Fanfics Brasil - A fuga. ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]


Capítulo: A fuga.

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Ela sonhou com eles. Eles vieram ela para afastá-la de um pesadelo. Um bálsamo doce para seus sentidos danificados. Eles substituíram as imagens do diabo e do inferno. Suas mãos a acalmavam sem machucar. Alfonso, Cristian e Christopher o toque gentil, ainda que exigente, os lábios adorando seu corpo.
Any despertou molhada de suor, necessidade e uma boa dose de vergonha. Talvez ela não fosse melhor que uma prostituta. Talvez Manson estivesse certo.
Ela estremeceu como se o frio tivesse alcançado a pele úmida. Olhou para a janela e viu que estava escuro. Quanto tempo dormira? Procurou o relógio ao lado da cama. Quatro e trinca. Da manhã? Devia ser.
As chances eram que os irmãos não estivessem acordados. Era a oportunidade perfeita para sair escondido. Ela os colocaria em risco se ficasse. Manson a acharia e mataria quem a ajudasse. E a idéia de seus três salvadores serem feridos a machucava de um modo que não sabia explicar.
Ela deslizou as pernas para fora das cobertas, cuidando para não fazer barulhos quando os pés chegassem ao chão. Sapatos. Um par simples de tênis, meias. Não tive um casaco para vestir por cima do suéter fino, assim ela pegou a camisa de flanela que vestira no dia anterior. Teria que dar.
Com extremo cuidado, abriu a porta do quarto e observou o corredor. As portas dos outros estavam ligeiramente entreabertas, preocupando-a. Ela teria que mover-se furtivamente e passar por elas.
Andou na ponta dos pés até o fim do corredor e suspirou de alívio quando chegou na sala de estar. Isso até que ela viu Alfonso dormindo no sofá. Ele deve ter dormido ali porque ela ocupara o quarto.
Um fogo baixo queimava na lareira, e ela quis aproximar-se, reter um pouco daquele calor antes de perder-se no frio.
Respirando profundamente, deu pequenos passos em direção à porta. Se ela pudesse alcança-la... olhou para Alfonso. Ele não se mexeu. Estendeu a mão e prendeu a respiração quando girou a maçaneta.
Abriu uma pequena fresta e escapuliu antes que o frio pudesse entrar. Fechou a porta suavemente atrás de si e suspirou. Conseguira.
O frio glacial rapidamente umedeceu sua roupa demonstrando o quanto era inadequada. O jipe continuava estacionado no passeio e por um momento ela o contemplou, mas não o roubaria dos homens que a haviam salvado.
Caminharia até encontrar algum transporte.
- Está indo a algum lugar, boneca?
Ela virou na direção daquela voz e viu Cristian e Christopher, de pé mais a frente, os braços carregados com lenha.
Tentou abrir a boca para dizer algo, para responder. Mas nada adiantaria. Então fez a única coisa em que podia pensar. Ela correu.
Atrás dela, ouviu uma chuva de maldições, acelerou correndo o mais rápido que podia sobre a neve. Não fazia a menor idéia para onde estava indo. Somente sabia que tinha que fugir.
Não tinha ido muito longe quando sentiu que braços fortes a arrancavam do chão, encontrou um tórax duro e olhou fixamente para Cristian.
- Não me olhe assim – disse. – Eu não irei machucá-la. Matarei qualquer um que queira machucá-la.
Ela o olhou completamente confusa com o tom possessivo de sua voz.
- Deixe-me ir – implorou. – Não posso ficar.
- E para onde você iria? – questionou Christopher  ao lado. – Você não sobreviveria uma hora aqui fora.
Ela sabia que ele estava certo, mas não podia ficar. Não entendia a atração que sentia pelos irmãos, não compreendia o que sentia nos braços deles ou quando a olhavam. Por um ela podia entender, mas todos os três? Que tipo de monstruosidade a havia cometido?
- Dê-me seu casaco – Cristian pediu a Christopher. – Ela está congelando.
Um momento mais tarde, ela sentiu-se envolvida pelo calor do corpo de Christopher. Seu casaco tinha o cheiro dele, sue essência, era como se ela a estivesse segurando e não Cristopher.
- Eu não posso ficar aqui – sussurrou, muito perto das lágrimas.
Cristian a olhou fixamente por um momento. Então, para sua completa surpresa, baixou os lábios e deu-lhe um beijo longo, intenso.
Aproveitou a boca aberta pelo choque e introduziu a língua, fazendo-a dançar com a sua. Ela esqueceu toda a resistência e derreteu como manteiga quente sobre seu peito.
Jesus! Maria! José! Ele era tão letal quanto Alfonso. E ela não devia reagir deste modo com ele. Não depois do que sentira com Alfonso.
Lágrimas quentes inundaram seus olhos e ela soltou um gemido de angustia.
- Você a está assustando, Cristian – rosnou Christopher.
- Eu sou uma prostituta – ela sussurrou. – Sou como ele disse.
Cristian ficou rígido, os braços como faixas de aço ao redor de seu corpo.
- Quem chamou você de prostituta? – perguntou, a muito baixa, mortal.
Ela lutou com ele até que foi forçado a soltá-la, mas a manteve perto segurando-a firme pela mão.
- Importa? Ele obviamente estava certo – respondeu com a voz torturada. – Tudo que vocês têm que fazer é me olhar para que me sinta em chamas. Que tipo de mulher sou? – exigiu.
- Nossa mulher – respondeu Christopher. – Esse é o tipo de mulher que é você.
Sua boca abriu-se em choque, pelo anúncio. Ela olhou em volta, para longe dos homens, a procura de uma rota de fuga.
- Vamos, boneca – disse Cristian suavemente. – Vamos levá-la para casa. Está congelando. Alfonso não vai gostar de saber que você estava fugindo.
Ela ficou tensa e Christopher soltou uma maldição.
- Pare de assusta-la, Cristian.
- Nós nunca a machucaríamos, Any. Vai descobrir muito depressa que faríamos qualquer coisa para salvá-la, para impedir que seja machucada – disse Cristian, curvando-se para tomá-la nos braços. 
Ela deitou em seus braços, enquanto ele caminhava a passos largos para a casa. Sua mente lutando para entender a estranha conversa que tivera com os irmãos.
Christopher abriu a porta e Cristian entrou ainda com Any nos braços.
Alfonso estava a alguns passos, os braços cruzados sobre o peito, a expressão impenetrável.


Apesar das garantias de Cristian, ela começou a tremer. Escondeu o rosto no pescoço de Cristian, tentando fugir do olhar de Alfonso. Sua força a apavorava. Mason não chegava perto desse homem e, ainda assim a havia machucado. Alfonso poderia fazer muito mais.
Cristian a apertou nos braços.
- Não fique assustada, boneca – sussurrou em seu ouvido. Caminhou para perto do fogo e a soltou. Ela depressa se escondeu atrás dele, como uma barreira entre ela e Alfonso.
Para sua surpresa, Alfonso riu.
- Então é assim que vai ser? Vai se esconder atrás de Cristian todas as vezes que aprontar?
Ela esticou a cabeça por trás de Cristian. Alfonso estava sorridente e Christopher a olhava com silenciosa intensidade. Por um momento viu nos olhos de Christopher algo que reconheceu como tormento.
- E-eu não entendo – começou a lamentar. – Não entendo nada.
Alfonso a olhou atrás de Cristian, segurando fortemente sua camisa. Ela parecia perdida, abandonada e com muito medo. Ficou contente por ela estar confiando em Cristian. Ainda que ela não entendesse o que fazia. Claramente estava atribuindo a Cristian o papel de protetor dela.
Cristian o advertiu com os olhos para não pressionar. Inferno, ele podia passar sem tantas advertências de Cristian. Any parecia uma corsa assustada. Pronta para fugir a menor provocação.
Ele suspirou e sentou no sofá.
- Venha até aqui, bebê.
Ela tentou segurar a mão de Cristian enquanto mordia os lábios, nervosa.
O que a fazia ter tanto medo? Quem a machucou a ponto dela não poder confiar nele e nos irmãos?
Cristian colocou o braço sobre seus ombros e a conduziu para frente. Pegou seu queixo e a fez olhar para ele.
- Ninguém machucará você, boneca. Eu juro. Ninguém a machucará novamente.
Ela relaxou um pouco com sua promessa, então voltou os olhos para Alfonso.- Você está bravo? – perguntou suavemente.
Ele estendeu uma mão para ela e sentiu uma prazer enorme quando ela a aceitou. Ele a puxou para seus braços e alisou seu cabelo enquanto a olhava.
- Eu não estou bravo com você, bebê. Não com você. Nunca com você. Estou bravo com o filho de uma cadela que a machucou, que colocou esse medo que vejo em seus olhos.
Ele a puxou mais para seus braços e então lhe deu um beijo, suave, terno, apenas um leve roçar nos lábios. Por um momento ela relaxou em seus braços, se ajustando perfeitamente, como se lhe pertencesse. Depois ficou tensa, afastou-se dele com os olhos atormentados.
Com um grito abafado passou por ele e correu para o quarto.
Alfonso tentou segui-la, surpreendido por sua reação, mas a mão de Christopher em seu braço o parou.
- Você vai ter que explicar para ela – disse. – Agora.  
- Sobre que diabos você está falando? 
Cristian suspirou e passou a mão pelos cabelos.
- Ela pensa que é uma prostituta.
- O quê?
- Vamos, Alfonso. Você sabe que ela está confusa. Se sente atraída por nós três. Algum bastardo disse que ela era uma prostituta e agora ela acredita nele. Ela não se entende, e nem nos entendo. Você precisa lhe explicar.
- Você está certo – disse Alfonso,com um profundo suspiro. – Eu conversarei com ela.
Alfonso caminhou pelo corredor até o quarto, seus irmãos o seguindo a uma pequena distância. Suavemente bateu, não querendo assustá-la.
-Any, meu mel, sou eu, Alfonso.
- Vá embora – respondeu sufocada pelos soluços.
Ele abriu a porta vacilando quando a viu amontoada sobre a cama, os olhos vermelhos de chorar. Tinha jogado o casaco de Christopher no chão. Se aproximou e sentou na cama. Depois a puxou para seus braços. Ela quase não lutou o que o encantou.
- Diga-me, por que você está chorando – perguntou suavemente.
- O que você diria se eu lhe contasse que poucos minutos antes de beijá-lo na sala eu estava lá fora beijando Cristian? – respondeu com lábios trêmulos.
Ele sorriu e cariciou seu cabelo.
- Isso me faz muito feliz, realmente.
Os olhos surpreendidos voaram para seu rosto.
- Feliz? Eu estou agindo como uma vagabunda e isso o faz feliz?
Ele lhe deu um olhar duro.
- Eu não permitirei que você fale de si mesma desse jeito. Se disser qualquer coisa parecida novamente, deitarei você nos meus joelhos e baterei no seu bonito traseiro.
Ela ficou de boca aberta.
- Existem algumas coisas que você precisa saber – disse. – Começando com o fato de que você pertence a nós. A todos nós.
Ele esperava ver medo ante sua declaração. Ao invés, viu surpresa. Cristian e Christopher, que estavam de pé na porta, aproximaram-se da cama. Cristian sentou atrás de Any na cama e acariciou seu ombro com a mão, ternamente.
Any olhou-os, um depois outro e outro... Alfonso permitiu que a informação penetrasse em sua mente.
Ela molhou os lábios, nervosa. Depois perguntou.
- Isso significa que você não vai deixar-me partir?
Ele riu.
- Se você está perguntando se é uma prisioneira, a resposta é não. E se você está perguntando se nós vamos abrir a porta e permitir que você saia das nossas vidas, a resposta também é não.
Ele se moveu para mais perto e segurou seu queixo. A respiração dela ficou acelerada. Do outro lado Christopher pegou sua mão. Os três irmãos a estavam tocando, a acalmando.
- Você nos pertence, Any – sussurrou Alfonso. – Eu posso sentir seu querer, sua necessidade. É tão forte quanto a nossa necessidade por você. Você está assustada. Mas você nos quer.


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Autor(a): mariahsouza

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 202



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  • alessandrabp Postado em 05/11/2012 - 19:13:37

    Fanfic perfeita, amei. Segunda temporada *-*

  • LuanaFernandes Postado em 08/09/2010 - 18:51:05

    faz a segunda temporada[2]

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:50

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:42

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

    faz a segunda temporada plis!!!!!


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