Fanfic: Nunca te vi, mas sempre te amei {AyA [finalizada]

Alguma coisa aconteceu nas três horas em que estive inconsciente. De alguma forma meus pais aceitaram nosso “noivado” e me dando a benção deles foram para casa, mamãe não se continha em si de tanta felicidade falando sobre os pormenores da festa e papai já me cobrava uma casa cheia de netos e Alfonso garantindo que providenciaria isso.

“Eu morri. É isso. Eu morri e estou agora vivendo minha outra vida em um mundo paralelo. É isso, então é isso que acontece quando você morre, sua vida reinicia no ponto em que você parou só que em um outro universo em que você ainda está vivo, quase como um vídeo game depois do game over.”

Logo que pode Alfonso me levou para casa.

— Liberei minhas turmas de hoje, não vou te deixar sozinha naquela enfermaria com Mirajane. É capaz de ela te matar e nem se dar conta. Ainda tremo só de pensar no dia em que entrei naquela sala e a vi sobre você segurando um desfibrilador a 300j.

Dormi durante o resto do dia e me acordei ouvindo risos vindos da sala, me vesti curiosa para saber qual era a fonte de tanta alegria. Cheguei à sala e encontrei um policial jogando Caio a uma altura assustadora, enquanto este ria e gritava.

— Mais alto! Mais alto! –Mas ele parou assim que me viu entrar na sala, o que foi sábio da parte dele, pois estava a ponto de arrancar-lhe a cabeça, principalmente porque ele não parecia estar nem um pouco sóbrio.

— Ora, então você é a noiva de Alfonso de quem tanto falam. - Ele me regalou um sorriso a guisa de cumprimento.

— Ela não a coisa mais linda que você já viu? –Alfonso comentou enquanto trazia uma bandeja com um copo de refrigerante e uma xícara de café. –Querida este é Christian, irmão de Mirajene e igual que sua irmã ele entrou na profissão errada. –Alfonso pegou a xícara de café e entregou a Christian. –Tome. Não devia ficar bêbado enquanto está de serviço.

— Não estou bêbado. Só alegre. –Mas aceitou o café e se esborrachou no sofá.

— Chris e eu nos conhecemos desde os tempos da faculdade. –Alfonso falou se sentando no sofá oposto, pegando o copo de refrigerante.

— Você pode não acreditar, -Christian falou para mim. –Mas naquela época eu era o CDF e ele era o fanfarrão. –Ele estava certo, pensei, eu não acreditava mesmo.

— Tio Chis! Caio é poicia também! –Caio corria envolta da sala, juntando os as mão formando uma arma imaginária. –Bang, bang!

— Claro que é. E pra provar eu te empresto isso. –Ele tirou as algemas de seu sinto e entregou a Caio. Seus olhos brilharam de emoção ao receber as algemas.

— Mamãe! Caio é poicia!

— Meus parabéns querido.

— Mamãe? –Chris falou confuso, olhando de mim para Alfonso, mas não fez nenhum comentário mais.

Ele não se demorou muito, logo recebeu uma chamada do seu parceiro e teve que sair as pressas do apartamento, meio cambaleante eu deveria acrescentar.

Caio continuou a correr pelo apartamento multando o abajur por estar apagado quando já era noite e seu carrinho de brinquedo que ele próprio havia deixado jogado la na sala mais cedo, por estar fora de seu quarto.

— Alfonso, -chamei sua atenção. Ele estava sentado no sofá em frente a mim, observando a correria de Caio. –O que vai acontecer quando Caio crescer e perceber que eu não sou sua verdadeira mãe?

Isso era algo que me estava matando por dentro. Eu precisava perguntar, a verdade é que eu não aguentaria uma rejeição de Caio. Mas Alfonso simplesmente sorriu, se levantou e sentou-se ao meu lado.

— Por que está preocupada com isso? –perguntou segurando minha mão esquerda e a levando aos lábios, dando leves beijos. –Basta que se case comigo e se torne sua verdadeira mãe. Afinal... Você é a única mulher que o Caio gosta.

Aquilo me irritou. Ele realmente achava que me pedindo em casamento só porque sou a única mulher que Caio aceitaria seria um elogio para mim?

— Me solte. –Puxei minha mão irritada. –Não vou me casar com alguém que não me ama!

— Mas eu te amo! –Ele disse sorrindo. Simples e fácil. Como quem diz que ama chocolate, com um sentimento supérfluo que pode mudar a cada novo sabor que aparecer.