Fanfic: Manicômio

O sol iluminava aquela linda tarde, em um bonito lugar, com árvores de todos os tamanhos, um cheiro de ar fresco, cercado de visitantes brincando com seus filhos. Uma garotinha, de não muito que 5 anos, brincava com seu cachoro embaixo de uma sombra projetada talvez pela maior árvore do lugar.

Ângela - Sarah querida, não deixe o cachorro fugir!

Alberth - Deixe a garota meu bem, olhe como ela está se divertindo. E se ele fugir, nós corremos atrás dele.

Ângela - Sabe, acho que foi isso que me conquistou em você. Essa sua mania de que tudo pode ser resolvido, tudo é fácil de acontecer e fácil de se resolver. Ah Alberth, queria ser como você, queria achar que tudo é possível nessa vida!

Sarah -  Não se preocupe mamãe, ele não vai a lugar nenhum! Acho que está doente, ele anda muito quieto de uns dias pra cá. Ele vai morrer mamãe?

Ângela pega o cachorro com carinho, e Sarah senta-se no meio do casal:

Ângela - Ah meu amor, um dia ele vai sim. E você deve estar preparada para isso minha flor, deve estar preparada para seguir em frente, aconteça o que acontecer.

Alberth - Você é forte Sarah, e você tem tanto amor em torno de si, isso te da forças minha filha.

Antes de poder dizer que também os amava, Sarah ja não viu mais árvores, nem o gramado, nem seu cachorro, nem seus pais. Meio grogue e sonolenta, ela foi despertando e abriu os olhos. Se viu em um pequeno quarto, com apenas uma cama e uma pequena mesa de frente com a janela. No local sem espaço para mais que 4 pessoas, ela foi olhando em sua volta e observou um emblema no canto superior da janela escrito "Villa Brully".

Sarah - O que é isso?! Que lugar é esse?! Disse para si mesma.

A porta se abre, e uma mulher alta, ruiva, com aparência de 30 anos, usando jaleco branco, e com um crachá escrito Vicky, observa Sarah surpresa.

Vicky - Resolveu acordar então. Ja estava chamando o carro da funerária! Em   cima da mesa tem uma roupa limpa, tome um banho, e saia um pouco   desse quarto. Você pode acabar elnouquecendo! Ouviu isso? Enlouquecendo! -  Terminou a frase rindo.

Sarah - Espere! Que lugar é esse, o que eu estou fazendo aqui?

Vicky - Vocês, todos iguais! Sempre as mesmas perguntas. Você está sendo cuidada menina, é só isso que precisa saber.

Sarah - E quem disse que preciso de cuidados?

Vicky - Se não precisasse não estaria aqui.

Sarah levanta da cama e se aproxima de Vicky, com um certo desespero no rosto.

Sarah - Ei, eu não sei como vim parar aqui, na verdade eu não me lembro de muita coisa. Mas não sou louca se é o que está ensinuando.

Vicky caminha em direção a porta, dizendo antes de sair:

Vicky - Vocês nunca são!

     ***

Numa sala com uma enorme lareira em destaque, no meio de duas grandes janelas, que da acesso à vista de fora para uma área do tamanho de um campo de futebol, e um chafariz no centro, Vicky entra e deixa alguns papeis sobre a mesa. Em uma das janelas é possivel ver Dr. Fred Brully, avistando as pessoas do lado de fora.

Dr. Fred - Ela ja acordou?

Vicky ja estava quase de saída. Olha para trás, surpresa:

Vicky - Ja sim senhor, mandei ela tomar um banho e caminhar um pouco!

Dr. Fred - Deu-lhe os remédios necessários de hoje?

Vicky -  Não senhor, não dei nada a ela! Ela ja havia ingerido grande quantidade ao chegar aqui, dormiu todos esses dias seguidos, achei até que estava morta! Não achei certo...

Dr. Fred - Você não está aqui para achar certo! Está para cumprir suas funções. As funções são claras. Um comprimido quando amanhece, e um quando adormece. O que não está claro pra você?

Fred anda ao redor da mesa, pega uma caneta e os papéis que Vicky acabara de deixar.

Vicky - Senhor, vou imediatamente levar a ela.

Dr. Fred - Como Sarah está?

Vicky -  Está bem senhor. Bem até demais!

Dr. fixa bem o olhar e observa Vicky deixar a sala. Ele pega um óculos na gaveta, enquanto segura em uma das mão as folhas, na qual se tem uma foto e uma ficha completa de um dos pacientes, nomeada Sarah Lan.