Fanfic: Sintonia em Las Vegas (vondy)

Christopher- Pai, o que foi? ― perguntou em um fio de voz, já trêmulo pelo medo do que viria. Por mais que sempre enfrentasse seu pai, o medo era maior. ― Porque está me olhando desse jeito e entrou sem bater e... ― foi interrompido.

Fernando- Levante-se! AGORA! ― ordenou com fúria.

Christopher- Pai, por favor! Não sei o que se passa, mas estou feliz demais para brigas.― suplicou, tentando ficar calmo. Mas novamente o medo o invadia.

Fernando- NÃO ME IMPORTA! ― gritou ― ALIÁS, CLARO! QUE VOCÊ ANDA FELIZ! ― riu sarcástico causando mais medo em Christopher que se sentou na cama pondo as mãos cabeça, não suportando. ― FOLGA DO TRABALHO A QUAL VOCÊ ROUBOU O DINHEIRO OU SABE LÁ O QUE FEZ, E AINDA GASTA COM SUA NOVA NAMORADAZINHA CAIPIRA!

Christopher- O QUÊ? ― indagou levantando a cabeça indignado ― Não estou entendendo, como assim roubei o dinheiro da empresa?

Fernando- Ah! NÃO ESTÁ ENTENDENDO? VOU EXPLICAR PRA VOCÊ. ― suspirou, pegou os papéis com firmeza nas mãos e diminuiu o tom da voz ― Aqui está dizendo que uma grande quantia do dinheiro da empresa foi desembolsada e não foram em nada a favor da empresa ou algo beneficente e sim, alguém que tenha acesso à área bancária , ou seja, você Christopher!

Christopher- Não, não! Não pode ser... ― se levantou da cama em desespero ― Quando eu fiz o curso de administração contábil eu lembro muito bem das regras exercidas após o fim do curso. ― falou para seu pai o encarando ― Só uma pessoa indigna de está nesse cargo e de pura irresponsabilidade faria tal coisa. ― começou a andar de um lado pro outro e parou, lembrando-se ― E o Carlos? Ele é o primeiro administrador bancário da empresa, só pode ter sido ele! ― supôs ao seu pai rindo de leve como se tivessem achado o verdadeiro culpado.

Fernando- Você está esquecido ou está se fazendo? ― indagou mal humorado ― O Carlos pediu licença à 2 meses pois sua mulher iria dar a luz. ― o informou ― Portanto... ― fechou os olhos, suspirando ― O VERDADEIRO CULPADO É VOCÊ! VOCÊ CHRISTOPHER!

Christopher- NÃO! NÃO FUI EU...

    Já continham lágrimas em seus olhos, suportaria tudo de seu pai a maior briga que fosse, mas ser acusado injustamente por ele era forte demais pra ele, então não hesitou ao chorar em sua frente enquanto via a fúria no olhar do seu pai que fingia estar indignado com a suposta traição.

    Alexandra que estava em seu quarto já deitada acordara com os gritos vindo do quarto do outro lado da escada mansão, se levantou em um pulo sabendo que era mais uma briga de seu marido e de seu filho.

Há esta hora?

    Desta vez ela não iria permitir, não mesmo! Abriu a porta e foi em direção ao quarto do filho de onde estavam vindo os gritos, ao chegar lá constatou seu filho chorando inconsoladamente e Fernando o olhava com fúria, muita fúria.

Alexandra- O que está acontecendo aqui? ― perguntou com sua doce voz, tentando passar paz para os mesmos.

Fernando- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? ― riu amargo ― SEU AMADO FILHO É O MAIS NOVO LADRÃO DA FAMÍLIA, OU IRRESPONSÁVEL A NÃO TER SE TOCADO DE QUE HAVIA UM BURACO NO COFRE DA EMPRESA.

Alexandra- O quê? É verdade meu filho?

Christopher- Não mãe! Acredite em mim... ― se aproximou segurando as mãos da mãe e lhe implorando ― Eu não fiz nada, não sei como aconteceu, mas sei que não sou o culpado! ― o choro se agravou e ele se agarrou a mãe em um abraço apertado.

Fernando- VAI DEFENDER ELE AGORA, ALEXANDRA?

Alexandra- Fernando pelo menos uma vez na vida amoleça esse coração e tente conversa com calma. ― ainda com seu tom doce, se virou para o filho assentindo o abraço ― Meu filho, me explique tem certeza que não sabe como aconteceu? Quero dizer... Você estava até o fim da semana retrasada nesse posto da empresa, o Carlos não estava. ― negou com a cabeça ― Não se lembra de alguma parceria feita com outra empresa tenha causado tais custo que foi necessário fazer o retiro desse dinheiro? Pois sei que você não tiraria esse dinheiro todo!

Christopher- Não mãe, lembro-me de tudo estar em perfeito lugar e o dinheiro estável. ― falou a verdade ― Apesar de estar havendo altos e baixos bancário, coisas que só o papai sabe o porque, eu até conversei com ele para que verificasse isso e ele me falou estar tudo bem, não lembra pai? ― perguntou virando-se para o pai.

Fernando- SIM, LEMBRO-ME! ―anuiu ― MAS... TAMBÉM LEMBRO DE QUE LHE PEDI PARA IR ATÉ O COFRE E VRIFICAR AQUELA TARIFA PARA MIM, E FOI JUSTAMENTE ELA QUE SUMIU! ESTÃO AQUI AS PROVAS. ― jogou os papéis em cima da mãe e do filho que estavam abraçados, negou com a cabeça sabia que não era certo, mas tinha que novamente dizer e o culpar ― É SUA CULPA CHRISTOPHER... SUA CULPA! ― suspirou ― E estou decepcionado com você, meu filho.

   Fernando abaixou a cabeça fingindo seu sofrimento e se retirou do quarto afrouxando a gravata e indo para seu quarto, deixando naquele lugar um ar intensificado.

    Não era justo, mas era a única forma sei que ele não irá fazer nada além de chorar, sei que Alexandra não o culpará por um pequeno erro ― Pensou Fernando.

    Chegando ao quarto sentando-se na cama pegou o celular smartphone em seu bolso e impaciente discou um número desconhecido.

― Alô?

Fernando: Sou eu Fernando! Quero que me conte agora a BOSTA que você fez!

― Calma chefinho! Apenas quero dizer que há novos companheiros em nosso meio, e a coisa está cada vez mais profissional se expandindo por toda América Latina. Portanto peço que relaxe! Só relaxe...

Fernando: Isso é uma ótima notícia, não nego! Mas peço para ter mais cuidado acabei de culpar meu filho por um erro seu.

― Perdão. Mas seu filho não é nada responsável, então não tem o que lamentar. Agora se o senhor não vai mais precisar de mim, eu estava no meio de um momento crucial tirando o sutiã de uma linda vadia.

Fernando: Poupe-me de seus detalhes! Passar bem.

   Desligou o celular suspirando e tacando-se em cima da cama, teria que passar a noite em claro por ter acusado o seu filho tão bruto e injustamente.

     Alexandra já sentara com seu filho na cama ainda abraçado ao seu corpo soluçando muito, depois de ter conferido todos aqueles papéis que pareciam dizer a verdade Christopher tinha se acabado no choro como um bebê.

Ele já mais calmo se soltou da mesma a encarando, se pronunciou.

Christopher- Você sabe que a culpa não foi minha mãe, não sabe? ― perguntou inocentemente.

   Alexandra sabia que seu filho não tinha culpa, mas e todos aqueles papéis? O óbvio estava em sua frente, ou pelo menos parecia o óbvio.

Então ela apenas anuiu com a cabeça o abraçando forte.

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