Fanfic: LIÇÃO DE VIDA AYA finalizada

A respiração acelerada dela esquentava ainda mais o sangue de Alfonso , de uma maneira tão absurda que o impedia de pensar em outra coisa que não fosse interagir com aquele calor pulsante.

Anahí era linda, e Brian sabia que não poderia encontrar um defeito naquelas formas fantásticas e sensuais.

Sentiu-a tremer sob sua mão, sentiu a glória dela nas curvas sensacionais e o prazer da própria sexualidade feminina.

— Faça amor comigo. —Anahí lhe afagava os cabelos. — Agora, por favor!

A voz súplice de Anahí , aquela frase, de alguma maneira pro­funda e significativa trouxe  Alfonso de volta à realidade.

Não podia fazer sexo com ela. Eles iriam se divorciar em breve.

Por que iludir-se ou dar a ela uma esperança de algo que jamais aconteceria?

Se amasse sua mulher naquele momento, Anahí concluiria que estava tudo bem, que a crise conjugai passara e que tudo voltaria ao normal. Entretanto,  Alfonso sabia que nada seria assim.

Qualquer que fosse o jogo de  Anahí para reconquistá-lo, quando ela alcançasse seu objetivo voltaria a ser a mulher perturbada de antes. Tornaria a beber, a discutir, e todo o pesadelo em que se envolveram dois anos atrás retornaria com força total.

Bem... Talvez, apenas talvez, não acontecesse bem assim, mas não podia arriscar. Não quando seu coração já estava quase des­truído por todas as desilusões que sofrerá.

— Não posso Anahí — afirmou, com frieza, afastando-se dela. Para total surpresa de Alfonso , ela não protestou. Puxando o lençol de novo sobre si, deitou-se de costas, já com os olhos fechados.

— Tudo bem,  Alfonso, eu entendo.

Anahí acordou com o som da água do chuveiro escorrendo e um leve cantarolar de Alfonso. Sentia-se descansada e bem disposta. Sublime. Quase como se eles tivessem tido uma noite maravilhosa de sexo.

Bem, aquilo não acontecera, mas Anahí tinha consciência de que dera um passo importante nesse sentido. Um passo fundamen­tal, na realidade. Conseguira baixar a guarda de seu marido e quase fazê-lo render-se. Agora, era só uma questão de tempo, decidiu satisfeita.

Na véspera, sentira um desejo maior do que recordava ter tido um dia. Anahí nunca fora uma mulher muito quente. Gostava de sexo, compartilhara muitos e muitos momentos especiais por causa dos prazeres da carne, mas isso fora anos atrás... Desde que estivera com um homem pela última vez.

E agora, era uma mulher de mais idade, cheia de fogo e ardor no corpo de uma jovem. Uma combinação perigosa, dado que um homem novo e bastante quente estava a apenas alguns metros dela. Nu. Ensaboado. Molhado.

Anahí A suíte deles tinha o melhor banheiro da casa. Anahíe Alfonso haviam derrubado as paredes de um closet para aumentá-lo e co­locar uma banheira de casal e um vidro verde temperado para separar o boxe. Verde, porém, transparente.

Anahí empurrou devagar a porta e deu a primeira olhada em mais de vinte anos em seu marido todo nu. E, por um momento, esqueceu-se de respirar. Alfonso era magnífico!

— Meu Deus! — deixou escapar.

As lembranças que guardava de  Alfonso eram nubladas. Não era para menos.

Não se lembrava daquele belo corpo masculino a sua frente. Decerto apenas não tinha apreciado a beleza daquelas costas na época, a juventude dele, a inacreditável sensualidade vibrante.

Alfonso não era o que se podia chamar de escultura, pois era muito musculoso para isso. Mas era... Bem... Espetacular!

Os ombros amplos estreitavam-se em direção à cintura definida, que guiava até uma estrutura perfeita de nádegas firmes e bem formada.

— Aí está você. —Anahí umedeceu os lábios, sentindo coisas que não vinha sentindo durante muito tempo, permitindo que seus olhos trilhassem pelo tórax largo e parassem para admirar toda a extensão pujante de seu marido.

— Gostando da paisagem? — indagou ele, rindo.

Anahí ergueu os olhos para encontrar os de Alfonso, que a fitava com tanto ardor e desejo que  Anahí sentiu-se meio zonza.

— Eu estava...

— Você estava?

— Admirando o... — parou no meio da frase. — Você tem feito exercícios? Freqüentado a academia, sem me contar?

Alfonso estreitou os olhos e colocou as mãos nos quadris, sem nada dizer.