Fanfic: Nunca te vi, mas sempre te amei {AyA [finalizada]
Eu não queria acreditar no que estava ouvindo, provavelmente eu estava sonhando com o que gostaria que tivesse realmente acontecido quando na verdade eu estava em coma.
— E Dulce? –Consegui perguntar, tentando a todo custo não me agarrar nesse fiapinho de esperança que começava a crescer em meu peito.
— Dulce... Eu a amei, ela foi uma pessoa importante em minha vida e esteve presente nos momentos mais importantes para mim, pensei quando ela morreu que eu nunca mais conseguiria rir de novo, senti como se uma parte de mim tivesse ido com ela. Então você apareceu na minha vida contando uma historia que ninguém em sã consciência acreditaria, mas você era tão linda e parecia tão frágil, eu não conseguia tirar meus olhos de você e de repente eu entrei em pânico, eu não estava pronto para me apaixonar de novo, mas também não queria que você se afastasse de mim. Disse a mim mesmo que meu único interesse em você era por conta do coração de Dulce, disse isso tantas vezes que acabei acreditando em minha própria mentira tola. Meu mundo virou ao avesso de um modo em que meu único ponto de gravidade se tornou você. Quando percebi que você me amava, me dei conta que não poderia te fazer feliz, não do jeito que eu estava, preso a lembranças do passado, tentei te afastar, mas... Eu me senti o pior dos lixos. –Ele cobriu minha mão com as suas. –Por favor Anahí me diga que em pelo menos isso eu não tive êxito... Diga-me que não é tarde de mais para nós.
— Eu... –Paralisei. O que eu poderia responder? Eu realmente não sabia o que dizer... Era tarde demais? Como eu poderia saber?
— Interrompo algo? –Minha mão enfiou a cabeça na porta, abrindo só um pouco. –Se interrompo, desculpe interromper. –Ele adentrou no quarto. –Alfonso, Caio está ficando enjoado, acho que está com sono.
Ela estava segurando a mãozinha dele quando entrou, mas assim que Caio me viu se soltou e correu na minha direção. Alfonso o ergue sentando-o na beira da minha cama.
— Dê um beijo de boa noite na mamãe que nós iremos para casa.
— Não! –Ele disse firme se abraçando a mim. –Caio fica aqui! Com mamãe!
— Pode deixar. –Digo fazendo carinho em Caio, pensando que quando ele dormisse seria mais fácil leva-lo.
Alfonso deve ter percebido minha intenção porque não protestou, mas também não saiu do quarto, se recostando na cadeira aparentando ficar mais a vontade, mas seu rosto era impaciente. Eu sabia que ele queria continuar nossa conversa as sós, mas eu não faria nada para ajuda-lo com isso. Eu não sabia se poderia confiar nele, sempre que o beijasse ficaria pensando quem ele realmente estava beijando e eu não suportaria isso.
Caio finalmente dormira e Alfonso pode leva-lo para casa com um “amanha conversaremos.” E partiu.
Para o meu desespero mamãe resolveu passar a noite no hospital comigo, apesar de eu insistir que estava bem, que não fora nada e que ela já podia voltar para casa, mas como eu já sabia de antemão, foi tudo inútil. Se não fosse o que mamãe queria escutar, ela não escutava.
— Então... –Ela se sentou animada na cadeira que Alfonso ocupara. –Como vão os preparativos para o casamento? Vi que você e Alfonso parecem ter brigado.
— Foi, -mordi o lábio nervosa, eu não estava acostumada a mentir para minha mãe. –só um desentendimento.
— Ah bom! –Ela sorriu feliz. –Então conta, como vão as coisas? Já escolheu a data? O local? O vestido?
— Não, mãe, ainda não fiz nada. –Ocultei um gemido antecipando o que viria, porque se Aidan me achava fácil de ler, minha mãe era mais fácil ainda.
— O que você faria se não fosse eu?! –Ela se levantou indo pegar sua bolsa que mais parecia uma sacola de praia no sofá, tirando uma pasta de dentro e voltando a cadeira para se sentar. –Vamos começar então...
— Mãe eu estou cansada. –Disse me afundando nos lençóis cobrindo meu rosto. Era só o que me faltava organizar um casamento se eu nem ao menos tinha uma relação com o noivo. –Eu fui atropelada por um ónibus hoje, não podemos deixar isso para depois?
— Bobagem. –Ela disse balançando uma mão como se quisesse espantar uma mosca da cara. –Você mesma disse que foi uma batida de leve e que já estava melhor.
Para onde foi a mãe super protetora que corria para o hospital sempre que eu sofria o mais mínimo corte e gritava por um médico aos prantos perguntando se eu corria o risco de pegar uma infecção e ser preciso amputar o dedo.
— O ônibus não me bateu com força, mas choquei a cabeça no chão com força, eu tive uma contusão mãe, sabe o que é isso? Eu poderia ter morrido!
— Vamos começar por esse, eu tive várias ideias, então vamos analisá-las com calma. –Ela sorriu. –Afinal temos a noite toda. –Gemi audivelmente mostrando que a ideia me desagradava. –Veja, o que você acha de cisnes? Pensei em algo como a Rainha das neves...
— Nada de cisnes. –Vetei prontamente. A ideia daquele casamento homossexual de Sex and the city passando pela minha cabeça me causando arrepios. –Muito cafona.
— Certo. –Ela rebolou o papel no chão. –Tem algo contra pombos?
— Nada de animais.
— Tá bom. –Ela separou quase a metade de sua pilha e jogou-os no chão. –Nada de animais. Que tal se Alfonso chegar num cavalo branco e você ser carregada por lacaios?
— De onde você tirou essas ideias? –Arrebatei os papeis das mãos dela olhando uma ideia mais insana que a outra. –Olha, mãe. Eu ainda não decidi ainda, mas quero que seja algo simples e intimo, só a família e os amigos.
— Você está privando a mim e a seu pai de exibir Alfonso como nosso genro. –falou ofendida.
— Você deveria me exibir, eu sou sua filha!
— Mas nós já te exibimos todos os dias. –Ela sorriu para mim. –E agora você vai se casar. –Seus olhos se encheram de lágrimas e procurando um lenço na bolsa passou a secá-las. –Quando você nasceu tão doentinha, seu pai e eu nunca pensamos que chegaríamos a ver esse dia e agora olha só! –Ela voltou a sorri, mesmo ainda com lagrimas nos olhos. –Estamos até mesmo organizando sua festa de casamento! Por isso não temos tempo a perder! –Ela se recompôs conseguindo tomar de volta os papeis em minhas mãos. –Vamos para o próximo item.
Ela continuou a falar, mas eu me desliguei, fiquei me perguntando o que aconteceria se eu chegasse a conclusão que entre Alfonso e eu já não seria possível existir mais nada. Minha cabeça travava uma batalha com meu coração e eu não fazia ideia de quem ganharia.
Prévia do próximo capítulo
Eu não havia percebido que adormecera, mas sabia que estava sonhando quando me vi em uma colina, logo abaixo se via um vale de flores que se estendia até um lago. Era um lugar lindo, o vento batia incessante em meus cabelos trazendo o cheiro de lavanda dos campos abaixo. — Belo lugar. –Olhei assustada para a voz que se pronunciara a meu lado e tive ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 145
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franmarmentini Postado em 30/03/2014 - 11:15:14
tudo bem eu entendo...
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iza2500 Postado em 29/03/2014 - 23:37:33
Poxa que pena, vc vai criar outra fic AyA? Posta o link se vc criar, ok!
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hannaponny Postado em 12/03/2014 - 18:24:01
*** Muito
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hannaponny Postado em 12/03/2014 - 18:23:29
Pensa numa menina chorando muioto... Eu :D Emocionadaaa .. Amei *-----*
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ligia Postado em 11/03/2014 - 22:05:51
ameiii
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rbd_annie_jb Postado em 11/03/2014 - 18:37:02
ameiiiiiii o final...vou esperar ansiosa para a segunda temp. Beijos. :)
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tcfreitas Postado em 11/03/2014 - 16:16:10
Ah! Muito bonito o final da primeira temporada. Ansiosa pela próxima.
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franmarmentini Postado em 11/03/2014 - 15:50:49
*-*
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franmarmentini Postado em 11/03/2014 - 15:50:30
ameiiiiiiiiiiiiii me emocionei muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! e to doida pra ler a segunda temporada...espero que na segunda temporada eles fiquem mais juntos!!!!!!!!!!!!!!!!
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iza2500 Postado em 11/03/2014 - 13:54:11
Como assim último capitulo? Essa fic foi espetacular, ansiosa pela 2 temporada, muito linda parabens!!!!