Fanfics Brasil - 54 Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*


Capítulo: 54

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- Sim, só to nervosa.


- Com o que?


- Coisas. – eu respondi antes de ouvir um “Ali!” Me virei de costas e vinham os quatro, Annie, Mai, Poncho e Chris. Levantei e John me acompanhou, sem tirar o braço da minha cintura.


- Hey, Dulce, achei que fôssemos amigos! – disse Annie, e ela parecia magoada.


- Não, ela tem outra família agora. – Mai disse.


- Você não ia avisar sobre a viagem? – Chris perguntou.


- Ta na cara que não Chris. – disse Poncho. Olhei chocada para cada um deles, inclusive Annie que parecia a ponto de chorar.


- Ei, calma ai pessoal! – John tentou acalmar, mas Mai o cortou.


- Não, John. Não. Deixe-a falar.


- Mas... o que eu tenho para falar Mai?


- Explicar essa situação seria uma boa! – Poncho disse


- Gente... eu tenho direito de viver a minha vida! Não posso simplesmente viver para o resto da vida dependendo dos seus pais Maite. Não sou uma largada. Sim eu tenho família. Vocês, John e grandmére. Não posso escolher entre vocês.


- É o que você esta fazendo. – replicou Annie, derramando algumas lágrimas. O moreno a abraçou e ela se pôs a chorar no peito dele.


- Não, eu não to escolhendo, eu to vivendo. Vocês querem que eu fique dependendo de favores de vocês para o resto da minha vida?


Ninguém falou nada, e eu sentia o gosto salgado das lágrimas na minha boca.


- Custava ter avisado? – perguntou Chris.


- Como Christian? Como se eu decidi isso á menos de duas horas atrás? – minha voz embargou e senti John me puxar para ele.


Eu não acreditava que eles estavam fazendo isso... eles estavam me julgando sem ao menos saber das causas. O que eu iria fazer sem eles ali? Diz-me, o que?


- Dulce... já fez suas malas? – ouvi grandmére perguntar e afastei minha cabeça o suficiente para vê-la parada na porta.


- Sim. – respondi, sentindo o olhar de Mai em mim.


- Então, venha. Tivemos um imprevisto, estamos saindo daqui á uma hora. – assenti e ela saiu.


Abracei John com força e ele começou a caminhar comigo. Quis abraçar Mai e Annie, e Poncho e Chris, mas sabia que eles estavam bravos demais para isso. John me levou para cima, a fim de pegar minhas malas. Quando chegamos ao quarto ele me soltou e pegou a mala maior.


- Ta tudo bem?


- Sim. – sequei algumas poucas lágrimas que caíram e peguei a mochila, colocando a roupa que separei dentro, e a mala com os calçados, de rodinha, e saímos do quarto, com uma última olhada.


Ao chegarmos à sala minha tia estava me olhando, sincera.


- É a sua decisão?


- Sim, é o que eu quero.


- Então, boa viagem.


- Quando precisar estaremos aqui. – disse meu tio. Abracei os dois e sorri, agradecendo. Afastei-me e apartei a mão de Victor e Alexandra, educadamente, chegando a Christopher e Sophia.


- Vai tarde. – ela sussurrou.


- Biscate. – eu respondi, e saí porta a fora, sem olhar para trás.


 


Já no aeroporto, eu me despedi de Lars enquanto John descarregava o porta-malas. Adentramos o aeroporto e grandmére se afastou para comprar as passagens. Soltei minha mochila perto dos bancos e olhei para fora, onde um avião acabava de decolar. John sentou nos bancos e jogou a mala perto da minha mochila. Grandmére voltou e nos entregou as passagens.


- Tudo bem querida? – ela me perguntou, suavemente.


- Sim, obrigada vovó. Só estou um pouco nervosa com isso tudo.


- Sinto muito pelos seus amigos. – ela disse.


- Tudo bem. – eu respondi e forcei um sorriso para ela.


- Vamos, é daqui a vinte minutos. – disse John levantando novamente.


Encaminhamo-nos para a sala de embarque.


Dentro de um pouco mais de meia hora, estávamos no avião. John e eu estávamos num banco, na ala executiva, e vovó estava na frente, sozinha. Me estiquei um pouco para frente, aproveitando o avião estar no chão ainda.


- Diga-me, qual foi o imprevisto?


- O pessoal da segurança lá de casa disse que houve rompimento na barreira.


- Alguém tentou invadir? – perguntou John.


- Não, ao que tudo indica foi um animal, mas eu quero ver de perto. É melhor.


- Claro. – eu e John dissemos.


Recostei-me no banco quando o avião entrou em movimento. Abri a minúscula janela e fiquei observando a minha querida e amada cidade diminuir gradualmente enquanto ganhávamos altitude e velocidade. Senti o quente das lágrimas escorrerem por minhas bochechas e o salgado delas quando encostaram em meus lábios. Funguei e passei a manga da jaqueta para secar. John se aproximou de mim calmamente e me estendeu um lenço.


- Obrigada. – murmurei e peguei o lenço.


Minha vida estava virando de cabeça para baixo, totalmente confusa. Não tinha como eu continuar ali, não estando tão confusa em relação á Christopher. Lembranças daquela noite na boate á uma semana atrás ainda perambulavam em minha mente. Nunca mais eu sentiria os braços dele ao meu redor, e eu sabia disso. Suspirei pesadamente. Estava chateada também, com os meus amigos. Nunca imaginei que eles poderiam ter feito isso comigo. Eu tinha que viver a minha vida. Tinha que continuar vivendo. Era o que meus pais gostariam que eu fizesse. Disso eu tinha certeza.


Quando o avião aterrissou no solo de Las Vegas naquela madrugada eu estava dormindo profundamente no ombro de John. Senti ele me chacoalhar de leve.


- Dul... ei, dorminhoca. – abri o olho e pisquei forte, levantando um pouco a cabeça. – Chegamos. – olhei para ele, e ele sorria.


Sorri também, involuntária e me espreguicei. Grandmére estava levantando também, e pegando a maleta que carregava de um lado para o outro dos bagageiros de cima. John me ajudou a levantar devido á minha preguiça aguda, e peguei minha mochila. Saímos do avião que já estava quase vazio. Avistei a lua cheia pairando no céu. Peguei meu celular e coloquei para tocar uma música. Paramos em frente ao aeroporto enquanto grandmére conversava com alguém no telefone. Como que premeditado a música que começou a tocar foi When You’re Gone – Avril Lavigne. 


http://www.youtube.com/watch?v=0G3_kG5FFfQ&ob=av3e


Em vez de mudar a música comecei a cantar junto, baixinho. Era uma das minhas favoritas, e falava sobre isso... ou quase isso. É só inverter um pouco.


Não sei quanto tempo ficamos ali na frente, mas logo um carro azul marinho, grande e elegante parou e um homem saiu. Estava vestido parecidamente com Lars, lá em Monterrey. Ele cumprimentou vovó, John e sorriu para mim. Pegou as malas e levou para o porta-malas. Acompanhei-o até ali para levar as minhas apenas para a colaboração. Vi que o nome do carro era Accord.


http://www.blogauto.com.br/wp-content/2007/08/accord1.jpg 


Ele fechou o porta-malas e abriu a porta para que nós entrássemos no carro. Eu e grandmére fomos atrás e John na frente com ele.


- Obrigada por vir rápido Louis. – comentou grandmére em tom casual.


- Ao dispor. – ele disse, entrando na avenida com o carro.


No silêncio que se estabeleceu no carro, eu me pus a pensar. Como seria a minha vida dali para frente? Como eu suportaria o tempo longe dos meus amigos, e da minha família? Claro, eu tinha uma família comigo agora, mas... nunca morei com grandmére, e nunca havia visto John na minha vida semana passada. Eu sofreria até me acostumar com a ausência do meu povinho que me alegrava tanto, mesmo com as bobagens que dizia no dia-a-dia. Nunca ficará sozinha, sem ao menos um dele ao meu lado. Sempre tinha Annie ou Mai comigo, e agora tinha Poncho e Chris, até mesmo Christopher... as vezes. 


- O que acha Dulce? – ouvi grandmére perguntar e confusa a encarei.


- Desculpe... não estava prestando a atenção. – ela riu.


- Bem parecia com sua mãe. Vive imersa nos próprios pensamentos. Estava dizendo que Francesca a matriculou num internato, mas que você tem a possibilidade de ver outra escola. O que acha?


Fiquei em silêncio por alguns minutos. Anos antes minha mãe tentou me colocar num internato, mas fiquei de um mal-humor enorme, fazendo-a desistir da idéia rapidamente. Odiava lugares como aquele. Me lembravam adoção. Estremeci involuntariamente.


- Odeio internatos. – disse simplesmente.


- Ok, então. Verei um colégio... 2º ano, no período da manhã? – ela perguntou, indecisa. 


- Exato. – eu respondi.


Pelo resto do caminho fomos em silêncio absoluto. Fui encostada na janela, observando como era uma Las Vegas na madrugada, e percebi que não era tão diferente de como é de dia.   


Quando chegamos em frente á linda mansão Espinoza, descemos e John me levou ao meu quarto. Já era reformado e decorado da forma como eu mais gostava. Paredes num tom de lilás, claro, as cortinas de um roxo escuro, chamando a atenção para a enorme sacada dividia por um porta de correr toda de vidro. O teto era desenhado delicadamente com flores intrínsecas na mesma tonalidade da cortina. A cama era de casa, com cobertores e colchas e almofadas, deixando-a parecendo maior o que ela já é. Num canto, a porta de correr para o closet, interligado com o banheiro. No outro a cama e em frente á mesma uma linda penteadeira com um espelho gigante, e outro no canto da parede, maior ainda.


Coloquei as mãos na boca de surpresa. Ela sabia minuciosamente o meu gosto. John riu com a minha expressão.


- Ela mandou refazer tudo. Tirou o rosa das paredes e colocou o roxo. Já organizou tudo para a sua vinda antes mesmo que eu fosse para lá. Ela sempre quis que você morasse com ela.


- Ficou lindo! – foi tudo o que eu consegui dizer. Adentrei o quarto examinando tudo. Fiquei não sei quanto tempo observando os desenhos no teto. Tão lindo.


- Ahn... – John começou a desci meu olhar para ele. Minhas malas estavam no pé da cama e ele estava perto da porta. – Vou tomar um banho. Acho que você deveria fazer o mesmo.


- Ta me chamando de fedida? – eu perguntei sem pensar. Ele explodiu numa gargalhada. Fiquei observando sorrindo enquanto ele se recuperava aos poucos.


- Não. Não mesmo. Gosto do seu cheiro. Mas estava dizendo pra tomar um banho e se quiser comer algo, desça após o banho. Farei algo para mim, posso fazer para você também. Mamãe vai dormir em seguida provavelmente. – ele piscou para mim e saiu do quarto fechando a porta. Suspirei. Ele era totalmente maluco.


Fui para o banheiro e tomei um banho tranqüilo. Evitei em pensar em Monterrey e em tudo o que ficou por lá. Não me levaria a nada, infelizmente. Assim que terminei o banho, coloquei uma calça de moletom cinza, bem macia e confortável. Uma camiseta branca, deixando exposta as alças vermelhas do sutiã. Descalça mesmo eu desci, passando as mãos no cabelo, a fim de que ele secasse sozinho e formasse os cachos perfeitos.   


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1208



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  • Sandra Postado em 07/10/2011 - 17:51:14

    Lindos...Lindos.....

  • Sandra Postado em 07/10/2011 - 17:51:13

    Lindos...Lindos.....

  • Sandra Postado em 07/10/2011 - 17:51:13

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  • anevondy Postado em 07/10/2011 - 14:10:11

    kkkkk....... foi ótima sua web parabéns!!! e já estou acompanhando a outra... :) bjs.

  • anevondy Postado em 07/10/2011 - 14:10:11

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