Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

Lentamente eu me encaminhei para meu quarto. Entrei e fechei a porta á chave. Abri a porta do banheiro e fechei. Quando voltei ao quarto, deixando a porta aberta, estava tremendo. Caminhei para minha cama e respirei fundo, contando no relógio. Abri meu netbook e abri meus e-mails. Tinha quatro, desde ontem á tarde. Eu abri o primeiro:

Dulce,

Ei, não apaga ok! Leia primeiro.

Dulce, eu sei que você ficou brava com as meninas por terem feito isso com você. Eu conversei com Maite depois que você foi embora, e ela me disse tudo. Ela pode ter errado sim, mas entenda, ela estava nervosa e triste porque você ia embora. Por favor. Há dois meses venho tentando falar com você. Liguei em seu celular milhares de vezes, e até tentei o da casa de sua avó. Ela me atendeu na semana passada, e ouvi John dizer que você apagava todos os meus e-mails. Dulce, minha linda sobrinha, me ligue, ou no mínimo me responda. Quero saber notícias suas, assim como Maite.

Beijos de sua tia, Sandra, seu tio, Carlos, e sua prima/irmã que tanto lhe ama, Maite.

Responda-nos.

Lhe amamos.

Sandra.

Respirei fundo. Apagava sempre os e-mails porque não queria saber notícias de ninguém... mas se o resultado fosse positivo...

Levantei correndo da cama e entrei no banheiro. Observei o pequeno mostrador. Não sei quanto tempo fiquei ali, apoiada na porta, observando o mostrador completamente azul. Eu sabia o que aquilo significava antes mesmo de olhar na caixa. Isso fazia com que minha vida ficasse de ponta cabeça. Não seria possível eu continuar. Ou eu escolhia um, ou outro. Peguei a sacola lentamente e coloquei o teste e a caixa dentro, jogando tudo no cesto de lixo. Saí do quarto desnorteada, e quase tropecei nos degraus da escada. John me ouviu e subiu correndo.

- Te peguei, te peguei. Venha. – ele me ajudou a descer, enquanto minha cabeça rodava.

Eu sentia como se não houvesse chão abaixo dos meus pés. Lágrimas começaram a rolar por meu rosto como uma cachoeira: em abundância. Eu chorava desesperadamente, entrecortado de soluços profundos. Minha avó parou ao meu lado no sofá quando John me ajudou a sentar em um. Os dois ficaram ali, ao meu lado, enquanto eu derramava um rio de lágrimas.

- Busque um copo d’água para ela. – minha avó pediu e John saiu ás pressas. – Respirei querida. Respire. Inspire e solte, inspire e solte. – ela dizia calmamente fazendo sinal para que eu a acompanhasse. Aos poucos o choro tornou-se fraco até cessar. John me entregou um copo co água, que eu tomei tudo em dois goles.

- Consegue falar? – ele perguntou, sentando-se ao meu lado.

- A... acho, acho que sim. – consegui dizer, num suspiro forçado.  

- Ok, então. Acho que não precisa de muito de você para saber qual foi o resultado. – comentou minha avó, num tom calmo.

- Vovó, eu não posso estar grávida! – eu consegui dizer, tremendo. – Não culpo o bebê, mas sei que minha vida vai ficar meio virada. Eu estou no segundo ano! – eu disse frustrada. John sorriu, calmamente.

- Deixe a parte dos estudos comigo ruivinha, eu peço um apoio do meu diretor e ele vai deixá-la assistir a aula normal, até que a barriga comece a crescer e se torne um transtorno ter que ir á aula. Ai eu pego com uma das garotas da sua sala a matéria de todos os dias e lhe trago. Simples.

- Viu? Ele vai ajudá-la. Dulce ame esse bebê. Faça apenas isso. É o que eu te peço, primeiramente. Segundo, cuide-se. Você carrega um ser consigo agora.

- Não vai brigar comigo? – perguntei a grandmére.

- Iria adiantar? Foi imprudente de sua parte, mas eu fiz o mesmo na sua idade.

- Você engravidou da minha mãe com 17 anos?

- Não de sua mãe. Eu perdi o bebê Dulce. Não estava preparada. Então, por favor, eu lhe peço, cuide-se muito bem. – ao terminar de falar ela se levantou.

- Aonde vai? – perguntei aturdida.

- Como disse mais cedo, terei que visitar uma das empresas filiais para ver o que houve por lá.

- Vai viajar por quantos dias? – perguntou John.

- No mínimo, duas semanas. Cuide-se Dulce. Ajude-a John.

Assentimos silenciosamente e a observamos sair pela porta carregando a mala a muito largada ao lado do sofá. Ouvi Louis cumprimentá-la e amais tarde o carro arrancando. Respirei fundo e coloquei a mão por cima da minha barriga, instintivamente. Parecia que meu coração havia se expandido. Eu amava aquela criança, mais do que a mim mesma.

Passados alguns minutos eu me mexi, desconfortável. Minha avó havia viajado para organizar a filial da Many’s & Many’s, empresa que ela herdara do falecido marido. Eu estava sozinha, naquela enorme mansão, e, não, minto. John estava comigo. Oh grande coisa. Levantei-me e fui para a cozinha. Ele me acompanhou.

- Ta com fome?

- Um pouco. Vai fazer o almoço? – ele perguntou zombeteiro.

- Não. Algo para meu café da manhã atrasado.

- Hm. Letícia vem mais tarde mesmo para fazer nosso almoço.

- Sim. – me virei para ele, frustrada novamente. – E agora, o que eu devo fazer?

Aiin, é por isso que eu amo muuuito voces` ♥

Prestem atenção girls, logo saberão... *-*

quero mais coment`s ...

Ahh, que saudades suas Sandra (:

Continuo?