Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

Capítulo Dezessete – Dulce Narrando

Ah, que desgraçado! Argh.

Entrei pela sala bufando de raiva e com as lágrimas despontando nos meus olhos. Argh, lágrimas estúpidas!

- Faz mal para os bebês se você ficar dessa forma. – eu ouvi John falar e me virei para vê-lo na ponta da escada, me observando.

- Argh, he’s a son of a bitch... – xinguei, morrendo de raiva. Só eu sabia tamanha vontade que eu tinha de estapear Christopher Alexander Luís Casillas Von Uckermann.

- Ele não se deu conta?

- Não. Idiota. Argh. Falei aquilo que eu achava que seria uma pista, e ele ficou lá achando que eu tinha “traído” ele enquanto ficávamos. Argh, idiota! – gritei.

John venho até mim e me abraçou. Afundei meu rosto em seu peito e as lágrimas me sobrepujaram. Comecei a chorar compulsivamente na camiseta novinha de John, e ele apenas me abraçava, me fazendo acalmar. Ouvi a porta da sala sendo aberta e um barulho vindo da cozinha. Levantei meu rosto do ombro dele e sequei as lágrimas. Ao mesmo tempo eu vi o Uckermann e tia Sandra vindo, um de cada lado da sala.

- O que houve Dulce? – perguntou ela preocupada.

- Hormônios tia. – eu respondi. – Estou cansada. John pode me ajudar?

- Precisa mesmo que eu te responda? – ele sorriu pra mim e passou a mão na minha cintura.

Mas eu vi quando ele fulminou Christopher por sobre o ombro. Subimos as escadas, eu sendo ancorada por John, no lado direito, e tia Sandra, no lado esquerdo, me acompanhando. Quando chegamos ao alto, paramos em frente ao meu quarto, onde os dois casais se amontoavam em cima da cama. Eu ri fracamente quando avistei aquilo.

- Ok pessoal. Meninas e meninos, John quer descansar. Dulce quer descansar e aposto que os bebês também. Os pais de vocês estão esperando lá em baixo. Andem. – tia Sandra entrou no quarto e começou a dispensar o pessoal. Annie fez carinha de bebê.

- Tia, tem espaço pra mim?

- Converse com sua mãe Anahí. Vocês sabem que por mim não tem problema. Mai, desça com ela. Garotos, andem.

Mai e Annie passaram por mim e piscaram, descendo as escadas sorrindo, e foi só quando as acompanhei com o olhar que percebi que o Uckermann havia subido conosco e estava parado ao lado do corrimão me observando. Logo depois delas, Chris e Poncho passaram por mim e me deram um beijo na bochecha, se despedindo. Sorri e acenei. Minha tia saiu do quarto e olhou para nós.

- Bom. Acho que Dulce vai pro quarto da Mai, com Anahí. John, o quarto é seu por enquanto.

- Tudo bem. – ele disse e sorriu. – Mas pode deixar que eu vou acompanhar a minha pequena para o quarto da morena.

- Tudo bem. Vou ver como as duas se saíram na conversa com Marichelo. Boa noite querida. Durma bem. – ela me disse, antes de um beijo na testa e descer as escadas.

John me acompanhou tranquilamente para o quarto da morena e quando entramos percebi que Uckermann ficou na porta nos observando. Não resisti.

- Não preciso de um cão de guarda Uckermann. Pode ir. – John esboçou um sorriso de canto de boca, já que estava de costas.

- Mande John comigo então. – ele retrucou, sem expressão na voz.

- Ele esteve comigo quando eu precisei. Ao contrário de você. Quero ele comigo. – eu repliquei. John se virou após me acomodar no sofá ao lado da janela e disse:

- Você já causou problemas demais por hoje cara, some daqui ok?

- Eu to falando com a Dulce... dá pra ficar quietinho na sua?

- Dá pra você calar a boca e sumir daqui? – eu perguntei, interrompendo. Uckermann me encarou da porta e depois de alguns segundo foi embora. Mai entrou logo depois.

- Que bicho mordeu o Uckermann?

- O bicho do ciúme. – respondeu John, num resmungo e Mai me lançou um olhar desconfiado.

- Ei, Girls. – Annie chegou, brincando.

- Oh Loira, vai dormir aqui junto com a gente? – perguntei, mudando de assunto.

- Com certeza. Convencer minha mamis é fácil. – ela disse convencida. Nós sorrimos.

- Bom, neste caso a minha pequena tem ajudantes. – disse John, e eu fiz cara feia.

- Não preciso de ajuda! – disse brava.

- Precisa sim e sabe disso. – ele retrucou e as meninas assentiram concordando. – Então eu vou dormir. – ela continuou, e me deu um beijo na testa. – Até a manhã meninas. Boa noite. – ele sorriu para as garotas.

- Boa noite. – disseram elas antes dele fechar a porta e sair.

- Okey, não tem mais, nem meio mais. Pode começar a falar... Porque o Uckermann ficou tão nervoso quando te viu linda e grávida? – perguntou Annie, sem rodeios.

Fiquei um silêncio por um instante. Elas mereciam saber, mas como eu iria contar? Eu fui quase amante dele, pois ele ainda estava namorando Sophia. E além do mais, eu queria que meus bebês nascessem longe do caos que é a vida emocional da mãe deles.

- Conta logo! – insistiu Mai.

Olhei para elas, seria. As duas estavam sentadas na cama, esperando uma resposta. Eu sabia que devia muito á elas, e estava na hora de recompensar com algumas verdades.

- Vocês querem saber tudo?

- Tudinho, nos mínimos detalhes! – disse Annie.

- Uns dois dias antes de eu pintar o meu cabelo, naquela semana, eu fiquei com Christopher na biblioteca. – as duas me encararam atônitas. – Nós ficamos, sob a condição de ninguém saber de nada. Ninguém.

- Por isso que você nunca mais falou daquela vez que beijou ele na chuva. – comentou Annie.

- Também, mas porque esse assunto é meio estranho. Não acham?

- Totalmente! – disse Mai, antes de se acomodar na cama.

- Então, nós ficamos durante umas duas semanas, eu acho. Não fiquei contando. Até que numa sexta feira, a gente decidiu ir pra boate! – as duas assentiram. – Naquela boate... – eu hesitei. Como eu contaria isso? Era confuso até pra mim, imagine isso saindo da minha boca!

- Vocês dormiram juntos? – chutou Mai. Shit! Aquela morena me conhecia muito bem!

- É. – eu consegui dizer.

- Então... ele é o pai dos bebês! Ai Deus! – disse Annie, se abanando.

- Sim, ele é o pai. Mas isso, nem minha avó sabe. O único que sabe, e porque é um ótimo observador e não me fez falar isso é o John! – eu disse. – Vocês não podem contar nada.

- Imagina ruiva, tenho cara de fofoqueira? – perguntou Annie e sorriu para mim.

- Awn, é tão fofo. – disse Mai e eu revirei os olhos.

- Nossa, eu vou ser titia! – disse a loira.

- Não, você não é irmã dele! – advertiu Mai e a outra deu de ombros.

- Me considero irmã. Meus sobrinhos! – ela disse mandando beijos. Eu ri.

- Continua ruiva! – disse Mai, ignorando a loira antes de rir.