Fanfic: LIÇÃO DE VIDA AYA finalizada

—Alfonso... — murmurou, sentindo um nó na garganta e uma imensa vontade de chorar. — Eu te amo.

Ele jamais conseguiria imaginar o quanto era grande e verda­deira tal admissão. Apaixonara-se pelo marido antes, quando eram pouco mais que adolescentes, e agora toda aquela sensação estava de volta. Estava apaixonada por  Alfonso de novo. Do fundo da alma.

Alfonso deu uma parada e a encarou com intensidade, como se estivesse a estudá-la. Após alguns segundos de silêncio, que para Anahí pareceram uma eternidade, ele confessou:

— Pensei que nunca mais fosse lhe dizer isso, mas eu também te amo.

— Você ainda não me convenceu — brincou.

Alfonso colocou Mia no chão, e a menina saiu correndo, toda feliz e saltitante, atrás dos dois irmãos mais velhos.

— Nem posso acreditar que estou lhe dizendo isso. Duas se­manas atrás, eu não me importaria se você sofresse um acidente, caísse da escada ou desaparecesse no mundo, e, neste exato mo­mento, olho para você pensando que eu morreria se algo de ruim lhe acontecesse.

Anahí riu.

— Agora seu discurso foi um pouco melhor.

— Achei que tivesse sido bom o bastante.

— Parece que está sendo sincero, meu rapaz, mas não precisava dizer que duas semanas atrás queria que eu morresse. — Fingiu-se de zangada.

Ele gemeu e a puxou para si.

— Você sabe que te amo.

— Sei. E estou emocionada.

Miguel gritou, comemorando, quando conseguiu atingir Justin com uma bolada de neve pelas costas. Mia, notando que seus pais estavam a ponto de se envolver entre si, caminhou até eles e levantou os bracinhos.

Alfonso a pegou no colo, e Anahí  teve de desviar os olhos. No momento, criticava a si mesma com uma renovada sensação de raiva. Como pudera jogar tudo aquilo fora? Como fora capaz de desistir da felicidade que reinava ao redor de sua família abençoa­da? "Como, meu Deus?!" Aquilo era incompreensível.

— Quero fazer amor com você esta noite — ela sussurrou, toda sensual.

"Uma última vez. Antes que seja tarde demais e eu não esteja mais aqui." Alfonso sorriu.

— Garota, é esse mesmo meu plano!

Anahí queria se recordar daquela noite, de como era a sensação de Alfonso sob suas mãos, de como eram seus toques amorosos.

Queria enxergar a expressão nos olhos dele que lhe diziam o quanto era bonita. Gerar três filhos acabou dando uma outra forma a seu corpo, e ela sabia disso, mas ele ainda a olhava com desejo, como se Anahí tivesse vinte anos, ventre reto e seios firmes.

Quando Alfonso foi para a cama aquela noite, ela o esperava nua entre os lençóis, uma pequena surpresa para seu marido, que foi recebida com um gemido de satisfação.

— Meu Deus, faz tanto tempo! — murmurou ele, emocionado. Então, acomodou-se ao lado de sua mulher e beijou-a com de­licadeza.

Alfonso correspondeu ao beijo, entregando-se sem reservas.

Lo­go, o beijo suave e delicado transformou-se em ardente e apaixo­nado. Ela cerrou as pálpebras quando Alfonso começou a deslizar a mão por suas curvas, explorando, recordando, saboreando.

"Meu marido vai fazer amor comigo", pensou extasiada. "Um homem que morreu há vinte anos. Um homem a quem eu destruí."

—Alfonso... — disse ela, com uma pontada de pânico. — Quero fazer amor com você.

— Ora! Achei que era isso o que estávamos fazendo.

—  Não, faça amor comigo como se esta fosse a última vez. Como se...

Alfonso a interrompeu com mais um beijo, e Anahí soube que fora para silenciá-la.

Sem problemas. Não precisava falar nada.

Num piscar de olhos,  Alfonso estava sobre ela, acariciando-a, beijando-a com loucura, puxando-a para mais perto. A boca via­jou sobre o pescoço delicado e desceu até o mamilo rosado e intumescido.

Ele ficou ali por alguns instantes, provocando ambos os mamilos com a língua, enquanto Anahí lhe contava, através de doces sussurros e gemidos, o quanto se sentia bem com suas carícias. O quanto se excitava com ele. O quanto lhe dava prazer.

Alfonso ergueu o rosto e fitou os olhos apaixonados de Anahí , antes de trilhar um caminho, com a língua, sobre a pele feminina.