Fanfic: Nunca te vi, mas sempre te amei {AyA [finalizada]

Capitulo 12

Acordei ouvindo vozes em meu quarto, elas falavam baixo para não me perturbar, continuei parada sem me mexer, não queria conversar com ninguém, não ainda.

— Olha eu só quero falar com ela é rápido. –Reconheci a voz de Aidan distante.

— Eu não estou mentindo querido, ela realmente está dormindo. –Minha falava calma. –Por que eu te impediria de falar com ela?

— Desculpe. É só que... Eu pensei que ela não quisesse falar comigo. Ontem eu a pedi que viesse para os Estados Unidos comigo e achei que ela não quisesse me dar uma resposta. –Os dois ficaram em silencio por uns minutos, Aidan ainda esperando que mamãe o deixasse entrar, minha mãe não gostando nem um pouco da ideia de ele querer me levar para longe.

— Ela teve uma crise de nervos hoje de manhã e a enfermeira lhe aplicou um calmante. Venha mais tarde que ela estará acordada. –Ele pareceu se conformar com essa explicação, pois segundo depois ouvi a porta se fechar. Ele partira. –Levar meu bebê para outro pais, era só o que faltava humpf!

Já passava das três da tarde quando meu estomago roncou, me mexi incomoda na cama, meu pai estava sentada no sofá vendo TV e ao ver que eu acordara a desligara. Ele trocara de lugar com minha mãe pouco antes do almoço. Eles estavam adotando a velha rotina que tinha antes de eu fazer a cirurgia. Encolhi-me de remorso por fazê-los passar por isso novamente.

— Ora boa tarde, -Ele sorriu para mim e eu pude ver que mamãe havia contando o que acontecera hoje de manha e ele estava tentando a todo custo ser natural, fingindo que  não havia acontecido nada, nem me enchendo de perguntas como aconteceria com minha mãe e eu agradeci por ser ele quem estava ali naquele momento. –Você deve estar com fome, vou à cafeteria te comprar algo. –Ele saiu balançando a sua barriga ao andar.

Eu sorri ao me lembrar dele daqui a dez anos, lembrando-me vagamente o amigo do Popeye que gostava de comer hambúrgueres. Alguns minutos depois a porta foi aberta novamente.

— Foi rápido. –Falei ainda sorrindo da comparação entre meu pai e o Dudu. –Alfonso.

— Como se sente? –Ele perguntou preocupado, me entregando uma única rosa vermelha com uma fita azul céu. Eu conhecia aquela fita.

— Bem. –Eu disse sem olha-lo, desatando o laço da rosa e a guardando com cuidando numa mesinha próxima.

— O que você está fazendo. –Ele perguntou curioso ao me ver descartar a rosa e ficar olhando para a fita.

— Sente-se aqui. –Dei uma leve batida na cama, eu estava nervosa, não conseguia nem olhá-lo nos olhos, concentrando toda a minha atenção em amarrar a fita no meu pulso esquerdo por que o direito estava com soro. Entendendo finalmente o significado da fita.

— Tem certeza que está bem? –Ele perguntou se sentando na beirada da cama, tocando em minha testa, testando minha temperatura.

— Já disse que estou bem. –Puxei sua mão de minha testa e comecei a amarra-la a minha com a fita, fora bastante difícil e pensei que não conseguiria até Alfonso mesmo sem entender o que eu estava fazendo me ajudar a amarrar a fita. –Agora você está preso pelo meu encanto e não poderá escapar até que eu te liberte. –Recitei as mesmas palavras que ele me dissera no futuro.

— Não quero escapar. –Alfonso ecoou minhas falas anteriores, entendendo o que eu estava querendo dizer. Ele segurou meu rosto e me beijou. E nesse momento eu tive uma gostosa sensação de ter voltado para casa.