Fanfics Brasil - Capítulo 15 Dominada pelo Desejo

Fanfic: Dominada pelo Desejo


Capítulo: Capítulo 15

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  -Alfonso? -O estômago lhe atou com força, logo caiu aos pés.


  Ele estava justo na porta do quarto de banho, grande, forte e com vontade de brigar, lhe bloqueando qualquer via de escapamento. Anahí se umedeceu os lábios repentinamente secos. Qualquer pessoa que não o conhecesse diria que a expressão do Alfonso era neutra. Mas ela, que o conhecia bem, pôs-se a tremer.


  -Como...?


  Jogou uma olhada ao relógio da parede por cima do ombro. Deke lhe havia dito que Alfonso a encontraria em quarenta e cinco minutos. Tinha-o feito em trinta e sete. E pelo que via, com muita dificuldade podia controlar sua cólera. Apertava os punhos com força, tinha as veias marcadas nos antebraços, a mandíbula tensa, as negras sobrancelhas franzidas sobre os reprovadores olhos escuros. Sem dúvida tinha sentido falta de tudo isso.


  E a rugiente ereção que pressionava contra a braguilha dos jeans. Mas esse não era todo o interesse que tinha nesse demônio.


  Alfonso agarrou a bolsa da Anahí, deu-lhe a volta e pulverizou o conteúdo em uma mesa redonda. Agarrou um pequeno dispositivo de plástico. As letras GPS no dorso lhe disseram tudo o que precisava saber.


  Maldição! Deke o tinha posto em sua bolsa, provavelmente quando ela deixou cair o conteúdo depois de que «acidentalmente» Deke tropeçasse com ela e a «tivesse ajudado» a recolher o que caiu. Anahí tomou nota mental de lhe dar uma bofetada quando... não, não ia voltar a vê-lo.


  -Deke te ajudou a me localizar -lhe espetou.


  -Te teria encontrado sem importar o tempo que me tivesse levado. Sem importar o que tivesse tido que fazer. Deke só me facilitou isso um pouco. De qualquer maneira, seguia-te os passos muito de perto.


  Anahí resmungou entre dentes um desejo impossível.


  -Não, não te deixarei sozinha. De fato, tenho que te fazer uma pergunta: tornaste-te louca?


  -Por querer me afastar de você depois de sua precipitada retirada desta tarde? Pois sim, devo estar louca.


  Ele fez uma careta. OH, foi algo sutil, mas ela conhecia o Alfonso o suficiente para dar-se conta.


  -Maldita seja! -Mexeu o cabelo escuro e se aproximou ainda mais-. Alyssa me chamou quando deixou o clube e me contou o das fotos e a nota. Deke me confirmou isso. Que demônios estava pensando? Ou acha que seu perigoso admirador recolheu os bens para partir a casinha?


  -Não tinha maneira de me seguir até aqui. Estarei segura durante um par de noites. Depois disso... -encolheu-se de ombros-. Não é a única pessoa do planeta que pode me manter a salvo.


  Ao parecer não gostou da resposta, porque avançou um passo mais; um tipo enorme e dominante cheio de cólera e, apesar de tudo, preocupado por ela.


  -Conhece algum outro guarda-costas melhor qualificado? Alguém que seja capaz de te proteger?


  -Não acredito que seja teu assunto.


  -Por que? Porque antes me comportei como um estúpido? Não ponha esso rosto de surpresa. É certo, equivoquei-me. E o lamento.


  Alfonso desculpando-se? Assim sem mais? Não. Aquilo era muito bonito para ser verdade. Tinha que haver uma armadilha por algum lado.


  -Só te desculpa para que volte a me comportar como uma garotinha boa e deixe que me despreze de novo.


  -Estou disposto a me desculpar para não te perder. Mas me perdoe ou não, não vou deixar que esse bastardo se aproxime de você.


  Anahí assinalou a habitação vazia.


  -Como pode ver, não há mouros na costa. Não vejo nenhum psicopata por aqui disposto a me matar. Por mim, pode partir.


  Ao Alfonso palpitou um músculo na mandíbula.


  -Não penso ir a nenhum lugar. É possível que esse idiota te tenha seguido até aqui do local da Alyssa. Pode que tenha estado vigiando o clube, esperando que aparecesse por ali. Ou não pensaste nisso?


  Anahí odiava admitir que ele pudesse ter razão. Mas nesse caso, assim era. Maldita seja, tinha que começar a pensar com a cabeça que Deus lhe tinha dado e não com esse estúpido coração dele.


  -E se crê que terminamos -continuou Alfonso, avançando para ela e parecendo maior e dominante se isso era possível-, está equivocada. Não vou perder te à mãos do perseguidor, nem de nenhuma outra maneira. Ponto.


  Anahí pôs os olhos em branco.


  -Assim não quer me perder? Já. Um joguinho com o que foder. Isso é o que sou para você. Você adorou me submeter e fazer que trocasse o conceito que tinha de mim mesma. Felicito-te por me convencer de que sou uma submissas. Agora sai de minha vida. -Passou com rapidez por seu lado.


  Alfonso a agarrou pela cintura e a atraiu contra seu peito. Anahí não demorou mais de um segundo em sentir o aço de seu  pênis pressionando contra seu traseiro. Aquilo não deveria lhe importar, não deveria pô-la tensa de necessidade, não deveria fazer que se sentisse ansiosa por entregar-se a ele.


  Mas o fazia. Anahí lhe desejava com um desesperado desejo que esticava seu corpo e fazia que lhe doesse, e se temia que só ele podia lhe dar alivio.


  -Um joguinho com o que foder? -grunhiu-lhe ao ouvido-. Não. A um brinquedo poderia havê-lo devolvido a sua caixa e esquecê-lo. Poderia havê-lo desdenhado sem voltar a pensar nele. Um maldito joguinho não me poria duro cada vez que ouço sua voz nem me afligiria quando o visse chorar. Nem estaria disposto a lhe entregar meu coração em uma bandeja em troca de um fodido sorriso.


  Anahí conteve o fôlego. Alfonso não podia estar falando a sério. Era impossível depois de como a tinha tratado essa noite.


  -Me solte.


  A demanda caiu em saco quebrado. Em seu lugar, Alfonso lhe grunhiu ao ouvido:


  -O pendente que te pus a noite passada, significava algo. Refiro-me ao coração de rubi. Sei que sabe. Não pode ter passado por cima o simbolismo.


  Seu coração? Não...


  -Não significaria tanto quando me amaldiçoou antes de me abandonar. Pressionou-me uma e outra vez, até que conseguiu que abrisse a você e te contasse minhas fantasias, me prometendo que tudo estaria bem. Enquanto você te guarda seus segredos para você, eu tenho que...


  -Minha ex me pôs  chifre -a interrompeu Alfonso com a respiração entrecortada-. Me inteirei de que se deitava com meu melhor amigo por um vídeo que  encontrei.


  Anahí ficou boquiaberta. Sua acalorada discução ficou interrompida de repente. Seria verdade que Alfonso tinha visto seu melhor amigo e a sua esposa juntos na cama? Que não se inteirou por uns rumores ou pela confissão de sua própria esposa? O que ele tinha presenciado tudo e que era algo que não se podia tirar da cabeça?


  Para um homem forte e orgulhoso como  Alfonso devia ter sido como uma bofetada no rosto.


  Anahí se arriscou a lhe olhar por cima do ombro. Com as defesas baixas, o olhar do Alfonso gotejava cólera e, de uma vez, implorava perdão.


  -Não estávamos... muito unidos. Foi o final. Tinha tentado lhe dar o que necessitava: dinheiro, segurança, tempo, espaço, depois de que tivera um aborto involuntário. Sempre fui fiel, mas...


  Não tinha sido suficiente. E não tinha sabido o que mais fazer. Proclamava seu atormentado olhar e o doloroso silêncio que seguiu.


  Alfonso a virou de cara a ele e logo a soltou.


  -Ver como outro homem a atirava me corroeu por dentro. Ver como lhe rogava que a acariciasse -tragou saliva-, quando logo que podia suportar estar na mesma habitação que eu... E logo me deixou. Por ele.


  O resto da mensagem brilhou claramente em seu olhar torturado. Anahí lhe importava e não a deixaria partir. Tampouco ocultava sua intenção de voltar a possui-la.


  E lhe tinha contado que tinha fantasias sobre duas vorazes frangas submetendo-a e possuindo-a de uma vez. Ele queria que compreendesse por que não desejava compartilhá-la com outra pessoa.


  Ver outro homem deitando-se com sua ex-mulher lhe tinha afetado muito, tinha ferido seu orgulho. Esse ardente e penetrante olhar dizia a Anahí que Alfonso se converteria em um maniaco ciumento se via como outro homem a tocava. Aquilo poderia chegar a destrui-lo.


  OH, Deus. Ele não tinha saído disparado do quarto de jogos porque se houvesse sentido escandalizado; tinha-o feito porque tinha medo. De perdê-la.


  Porque lhe importava.


  -Não deixei de me perguntar o que era  que minha ex necessitava. -Ao Alfonso lhe quebrou a voz. esclareceu-se garganta e fechou os olhos. Apartou o olhar--. Em dez meses de matrimônio, jamais me disse que me amava. No vídeo, o disse a esse cara três vezes em oito minutos. Após, não pude deixar de me perguntar se realmente poderei fazer feliz a uma mulher.


  A intensidade de seu olhar a deixou sem fôlego. Nesses olhos escuros espreitava o medo de que ela não pudesse amá-lo. De todas as coisas que ela tinha esperado dele, o amor se encontrava ao final da lista.


  Os sentimentos, quentes e profundos, estalaram no peito da Anahí. Com uma mão, cavou-lhe a áspera bochecha obscurecida pela barba e lhe acariciou a maçã do rosto com o polegar. A vulnerabilidade que escondia seu cenho lhe rompeu o coração enquanto lhe beijava a palma da mão e o observava com um olhar que não podia ocultar a crua verdade.


  -Contaste a alguém o que fez sua ex-mulher?


  -Não. -A voz tensa soou entre um sussurro e um barboteo, logo lhe dirigiu um afligido sorriso-. Bom, contei ao Deke um fim de semana de bebedeira.


  Esse homem, orgulhoso e autoritário, acabava de deixar ao descoberto seu medo e dor. A ela. Para que compreendesse por que a tinha deixado antes.


  -Tem todo o necessário para fazer que uma mulher te ame -disse Anahí com voz tremente-. Depois de tudo, estou tentando conter o perigoso desejo de me apaixonar por você há três dias.


  Os olhos do Alfonso se aumentaram e arderam. Aproximou-se mais a ela, lhe colocando os dedos entre os cabelos, comendo-lhe de cima abaixo com um olhar faminto.


  -E o conseguiste?


  Anahí vacilou. Se respondia a essa pergunta, daria-lhe muito poder sobre ela. Mas apesar disso, Anahí ouviu a ordem sutil de sua voz, aquela que sempre conseguia excitar seu corpo e que a impelia a submeter-se a ele. Viu como a apreensão esticava os rasgos do Alfonso e não pôde guardar silêncio.


  -Não o suficiente para minha tranqüilidade.


  Um amplo sorriso se estendeu pelo rosto do Alfonso, os dentes brancos brilharam contra a morena pele cajún. Os olhos pareciam da cor do chocolate derretido. E essa expressão... tão brilhante, tão feliz.


  -Vale. Mas não espere o mesmo de mim.


 



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Autor(a): annytha

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Logo lhe cobriu a boca com a sua, com um desejo urgente e exigente de uma vez. Com controle e mestria. Os frios lábios da Anahí se esquentaram sob seu tato com rapidez. Seu corpo se derreteu, esquentou-se e começou a lhe doer. O roce desses lábios, a dança sensual de sua língua, e de repente, todo seu ser se encheu do Alfonso; de seu aroma e da dura largura de seu peito, d ...


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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29

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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

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