Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

Sophia á
encarou por alguns instantes, e deu dois passos á frente, ficando visível á
toda a sala. Colocou a folha das assinaturas na mesa do professor e veio até a
carteira onde Dulce se instalara.

O professor
iniciou a aula explicando sobre as raízes e componentes, além daquilo que se
aprende no ensino fundamental. No meio da aula Sophia mantinha-se concentrada
na explicação quando um papelzinho dobrado é colocado em seu colo. Olhou para o
lado, mas percebeu que Dulce não estava mais ali, estava em pé atrás de sua
cadeira. Ela abaixou-se na altura de sua orelha e sussurrou:

- Leia, e
cuide-se. Mexeu com a pessoa errada, no momento errado. – pôs-se de pé, e saiu,
no momento exato em que o sinal tilintava do lado de fora.

Ao final das
aulas Dulce estava sentada no meio-fio, em frente ao colégio, esperando Lars.
Foi uma das primeiras a sair, nem sua amigas não saíram ainda. Estava com a
bolsa no colo e o celular nas mãos, observando a rua.

- Droga,
acabou a bateria dessa droga! – resmungou ela.

- Continua
com a mania de falar sozinha? – disse uma voz rouca atrás de si.

Dulce
respirou fundo, tinha que controlar-se. Não poderia ignorá-lo, mas não podia
simplesmente sorrir e responder alegremente.

- Eu não
falava sozinha, e você não ficava dando susto nos outros. – disse ela, pôs-se
de pé, ao avistar o carro preto dobrar a esquina.

- Desculpe,
mas eu não resisti. – ele sorriu, aquele sorriso arrogante.

- Tudo bem.
É só a terceira vez. – disse.

- Eu fiz
duas, suponho. – ela assentiu. – E quem foi o autor da terceira?

- Autora. –
corrigiu Dulce. – Sua namorada... – mas foram interrompidos.

-
Christopher!! – mas não era a voz de Sophia, e sim de Belinda. Dulce revirou os
olhos. – Quanto tempo querido!

- Ahn, oi
Beli.

- HAHA, -
Dulce riu, e os dois olharam-na, mesmo ela estando de costas. – Beli... nome de
vaca, ah, mas espera ae... você é uma vaca. – olhou por cima do ombro para
Belinda. – Combina!

- Dulce eu...

- Não vai
fazer nada. Beli, depois a gente conversa! – disse Christopher, evitando uma
briga. Belinda bufou mas foi embora. Lars parou o carro e desceu.

- Oi Dulce.
Algum problema? – sorriu tranqüilo.

- Nenhum
Lars. Obrigada.

- Onde esta
Maite? – Dulce se virou e olhou para a passarela de entrada.

- Ta vindo.

- Ok... Ahn,
Dulce... – ela se virou para ele e entendeu no seu olhar o que ele queria
dizer.

- Já estão
lá? Ok, tudo bem. – suspirou.

- O que
aconteceu candy? – perguntou Christopher ainda parado ali, e Dulce se lembrou
de quem ele era filho.

- Nada. Mai,
vamos – ela chamou a morena que correu até eles, se despedindo de Chris, Annie
e Alfonso. – Vamos Lars. Até mais tarde Christopher! – entrou no carro, sem
tempo do loiro responder. Mai entrou junto e logo foram embora.

Mais tarde? Como assim?, pensou Christopher, vendo o carro se
afastar.

Dentro do
carro, no caminho para casa, Mai vinha falando sobre Christian. Estava claro e
estampado no rosto dela que algo estava acontecendo entre os dois. Dulce sorriu
quando a prima falou do cheiro dele.

- Ah, mas é
sério. Ele é tãaaao cheiroso! – sorriu feliz e Lars pigarreou. Mai desmanchou a
cara e olhou para o retrovisor, onde poderia ver Lars. – Se você abrir a boca
sobre isso...

- Minha boca
é um túmulo Maite. Deixa comigo! – sorriu gentilmente e estacionou o carro em
frente à casa, atrás de um grande e elegante sedan branco pérola. Na traseira
do carro lia-se: “Azera”. Seu pai tinha um desses, mas era preto. Sentiu as
lágrimas vindo, mas controlou-as. Não seria a garota mimada! Entrou com Mai em
casa e pelo canto do olho viu que Lars entrou pelo jardim lateral. Estranho. Pensou ela.

A sala
estava vazia. Ouvia-se o burburinho de vozes na cozinha. Com certeza seus tios
já sabiam que elas haviam chegado, apenas deram á elas o tempo para se trocar.
As duas subiram rápido e foi cada uma para o próprio quarto. 

Dulce largou
a bolsa e foi direto para o banho. Tomou um banho rápido e entrou no closet.
Colocou outra calça jeans branca, uma camiseta branca de manga com o símbolo da
paz nas costas com as cores vermelho, amarelo e verde. Colocou o all star estofado
azul com o símbolo na lateral e se olhou no espelho.

Seu pai
sempre dizia que acima de algumas coisas vinha a imagem, e sua mão á ensinara
muito bem. Nem garota demais, nem mulher demais. Estava dentro do seu estilo,
pronta para o que der e vier. Fez uma make básica, clara, e saiu do quarto.
Ouviu a voz de Maite lá em baixo e se virou para as escadas, mas...

- Pai, não
entendo o porque quer que eu fique aqui!

-
Christopher, você acabou de chegar e já está reclamando? Entre com Sophia
agora! Me entendeu? – fez-se silêncio, e Dulce viu o tal Victor passar para a
cozinha. Era sua deixa.

Desceu as
escadas normalmente, respirando fundo, controlando as emoções, como sua mãe á
ensinara. Não deixaria que nada a abalasse. Ao chegar no fim das escadas se
virou em direção ao amplo cômodo que era a sala. Christopher estava ali, parado
encarando-a. Ele estava com a mão no cabelo, o que ela reconheceu como sendo seu
estado nervoso. Ele fazia isso desde criança.

- Então foi
por isso que você disse até mais tarde! – ele disse, dando dois passos á
frente.

- É, talvez.
Eu esperava realmente que você não viesse! – e com isso foi para a cozinha, mas
sentiu os passos dele, e de mais alguém atrás de si. Sabia muito bem que era
Sophia, a cobra venenosa.

Assim que
ela entrou na cozinha a conversa cessou. Estavam todos, Sandra, Carlos, Maite,
Alexandra e Victor em volta da mesa. Tinha pratos servidos para todos, mas nada
havia sido posto ainda, á espera de todos estarem ali.

- Olá Dulce,
minha querida. – disse tia Sandra, e eu sorri para ela. Dessa vez Maite estava
no mesmo lado que a mãe, e Alexandra e Victor estavam do outro lado.

Maite
apontou para o lugar ao lado dela, e Dulce se encaminhou para lá. Sophia
sentou-se ao lado de Alexandra, de frente para mim, e o lugar restante ficou ao
Uckermann: a ponta, ao lado de Dulce.