Fanfics Brasil - Capítulo 12 Dominada pelo Desejo

Fanfic: Dominada pelo Desejo


Capítulo: Capítulo 12

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Alfonso ficou imóvel, totalmente estupefato. A surpresa, o alívio, o júbilo, e um pouco parecido ao mel, cálida e doce, estendeu-se por seu peito enchendo o de uma emoção a que não estava acostumado. Apesar disso, guardou silêncio.
AoAnahí lhe encheram os olhos de lágrimas. Tremia-lhe o queixo.
Suspirando, Alfonso se conteve para não agarrá-la em seus braços e sair correndo corredor abaixo para encerrá-la depois da porta de seus quarto de jogos. Embora lhe custou um grande esforço. Ainda não estava seguro de que esse medíocre pó baunilha tivesse convencido a Anahí de que tinha nascido para ser uma submissas, sentia-se culpado por algo que ele não compreendia. E ela não seria feliz até que não resolvesse.
Como tinha intenção de fazê-la sua —mataria com supremo gosto ao Christopher ou a qualquer outro filho de uma cadela que pensasse que lhe pertencia—, Alfonso acreditava que seria melhor chegar agora à essência da questão. Queria que, desde este mesmo momento, ela começasse a reconhecê-lo como seu amo, seu amante, o homem a quem confiar sua segurança.
Alfonso se inclinou para frente e a beijou na frente.
—Por que?
Ela demorou para responder. Sentou-se na cama, dobrou as pernas até o peito nu e apoiou a frente nos joelhos. Ele não a pressionou, não a tocou, só esperou.
Ao fim, ela levantou o olhar empanado para ele, demonstrando que tinha estado chorando em silêncio.
—Disse-me que não me sentiria satisfeita com sexo baunilha. Não queria te acreditar, mas acredito que acaba de demonstrá-lo.
Maldição. Anahí acabava de admitir duas coisas que teria que tratar com supremo cuidado. A primeira era fácil, assim começou pela segunda.
—Como o demonstrei?
Ela arqueou as sobrancelhas e logo franziu o cenho como questionando a prudência do Alfonso.

—Acaso o que acabemos de fazer foi para tirar o chapéu?
Ele sorriu, tentando manter o tom ligeiro.
—Não o tinha posto.
A Anahí não fez graça.
—Assim agora te parece gracioso?
—Não, cher —a tranqüilizou—. Não foi tirar o chapéu, mas tampouco o esperava. Aceitei faz muito tempo que eu não gosto de nada a baunilha, nem sequer em sorvete. Me diga como foi para ti.
Era uma ordem sutil. Anahí vacilou, lutando consigo mesma. Finalmente se rendeu.
—O que temos feito esteve bem. Foi agradável, como ir ao picnic. Eu gostei um pouco mais do que estava acostumado a gostar do sexo. —As lágrimas alagaram seus olhos, e seu olhar azul refletiu sua confusão—. Não o esperava. Esperava mais... uma palavra, uma ordem... alguma indicação do que queria, pelo que sentia. Algo que nos fizesse nos compenetrar. Um pouco mais intenso.
O alívio e o júbilo alagaram ao Alfonso. Quando tinha acessado a manter relações sexuais sem dominação, tinha esperado que essa fosse a resposta da Anahí. Mas não tinha estado completamente seguro. Ela estava resultando ser tudo o que ele tinha acreditado. Durante anos tinha desejado encontrar a uma mulher como ela. Mesmo assim, tinha que ir com muito tato.
—Suas experiências sexuais passadas não foram satisfatórias?
Lhe dirigiu um olhar vagamente culpado.
—Não... eu... Não.
Ah. Isso o dizia tudo. Poderia havê-la arreganhado por acreditar que gostava do sexo simples, mas Anahí tinha que descobri-lo por si só. Uma das coisas que mais gostava dela era como se aferrava a sua força de vontade e a sua determinação, inclusive se ao final chegava a essa frustante conclusão.
—Por que pensava que seria diferente comigo?
Anahí encolheu um ombro sem muito entusiasmo.
—Você, eu gosto mais que qualquer outro. E, simplesmente, pensei que foi você. Que seria diferente contigo. Antes de te conhecer, alcançava o orgasmo em muito estranhas ocasiões. Se esta tivesse sido nossa primeira vez, haveria-me sentido eufórica pelo que acaba de ocorrer. Salvo que já sei quão explosivos podemos chegar a ser quando...
—Submeto-te? —apressou-a.
—Sim. —Ela se ruborizou—. Não só me excita estar contigo, mas também a maneira exigente com a que me trata. É capaz de ler em meu corpo e em minha alma. Faz que tenha um montão de fantasias até que estou tão excitada que...
Alfonso se obrigou a conter o sorriso de «já lhe disse isso» que ameaçava lhe cruzando o rosto. Era muito breve para sorrir. Tinha que assegurar-se de que realmente tinha chegado até ela.
—Isso é porque necessita que haja outro órgão sexual envolto: seu cérebro. Isso não é possível com o sexo convencional. A Dominação e Submissão pode ser um jogo ou um estilo de vida, depende da seriedade com a que lhe tome. O que sim é indiscutível, é que conecta o corpo com a mente. A promessa do prazer pode ser tão excitante como o prazer em si mesmo... possivelmente mais, e o que antes tem descoberto é que sua mente não estava em sintonia com seu corpo.
Anahí vacilou, mordiscando-se esse lábio exuberante e pleno que fazia que um homem o olhasse fixamente. Logo, a compressão iluminou seus envergonhados olhos azuis.
—Sim. Senti falta da parte mental. Precisava saber o que pensava, ouvir sua voz me urgindo a continuar.
Parecia que por fim começava a dar-se conta. Alfonso sorriu.
—No que trabalha seu noivo?
Anahí franziu o cenho ante essa pergunta tão desconjurado. Vacilou.
—É analista para alguma organização governamental. Não sei com exatidão a quem ou o que estuda.
Interessante informação, Alfonso a reservou para mais adiante.
—E como é o sexo com ele?
Teve que apertar os dentes para controlar a voz. Pensar no Christopher tocando a Anahí... Christopher podia ser mais alto que ele, mas no exército, Alfonso lhe tinha chutado o traseiro em mais de uma ocasião. E estava tentado de voltar a fazê-lo.
Anahí negou com a cabeça, os ardentes cabelos dourados lhe caíram sobre os ombros pálidos. Baixou as pestanas, ocultando a expressão de seus olhos.
—Nunca o temos feito.
«Nunca». Alfonso exalou, assombrado. Transou com Anahí antes que seu noivo? Sim, a doce vingança era cada vez mais doce. Mas as emoções que percorriam ao Alfonso tinham que ver mais com o fato de que Christopher jamais havia tocado a essa mulher que ele sentia como dele e só dele, que com a própria vingança. Anahí seria dele, sim. Mas primeiro, tinha que acabar essa difícil conversação.
—Em realidade, não acredito que pensasse que o sexo baunilha fosse ser melhor comigo. De fato o esperava. A pergunta é, por que? Não sei nada do namorado que teve na universidade, mas que escolhesse a um jogador de futebol americano e a um produtor de televisão indica que você, inclusive de maneira inconsciente, procurava um homem poderoso e domínador. Não é certo?
O espanto da Anahí disse ao Alfonso que tinha acertado e que a tinha deixado estupefata.
—Sim.
—Por que rompeu o compromisso com o produtor?
—Andrew e eu rompemos porque...
Lhe tremeu a voz e apartou o olhar com uma careta de desgosto. Definitivamente ali havia gato encerrado. Depois de que tivesse levado a Anahí à cabana, tinha-a interrogado sobre seu passado sexual, e ela se negou a responder às perguntas sobre o Andrew ou por que o tinham deixado.
—Porque...?
Ela o olhou com esses atormentados olhos azuis, e Alfonso sentiu esse olhar como uma punhalada no ventre. Sim, ao final ia obter suas respostas, mas a Anahí estava custando um grande esforço dar-lhe. Agarrou-lhe a mão e a apertou, esperando que ela compreendesse seu mudo apoio.
—Houve muitos razões. Mas o sexo... não é que nos fosse muito bem. Não conseguia chegar ao orgasmo com ele. —Anahí vacilou e sacudiu a cabeça—. Recordo que eu gostava de seu senso de humor e sua inteligência, mas quando me tocava, era como se pensasse que me podia romper. Sempre era suave e doce. E silencioso. Não nos compenetrávamos. Logo não sentia nada.
Alfonso lhe embalou a cabeça com uma mão e lhe acariciou o sedoso matagal de cabelos dourados. Queria consolá-la, fazê-la ver que não corresponder a umas carícias suaves, doces e silenciosas não a convertia em uma má pessoa. Mas não podia interrompê-la. Tinha que tirar-se esse peso de cima.
—Continua.
Anahí suspirou.
—Perguntou-me o que me passava, o que tinha que fazer para que as coisas fossem melhor. Confiei nele. Parecia mundano e liberal. Assim que lhe contei algumas das fantasias que jamais havia dito a ninguém, essas fantasias... já sabe. Disse-lhe o que pensava a respeito de...
—Ser atada, submetida e possuida—. Alfonso tivesse apostado tudo o que possuía a que sabia o que ia dizer Anahí a seguir—. O que te respondeu?
Esta vez ela tragou saliva e fechou os olhos com força. Uma tremente lágrima escorregou por sua bochecha. Alfonso quis bater em algo. Não, a alguém. .. ao Andrew.
—Chamou-me depravada. Disse-me que só uma puta queria algo assim. Disse-me que não continuaria a relação a menos que procurasse ajuda profissional e que me tirasse esses pensamentos da cabeça.
Ajuda profissional? Onde estava Andrew nesse momento? Não queria lhe chutar o traseiro a esse bastardo, queria matá-lo por ter feito que Anahí chorasse e duvidasse de si mesmo.
—Espero que tenha dito umas verdades e o mandasse ao inferno —grunhiu ele.
—Não com essas palavras. Devolvi-lhe o anel e lhe disse que ficasse. —mordeu-se o lábio, e um brilho de humor apareceu em seus olhos azuis—. Acredito que lhe assinalei que conseguisse um pênis de verdade.
Alfonso riu com alívio. Atraiu-a para ele, sentando-a em seu regaço.
—Boa garota. Não há nada mau em ti, cher. —Olhou-a diretamente aos olhos, esperando que acreditasse—. Andrew é aqui o único que tem problemas, grande idiota. Não gostou que pusesse em dúvida sua virilidade, você é mais forte que ele, e queria algo de alguém que não era o suficientemente homem para lhe dar isso. Não é uma depravada. Necessita a alguém a quem lhe possa confiar sua segurança e seu prazer, sua mente, seu corpo e sua alma. E isso é o que te faz tão maravilhosa e perfeita.


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Autor(a): annytha

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Anahí apertou a mandíbula, lutando por conter as lágrimas. E ele não queria que o fizesse. Era o momento de desafogar-se e chorar de uma vez por todas. Depois, quando estivessem fazendo o amor, não haveria tempo para lágrimas. —Me diga —a persuadiu—, não passa nada. —É que não podia me tirar sua voz da cabeça. —Então foi incapaz de conter-se mais. As lágrimas alagaram ...


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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29

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