baunilha*. Não é uma saída por isso, cher.
—Sou-o. E não quero sê-lo!


* No jargão da cultura de Dominação e Submissão, denomina-se baunilha às pessoas que praticam exclusivamente o sexo tradicional, e que não sentem desejos de experimentar novas sensações. (N das T)
Antes do Alfonso, nunca tinha estado com um homem capaz de lhe provocar múltiplos orgasmos. E não só os tinha tido porque ele a tivesse enchido a cabeça com pervertidas sugestões de submissão e outras sujas ações que ela só tinha vivido em sua imaginação. Não importava a forma em que a tocasse, esse homem era tão irresistível que a fazia perder a cabeça. O prazer que lhe dava não tinha nada que ver submetendo-se a ele.
—Sei que desejas ser como é. —Tocou-lhe brandamente uma mecha do fogoso cabelo dourado que lhe emoldurava o rosto—. E se me deixasse, poderia demonstrar isso Seus desejos não são só perfeitamente normais, a não ser completamente maravilhosos.
—Está louco.
—E você esconde a cabeça como uma avestruz e nega a ti mesma o que quer, nega-te a ser quem é de verdade —grunhiu ele, apertando a boca com frustração.
Anahí negou com a cabeça. «Não. Mil vezes não».
Mas temia que ele estivesse no certo. Algo no mais profundo de seu ser revivia com suas palavras. Tudo estava ali: esperança, necessidade, excitação; tudo o que tinha tentado negar e expulsar de sua cabeça. Uma parte dela —a maior parte em realidade— Queria aceitar tudo o que lhe oferecia.
—Por que foge de você mesma?
As desagradáveis calunia do Andrew voltaram para a mente da Anahí, escavando de repente sua confiança em si mesmo. «É uma depravada. Só uma puta quer isso!»
Quando a tensão invadiu seu corpo, Alfonso lhe sustentou os pulsos com uma mão e deslizou a outra por sua nádega nua. O calor da palma da mão do Alfonso contra sua pele fria a trouxe de volta ao presente. De retorno ao feito de que Alfonso estava estendido em cima dela, com seu enorme e duro corpo cobrindo-a por completo.
—Por que tem que ser como você diz? —desafiou-o ela—. Por que tem que ter razão?
—Posso te algemar a esta cama —murmurou ele—. Conseguir sua submissão, fode-la durante toda a noite e fazer que goze meia dúzia de vezes.
O desejo esporeou seu ventre como uma espada ardente ao escutar essas palavras terríveis e provocadoras. Anahí fechou os olhos, apertou os dentes e, ignorando a umidade de seu sexo, negou com a cabeça.
—Quão único quero é que te tire de cima.
Retorceu-se, tentando sair de debaixo de seu corpo, mas Alfonso não se moveu.
—Posso sentir como seus mamilos me cravam no tórax e como seu sexo se umedece docemente para mim. Tenho razão e sabe.
—Olhe que é cabeçudo! Possivelmente só queira ser tocada, possuída, de uma maneira normal.
Ele arqueou uma sobrancelha escura.
—Cre que quer sexo baunilha?
—Sexo tradicional —corrigiu ela—. E sim, estou segura de que isso é o que quero.
Alfonso vacilou, seu escuro olhar lhe esquadrinhou o rosto. Sua incredulidade quase acabou com a compostura da Anahí.
—Há algo entre nós. Química. Não o posso negar —balbuciou ela—. Só acredito que encontraríamos prazer juntos sem cordas nem ordens.
Olhando-a fixamente, Alfonso pareceu pesar as possibilidades. Com rapidez, chegou a uma conclusão. Sorriu.
Imediatamente, ela desconfiou desse amplo e branco sorriso cajún.
—Como quer —ronronou ele—. Será baunilha para ti, cher.
Sua capitulação tinha sido muito fácil. Agora sim que não confiava nele.
—O que quer dizer?
—Oui. Nada mais que beijos, tenras carícias, e a típica postura do missionário.
Alfonso o fazia soar como um pouco aborrecido, maldita seja, e não o era. Não seria assim entre eles. Entretanto, sentia que uma estranha punhalada de decepção lhe atendia o ventre ante a rápida aceitação dele.
Caramba, deveria sentir o contrário. Tinha ganho, não? Deveria estar emocionada.
—Obrigado —murmurou Anahí.
Ele se encolheu de ombros e lhe dirigiu um irônico sorriso.
—Só quero te agradar.
Ignorando a inquietação que crescia em seu interior, sorriu ao Alfonso quando liberou os pulsos e moveu as pernas para lhe permitir um pouco mais de liberdade de movimentos. Alfonso relaxou as costas e embora seguiu em cima dela, apoiou o peso nos cotovelos a ambos os lados de sua cabeça.
Alfonso deslizou gentilmente os polegares pelas bochechas da Anahí e baixou a boca até a dela. Com suavidade, como um bater de as asas, seus lábios se roçaram com os dela sem dar nem pedir nada em troca. Um simples roce, uma doce e suave pressão dos lábios, um intercâmbio de fôlegos.
Anahí fechou os olhos e tentou afundar-se no sensível ritmo do beijo, era fluido, tranqüilo e sedutor.
Muito agradável. Maravilhoso inclusive. Mas Anahí queria mais. Muito mais.
Necessitavam-se dois para dançar o tango, assim que ela teria que tomar a iniciativa. Estirando-se para agarrar a cabeça do Alfonso, enterrou os dedos entre as curtas mechas de seu cabelo e apertou seus lábios contra os dele. Alfonso lhe deu mais... pressão, acesso, paixão. Ela soltou um profundo gemido.
O beijo se fez eterno, interminável. Um doce intercâmbio de suspiros, um suave roce de línguas, entrega total de seus sentidos a esse homem que a fascinava. Não podia esperar a aproximar-se mais a ele, a lhe tocar... mas não era uma sensação exatamente sexual.
Foram transcorrendo os minutos. Em silêncio, Alfonso não fez nada mais que beijá-la, deslizando a palma da mão por sua bochecha, por seu ombro. No interior da Anahí começou a formar um suave crescendo. Algo que lhe exigia muito mais. De novo Anahí tomou a iniciativa. Empurrando ao Alfonso a um lado, mordeu-lhe a mandíbula, logo se apartou para desenredar o cinturão da bata, tirar-lhe e lançá-la a um lado. Aterrissou em um montinho no chão.
Debaixo, Anahí levava a pequena lingerie cor burdeos com um desenho que revelava seus mamilos e seu sexo. O que pensaria Alfonso?
Ante seu grunhido de luxúria, sentiu-se possuída por uma imagem mental. Imaginou invadido por uma urgente necessidade que o impulsionava a imobilizá-la, a lhe agarrar firmemente as coxas, abrindo-lhe tanto como podia, enquanto ele penetrava profundamente nela com muita paixão e pouca piedade.
Não! Não, aquilo era sexo tradicional.
Tremente ante seus caprichosos pensamentos, dirigiu-lhe um olhar cheia de incerteza. Alfonso continha o fôlego e seus olhos ardiam com um fogo abrasador.
—É muito formosa, cher. —Acariciou-lhe a curva do seio com o dorso dos dedos, brincando com o cós do sutiens que rodeava seu mamilo.
—Você gosta?
—Muitíssimo. —Ele se inclinou para lhe depositar um doce beijo no ombro.
Anahí franziu o cenho.
—Não me toca.
Alfonso sabia o que ela queria. Tinha que sabê-lo. A habilidade de ler em seu corpo era uma das qualidades do Alfonso que encontrava virtualmente irresistível. Além de rude, podia ser encantador, atrevido, divertido, ou tenro quando queria. Sempre sabia como excitá-la.
—Como quer que te toque?
—Nada de jogos —murmurou ela.
—Não. Quero sua felicidade. Só quero me assegurar de que te dou o que necessita.
—Só... me toque. Faz o amor comigo. Já sabe.
Ele sorriu ampliamente.
—O que eu sei e o que você quer não tem por que coincidir. Estou pisando em um terreno pouco familiar. Não tive sexo... tradicional há anos. E jamais contigo. Terá que me dar uma mão.
Anahí cruzou os braços sobre o peito.
—Está sendo muito pouco colaborador.
—Não estou de acordo —o aborrecimento matizava sua voz—.Diga me o que quer, e lhe darei isso.
—Me toque, me beije... faz algo que faria normalmente salvo me atar, me submeter ou me provocar dor.
Alfonso olhou o teto; parecia estar considerando cuidadosamente suas palavras.
—Isso me dá bastante onde escolher. Tentarei-o.


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Autor(a): annytha

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Apaziguada por sua aparente vontade de colaborar, Anahí se inclinou para diante e se desfez da camiseta do Alfonso, revelando os duros músculos de seus peitorais e seus abdominais firmes e definidos cobertos pela suave pele dourada. Incapaz de resistir, Anahí lhe lambeu um bico do peito com a língua e, apanhando-a entre os dentes, tironeó dela. A ele lhe cortou a respir ...


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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29

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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

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