Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

Capítulo Quatorze – Dulce Narrando

Uma semana havia passado, e nada de Christopher se pronunciar. Depois da briga que tivemos aquele domingo na piscina, ele não falou mais comigo, nem no colégio. Eu sei que quem sairia perdendo seria ele. Eu continuaria a minha vida daqui pra frente. Mas o que eu não sabia, que em poucos dias... Duas semanas, eu havia me apaixonado por Christopher. Era insano, eu sei, mas o que podemos fazer quando o coração resolve fazer isso? Mesmo que seu coração seja cego. Com certeza, muito cego, assim como eu.

Estávamos no carro de Lars, indo buscar grandmére e John no aeroporto. Eles ficariam conosco por dois dias apenas, sábado e domingo. E segundo a minha tia, eles vieram para me buscar. Mai estava no banco de trás com o celular na mão, conversando com Chris, o namorado.

Eles formavam um lindo casal, sem brincadeira. Ele era simpático, romântico, e sempre ficou ao lado dela. Ela por sua vez, era mil amores por ele. Saíam juntos, jantavam juntos... muito fofo. Annie e Poncho estavam assim também. Brigando muito, claro, mas sempre juntos, onde fosse. Era engraçado vê-la dar seus ataques de ciúmes quando fomos à boate, ou até mesmo na lanchonete que fomos para almoçar na quarta-feira.

- Ownt! – disse a morena no banco de trás. Virei minha cabeça para ela.

- O que?

- Ele disse que sonhou comigo essa noite! – seus olhos brilharam e eu sorri. Ela estava mesmo apaixonada por ele.

E Christopher?  Ah, Christopher. Ele esta muito bem com Sophia. Pelo menos é o que eles deixam transparecer. Ela continua sendo a biscate de sempre, ele não olha mais na minha cara. Conversa com os garotos e com as meninas normalmente, menos comigo. Não faço questão nenhuma, mas machuca igual. Annie e Mai estão começando a desconfiar de algo e agora deram para fazer interrogatório sobre isso: “O que ta acontecendo?” “Porque você e o Uckermann não se falam mais?” “O que ele fez dessa vez?” “Vocês ficaram de novo como naquele dia do cinema?” Isso já começa a irritar.

Lars estacionou o carro numa das vagas do aeroporto. Eu respirei fundo e desci do carro, com Mai, ainda grudada no celular. Caminhamos lado a lado, com Lars logo atrás de nós, servindo de guarda costas. Adentramos o local bem iluminado com as luzes fosforescentes. O sol subia aos poucos no céu, ainda era cedo. Ao longe avistamos o lindo e enorme Boeing parado enquanto algumas poucas pessoas ainda desciam.

Mais á frente eu avistei o lindo e alto, cabelos pretos bagunçados e olhos verdes. Claro que eu não enxergava os olhos dele, mas dá pra contar, certo? Ele estava falando algo para grandmére ao lado dele, e ela parecia irritada. Levantei a mão, sem querer me embrenhar naquele mar de gente, a fim de chamar a atenção deles. Sacudi a mão freneticamente no ar até que John levantou a cabeça e me viu. Seu sorriso brilhantemente se alargou a me ver. Ele disse algo a grandmére que levantou a cabeça. Assim os dois se aproximaram de nós. 

Lars se colocou entre eu e Mai, que ainda mexia no celular. Peguei o celular da mão dela e guardei no bolso de trás da minha calça.

- Ei! – ela resmungou, mas logo percebeu que John e grandmére se aproximavam.

- Olá Dulce, olá Maite. – disse minha avó, e eu vi a sombra de um sorriso em seus lábios.

- Olá grandmére. – para a surpresa dela, com calma, levei meus braços em torno de seu pescoço e a abracei. Rapidamente ela retribuiu. Afastei-me e sorri. – Olá John.

- Oi Dul. Oi Mai.

- Oi. – ela disse, confusa.

- Vamos. – eu disse.

No carro John, eu e Mai, fomos atrás, e grandmére na frente com Lars. Devolvi o celular da morena e ela sorriu.

- Viciada. – eu resmunguei, e me recostei na janela.

- Então, Dulce. Acho que sua tia já lhe disse o porquê de estarmos aqui novamente. – Ouvi John suspirar e Mai ficar em silêncio momentâneo.

- Sim, grandmére. Ela me disse. – eu respondi. – Mas, será que podemos conversar isso em casa, depois que eu tomar um banho para acordar?  - perguntei, sem me mexer.

- Tudo bem. Em casa conversamos. – ela disse.

O resto do caminho foi num silêncio completo. Ao estacionar o carro em frente á nossa casa, Lars ajudou minha avó á descer. Desci do carro também e entrei, abrindo as portas. Larguei as chaves da casa em cima da bandeja onde ficavam as contas e subi de dois em dois degraus e fui para meu quarto.

Assim que entrei no banheiro, ouvi a porta do meu quarto se abrir de novo.

- Sou eu. – Mai disse, e eu liguei o chuveiro.

Tomei uma ducha rápida e fui para o closet. Mai entrou junto comigo.

- O que vocês duas vão conversar? – ela perguntou.

- Sobre a minha ida para Vegas. – respondi, depois de colocar a camiseta pólo branca.

- Você vai? – ela parecia chateada. Coloquei minha jeans preta e me virei para ela.

- Não tenho certeza, mas vai ficar melhor para mim Mai.

- É por causa de Christopher? – quase engasguei com o ar.

- Não. O Uckermann não tem nada a ver com isso!

- Ah, qual é, Dul! Você acha mesmo que ia me enganar?

- Como assim Mai? – perguntei, desentendida.

- Aff, eu sei que você esta apaixonada pelo Uckermann. Dá pra ver nos seus olhos menina.

- Ai, Mai, credo. 

Continuo?