Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

Capítulo Onze – Christopher Narrando.

Na manhã
seguinte, quando cheguei ao colégio, estava aliviado. Consegui fugir de Sophia
por quase um dia inteiro. E na a havia visto hoje ainda. Entrei no saguão
principal a tempo de ver a cena.

Poncho
estava abraçado com Annie, e ela sorria. Logo depois ele se aproximou dela, e
depositou um beijo em seus lábios. Ela riu e ele abraçou-a mais forte. Gargalhei
alto, chamando a atenção dos dois, que deram um passo para cada lado.

- Pode
esquecer, já vi tudo. – eu disse, me aproximando. Annie olhou
significativamente para mim.

-
Christopher, coopera cara. – resmungou Poncho, se reaproximando da loira.

- Ih cara,
to de boa, mas quero cuidado com minha prima ok? Ela é de vidro!

Annie me
acertou um tapa no ombro, daqueles que estala, e Poncho riu. Mas logo os dois
ficaram apenas sorrindo, olhando por cima do meu ombro. Quando me virei vi
Chris e Mai entrando... abraçados.

- Ah, hoje é
dia de casais. Argh, isso aqui vai ficar meloso demais. – Annie e Mai se
cumprimentaram me ignorando. Cumprimentei Chris e ele cumprimentou Poncho.

- Gente, eu
não consegui falar com a Dul a noite inteira. – disse Mai. Me virei para ela e
perguntei, chocado:

- Ela sumiu,
de novo?

- Não. Não
exatamente. Ela saiu com Lars, após conversar com John...

- O tio
gatinho dela. – disse Annie interrompendo Mai e sorrindo.

- ... e
quando voltou todos já estávamos dormindo. E hoje de manhã, quando fui chamá-la
ela já havia saído. E Lars nos disse que ela quis ir a pé.

- Mas ela
não saiu com ele ontem a noite? – perguntou Poncho.

- Saiu, e eu
perguntei onde ela estava, mas ele disse que estava proibido de contar o que
foram fazer e aonde. – respondeu Mai.

- A Dul não
é de simplesmente sumir assim gente. – replicou Annie. – Ela saiu sem avisar as
vezes, mas nunca fica assim, “fora do ar” durante a noite inteira. – ela
gesticulou com as mãos.

- Isso é
extremamente estr... – as palavras de Poncho ficaram no ar, enquanto ele olhava
atordoado, para a entrada do saguão. Percebi os outros ficarem assim também,
chocados, ao olhar na mesma direção.

Decidi
então, verificar qual era o problema da vez. Quando me virei, só pude enxergar
vermelho. Mas não posso negar, ela estava linda.

Dulce vinha
entrando no colégio, acompanhada de Gustavo, caminhando e rindo. Usava uma
calça jeans justa, delineando suas coxas. A camiseta do colégio branca vinha
mostrando o opaco da cor azul do sutiã e então os seus lindos cabelos meio
lisos e escuros foram trocados pelos espessos e cacheados cabelos vermelho, de
um vermelho vivo, intenso, de um vermelho sangue. Ela levantou o rosto enquanto
sorria, e vi um vislumbre da garota com quem eu compartilhava tudo da minha
vida, a garota que conheci anos atrás, como se nada tivesse mudado, mas seus
olhos percorreram o saguão parando em mim, e para minha surpresa total, ela não
desviou e muito menos desfez o sorriso. Abri um sorriso de canto de boca, e vi
ela ficar feliz, pois ela alargou um pouco o sorriso e voltou seu olhar para
Gustavo que dizia algo.

Continuei
observando-a enquanto se aproximava e nem percebi quando Sophia parou ao meu
lado, e acompanhou o meu olhar.

- Credo,
ficou mais ridícula do que já é! – resmungou ela, me agarrando. Puxei meu braço
para longe dela e franzi o cenho.

- Não sinta
inveja Sophia, boas namoradas não fazem isso! – resmunguei e sai.

Caminhei
para longe do saguão e olhei as horas. Ainda faltavam quinze minutos para o
sinal, então resolvi ir até a biblioteca. Não que eu gostasse de livros, mas lá
era silencioso e tranqüilo. Entrei e cumprimentei a moça do balcão, indo até o
final, onde haviam as mesas de estudo. Perto da janela, onde batia sol, havia
uma vazia. Joguei minha bolsa por cima e me sentei, encostando as costas da
cadeira na janela. Fechei os olhos e cruzei os braços.

Fiquei
relembrando o beijo surpresa que dera em Dulce no dia da chuva. A expressão
dela quando eu agarrei seu pulso pela última vez, e depois do beijo, o seu
rosto confuso. Fiquei imaginando qual seria a sua expressão se isso tivesse
acontecido antes de eu ir para o Brasil. Seria surpresa? Ou ela gostaria, e
sorriria para mim, me deixando fazer novamente? 

- Mas, não
faz sentido, eu sei que é confuso, mas prefiro assim Gu. – ouvi a voz dela e
abri os olhos. Entre as frestas das prateleiras eu pude ver apenas seu busto
com o brilho vermelho caído em seus ombros, junto com Gustavo.

- Mudando de
assunto, eu amei o seu cabelo! – ele disse e ouvi ela rir baixinho.

Espero que gostem` em breve o tão esperado momento` ((:

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