Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

Despertei de
repente, assustada. Eu ainda estava no meu quarto, na casa dos meus tios. Argh.
Esses sonhos são extremamente irritantes, sem sentido e sem nexo. Resmunguei, e
puxei o cobertor acima da cabeça, levando um susto quando bateram na sua porta
de leve.

- Dul?
Dulce? – fez-se silêncio. Era a voz de tia Sandra. – Querida, está acordada?

- Desiste
mãe, ela dorme feito pedra.

- Mas ele
quer vê-la. Dulce?

Abaixei o
cobertor e olhei pela janela. Vi que já estava escuro e tranqüilo. A lua estava
no céu, e a cortina que sacudia de um lado para o outro, devido ao vento frio
que batia contra ela.

- Espera. –
eu resmunguei, saindo da cama. Coloquei minhas havaianas e arrumei minha
camiseta. Fui até a porta e abri.

Minha tia
estava parada ao lado da porta, de calça jeans e uma camiseta branca, com o
desenho de um cachorrinho filhote na frente, escrito em baixo: “I Love You
Mother”. Mai estava no meio do corredor, de shorts jeans e uma camiseta branca
regatinha, junto com sua camisa xadrez de rosa – bebê e branco, usando a
havaiana rosa Pink comprada em suas últimas férias na Europa. E para variar,
sua mania quando estava nervosa: ela estava roendo unhas.

- Oi
querida. – ela sorriu um pouco – Tome um banho e desça.

- Porque? –
resmunguei, ainda grogue pelo sono.

- Apenas
faça. – disse minha tia, antes de sair, deixando eu e Mai.

- O que esta
havendo? – eu perguntei, mas ela se limitou a negar com a cabeça.

- Sem
permissão. Ande logo, antes que ela venha te buscar. O pessoal ta aqui ainda,
então não se preocupe.

- Me
preocupar com o que? – ela sorriu e saiu, como a mãe. Bufei.

Voltei para
dentro do quarto e fui para o chuveiro. Terminei de acordar debaixo da água
morna que escorria da ducha. Lavei os cabelos e durante esse processo tive uma
idéia maravilhosa. Mas primeiro eu teria que esperar até... Não, mesmo. Eu
faria hoje a noite mesmo, e amanhã, eu já estaria pronta. Mas teria que saber
primeiro o que a tia queria... Terminei o banho e me troquei. Coloquei uma
calça jeans, e uma camiseta preta básica, de mangas. Agarrei minha jaqueta
também preta, mais parecida com um semi-bolero, e coloquei meu Oxford preto e
desci as escadas. Antes de terminar de descer Mai apareceu no meio das escadas e
me encarou dos pés á cabeça.

- Onde vai?

- Primeiro
falar com sua mãe, e logo depois fazer algo que eu gostaria á tempos.

- O que?

- Idéia
minha e de minha mãe. Você verá. Onde sua mãe está?

- Ok, está
na sala. Vem. – Mai agarrou meu pulso e me puxou com ela delicadamente até a
sala. Mas quando chegamos lá estava vazia. – Jardim. – resmungou Mai, e
continuou me puxando.

Atravessamos
as portas de vidro do lado de trás de casa e pude ouvir o riso de minha tia.
Descemos os três degraus que ligava ao jardim ao lado da piscina e já conseguia
ouvir a voz calma de meu tio, calmamente. Continuamos nos aproximando, até que
pude distinguir as palavras.

- Então, como vai sua mãe, D. Eugênia? – meu tio perguntou, e ouvi uma leve risada.
Gelei, ao perceber quem poderia ser. Mas Mai continuou me arrastando para mais
perto deles. Quando chegamos mais perto todos entraram em meu campo de visão.
Meu tio estava virado de lado para nós, enquanto minha tia estava quase de
frente, para nós e para nosso convidado, que estava de costas. Olhei para a
minha direita e distingui Os garotos e Annie sentados em cadeiras de praia como
meus tios, conversando animadamente. Voltei meu olhar para os três á minha
frente á tempo de ver minha tia virar o rosto para nós no meio de uma frase de
meu tio e exclamar.

- Ah,
meninas! – ela sorriu simplesmente. Meu tio olhou para nós e sorriu juntamente.