Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

Um afiado golpe transpassou o tórax de Any. Ela ficou surpreendida com sua ferocidade.
- Volte para dentro onde está quente - ele disse, a pegou pelo braço e encaminhou para a  porta.
Na sala de estar, Christopher e Cristian levantaram os olhos.
- Eu preciso ir para a idade. Dulce  está com um problema, e seus assistentes não atendem o telefone.
- Você quer que nós vamos com você? – Cristian perguntou.
Christopher bufou em desgosto.
- Não, pelo menos eu acho que não. Alguém se perdeu. Se precisar perseguidores,  chamarei vocês. Prefiro que fiquem aqui e cuidem de Any.
Any apertou os dentes. Ela não precisava ser cuidada,  droga, e certa como inferno não queria. Alfonso saindo atrás de uma mulher que muito claramente o queria. 
Com ciúme? Oh, inferno sim, ela era ciumenta. E ele a deixou de lado. Ela não pensou que não podia se sentir mais miserável que antes, mas ela estava errada.
- Não tem outra pessoa que ela podia chamar? Any perguntou.
Alfonso a olhou estranhamente por um momento.
- Nós sempre ajudamos a procurar quando têm pessoas desaparecidas.
Any  mordeu os lábios para se impedir de dizer mais alguma coisa. Não existia nada mais sem atrativo que uma cena.
- Eu avisarei se voltar ser muito tarde.
Alfonso abaixou-se, deu-lhe um beijo rápido então encaminhou-se para a porta. Pôs seu Stetson e saiu.
Any observou ele sair, odiando o modo se sentia. Olhou para Christopher e Cristian e estremeceu. Era óbvio que eles podiam ver o que estava sentindo. Ela parecia ter atraído só humilhação ultimamente.

Seus ombros caíram, e ela caminhou pelo corredor em direção aos quartos. Parou no meio do caminho um riso histérico borbulhando dela. Em que quarto abrigaria-se?
Optou pelo banheiro. Ligou a torneira da pia e espirrou seu rosto com água fria. Quando levantou a cabeça, viu Christopher na reflexão no espelho. Ele permaneceu na entrada, debruçando contra a porta.
- Quer jogar Monopólio comigo e Cristian?
Ela deu um sorriso trêmulo e confirmou com a cabeça. Pelo  menos ele não estava tentando dissecar suas emoções.
Esperou um segundo e então voltou para a sala de estar. Cristian tinha instalando a tábua de Monopólio na mesa de café, e Christopher trazia três canecas da cozinha.
- Quer chocolate quente? - Christopher perguntou.
- Parece gostoso - ela respondeu.
Ela tomou posição no sofá, enquanto Cristian e Christopher sentavam no o chão ao redor da mesa de café. Pegou a xícara em suas palmas experimentou o chocolate quente. Qualquer coisa para não pensar sobre onde o Alfonso estava e com quem.
- Eu odeio ver você tão chateada – Cristian disse em uma voz baixa. 
Ela desviou o olhar, surpreendida com seus próprios pensamentos. Eram pensamentos ciumentos.
Suspirou, baixou os olhos e esfregou a têmpora.
- Eu estou sendo ridícula.
Christopher murmurou algo debaixo de sua respiração.
Ela voltou-se para ele, sentindo um aliado.
- Por que você não gosta dela?
- Ela é uma cadela manipuladora.
Any  riu.
- Obrigada. Eu precisava disto, acredito. Ela não parece comigo, com certeza.
Christopher grunhiu.
- Ela está zangada porque deu em cima de Alfonso, e ele não caiu.
- Nunca? - ela suavemente perguntou. – Pareceu-me que você e Cristian eram que ficavam entre eles e que Alfonso  buscava uma relação mais funda com ela.
Cristian e Christopher se olharam duramente.
- Ele está dormindo com ela?
Ela quis fazer a pergunta soar casual, mas ao invés pareceu amedrontada.

Cristian jurou. 
- Olhe, amada, eu não sei se ele já dormiu ela. Eu sei que ele não esta dormindo agora. Não depois de você.
De alguma maneira a idéia que Alfonso não estava dormindo com Claúdia não a fez sentir-se melhor.
- Nós não somos santos, Any. Nós tivemos nossa parte de mulheres, mas nós não somos infiéis. Alfonso não andaria com outra mulher. Não depois de comprometer-se para você.
Christopher movimentou a cabeça concordando.
- Então por que ele foi para ela? – Any desabafou.
- Ele não pode conceber a idéia de não ajudar uma mulher em necessidade - Christopher disse. - Ele tem uma fraqueza por donzelas angustiadas.
Any sentiu o sangue drenar de seu rosto. Isso era o que ela era? Deus, ela certamente se ajustava no molde. Apareceram lágrimas em sua vista, e ela piscou duro para detê-las. Ela não queria fazer papel de boba. Mais que ela fizera.
Cristian  lançou um dos dados em Christopher ,batendo com ele na cabeça.
- Você não é muito brilhante, é?
Any levantou. Ela não iria aborrecê-los mais ainda com suas inseguranças. Estava muito chateada para agir como se não estivesse nada errado.
- Eu gostaria de ir para a cama - ela disse. Existe um quarto que eu possa usar? – esperou que entendessem o significado. Ela queria um quarto para ela mesma.
- Use o do Alfonso –Cristian  disse. - Ele pode dormir no sofá quando chegar.
- Obrigada - ela murmurou e dirigiu-se ao corredor.
Assim que estava longe da vista, ela correu em direção ao quarto de Alfonso. Quando estava do lado de dentro, ela bloqueada a porta e debruçou-se contra ela.
As lágrimas que tentou tão duramente conter derramavam-se por suas bochechas. Toda a emoção retida nos últimos anos rugiram para a superfície. A decepção e a sensação de traição, sua humilhação e acima de tudo a horrível falta de julgamento  demonstrara.  Tudo era suficiente para derrubá-la.
Não se incomodou em despir-se. Afastou as coberturas e rastejou para debaixo delas, puxou-as firmemente ao seu redor e se enrolou em uma bola.

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