Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

Eles chegaram em Clyde ao meio-dia e Alfonso parou no pequeno estacionamento do escritório da xerife. Any olhou chateada quando percebeu onde pararam.
- Nós precisamos contar a Claúdia o que está acontecendo assim ela pode vigiar Mason - ele explicou. - Se o ver, pode nos avisar. Nos dará proteção.
- Mas logo ela? - Any perguntou suavemente, fitando-o nos olhos. – Digo, precisamos mesmo dela, eu quero dizer?
A pergunta pairando no ar entre eles.
- Eu não vejo por que precisamos a envolvê-la - Christopher falou mais alto.
Alfonso ignorou Christopher.
- Você confia em mim, bebê?
- Você sabe que eu confio - Any respondeu. - É nela que eu não confio.
- Então saiba que eu nunca faria qualquer coisa para perder você.
Any olhou-o fixamente por um longo momento, então movimentado a cabeça.
A satisfação o envolveu, alcançou-lhe a mão e a apertou.
- Vamos, isto não levará mais um segundo.
Any inspirou profundamente e abriu sua porta para sair. Pessoalmente, preferia arrancar suas unhas uma por uma que ter de lidar com a ciumenta delegada.
Os quatro entraram no pequeno edifício e Claúdia  levantou os olhou da escrivaninha atrás da qual estava sentada. Ergueu uma sobrancelha interrogativamente para Alfonso quando este se aproximou.
Any hesitou, e Christopher deslizou o braço ao redor seu pescoço, deixando a mão oscilando livremente acima de seu ombro.
Claúdia  levantou, seus olhos cautelosamente percorrendo Alfonso e o lugar onde Any,Cristian ,Christopher pararam.
- Alfonso - disse movimentando a cabeça. - O que posso fazer por você?
- Nós temos um problema. Precisamos da sua ajuda.
- Que tipo de problema?
- Mason Bardwell – Alfonso disse severamente.  - Nós temos razão para acreditar que ele está tentando matar Any.
Claúdia se sentou novamente e cruzou os braços sobre o peito.
- Você certo sobre isto, Alfonso?
- Eu estou certo. Agora nós podemos contar com sua ajuda?
Ela varreu Any com um olhar de cima a baixo, depois voltou-se para Alfonso.
- Sim, para qualquer que eu posso fazer. Você sabe isto.
- Eu preciso saber se você o ver - Alfonso disse. - Imediatamente.
- Não quer que eu o detenha? – Claúdia perguntou. - Você quer resolver o assunto sozinho?
- Nós não temos provas. Ainda - adicionou.
- Você vai se manter na cabana então?
Alfonso movimentou a cabeça.
- Por enquanto. Até que estejamos seguros de que Any não corre perigo.
Algo dolorido relampejou nos olhos da mulher. Any sentiu um baque de condolência. Era óbvio que o que Claúdia sentia por Alfonso, e da mesma maneira óbvio que ele não correspondia seus sentimentos.
- Eu manterei meus olhos abertos, e pediu que meus subordinados façam o mesmo –Claúdia disse. - Mas se ele aparecer, não faça nada estúpido, Alfonso, me chame.

- Nós faremos o que for preciso para assegurar segurança de Any– Alfonso garantiu. - Não  farei qualquer promessa sobre  como conseguir isso.
- Está bem assim. Eu verificarei como estão quando passar por perto.
- Obrigado. Nós agradecemos.
Ele colocou o Stetson e voltou-se para encarar Any e os outros.
- Vamos para casa agora.
Any olhou para Claúdia mais um tempo antes de segui-los para fora. Antipatia inconfundível reluzia nos outros olhos da mulher, e Any desviou o olhar, pouco disposta a ser intimidada. Finalmente Claúdia baixou os olhos, e Any saiu.
- Nós devíamos parar e pedir ao  Joe Riley para manter os olhos abertos também ,Cristian disse quando entraram no carro.
- Boa idéia - Alfonso concordou. - Eu paro e falo com ele. Vocês podem me esperar aqui.
Trinta minutos mais tarde, eles saíram  de Clyde, tendo parado para falar com Riley.
Quando eles finalmente entraram no caminho da cabana, Any expeliu um longo suspiro de alívio. Ela nunca ficara tão feliz por chegar em algum lugar.
Entraram e os rapazes, imediatamente jogaram-se no sofá. Ela passou as mãos pelos braços para espantar a friagem
- Com frio, boneca? – Cristian perguntou.
Ela movimentou a cabeça e se aconchegou mais fundo no sofá.
- Eu acenderei o fogo.
- Eu vou dar uma olhada lá fora para ver se está tudo certo no perímetro - Christopher disse.
- Vou com você – Alfonso levantou. - Preciso verificar os cavalos de qualquer maneira.
Any assistiu-os caminhar para a porta então voltou-se para Christopher com as sobrancelhas enrugadas.
- Verificar se está tudo certo no perímetro?
Cristian riu.
- É o modo de Christopher dizer que vai verificar a propriedade, ter certeza que está tudo certo e que não existem armadilhas.
- Armadilhas? - ecoou.
- Ele era do exército, boneca. Ele pensa como um soldado.
- Você acredita que ele virá me procurar aqui?
Seus olhos suavizaram.
- Não sei, mas se ele vier, nós estaremos preparados – encaminhou-se para a porta dos fundos. Eu já volto, vou buscar lenha para o fogo.
Ela recostou-se nas almofadas do sofá e fechou seus olhos. Estava em casa. Fizera. Entrara com o pedido para divorciar-se de Mason. A bola estava rolando, e tudo que tinha que fazer agora era esperar até estar livre. E então ela podia começar uma vida nova com três homens, sem os quais não sabia se poderia viver.

Durante as semanas seguintes, Any se tornou mais segura que tinha tomado a decisão certa. Sentia-se muito feliz com ela. Mais feliz do que já fora na vida. O sexo era maravilhoso, mas também divertia-se de todas as formas na companhia deles. Aquela era a melhor época da sua vida.
Eles jogavam. Conversavam sobre bons tempos. Partilhavam o passado.  Qualquer reserva Any tivera sobre viver com três homens, estava rapidamente desaparecendo.
Um dia depois de uma nevada, Any foi cavalgar com os três. Tomaram o caminho que subia a montanha.

Lá em cima de um local plano, Any entendeu porque os irmãos gostavam tanto daquelas montanhas. Lembrou da declaração de Christopher de que não existia outro lugar tão bonito quanto o Rockies. Ele estava certo. Se existia, ela não conhecia.
Sua vida dera uma guinada drástica. Nunca imaginara que sua fuga a levaria para uma cabana rústica na alta Rockies. Só agora percebia como sua vida tinha sido falsa. A realidade a destituíra completamente.
Lembrou como vivera sem meta, nenhuma direção, nenhuma pontaria. Aqui, nos braços de três homens, em vez de sentir aprisionada, se sentia viva e livre. Capaz de tomar suas próprias decisões. Encorajada a ser forte e conseguir o que queria.
Sentada sobre o cavalo, no alto vale e desviou a vista do horizonte. Atrás dela, Alfonso,Cristian e Christopher esperaram, mas eles não a apressaram, e ela não estava com vontade de abandonar à magnífica a visão.
Não existia nenhuma explicação para a mudança que sentia florescendo em seu interior. Surgiu e cresceu até tomá-la inteira. Exigiu coragem, aceitação. Precisava reconhecer isto.
Pela primeira vez em mais tempo que podia lembrar, sentiu-se completamente em paz com a direção de sua vida.
Alfonso trocou um olha com seus irmãos. Eles todos estavam com expressões de satisfação. Any mudara muito, não era mais a mulher assustada, cautelosa que ele salvara. Em seu lugar surgia uma mulher forte e confiante.
Ele estava extremamente orgulhoso dela. Eles todos estavam. Não podiam imaginar uma companheira melhor.
Ela voltou-se na sela, os olhos marrons suaves e quentes.
- Eu  acho que nunca vi qualquer coisa mais bonita - ela disse.
Sua respiração terminou em uma nuvem visível no ar frio. Ele discordava dela. Vira algo mais bonito. Estava olhando para ela.
- Mal posso esperar ver isto no outono quando tudo estiver colorido - ela adicionou.
Ele sorriu de volta. Sentia uma ridícula excitação toda vez que a ouvia mencionar o futuro. Sentia-se como um adolescente amando pela primeira vez. Sabia que seus irmãos não eram mais imunes que ele.
Ela levou o cavalo para longe da borda e aproximou-se dele e de seus irmãos.
- Eu podia ficar aqui para sempre.
Ele sorriu novamente em seu uso de “para sempre”.
- Você vai ficar aqui, para sempre - ele assinalou. - Podemos voltar freqüentemente se você gosta.
Ela sorriu com doçura, encantando-o com o brilho em seus olhos.
- O que vocês acham de voltarmos? – Cristian falou mais alto. - Eu farei  chocolate quente, e nós podemos jogar Monopólio. Eu quero revanche pela última vez, Any me limpou totalmente.
O riso de Any ecoou acima da montanha. Sentiu pequenas gotas brancas caindo sobre eles, e ficou encantada
- Mais neve!
Eles sorriram com indulgência e voltaram os cavalos na direção da casa. Enquanto desciam, a neve começou a cair mais forte. Nevaria por várias horas, certamente. Acumulado com o que havia caído nos últimos seis dias, tudo estaria branco antes da noite terminar.