Fanfic: Nunca te vi, mas sempre te amei {AyA [finalizada]

—Oi –Ele cumprimentou a pessoa do outro lado da porta, mas não consegui ver quem era. –Obrigada por cuidar de tudo, vejo você depois. –Ele fechou a porta e se virou para  mim. –A coisa que você queria saber acabou de chegar.

—Sobre o que você está falando?

—Este é Caio. –Um menininho de mais ou menos dois anos, segurava sua mão, meio escondido atrás dele. Tão... Fofo! Caio! Algo me preencheu por dentro, era como se o vazio que eu não tinha percebido até agora fosse preenchido por completo. –Seu Filho.

—Fi... Filho?!

—Olha é a mamãe.

—Me deixe em paz! Quem é meu filho? –Isso só pode ser um pesadelo. Um terrível pesadelo.

—Viu Caio? Essa é a mamãe.

—Que tipo de mentiras está dizendo para o seu próprio filho?!       

Meu coração batia loucamente, eu estava confusa com tudo que havia acontecido e Alfonso parecia estar se divertido com o que estava acontecendo.

Ele colocou Caio em seu colo, que não parecia estar se importando muito com o que acontecia a sua volta. Sua cabecinha derreou no ombro forte de Alfonso, como se estivesse com sono.

 — Olha Caio, é a mamãe. –Ele continuava a instigar o garotinho, rindo das minhas reações.

— Pare de dizer mentiras para o seu filho! –Gritei dando um chute em sua perna.

Ele se desequilibrou e por pouco não caiu.

— Uou! Cuidado, eu estou com uma criança no colo. –Ele falou  sério, mas eu podia ver a sombra de um sorriso em seus lábios.

Nesse momento Caio olhou pra mim e mais tarde eu não conseguia explicar pra mim mesmo o que havia acontecido. Seus pequeninos olhos me focaram com interesse e reconhecimento, ele ergueu seus bracinhos em minha direção, a mãozinhas abrindo e fechando, me chamando, sinalizando que queria ir para os meus braços. E aquilo me matou por dentro, eu queria segurá-lo, apertá-lo e nunca mais deixá-lo ir para longe de mim. Involuntariamente dei um passo em sua direção, minhas mãos tremiam de excitação para segurá-lo. Toquei em uma de suas mãozinhas e meu coração deu um salto doloroso no peito.

— Não! –Me afastei rapidamente dele. Isso estava errado. Tudo estava errado! Eu não devia ter vindo aqui, eu não deveria nem ter falado com ele a principio.

Sai correndo porta a fora, metade de mim queria voltar lá e abraçá-los, mas a outra metade, a que venceu, gritava que aquilo era uma loucura e me impulsionava pra mais longe daquele lugar. Ouvi Alfonso gritando para que eu voltasse, mas não me importei, nesse momento eu precisava ficar sozinha, longe dele.