Fanfic: 7
Capítulo II Go! Nenhum boneco de madeira era poupado pela lâmina do espadachim, assim como nenhum lutador seria, ou pelo menos, era isso oque ele achava. O ritmo de seu treino aumentou consideravelmente. O rapaz só se dava descanso para as necessidades básicas. Zoro treinou durante todo o ano, mas essa semana foi, sem dúvida, a semana em que o jovem mais exigiu de si mesmo. No dia seguinte, a seleção dos trios iria começar. Emboras os grupos fossem divididos em trios, todas as lutas eram individuais. Alguns lutadores não concordavam com esse tipo de luta, achavam que um grupo poderia atrasá-los e que no fim, todos teriam que lutar entre si. Outros já preferiam ficar em grupos, se sentiam mais seguros ou simplesmente não queriam desgrudar de seus amigos. •••
– Nós temos que dar um jeito, Bunny. Nós temos que dar um jeito de ficarmos no mesmo time. – Disse Nami, apreensiva.
– Hoje é o ultimo dia antes do torneio. É o último dia em que podemos fazer algo para ficarmos no mesmo time. – Disse Nami, com a voz meio baixa.
– Eu não quero ter que lutar com você, Sweetie, não mesmo. – Disse Bunny com a voz chorosa, enquanto agarrava a amiga.
– Calma, Bunny! Nós vamos dar um jeito, não precisa ficar desse jeito. –
Disse Nami com a voz doce, tentando acalmar a garota. – Certo, eu vou até o local das inscrições ver o que posso fazer; Enquanto isso, vá estudar seu livro de magia, você precisa lembrar de tudo amanhã!
Bunny correu e pegou seu livro, sentando em cima da cama, de pernas cruzadas enquanto lia atentamente os feitiços. Nami sorriu ao ver Bunny se conformar com sua saída ao mesmo tempo que fazia algo útil para si mesma. Nesse exato momento, a garota de cabelos laranjas lembrou do exato momento em que as duas se conheceram.
Um flashback se inicia na cabeça da moça.
Nami andava calmamente por um bosque, precisava colher algumas frutas e retornar para casa. Porém, algo atrapalhou a busca da menina. Um choro, semelhante a um choro de bebê. Não demorou muito para a garota tentar identificar da onde vinha o barulho. Ao adentrar um pouco mais no bosque, Nami avistou uma pequena garota, que olhava e segurava seu proprio joelho enquanto desabava em lágrimas.
Nami se ajoelhou próximo a pequena menina de cabelos roxos.
– Ei, pare de chorar. O que aconteceu?
– E-E-Eu caí... eu caí enquanto perseguia ela. – Disse a menina, enquanto apontava para uma borboleta que estava pousada em uma árvore próxima do local da queda.
– Meu nome é Nami... como é seu? – Falou enquanto deixava a cesta de frutas no chão.
– B-Bunny... – Disse a menina, entre soluços.
– Não se preocupe, Bunny... Isso logo vai passar.
Nami então fechou seus olhos por alguns segundos, um pequeno brilho cor-de-rosa surgiu em sua mão direita, uma energia emanava de suas mãos. A garota passou a mão sobre o machucado da pequena Bunny, que parou de doer instantaneamente.
– Huh? Passou! Passou Nami! Eu não sinto mais nada! – A menina pulava enquanto sorria. – Ah... Nami, de hoje em diante, eu serei sua melhor amiga, e nós nunca vamos nos separar. Nunca!
Bunny saltou sobre Nami, dando um abraço apertado enquanto esfregava seu rosto na garota.
Nami passou a mão sobre a cabeça da menina e deu um sorriso.
O flashback termina.
"E isso já faz 6 anos..."
– Eu não demoro, Bunny.
Bunny acenou com a cabeça, sem tirar os olhos do livro de magia, enquanto Nami saiu do quarto do hotel em que as duas estavam hospedadas, não demoraria muito e chegaria ao local de inscrição.
A rua onde a arena se localizava estava praticamente deserta. Não era assim dias atrás, mas todos os interessados nas lutas já tinham comprado a entrada ou se inscrito pra lutar. Nami se aproximou da bancada.
– Senhor, eu preciso de um favor!
Sentado ali, estava um senhor de aparentemente 56 anos, não era o mesmo homem que trabalhava no dia em que as duas se registraram.
– As inscrições já se encerraram há dois dias, não há o que fazer aqui, saia já. Se você não vai lutar, não precisa de informações, que é o único motivo pelo qual a bancada ainda funciona. – Disse o velho, mostrando completo desinteresse no que a menina tinha pra pedir.
Nami abriu seu casaco e se aproximou mais da bancada, deixando seus "atributos" um pouco mais "evidentes".
– Como é? Então não pode me fazer o favor...? Ah... que pena... – Disse a garota, com um tom de voz angelical.
O velho imediatamente corou. Estava prestes a se render diante da beleza da garota.
– Não, não, não! – Disse o senhor, enquanto balançava a cabeça e tentava afastar os pensamentos maliciosos. – Eu trabalho aqui todo ano, não posso perder meu emprego por causa de favores. Desculpe, não posso. Vá embora.
Nami imediatamente pegou a última folha da pilha de inscrições.
– Hm... tudo bem. Acho que os superiores gostarão de ver isso. – O tom de voz de Nami não mudou. – Que feio, senhor... admitindo inscrições fora de data... acho que te pagaram por fora pra isso, não é? – Disse ela, apontando a data da inscrição.
Incrivelmente, o senhor havia cometido um engano, embora ele tivesse admitindo uma inscrição fora da data e tenha realmente recebido pra isso, a data ainda era a data original. O velho ficou encarando Nami por alguns segundos, sem nenhuma reação aparente, até que...
– Devolve! Devolve isso! Eu faço qualquer coisa! Por favor... não mostre aos superiores! – Implorava.
– Qualquer coisa? – Ela deu um sorriso malicioso. – Hm... Tá bom! Eu... quero que coloque duas pessoas no mesmo time amanhã. Nami e Bunny. Faça isso e eu devolvo a inscrição.
– Mas... argh! Sua safada chantagista! Ok, eu faço isso! – O homem fechava cada vez mais a cara enquanto fazia anotações no verso das inscrições das garotas.
Nami mostrou a língua ao mesmo tempo que sorriu.
– Ah, e sim, eu vou lutar. A Nami que eu mencionei, sou eu mesma. Então, já sabe! Se não cumprir a promessa, eu mato você. – Disse a menina, com um sorriso no rosto.
Nami não mataria o senhor, nem mesmo faria nada contra ele, mas aquilo era importante pra ela. Não só pra ela. Bunny também contava com isso e seria duro demais pra ambas as partes lutarem entre si.
– Obrigada! – Sorriu a garota, enquanto iniciou uma corrida de volta para o hotel.
•••
Já era noite, o rapaz não conseguia dormir, estava bastante ansioso pelo dia seguinte. Seria ele um dos escolhidos para lutar logo no primeiro dia? Quais técnicas deveria usar? Quem seria seu oponente? Quem seriam seus parceiros?
Zoro não conseguia dormir, mas tinha que estar preparado e descansado o suficiente para não fazer feio, até porque, era sua estréia no torneio.
O relógio marcava 03:00 AM. As 09:00 AM seria a hora do torneio. O rapaz então, se cansou de tentar dormir. Se levantou, pegou sua espada e caminhou até o dojô.
Lá, o rapaz jogou sua camisa em um canto, e sacou a espada; Posicionou a arma em frente ao rosto, firmou o olhar e correu. Novamente, nenhum boneco de madeira seria poupado e nenhuma técnica deixaria de ser usada.
•••
8:30 AM. Pessoas se aglomeravam nos portões da arena. Todos os lutadores já estavam posicionados no interior dela para a definição dos trios. A maioria dos lutadores não se incomodava nenhum pouco com quem fariam grupo, enquanto alguns poucos estavam apreensivos para caírem no mesmo trio que alguns companheiros.
Um homem subiu no que se podia chamar de um pequeno "palco" com uma folha na mão. Todos os trios já estavam definidos, bastaria anunciá-los.
– Pois bem. Ao ouvirem seus nomes, venham aqui na frente. Eu chamarei de três em três, e vocês saberão então quem são os seus parceiros de luta. – Disse o organizador dos trios.
– Nami, Bruno e Bunny. – Chamou.
–N-Nami...? Bunny...? Então elas duas se inscreveram mesmo... – Zoro se surpreendeu, ainda não acreditava no potencial das duas.
Nami deu um sorriso, sua chantagem havia dado certo. Bunny saltou na garota, dando um abraço apertado, enfiando o rosto nos seios da amiga sem perceber, de tanta felicidade. Nami passou a mão na cabeça da menina e novamente sorriu, pegando-a pela mão em seguida e levando-a até a frente. Do meio dos lutadores, surgiu o parceiro das duas, Bruno.
Era um rapaz loiro, magro e com as sombrançelhas um tanto esquisitas. O garoto caminha calmamente, parecia ser bem centrado até que ele avista as duas garotas, que fariam grupo com ele.
– Wooooow!! – O arqueiro imediatamente se ajoelhou perante as duas, pegando uma mão de cada uma e beijando-as em seguida. – Bunny-san, Nami-chan, eu vou proteger vocês duas até o fim. Nós vamos vencer esse torneio!
Nami olhou para Bunny meio sem jeito, mas decidiu simplesmente sorrir e sair da área de definição dos trios. Estavam atrasando os outros lutadores.
– Muito bom, arqueiro amoroso. Agora saia. O próximo trio é: Sienna, Ichiro e Hayato.
Sem que qualquer dos lutadores pudesse ver, Hayato apareceu bem em frente a todos, no local combinado. O rapaz usava uma roupa semelhante a de um motoqueiro. Usava também óculos escuros e tinha um moicano loiro em meio ao cabelo escuro.
Sienna por sua vez, saiu da multidão correndo, bastante empolgada. A moça usava um longo vestido rosa, aberto dos lados, seus olhos eram azuis e seu cabelo rosa escuro. A garota se posicionou ao lado de Hayato e deu uma risada abafada, parecia ter gostado de cair no trio dele.
Ichiro andou até lá, parecia estar completamente desanimado por ter que fazer grupo com os dois. Ichiro vestia um colete e uma blusa vermelha. Seu cabelo era longo e acinzentado e seus olhos também eram vermelhos. Os três se juntaram e por fim, saíram da vista dos lutadores.
– E por enquanto é só! – O homem sorriu maliciosamente.
Todos os lutadores ficaram confusos, apenas dois trios foram chamados e... já foram encerradas as chamadas?
– E quanto a todos os outros lutadores? – Uma voz no meio de todos se sobressai.
– Dessa vez queremos pegar até vocês de surpresa. Dessa vez os trios que forem chamados serão os que vão lutar. – O homem deu uma leve risada. – Bunny, Ichiro! Já pra arena. E quanto a vocês, não se preocupem, nós somos bonzinhos, vamos deixar que vocês assistam as lutas dos seus "companheiros".
Imediatamente, a foto dos dois apareceu no telão e a multidão começou a gritar. Estavam ansiosos. Parece que queriam mais do que tudo ver sangue e ossos quebrados, na verdade, pagaram por isso.
De um lado da arena, vinha surgindo Bunny, Bruno e Nami. Bunny vinha na frente, com seu cetro em mãos. A pequena maga caminhava a passos lentos e olhava para os lados constantemente, como se estivesse desconfiada, ou talvez só com medo de lutar. Nami percebeu a situação.
– Bunny!
A menina se virou.
– Acaba com ele. – Sorriu.
Bunny correspondeu o sorriso e se animou um pouco, apenas uma frase de sua melhor amiga foi o suficiente para elevar sua confiança.
Nami e Bruno ficaram no canto, enquanto Bunny, se dirigia ao centro da arena.
Do outro lado, Ichiro vinha na frente, acompanhado de Sienna e Hayato. Ele não tinha nada nas mãos.
Bunny e Ichiro se encontraram na frente da arena. Uma contagem regressiva de 10 segundos se iniciou no telão e novamente a multidão gritava. Todos os lutadores estavam preparados para assistir a luta, de uma outra arquibancada.
Bunny se curvou um pouco, mostrando respeito ao seu oponente. Ichiro, por sua vez, continuou sério, desprezando a atitude da garota. Pra ele, ela era só mais uma que acabaria morta em menos de dez minutos de luta.
– O nível desse torneio caiu mesmo, até crianças eles permitem aqui... – Disse ele, tentando abalar a confiança da menina.
– Criança ou não. Eu vou acabar com você. – Falou com a voz firme, completamente diferente do seu tom de voz normal.
Bunny realmente mudava quando entrava em batalha, todo o seu jeito criança era deixado de lado. Era como se tornasse uma outra pessoa. Seu objetivo era acabar com o oponente o mais rápido possível, mesmo que de modo justo.
Bunny estava a aproximadamente dez passos de distância de Ichiro. A contagem chegou a zero. A luta teve inicio.
Ichiro se posicionou, todo seu corpo parecia brilhar, e aos poucos o brilho foi ganhando forma, forma de chamas. Ele ergueu suas mãos e de cada uma, uma luz vermelha surgiu.
As luzes foram evoluindo e ganhando forma, em pouco tempo, já eram duas bolas de fogo. O rapaz, com um sorriso malicioso no rosto, lançou seus braços para frente, arremessando as duas bolas de fogo em direção a Bunny.
Apesar de bem concentrada nas batalhas, Bunny não esperava que alguém completamente desarmado pudesse fazer aquele tipo de coisa. Não estava preparada e usou a primeira magia de proteção que pode.
– Eisbarriere! – Gritou a garota.
Do chão, diversas estacas de gelo subiram, fazendo a proteção frontal, mas não por muito tempo. As duas bolas de fogo atravessaram a barreira e atingiram o rosto da maga em cheio.
Bunny soltou um grito e foi arremessada para longe.
A garota permaneceu caída, imóvel.
•••
Em meio a arquibancada dos lutadores, uma sombra podia ser vista no canto.
– Todos estão concentrados na batalha da maga e do esquisito do fogo. Acho que é uma boa hora pra conseguir mais algumas informações. – O rapaz desconhecido deu uma breve risada.
Continua...
Autor(a): spirit0fzoro
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