Fanfic: Nunca te vi, mas sempre te amei {AyA [finalizada]

 —E então? Na minha cama ou na sua? –Ele perguntou divertido. Eu teria que dormir com ele?! Na mesma cama?! –Pode ser na sua, é mais apertada e teremos que dormir juntinhos um do outro. –Ele pontuou a ultima palavra me puxando para junto de si.

— Na sua! Na sua! –Me afastei nervosa. O coração a mil.

Fomos para seu quarto e me ocorreu que até aquele momento eu não havia entrado nele ainda. O quarto era tipicamente masculino, decorado com variados tons de madeira escura. Propositadamente evitei olhar para a enorme cama king size no canto esquerdo do quarto. Havia uma enorme cômoda no lado direito, uma tv de tela plana na parede, uma porta que provavelmente dava em um banheiro e as janelas eram cobertas com cortinas escuras para evitar que a luz entrasse.

— Annie... –Olhei para ele, nervosa com seu tom de voz preocupado. –Acho que agora é minha vez.

 — Hã? –perguntei sem entender.

— Eu preciso ir no banheiro. –Eu errara, seu tom não era preocupado, ele só estava a todo custo tentado segurar o riso.

— Não você não precisa! –Afirmei, como se esse mero feito tivesse poder sobre sua bexiga.

— Ah sim eu preciso. –Ele começou a me arrastar para o banheiro. –Mas não se preocupe, eu não me importo que você olhe. –ele sorriu matreiro.

— Nãaaaaaaaaaoo!

— A culpa é sua por ter me feito cantar, eu disse que aquela era uma musica de banheiro.

— Eu não mandei você cantar nada!

— Que cruel. –Alfonso me olhou fingindo estar magoado. –E eu que só quis ajudar.

— A culpa é sua por estarmos nessa situação.

— Nunca te ensinaram que não é educado apontar culpados?

— Será que dá para fazer logo isso? –Perguntei me segurando para não pular em seu pescoço e esganá-lo até a morte.

— Por que está tão apressada. Não me diga?! –Ele fez uma pausa dramática. –Anahí que você tem um fetiche por ver homens urinando?!

— Eu só posso ter salgado a santa ceia! De onde você tirou isso?! –Exclamei irritada.

— Annie, você acha mesmo que um banheiro é o melhor local para se falar sobre isso? Digo, quem chega para você e diz: Vamos falar de amor no banheiro. Ninguém né.

— Isso não tem nada a ver com amor!

— Não insulte, para algumas pessoas fetiches são demonstrações de amor.

— Alfonso? –Falei tentando me acalmar, contando até dez mentalmente. –Você tem algum problema mental?

— Não que eu tenha ciência. –Ele sorriu abrindo o zíper da calça.

— Inacreditável! –Disse a beira de um ataque me virando de costas.

— Não vai cantar uma música para mim?

Ele sorriu jocoso.

— Você fez de propósito. –Disse deslizando pela cama para o outro lado dando espaço para ele. Me deitei na ponta da cama o mais longe dele que eu conseguia, o braço esquerdo ficando numa posição extremamente desconfortável, mas eu não me importei. Fiquei pensando em qualquer coisa menos na cena vergonha do banheiro.

— Não fiz não. Eu juro. –Sua voz soou inocente. Inocente demais para que eu acreditasse. –Sabe, eu não posso controlar minha bexiga.

— Cale-se!

Ficamos deitados na cama em silencio, eu virada para a parede, ele na minha direção, podia sentir as respiração em meu pescoço, sua mão algemada apoiada relaxada em meu quadril. Fiquei lá, ouvindo sua respiração lentamente se normalizar, imaginado se ele finalmente adormecera.

— Está muito calada. –Ele falou baixinho próximo ao meu ouvido.

— Você amava ela não é? Mesmo ela tendo se casado com seu melhor amigo você a amava. –Ali, no escuro eu finalmente criara coragem para fazer a pergunta que me incomodava. Para o bem ou para o mal eu teria uma resposta.

— Você já sabe a resposta. –Ele disse num tom que mostrava claramente que não queria falar daquilo.

— Mas quero ouvir de você. –Insisti.