Fanfics Brasil - Sensações inesperadas. ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]


Capítulo: Sensações inesperadas.

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Dedico este capítulo as minhas leitoras.Bjos.


Any quase riu do absurdo. A maioria dos homens a amedrontava. E com uma boa razão. Então, porque ela não estava gritando a plenos pulmões? Por que ela continuava ali, olhando-o fixamente, como se quisesse que ele também se despisse até das botas de vaqueiro? Ela devia sair pela porta correndo como uma louca.
Ao invés disso ela pegou a camisa que ele ofereceu,estremecendo loucamente quando suas mãos se tocaram. O fogo iluminou seus olhos e queimou sua carne, quando o olhar percorreu seu corpo.
- Eu a deixarei para que possa vestir-se – disse ele. – Quando terminar, vá até a sala para se aquecer no fogo.
- O-obrigada – ela gaguejou.
Assim que ele deixou o quarto, ela levantou-se, retirou a toalha e vestiu a camisa. Ia até seus joelhos, as mangas sobraram em seus braços. As dobrou, até as mãos ficarem livres.
Ela se sentou na beira da cama para vestir o abrigo. Quando levantou, ela caiu até seus tornozelos. Puxando-a de volta, tentou regular o elástico para segurar as calças monstruosas. Ela novamente caiu, deixando-a irritada.
Bem, ele me viu com bem menos. Pelo menos a camisa a cobria quase inteira. Esperava que sua roupa secasse logo.
Deu uma olhada no espelho em cima da cômoda e estremeceu com o que viu. Seu cabelo estava uma bagunça e a tintura era terrível. Certamente não tinha alcançado o efeito desejado, o de alterar sua aparência.
Endireitou a camisa, puxando-se o mais que conseguiu por cima das pernas e saiu indecisa do quarto. Atravessou o corredor olhando para os lados. No final parou e olhou embaraçada.
Três homens, não um só, a olhavam fixamente. Três magníficos homens. E ali estava ela com nada mais que uma camisa. Começou a retroceder, mas o homem que lhe deu banho a pegou pelo cotovelo.
- Não tenha medo. A propósito, eu sou Alfonso – ele a fez entrar na sala, apesar de sua relutância. – Esses dois são meus irmãos, Christopher e Christian.
Ela os olhou, nervosa e hesitante, usando o corpo de Alfonso para protegê-la dos olhares.
- Você não disse nada sobre irmãos.
- Eu lhe disse o nome do rancho – ele respondeu, divertido.
Ele encontrou sua mão e a apertou.
- Não se preocupe, bebê. Ninguém vai machucar você. 
Ela estremeceu. Não de medo, mas pelo apelo sexual daquela voz. Como um completo estranho podia deixá-la tão segura? Lambeu os lábios.
- Eu sou Anahi – sua voz era pouco mais que um sussurro.
Um dos irmãos levantou do sofá e a alcançou atrás do Alfonso e puxou-a para frente
- Venha para perto do fogo para se aquecer – sua voz rouca, parecia chocolate derretido.
Oh, Senhor! Eu devo estar sonhando.
- Qual dois irmão é você? – perguntou, hesitando por um momento.
- Eu sou o Christian – sorriu amplamente para ela. Arrastou ligeiramente a mão nela e ela permitiu enquanto sentia o corpo pegar fogo.
Christian era tão grande quanto Alfonso. A única diferença entre eles eram os olhos. Ambos tinham cabelos escuros e curtos, quase negros. Mas Alfonso tinha olhos verdes e Christian castanhos claros. Os olhos de Christopher eram azuis, escuros e frios, ele era ligeiramente em constituição que os irmãos e seus cabelos eram marrom acobreado, mais compridos, batiam em seu ombro. Tinha um olhar selvagem, assombrado, era o tipo de homem que uma mulher instintivamente queria domar. Ele devia ser o mais novo, mas Anahí não tinha certeza. Eles eram todos bonitos, com idades próximas, entretanto Alfonso devia ser o mais velho.
Christian fez sentar-se em uma poltrona perto do fogo, ela sentou-se sobre as pernas. Depois estirou as mãos para o fogo, deixando o calor espalhar-se pelo corpo.
Ela estava nervosa como um gato em um canil de cachorro. Todos a olhavam fixamente. Ela podia senti-los. Todos a teriam visto nua. Era por isso que a olhavam com tal intensidade?
Alfonso alimentou o fogo.
- O que aconteceu com você, Any? Por que estava caída no fosse? Você sequer estava vestida para esse tempo.
Ela engoliu, insegura de como responder. Procurou rapidamente uma desculpa plausível.
- Meu carro quebrou mais a baixo, na montanha. Saí para procurar ajuda. Devo ter caído. Realmente não me lembro.
A maior parte era verdade. Realmente tudo era, mas ela não queria dar mais detalhes.
- Você sabe que é, certo? –Christopher falou, pela primeira vez. Seus olhos a examinavam, tentando arrancar seus segredos. Ele era mais quieto que os outros dois, mais sério, mais desconfiado.
- Eu estou bem, realmente – olhou para Alfonso. – Minhas roupas vão secar logo? Eu deveria ir embora.
Christopher surgiu a sua frente, Christian ficou tenso, a expressão de Alfonso escureceu.
- Eu não penso que você deva ir a qualquer lugar com esse tempo – disse Alfonso com firmeza.
Christian concordou com a cabeça.
- Não existe razão para ir, você pode ficar aqui até que esteja se sentindo melhor. Christopher e eu iremos procurar seu carro e o rebocaremos até aqui, para quando você precisar.
A incerteza a fez hesitar. Logicamente, ela devia seguir para o mais longe que pudesse, mas ali se sentia segura, e estava cansada de fugir.
Olhou para as mãos e tentou controlar o tremor. Estava muito cansada e não conseguia lembrar a última vez que tinha comido.
Alfonso ajoelhou-se ao seu lado e pegou seu queixo com sua mão grande.
- Você não tem que ir para lugar nenhum, bebê. Pode ficar aqui mesmo. Nós cuidaremos de você.
Se ela pensasse que não pudesse ficar mais agitada, teria estado errada. Entretanto, ele fizera a oferta soar gentil, e ficou em dúvida. Ele queria que ela ficasse.
- Eu... eu não sei – fechou os olhos e sentiu uma vertigem, lutou para abri-los novamente, mas a sala rodou ao redor dela. Então escureceu.


Amaldiçoando baixinho, Alfonso segurou a cabeça de Any quando ela caiu para frente. Depressa a tirou da cadeira e a segurou em seus braços. Ela estava claramente exausta e provavelmente faminta, pelo que indicava sua magreza.
- Eu a colocarei no meu quarto – disse enquanto se dirigia para o corredor.
- Christopher e eu iremos procurar pelo carro – disse Aaron.
Alfonso a colocou na cama e cobriu com as cobertas. Ela gemeu suavemente, uma expressão de dor cruzou o rosto, mas não abriu os olhos.
Ele sentiu uma pontada em sua têmpora e apertou os dentes. Ela estava fugindo de algo. Ou de alguém. Estava tão assustada quanto um potro recém-nascido e em seus olhos haviam tantos segredos que era difícil distinguir a cor, em alguns momentos.
A contusão nas costelas o aborrecia. Podia ser da queda, mas ele duvidava. Não parecia recente. Pegou uma mecha de cabelo, notando a desigualdade da cor. Ele apostaria dinheiro como ela era morena. Da mesma cor dos cachos entre as pernas.
Com uma ternura que não exibia há muito tempo, arrumou as cobertas em torno do pescoço e caminhou silenciosamente para a porta. Ele precisava de um banho gelado para acalmar seu membro duro, mas optou por sair no frio e para aguardar Cristian e Chistopher retornarem.
Uma meia hora mais tarde eles chegaram, dirigindo o jipe. Alfonso caminhou ao encontro dos irmãos.
- Acharam?
- Nada –Cristian respondeu.
Alfonso levantou uma sobrancelha. Então o anjo mentiu. Ela não estava pensando claramente, ou honestamente acreditou que eles não descobririam?
- Como ela esta? – perguntou Christopher.
- Dormindo – respondeu Alfonso. – Ela precisa comer.
Chris  pareceu preocupado. Um sentimento que Alfonso compreendia. Que eles tivessem encontrado sua mulher era nada menos que surpreendente. Mas parecia que ela trazia consigo problemas.
Christopher  pareceu desconfortável.
- Eu nunca pensei que nós a acharíamos. E agora que nós a temos, tudo o que posso pensar é: E se ela não quiser ficar? Eu senti também. Eles sempre disse que nós saberíamos, mas eu pensei que era mentira, até agora.
- Eu sei – disse Cristian baixinho. – Eu senti também.
- Ela está com problemas – disse Alfonso. – Tem uma contusão do tamanho da minha mão nas costelas, e eu não gosto nem de imaginar como aconteceu. E não é loira natural. Fez um trabalho pobre para parecer assim. Sinal de que estava com pressa.
- Você acha que alguém está atrás dela? – Cristian questionou, o rosto ensombreceu.
Christopher cerrou os punhos.
- Quem poderia querer machucar uma coisa tão pequena?
- Eu não sei, mas uma coisa é certa. Nós não podemos deixá-la partir, não importa o que tenhamos que fazer – disse Alfonso severamente.
- Quem vai abordá-la primeiro? –Christopher perguntou.
Alfonso ficou pensativo.
- Eu irei – disse finalmente. – É assim que tem que ser. É minha responsabilidade. Vocês dois ajudarão fazendo ela se sentir o mais confortável quanto possível. Nós vamos ter que ir devagar ou tenho medo que ela possa enlouquecer.
- Vá com calma com ela, Alfonso – Cristian advertiu.
Alfonso mirou nele.
- O que você quer dizer com isso?
Christopher não voltou atrás.
- Você sabe exatamente o que eu quero dizer. Você domina. É sua natureza. Você vai ter que se restringir com ela. Não acredito que ela vai confiar se sentir ameaçada.
Palavras irritadas vieram a Alfonso mas ele sabia que Cristian estava certo. Era autoritário na sua vida pessoal e profissional, queria sempre as coisas de seu modo. Em sua mente Anahí era sua, ela aceitando isso ou não.
- Eu manterei isso em mente – disse secamente. – Agora, se estamos prontos aqui, vou vê-la. Por que você e Chistian não tratam da ceia? 


Alfonso deslizou para dentro do quarto para ver Any dormindo silenciosamente. Depois de descalçar as botas ele levantou as cobertas e acomodou-se ao seu lado. Para sua surpresa ela soltou um suspiro de satisfação e aconchegou-se contra ele.
Os seios se esfregaram eroticamente contra seu tórax, e sentiu o membro inchado contra as coxas. Quando ela se moveu contra ele, sua camisa subiu até acima dos quadris, expondo sua vulva deliciosa. Incapaz de se conter, ele levou sua mão para acariciar seus quadris e levantar a camisa até a cintura.
Seus cachos escuros o tentaram e ele deslizou os dedos para as suaves dobras de seu sexo. Ela gemeu quando ela e penetrou com um dedo e começou um leve movimento circular. Ela estava quente e molhada e ele estava pronto a estourar só por tocá-la.
Usando os dedos ele separou os lábios de seu sexo e deslizou o polegar pelo clitóris. Seu dedo médio moveu-se mais abaixo, acariciando a entrada e com o polegar continuou a massagem.
Ela respirou apressadamente e moveu-se contra sua mão. Ele mergulhou um dedo, fechando os olhos e fingindo que era seu membro. Ela era apertada. Condenadamente apertada.
Reclinou a cabeça e moveu seus lábios pela gola da camisa, até encontrar um mamilo tenso. Quando moveu-se sobre ela gemeu. Trabalhou seu dedo polegar mais rápido enquanto chupava seu seio. Ela apertou sua mão, fechando as pernas em torno dela, à medida que alcançava o alívio.
Captou com a boca seu grito de prazer. Lentamente, retirou a mão de sua sexo. Ele podia sentir o odor almiscarada em sua mão e quis saboreá-lo. Estava doido para enterrar seu membro entre suas pernas e amá-lá como ela nunca fora amada.
Os olhos estavam trêmulos, sonolentos, os lábios inchados de seus beijos.
- Diga-me que não estou sonhando – ela sussurrou.
- Você não está sonhando.
Com os olhos arregalados ela soltou um grito de surpresa. Afastou-se dele agarrando as cobertas sobre o corpo.
- Que diabos está acontecendo? – ela exigiu, a voz ainda rouca de paixão.
Ele assistiu a confusão em seus olhos e sua luta contra o prazer que sentiu, e seu instinto natural para ele.
- Eu fiz você gozar – disse simplesmente.
- Eu... você... – ela fechou a boca.
Ele pôs a mão atrás do seu pescoço e a puxou para si.
- No caso de você estar se perguntando – lhe deu um beijo longo e duro – eu planejo fazer isso novamente. Logo.
Ela o empurrou para longe.
- Mas...
- Você me quer – ele disse com certeza. – E eu quero você mais do já quis qualquer outra mulher. E vou cuidar de você.
Any olhou fixamente para ele em choque. Seu coração estava acelerado. Não só ela experimentara o maior orgasmo de sua vida – certo o único orgasmo de sua vida, e se isso era normal, ela não tinha idéia de como as mulheres sobreviviam a isso -  mas aquela declaração foi direto ao seu coração.
Ela não podia acreditar nele. Fora seu coração que a colocara na situação que se encontrava, para começar. Seu desejo de ser amada e estimada. O simples pensamento do quanto ela fora estúpida lhe deu vontade de vomitar.
Sua expressão estava suave.
- Quem machucou você, bebê? Quem colocou esse medo nos seus olhos?
Ela engoliu, nervosa. Esse sujeito, sem dúvida, era muito perceptivo. Pelos céus, como ela podia estar deitada, quase nua, com um sujeito que conhecia a menos de um dia? Fechou os olhos. Isso não estava acontecendo. Era tudo um sonho. Um sonho maravilhoso, pensou, mas mesmo assim um sonho. À qualquer momento ela acordaria no horror que era sua vida.
- Deixe-me pegar suas roupas para você – disse Alfonso, lançando as pernas para fora da cama. – Você precisa comer algo.
Instantes depois ele retornou com sua calça jeans e seu suéter. Balançava sua roupa intima num dedo e ela apressou-se em arrancá-las de sua mão.
- Eu estarei na cozinha. Apareça quando estiver pronta.
Quando ele partiu, ela saiu da cama e depressa vestiu sua roupa intima. Seu sexo ainda estava pulsando com o orgasmo explosivo. Ela passou os dedos devagar sobre o ponto e deslizou a mão na seda da calcinha.
 Vacilou quando o dedo fez contato com o inchado clitóris. Deus, o homem era letal. Relutante afastou a mão e vestiu a calça jeans.
Quando terminou de se vestir dirigiu-se para a porta e ficou indecisa com a maçaneta na mão. Como ela poderia enfrentá-lo depois do que tinha acontecido? Suas faces ficaram vermelhas de vergonha. Ele devia estar pensando que ela era uma completa vagabunda.
Prendendo a respiração ela abriu a porta e seguiu pelo corredor em direção à cozinha. O cheiro que vinha do fogão a fez ficar com água na boca. Fazia muito tempo desde que fizera pela última vez uma boa refeição.
Os três irmãos a olharam quando ela passou pela porta. Ela ficou de olhos baixos, com medo que Alfonso tivesse contado aos irmãos o que acontecera.
Christopher  chegou perto e passou a mão em seu ombro.
- Você está bem?
Ela concordou, horrorizada com sua reação a ele. Seguramente ela ainda estava sob o efeito do orgasmo que tivera momentos antes. Ela estava enlouquecendo. Se transformando em uma vagabunda. Atraída por três homens.
- Eu estou bem – disse, afastando-se de seu toque.
Cristian  pôs um prato a sua frente.
- Eu te sirvo em um segundo. Está faminta?
Seu estômago roncou em resposta.
- Faminta – admitiu.
- Quanto tempo faz que você comeu? – perguntou Alfonso, a expressão pensativa.
- Não lembro – respondeu vagamente.
Ele trocou olhares com os irmãos e ela torceu para não levantar suspeitas ainda. Ela precisava desaparecer depressa, antes que alguém descobrisse onde estava. Ou quem ela era.
Minutos mais tarde, Cristian encheu de toucinho, ovos e presunto seu prato. Suas mãos tremeram ligeiramente quando ela cortou a comida com o garfo.
Alfonso estava ao seu lado, os braços cruzados sobre o tórax. Ele assentiu quando ela colocou a comida na boca tão rápido quanto pôde. 
- Diminua a velocidade, bebê. Você vai passar mal.
Esvaziou o garfo e o colou sobre o prato. Chris colocou um copo de suco de laranja próximo a ela, sorriu ligeiramente em agradecimento e bebeu a metade em um gole.
Uma batida forte na porta e Alfonso fechou a expressão.
- Que inferno poder ser isso? – virou para Cristian e Christopher, ambos caminhando para a porta.
- Levante – ordenou. – Nós não sabemos quem está lá fora.
Todos voltaram-se para o lugar onde Any estava sentada, só que ela tinha sumido Alfonso blasfemou. Ela correra assustada no momento em que ouviu a batida.
- Eu vou encontrá-la – disse Cristian. Seu tom sugerindo que ele cuidaria de Any para Alfonso  e Christopher resolverem a ameaça de fora.
Para sua surpresa, a porta se abriu e Claúdia McMilan colocou a cabeça para dentro.
- Tem alguém ai? – ela gritou. Parou quando seu olhar alcançou Alfonso e Chris.
Alfonso relaxou. Claúdia era a xerife do município, e ela costumava aparecer de quando em quando para ver como as coisas estavam nas terras altas. Alta, desengonçada e rechonchuda. Tudo que Any não era. Uma vez, Alfonso pensou que Claúdia podia ser “ela”, mas seus irmãos não compartilharam sua atração.
Ela tirou seu stetson e caminhou para dentro da cabana. Lançou à Alfonso um sorriso insolente.
- Você não está contente por me ver?
Christopher  pigarreou e sentou atrás no banco.
- O que trás você aqui? – Alfonso perguntou, cruzando os braços e adotando uma pose intimidante. Normalmente ele não se importaria em brincar com Claúdia, até paquerá-la um pouquinho. Mas isso fora no passado. Agora ele queria que ela se fosse o mais rápido possível.
Claúdia deslizou pelo banco e sentou ao lado de Christopher  levantou as pernas longas e as apoiou num tamborete.
- Onde está o terceiro pateta? – perguntou, procurando Cristian.
- Por perto – disse Alfonso. Ela arqueou uma sobrancelha, mas não fez outros comentários.
- Eu vim aqui em cima para saber se vocês não viram uma mulher jovem, com cerca de vinte anos, morena, baixa. Nós estamos lidando com um possível rapto, mas ela pode ter escapado. Nós achamos o carro abandonado no pé da montanha e verificamos a área. Vocês não viram alguma coisa?
Alfonso negou com a cabeça e desviou o olhar para Chris.
- Você e o Cristian não viram nada, quando estavam lá fora?
- Nada. Respondeu Chris.
Voltou sua atenção para Claúdia.
- Você acha que ela ainda esta nesta área?
Claúdia deu de ombros.
- Duvido. Podia ser, entretanto, se ela estivesse sozinha, mas não acredite que chegaria até aqui. Moça da cidade, pelo que eu soube. O boletim de Denver diz que tem PhD, e pediu para nosso departamento vigiar. Pareciam acreditar que ela seria encontrada, deste jeito.
- Você precisa de perseguidores? – Alfonso perguntou, sabendo que se não oferecesse, pareceria estranho. Ele e os irmãos localizavam pessoas desaparecidas antes do   departamento do xerife. No último verão, em pouco tempo, eles encontraram uma menina que tinha se perdido quando saiu da área de acampamento de seus pais.
Claúdia agitou a cabeça.
- Não. Como eu disse, só quis verificar a possibilidade de alguém ter visto algo. Nós nem sabemos a quem o carro pertence. Teddy está tentando descobrir enquanto conversamos. Pode ser que ela nunca veio deste modo.
Alfonso sentiu vontade de fazer mais perguntas. O que Any teria feito para acreditarem que fugiu e quem supostamente a teria seqüestrado? Mas ele sabia que despertaria as suspeitas de Claúdia, porque os irmãos Herrera sempre se mantinham afastados dos problemas dos outros. Não se interessavam nas dificuldades de ninguém.
- Bem, avise-nos se pudermos ajudar – disse brevemente.
Claúdia riu, corando.
- Houve um tempo em que você era mais receptivo – disse suavemente, olhando seus braços cruzados sobre o peito.
Ele voltou-se, ansioso que ela se fosse para que pudesse questionar Any.
- Acredito que o verei por aí – disse Claúdia, com uma expressão decepcionada no rosto. Colocou o chapéu e caminhou para a porta. – Me avisem se vocês virem qualquer coisa, está bem?
- Avisaremos – disse Alfonso.
Quando a porta se fechou, Alfonso soltou a respiração.
- Ela estava procurando por Any – disse com as sobrancelhas franzidas.
Ele virou e foi rápido para o quarto, com Chris seguindo atrás.
Sentiu uma mão invisível apertar seu coração quando viu Any amontoada na cama, abraçada aos joelhos. Cristian, sentado ao seu lado, roçava a mão calmamente por suas costas, mas ela sequer percebia sua presença.
Alfonso amaldiçoou baixinho e ajoelhou-se no chão em frente à cama. Alcançou sua mão e a afastou das pernas.
- Bebê, me escute. Você está segura aqui. Era apenas nosso xerife.
Any arremembrou os olhos alarmada, cheia de medo.
- Nenhuma polícia – murmurou apavorada.
- Nenhuma polícia – concordou.
- Prometa-me – pediu num chio patético.
- Você pode confiar em nós – disse Cristian  baixinho. – Não permitiremos que ninguém a machuque.
Ela relaxou um pouquinho, se aconchegando mais as carícias que Cristian fazia.
Alfonso ainda segurava sua mão, e passou os dedos por cima da palma, tentando deixá-la tranqüila.
- Me escute, bebê. Nós precisamos lhe fazer algumas perguntas.
Ela soltou um gemido apavorado.
- Não. Nenhuma pergunta. Por favor, deixe-me ir. Eu preciso partir.
A mão de Cristian em suas costas parou, e ao lado de Alfonso, Christopher se empertigou. Alfonso soube que ele teria que lidar sozinho com isso. Não podia dar a ela a chance de escapar. Não poderiam mantê-la em segurança se fugisse.
Trocou um olhar com os irmãos. Eles estavam todos unidos naquele caso. Não a deixariam partir. E tão certo quanto o inferno, não deixariam alguém a machucar.
Ele sentou então na cama ao lado dela.
- Mel, você pode confiar em nós. Nós não vamos machucá-la. E não vamos deixar qualquer outro machucar você. Mas nós precisamos saber o que está acontecendo. O que fizeram para você.
O pânico flamejou em seus olhos. O medo tomou conta de todo seu rosto.
- V-v-você não entende – gaguejou. – Ninguém pode me ajudar. Ninguém pode parar e-e-ele – o disse como se falasse do próprio diabo.
- Quem bebê? Sobre quem você está falando? – sussurrou Alfonso
Ela balançou a cabeça, sua agitação aumentando a cada segundo. Do outro lado Cristian balançou a cabeça, em uma advertência para Afonso que estava empurrado muito fundo. Ela parecia a ponto de partir-se.
- Por que você não descansa um pouco? – disse Alfonso, entretanto ele queria saber muito mais, queria ter as respostas para todas suas perguntas.
Cristian suavemente a puxou para ele e a ergueu de cama para arrumar o acolchoado. Permaneceu ao lado, enquanto Alfonso e Christopher puxavam as cobertas. Então a deitou e cobriu.
- Nós estamos logo ali fora se você precisar – abaixou-se e lhe deu um beijo na testa.
Seus olhos estavam fechados antes que eles saíssem do quarto.
Os irmãos forma juntos para a cozinha, os três com expressões assustadoras.
- O que Claúdia queria? – perguntou Cristian.
Alfonso contou rápido à Cristian  tudo que Claúdia dissera.
- Então alguém a seqüestrou? – perguntou Cristian, incrédulo. – Isso não faz nenhum sentido. Se fosse ela estaria disposta a contar a história e ir a polícia.
- Eu concordo. Não faz nenhum sentido – disse Alfonso. – É por isso que, por enquanto, não vamos contar a ninguém sobre Any, pelo menos até sabermos toda a história dela. Ela está morta de medo de alguém. Um homem. Um filho de uma cadela a machucou.
- Ela está atraída por nós – falou Cristian. – Pelos três. Está confusa com a atração que sente.
Alfonso concordou com a cabeça, a satisfação percorrendo todo seu corpo. Depois de uma longa espera, eles finalmente encontraram a mulher com quem passariam o resto de suas vidas.


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Autor(a): mariahsouza

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Ela sonhou com eles. Eles vieram ela para afastá-la de um pesadelo. Um bálsamo doce para seus sentidos danificados. Eles substituíram as imagens do diabo e do inferno. Suas mãos a acalmavam sem machucar. Alfonso, Cristian e Christopher o toque gentil, ainda que exigente, os lábios adorando seu corpo.Any despertou molhada de suor, neces ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 202



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  • alessandrabp Postado em 05/11/2012 - 19:13:37

    Fanfic perfeita, amei. Segunda temporada *-*

  • LuanaFernandes Postado em 08/09/2010 - 18:51:05

    faz a segunda temporada[2]

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:50

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:42

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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