Fanfic: Uma reviravolta ? - TERMINADA *--*

- Ta, te
encontro lá em baixo. Não demora!

Assim que a
morena saiu, Dulce desligou o aparelho e foi para o banheiro. Sua cabeça doía
mas era coisa sem importância. Deveria de ser da mudança. Tomou um banho morno,
relaxante, porém rápido e saiu. Colocou uma camiseta branca, uma camisa xadrez
de branco, verde e preto e um shorts jeans, juntamente com as havaianas branca.

Saiu do
quarto e desceu as escadas, encontrando os tios, Sandra e Carlos, a prima Mai, e
mais duas pessoas, de quem ela não reconheceu. Uma era uma mulher alta, de
cabelos escuros com mechas loiras e claras e com as pontas cacheadas, uma pele
sedosa e olhos azeitonados, escuros. Um corpo bonito que parecia dançar quando
ela se movimentava ou ria. O homem era igualmente alto, cabelos claros, puxados
para o mel, um tanto mais liso do que a mulher. Tinha um rosto redondo e usava
terno, fazendo-o parecer um homem baixinho e gordo, o que ela duvidou que era.

- Tudo bem
então Carlos. Deixamos como está, mas negociaremos! – disse o homem, um tanto
carrancudo. Dulce retesou-se na escada. Estava claro que aquele assunto era de
família e mesmo sendo sobrinha, não lhe dizia respeito.

- Pense um
pouco Victor. Temos muito para resolver. Não é tão simples como pensa. –
replicou Carlos, desconfortável. Maite suspirou.

- Sr Victor,
sei o que está pensando em fazer, sei o quanto ganharia com isso, mas pense
pelo lado dela. Não é fácil. Pense no seu filho, pense em como ele ficaria se
estivesse no lugar dela.

- Tenho
certeza que ele veria o que é melhor para si, e fecharia o contrato. – replicou
o homem grosseiramente. Mai revirou os olhos depois que o homem se virou para
Carlos novamente.

- Carlos,
você ao menos falou com essa garota?

- Victor,
não falamos ainda. Ela ainda está em choque. Ainda é uma menina, que esta
passando por problemas... – começou Sandra.

- Não me
importa os problemas dela. Me importa apenas o bem-estar da minha família. Eu
superei a morte de meus pais.

Ah, ótimo, estão falando de mim!, pensou Dulce, frustrada, ainda
escondida no alto da escada, ouvindo atentamente.

- É claro.
Nunca os amou de verdade! – explodiu Maite. O velho empertigou-se, mas logo se
voltou fulminando a garota.

- Como disse
mocinha?

- Maite,
chega. Controle-se. – disse Carlos, autoritariamente. – Victor, dê-nos um
tempo. Dulce sofreu muito.

- Querido,
deixe eles pensarem, conversarem com a garota. Como é o nome dela mesmo? –
perguntou a mulher. O tempo todo ela esteve de costas, mas agora se virou para
observar a sala, e Dulce olhou bem seu rosto, sabendo no fundo da alma que já a
vira antes.

- Dulce...
Dulce Maria. – respondeu tia Sandra.

- Hm, já
ouvi antes. Bom, Victor, querido, vamos, sim?

- Ah, -
suspirou o homem. – Tudo bem Alexandra. Mas pense bem Carlos, e deixe tudo
claro para a garota. Volto amanhã logo após o almoço.

Disse, se
virou e saiu, junto com a mulher. Dulce suspirou longamente e se levantou.  Voltou para o quarto e jogou água no rosto,
para ver se não acordava. Não. Logo batidas suaves se ouviam na porta. Dulce
foi até lá e abriu. Maite.

- Dul,
vamos, temos que conversar.

Ela apenas
assentiu, não sabendo o que responder. Desceu junto com a prima em silêncio,
não tendo certeza se ela desconfiara que estivesse ouvindo. Assim que chegou á
copa, a mesa estava posta, com tio Carlos na ponta e tia Sandra a sua direita.
Mai sentou-se em frente á sua mãe e Dulce viu um prato colocado ao lado da tia.
Sentou-se e olhou para os três, que á observavam em silêncio. Decidiu colocar
as cartas na mesa.

- Ok, sinto
muito, mas ouvi uma parte da conversa. Quem eram eles e o que queriam comigo?

Carlos
suspirou. Ele sabia que Dulce tinha essa mania de ouvir as coisas bem demais, e
sabia que corria o risco.

- Eles são
Victor e Alexandra Uckermann. – respondeu Mai, suavemente.