Fanfics Brasil - 65 Dominada pelo Desejo

Fanfic: Dominada pelo Desejo


Capítulo: 65

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Alfonso vacilou, estava claro que tentava procurar as palavras adequadas. Ou novas mentiras? A dúvida cruzou pela mente da Anahí.
—Quer lhe contar você o da Kayla ou o faço eu?
—Christopher, te cale —grunhiu Alfonso—. Já sabe o da Kayla.
Kayla? Quem diabos era...? Já, a ex do Alfonso. Anahí não sabia seu nome, mas tinha que ser ela. Sim, sabia o da Kayla, sabia que Alfonso tinha visto em um vídeo como sua mulher mantinha relações sexuais com seu melhor amigo...
A verdade se estrelou contra Anahí, deixando-a sem fôlego e atravessando-a com uma dor tão intensa que quase a dobrou em dois.
Cravou no Alfonso um olhar horrorizado.
—Christopher. Ele era seu amigo. Que estava no vídeo fazendo o amor com sua ex.
—Enquanto estávamos casados —apostilou Alfonso—. Traiu anos de amizade e confiança.
E tudo isso tinha ferido o orgulho do Alfonso.
Anahí tremeu de cólera e incredulidade. De dor. Deke a rodeou com um braço para reconfortá-la. Lhe deu uma cotovelada no ventre, e apertou o lençol contra seu peito enquanto lhes dirigia um olhar irado.
Logo assinalou ao Alfonso.
—Você também traíste minha confiança. Tudo o que me tem feito fazer... —ruborizou-se ante a lembrança—. A maneira em que me tem feito me encarar a mim mesma... Maldita seja, acreditei em ti. Em nós. Deus, fui tão idiota! Como terá rido de mim.
—Jamais ri de você. Anahí... cher, eu nunca tive intenção de te fazer mal.
—Eu...
—Nunca pensou se isto lhe faria mal ou não —o acusou Christopher—. Não te importava.
—Isso não é certo. —Alfonso se aproximou dela para lhe agarrar a mão.
Anahí se separou dele antes de que pudesse fazê-lo. A cólera e a angústia se refletiram no rosto do Alfonso e esticaram os músculos que ondeavam em seu peito e em seus ombros.
Não, era uma atuação. Tudo tinha sido por vingança. Não devia lhe preocupar se ele estava doído de verdade. Como Christopher havia dito, ao Alfonso não importava havê-la ferido.
—«Pântano», filho de uma cadela. Aí tem sua palavra de segurança. Não volte a me tocar.
Seu rechaço fez que uma dor afiada atravessasse o rosto do Alfonso. Ele se voltou para o Christopher.
—Não é exatamente Dom Honorável —resmungou Alfonso—. É quem seduziu a Kayla enquanto estava casada e a fez acreditar que a amava...
—É por isso pelo que me seduziu? —gritou- Anahí ao Alfonso—. Pelo que me fez trocar de opinião a respeito de mim mesma e minha sexualidade? Fez-me acreditar que me amava, e que eu também te amava. Disse-lhe isso enquanto... —interrompeu-se quando a horrível verdade a atravessou como um relâmpago gelado—. Essa deveu que ser a pontada final, que te dissesse que te amava enquanto fazíamos o amor, igual a Kayla o disse ao Christopher. Sabia que o faria ou só o esperava?
—Cher, não foi assim. Juro-lhe isso. Eu...
—Santo Deus! Tem- feito ao Anahí o que fez a Kayla? —interrompeu-lhe Christopher com a voz cheia de incredulidade-—. Comeste-lhe o coco para convertê-la em um robô submisso?
—Parece-te que se converteu em um robô?
—Kayla não podia suportar o que queria de uma mulher, e depois de você lhe davam medo os homens. Assim que pensei que era minha, deixou-me. —Franzindo o cenho com incredulidade e fúria, Christopher agarrou ao Alfonso pelo braço—. Tem feito o mesmo ao Anahí, bastardo?
—Não! —insistiu Alfonso—. Anahí é tudo aquilo que sempre procurei em uma mulher. É minha mulher. Excito-a, que já é mais do que você pode dizer. Dei-lhe tudo o que seu corpo necessita, inclusive um ménage, algo com o que não estava de acordo, e tudo porque quero vê-la feliz. O que tem feito você, além de ignorar sua sexualidade e abandoná-la quando um psicopata começou a acossá-la, masturbou-se em sua cama e logo lhe disparou? É isso o que significa o amor para ti?
—Disparou-te, carinho? —a fúria deu passo à preocupação no rosto do Christopher. Baixou a arma a um lado.
—Aparta isso —sussurrou Anahí, assinalando a arma com a cabeça.
Com um suspiro reticente, um que comunicava quão de saco cheio estava, Christopher se guardou a arma na cintura detrás das costas, e a olhou.
Quando tentou lhe pôr a mão no ombro, Alfonso grunhiu:
—Não a toques!
Logo saltou para ele e o acertou um murro no queixo. Ele reagiu e se endireitou, esfregando o queixo com uma mão e fechando a outra em um punho.
Alfonso bloqueou o murro do Christopher.
—Deixei que tirasse a Kayla. Não a amava e todos sabíamos. Mas terá que me matar antes de me arrebatar a Anahí. A amo. Sempre a amarei. —Alfonso se voltou então para ela com um olhar arrependido e suplicante—. Se me deixasse te explicar e me desculpar. Não pode te casar com ele.
—Não vai se casar com nenhum de vós! —gritou uma voz desconhecida da porta aberta.
Christopher se deu a volta e Alfonso olhou por cima do ombro de seu irmão para ver quem era o novo visitante, mas Anahí não teve que perguntar-se quem tinha chegado, simplesmente sabia. Conhecia essa voz.
—Andrew! O que está fazendo aqui? —moveu-se para olhá-lo, apertando ainda mais o lençol contra seu corpo nu.
O sangue lhe gelou nas veias quando viu que Andrew normalmente educado e amável, olhava-a com raiva enquanto bloqueava a porta. A fúria o fazia vibrar e enchia a habitação de uma força letal. A adrenalina e a cólera deviam correr por ele, devido por como lhe tremia a arma que sujeitava nas mãos..., uma arma que a apontava a ela.
Anahí soltou um grito afogado enquanto sua mente se esforçava em compreender o novo giro dos acontecimentos.
—Alguém tem que te deter. —Andrew cravava os olhos nela como se fosse uma estranha, logo olhou de esguelha ao Deke e ao Alfonso, ambos sem camisa e despenteados, que permaneciam a uns metros. E chegou à conclusão acertada—. Te deitaste com dois homens de uma vez? Sabia que foi uma puta, mas isto supera algo. Não posso acreditar que quase me tenha casado contigo. Quando te enrolou com o filho do senador Uckermann me encheu o saco o bastante. —Ao Andrew lhe agitou o cabelo grisalho ao assinalar ao Christopher com a cabeça—. Te foste viver com ele, decidiu te casar com ele. Te deitar com ele. E agora te ataste com outro homem mais. Seu guarda-costas, não? Pediste-lhe também que te submeta?
A brincadeira do Andrew flutuou no ar, sua hostilidade lhe ardia como uma bofetada no rosto. negou-se a sentir-se envergonhada por suas palavras. Mas o fato de que a apontasse com uma arma, fazia que o coração lhe pulsasse a toda pressa e a enchia de medo.
—Sim.
Alfonso a olhou, logo cravou os olhos no Deke. Entre eles houve algum tipo de comunicação silenciosa, que Anahí não pôde compreender.
Andrew sacudiu a cabeça.
—E aqui está, lhe pondo os chifres a seu namorado com estes dois musculosos. Para que? Para desfrutar de uns quantos orgasmos? Você e eu nos compenetrávamos e desfrutávamos do sexo puro, até que um dia o danificou tudo.
Christopher saltou para o Andrew, estendendo a mão para arrebatar a arma de sua nervosa presa. Andrew rugiu e se apartou, disparando duas vezes em direção ao Christopher. Anahí se ouviu gritar a si mesmo antes de que os estalos das balas a ensurdecessem. Seu irmão se atirou ao chão para evitar ser ferido.
Contendo a respiração, Anahí saltou da cama para saber como estava.
—Volta para a cama! —rugiu Andrew, apontando-a de novo com a arma—. Agora!
Anahí se meteu sob os lençóis e cobriu sua nudez de novo. O coração martelava no peito até quase deixá-la surda. Andrew falava a sério. Muito a sério. E Christopher? OH, Deus, tinha-lhe disparado.
Com lentidão, Alfonso se inclinou para ajudar ao Christopher a ficar em pé. O punho do Andrew se esticou branco sobre a arma, sua boca se apertou em uma linha sombria.
Assim que esteve de pé, seu irmão lhe dirigiu um olhar tranqüilizador.
—Estou bem. Faz o que ele diga, Anahí.
—E que a ninguém mais dê de fazer o herói —espetou Andrew, agitando os braços como um louco, mas sem soltar a arma.
Anahí se obrigou a respirar fundo, tentando manter a calma. Conhecia o Andrew. Que ficasse histérica só conseguiria que ele ficasse mais nervoso ainda. Ao Andrew gostava das óperas, uma arte onde habitualmente os personagens principais morriam e cuja tragédia a gente aplaudia.
Por favor, Deus, que aquilo não acabasse em tragédia. Tinha que salvar-se e impedir que Christopher, Alfonso ou Deke fizessem algo que lhes custassem a vida.
Anahí inspirou e falou em voz baixa, tentando soar muito mais tranqüila do que estava.
—Por que está aqui? Minha vida não é teu assunto, Andrew.
—Ignoraste minhas fotos e minhas notas. Fugiu quando deixei meu sêmen em sua cama para te recordar que esse era o lugar onde uma vez estivemos juntos. Tentava te fazer ver quem pertencia realmente. Com o tempo poderia te haver perdoado o do Uckermann. É certo que discutimos, mas deveria te haver dado conta de que tinha intenção de voltar contigo. Entretanto, o destes dois... —agitou de novo o punho tremente, assinalando com a arma que agarrava com força ao Alfonso e Deke—. Deveria te haver disparado no clube de striptease. Tivesse-o feito se aquele lugar não tivesse estado tão abarrotado.
As palavras do Andrew a sobressaltaram ante o que aquilo implicava.
—Então, Reggie não me está...?
Andrew pôs os olhos em branco e suspirou com impaciência.
—Perseguindo?
—Isto é um perseguição, idiota —grunhiu Deke.
Com uma sacudida de cabeça, Anahí tentou lhe fazer calar.
Graças a Deus, Andrew o ignorou.
—Reggie? Claro que não. Não me viu no clube de striptease? Estava justo diante de ti. Quase me enganou com aquele disfarce, mas reconheceria seus olhos em qualquer lugar.
—O clube estava muito cheio para que pudesse verte —murmurou ela—. Foi você? Quando recebi as fotos, pensei que ele...
Seu ex-namorado pôs os olhos em branco.
—Por favor. Reggie me ensinou a fazer fotos e às revelar. Mas não tinha nem idéia do que eu estava fazendo até o outro dia.
Andrew sorveu pelo nariz, e Anahí soube que se havia sentido ofendido de que ela tivesse acreditado inclusive por um momento que Reggie podia espreitá-la com a mesma mestria que ele.
—Não te ajudou? —«Segue falando, lhe distraindo. Permanece tranqüila enquanto encontra uma saída para este perigoso enredo».
—É muito estúpido. Durante um tempo, ajudou-me a te seguir a pista, é muito atento e protetor. Assim que se deu conta de minhas intenções, o muito estúpido veio a te advertir, mas não te encontrou. —Andrew sacudiu a cabeça com o rosto retorcido pelo desprezo—. Conseguiu que essa fulana do clube de striptease o denunciasse antes de poder te avisar de que eu estava na cidade.
—Você? Foste você todo o momento?
Alfonso fez uma careta, logo dirigiu ao Deke outro olhar. Pela extremidade do olho, viu que Deke assentia com a cabeça. Anahí se esticou.
Iriam fazer alguma estupidez heróica, e o único que conseguiriam era que os matassem a todos.
—Não —lhes sussurrou.
—Eu sou seu salvador! —gritou-lhe Andrew, logo ficou rígido enquanto seu rosto se obscurecia com um cenho aterrador—. Alguém tinha que te salvar de ti mesma. Quanto começamos a sair, foi doce e inocente. Não me importou que não fosse virgem porque já tinha mais de vinte e um anos e não nos tínhamos conhecido antes, depois de que discutíssemos suas idéias sobre o sexo, dava-me conta, finalmente, de que não tinha emprestado suficiente atenção, e decidi te dar uma nova oportunidade apesar de que tivesse enrolado com o Uckermann. Decidi te cortejar, acreditei que poderia te salvar se me casava contigo. Mas... —martelou a arma e fez um gesto de desdém para o Alfonso—. Assim que conheceu Herrera, começou a atuar como uma cadela em zelo. É um reconhecido praticante da Dominação e Submissão, e começou a babar por ele assim que te pôs os olhos em cima.
Anahí respirou profundamente, decidida a manter a calma, apesar de que quão único queria era lhe chamar bastardo e lhe arrebatar a arma. Ignorou sua cólera e suas mãos suarentas.
—Desejava ao Alfonso. Ele compreende minha necessidade de ser submetida, Andrew. Ensinou-me que não há nada incorreto nisso. —Não importava que mentiras tivesse havido entre eles, sempre ficaria esse presente do Alfonso—. E que seja incapaz de me aceitar tal como sou, só prova que não encaixamos. Busca a uma mulher que desfrute de seus cuidados. Talvez a alguma goste que seja tão obsessivo. A mim não. Sai de uma maldita vez de minha vida.
—Só me está demonstrando o que já temia. Que a única maneira de te liberar dessa perversão é te matando.
Anahí ficou gelada. Andrew levantou a arma. Andrew, seu produtor, seu ex-noivo, o homem amável e amante das artes que não sucumbia jamais a um ataque de cólera impulsiva, estava disposto a matá-la de verdade.
—Agora! —gritou Alfonso, cortando a tensão que havia no ar.
Deke a agarrou e a empurrou bruscamente ao chão em um enredo de braços e pernas. Pela extremidade do olho, Anahí viu como Alfonso agarrava a arma que Christopher ocultava nas costas e como empurrava a seu irmão à esquina detrás do Andrew e fora de seu alcance. Logo não viu nada mais, Deke atirou do lençol que a envolvia e a empurrou sob a cama.
Soou um disparo. Quase imediatamente algo a golpeou no peito, fazendo-a soltar o ar com a força do impacto. Sentiu um aguilhão ardente na pele. Ao momento seu corpo se retorceu de dor. Gritou. Mas um segundo disparo afogou o som.
Ofegou e sentiu uma estranha ingravidez no corpo, quase como se estivesse flutuando.
Logo um ruído surdo...
—Anahí! —ouviu que gritava alguém na lonjura.
Alfonso. Era a voz do Alfonso. Soava preocupado.
—Aqui —sussurrou ela, franzindo o cenho ante a dor. O que lhe passava?
—Maldição! —trovejou Deke a suas costas—. Deu!
Tinham-lhe dado? Ao Anahí lhe fecharam os olhos enquanto via como Deke lhe punha a camisa sobre o peito e apertava. Maldita seja, doía!
—Não —gemeu.
—Onde? —perguntou Alfonso.
—Maldita seja, não sei. No peito, acredito. Há sangue por toda parte, pela frente e por detrás. Merda, está perdendo muito sangue. Chamem o 911!





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Autor(a): annytha

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desculpem a demora pelo postes essa semana, faculdade apertou de vez essa semana, mas aqui estamos, e gracias pelos comentarios!!! Alfonso se deixou cair de joelhos ao chão ao observar que o rosto da Anahí empalidecia até parecer um maldito fantasma. Seu sangue dourado saía a fervuras, empapando a camiseta cinza do Deke, e tingindo a de um morboso tom escuro. O aroma metá ...


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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:29

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  • elizacwb Postado em 28/01/2013 - 15:31:26

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