Fanfic: Nunca te vi, mas sempre te amei {AyA [finalizada]

Capitulo 4

O sol queimava meu rosto, mas eu não queria levantar, cobri a cabeça com o cobertor tentando voltar a dormir quando ouvi um gritinho deliciado seguido de uma gargalhada infantil. As lembranças de onde eu estava me despertaram completamente. Sentei-me na cama procurando minhas roupas com o olhar. Eu estava usando a parte de cima de um pijama de flanela de Alfonso. Pensei do que aconteceria se eu saísse do quarto do jeito que estava, as camisa cobria até metade das minhas coxas, dois botões estavam abertos revelando o vale dos seios o suficiente para perceber que eu estava sem sutiã. Seria uma bela vingança pela armadilha que ele me fez ontem, tão logo esse pensamento me veio a mente ele foi descartado. Suspirei dramaticamente me levantando, eu não era uma pessoa vingativa, muito menos provocativa.

Desabotoei o terceiro botão parando no processo do quarto quando a porta se abriu num rompante e uma coisinha pequenina atravessou correndo e me agarrou.

— Mamãe! Café da manhã! Café da manhã! –Caio corria a minha volta me deixando tonta tentando acompanhá-lo com olhar até que ele também ficou tonto e caiu deitado no chão, sorrindo feliz.

— Bom dia. –Olhei surpresa para Alfonso que estava encostado preguiçosamente no batente da porta. –Sabe, um homem pode se acostumar a ter essa bela vista todas as manhãs.

Arregalei os olhos quando olhei pra baixo e vi que estava praticamente despida na frente dele, todo o seio direito estava a mostra e o tecido ocultava somente metade do esquerdo. Senti meu rosto se tingir de escarlate soltei um pequeno grito enquanto corria pra me cobrir com as cobertas da cama. Eu ia gritar pra que ele saísse do quarto quando Caio pulou na cama me abraçando.

— Bom dia. –Ele sorriu e me deu um beijo na bochecha. Ver aquele rostinho feliz fez todo o resto do mundo sumir.

— Bom dia anjinho. –Retribui o beijo em sua bochecha também.

— Não é justo, papai também quer beijos.

E um segundo depois ele pulou na cama, derrubando a mim e a Caio. Alfonso aprisionou uma de minhas mãos, a que não segurava Caio e me beijou diversas vezes no meu rosto. Caio riu deliciado.

— Caio beja também! –Alfonso começou a fazer cócegas enquanto me beijava e caio o imitava.

Minha barriga estava começando a doer de tanto rir quando Alfonso dando um ultimo beijo rápido em meu lábios puxou Caio para que ele parece também jogando-o em seus ombros como um saco de batatas.

— Que tal deixarmos mamãe se vestir para tomarmos café? –Ele falou pra Caio, mas seus olhos estavam grudados em mim. Eu estava ciente que depois de todo esse reboliço mais alguns botões se soltaram e a blusa subira um palmo em minhas pernas, mostrando a calcinha, mas por alguma razão eu não conseguia me mover para cobrir-me.

— Não! –Caio esperneou. –Brincar mais!

Alfonso saiu do quarto, sacolejando o garoto e seus gritos de protestos viraram risadas. Ele fechou a porta atrás de si e eu me vi sozinha no quarto novamente.

O que eu ia fazer? Perguntei a mim mesma desesperada. Aquela não é minha família. Caio não é meu filho. Alfonso não é meu marido. Então por que eu estava aqui brincando de casinha com eles? Servindo de mãe e esposa substituta?