Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

- Dane-se
ela Dul. – eu disse, ainda mais rouco. – Não gosto dela.

- Porque
esta com ela então? – ela perguntou, sem desviar os olhos.

- Porque se
eu me separar dela meus pais vão simplesmente sumir e me levar junto! – eu disse,
observando seus olhos lindos e curiosos. – Só daqui a dois meses poderei viver
a minha vida, sem ela. – ela me encarou, séria.

- Então você
está usando-a! – ela resmungou.

- Não. Ela
esta me usando. Ela quis que namorássemos. Ela quer ganhar o mundo á custas do
meu pai, ou do dinheiro dele. Dul... – não consegui me conter.

Fechei o
espaço curto entre nós puxando-a para mim. Levei meus lábios até ela, achando
até que ela iria me afastar, mas ela apenas colocou suas delicadas mãos em meu
pescoço, e raspou as unhas compridas no lugar, me dando arrepios. Aprofundei o
beijo, deixando que minha língua explorasse todos os cantos de sua boca. Ela me
deu permissão, e então eu apenas deslizei uma de minhas mãos de sua cintura
para suas pernas, próximo aos seus joelhos, a puxando mais ainda para mim, até
sentir seus quadris em minha barriga.

Nada mais
nos importava. Nada mais fazia sentido. Nada mais nos fazia parar. Eu apenas a
sentia ali, em meu colo, sentindo seu gosto, que aliás, é muito melhor do que o
primeiro. Eu sentia as mãos dela descerem do meu pescoço para o meu peito, e
depois subir até os ombros novamente.

Quando o ar
começou a ficar escasso á nossa volta eu me afastei um pouco dela apenas, ainda
mantendo-a junto a mim, e respirei profundamente. Parecia que eu havia corrido
quilômetros, pois parecia estar esbaforido. Os lábios dela estavam vermelhos,
quase da cor dos cabelos, e as maçãs do rosto estavam rosadas. Eu abri um
pequeno sorriso, observando suas feições delicadas. Ela me olhou no fundo dos
olhos, e ela abriu um pequeno sorriso também.

- Não
devíamos... – ela começou, mas eu a silenciei com um dedo, encostando-o em seus
lábios.

- Shh. Não
fale isso. Apenas diga que aceita que fiquemos escondidos até eu completar
dezoito anos! – eu disse, quase sussurrando. Ela pareceu surpresa, mas eu
precisava dela comigo. Eu me sentia completo ao lado dela, me sentia mais
calmo, tranqüilo.

- Chris...
você me pegou desprevenida! – ela disse, parecendo confusa. – Posso te
responder depois?

- Pode. Mas
não demora muito. Vou ficar esperando. – ela sorriu, e lhe dei mais um beijo,
no momento em que o sinal tocava.

Ela saiu do
meu colo, e se levantou, arrumando as roupas. Levantei e agarrei minha mochila,
passando a mão nos cabelos.

- Ninguém
pode saber ruiva! – eu disse, e ela sorriu com o apelido.

- Pode
deixar. Da minha boca não sai nada.

- E que
boca! – eu resmunguei. Ela riu alto, e eu a calei com a mão. A moça do balcão
lançou um olhar a nós, mas ignorou, sem se importar. – Vamos, o professor já
deve ter entrado.

Saímos
furtivamente da biblioteca, e no pé da escada nos despedimos rapidamente, sem
ninguém ver. Ela subiu as escadas e eu fui para a Educação Física. Corri até a
quadra, encontrando Poncho e Christian já começando a se alongar. Quando entrei
os dois me olharam e franziram o cenho, como se perguntassem: “onde estava?”.
Larguei a bolsa e me aproximei dos dois. Só deu tempo de Poncho sussurrar:
“Sophia esta louca atrás de você!”. Dei de ombros e o professor entrou na
quadra gritando.

- Correr! –
entramos em círculo e começamos a correr trotinhos em volta da quadra. Ficamos
sem conseguir conversar.

Era óbvio
que eu não contaria nada pra eles, mas teria que dar alguma explicação, e ainda
por cima me preparar para a enxurrada de perguntas que Sophia faria quando me
encontrasse novamente.