Fanfics Brasil - O sequestro. ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]


Capítulo: O sequestro.

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Ele voltou-se para ela, seu rosto apenas esboçado na escuridão.
- Escute-me. Eu quero que você entre no banheiro de visitas e tranque-se. Lá não tem janela. Fique até que eu venha buscá-la. 
O terror a invadiu.
- Christopher, o que está acontecendo?
Ele se curvou e beijou-a duro, tirando-lhe o fôlego.
- Vá.
Ela correu. Percorreu a sala de jantar e outro corredor onde o banheiro estava localizado. Sentiu a porta na escuridão, procurando com as mãos pela parede. Abriu-a e apressadamente entrou, passou a fechadura e olhou ao redor na escuridão. A pia, a beira do banheiro. Ela apalpou até a cadeira e silenciosamente sentou, curvando-se para frente, abraçou os joelhos juntando-os ao peito.
Passaram horas ou apenas minutos? Sentia que era uma eternidade. Onde estava Christopher? Não ouvia nenhum som, só a capa sufocante de escuridão.
Então ouviu passos. Passos lentos, cautelosos. Mais perto, eles vieram até que pararam do lado de fora da porta. Ela prendeu a respiração e lutou contra o pânico que ameaçava dominá-la.
- Any, sou eu. Abra a porta.
Ela levantou do banheiro, abriu a porta e se lançou nos braços do Christopher.
- O que está acontecendo? - sussurrou.
- Eu não tenho certeza. Verifiquei a casa, lá fora. Os fusíveis estão bons, nenhum arames cortados. Deve ser problema na linha.
Ela suspirou aliviada.
- Eu estava assustada.
- Eu sei. Sinto muito. Venha para a sala de estar. Eu quero você onde posso vê-la. Vou acender o fogo.
Ela o seguiu pelo corredor, a mão segura com firmeza na dele. Quando entraram na sala de estar, uma sombra surgiu em sua linha de visão. Antes que pudesse reagir, um tiro ecoou e Christopher desabou. Ele caiu no chão a polegadas de seus pés.
Any gritou. Oh Deus, Christopher tinha sido atingido! Ela saltou para o chão, indiferente ao perigo para ela.
- Christopher! Christopher! - gritou.
Correu as mãos pelo seu peito, saíram mornas e pegajosas. Sangue.
A dor explodida em sua cabeça como alguém a arrancasse pelos cabelos.
Ela reagiu em fúria, chutando e batendo. A figura escura a afastou dele, e ela bateu na parede. Antes de poder correr, ele estava segurando-a. Ele agarrou-a pelo rosto, jogando-a para o chão.
Ficou deitada lá, atordoada, dor relampejando em sua vista. O atacante puxou-lhe as mãos para as costas e a amarrou. Lutou de modo selvagem, mas ele a mantinha segura com o joelho. Ele a agarrou as pernas, pondo-as a amarrou-as pelos tornozelos.
- Solte-me, seu bastardo! - ela gritou.
Ele virou-a novamente, então empurrou um pano em sua boca. Depois amarrou um lenço ao redor de sua cabeça, assegurando a mordaça. Com seu joelho firme nas costas dela, apalpou por um minuto então o ouviu discando de um telefone. Ele estava chamando alguém. Quem?
- Eu a tenho - disse. - Sim. Tomarei cuidado – escutou por um minuto. - Eu a estou levando para a cabana. É distante. Ninguém a achará, e eu não deixarei pistas.
Desligou telefone e agarrou seus braços, arrastando-a para cima.
- Você e eu vamos dar um passeio, cadela.
Ele a arrastou em direção à porta, e ela olhou fixamente de volta para Christopher, tentando vê-lo na escuridão. Lágrimas inundaram seus olhos. Christopher. Oh, Deus. O bastardo o matou.
Soluços invadiam sua garganta, escapando pela mordaça. Sentiu uma explosão de ar frio nas pernas nuas como o atacante a puxou para fora na neve. Seu pijama insuficiente não oferecia proteção para o frio.
Como se ela não fosse nada, o homem a lançou acima de seu ombro e dirigiu-se à estrada. Alguns minutos mais tarde, ele parou e a jogou no fosso.
Ela olhou até ver um veículo escuro, um SUV bem conservado. O homem abriu a porta, voltou-se  e a pegou. Ele a lançou atrás, e ela aterrissou com um baque, sem respiração.
Ele trancou a porta, e segundos mais tarde, ela ouviu a porta do motorista abrir e o motor sendo ligado.
Pesar e ira caiam sobre ela, rodando, numa tempestade que não podia controlar. Ela ignorou o frio, seus danos, ela podia só pensar um Christopher caído inanimado no chão.
O SUV fez uma curva, fazendo-a cair. Algo liso e fresco deslizou em seu queixo. Levou seu um momento para perceber era um telefone celular. Deve ter caído quando ele a lançou atrás.
Seu coração batia furiosamente enquanto  tentava encontrar uma maneira de usar o telefone. Suas mãos estavam amarradas para trás, suas pernas também estavam presas, e sua boca estava amordaçada.
Primeiro precisava livrar-se da mordaça. Deslizou a cabeça repetidamente no chão, tentando mover o lenço para abaixo. Depois de vários e agonizantes tentativas, sentiu o lenço deslizar e soltar. Esfregou a bochecha até finalmente sentir o lenço baixar ao redor do pescoço.
Mastigou e trabalhou com a língua, empurrando o pano para fora da boca. Finalmente caiu e ela ofegou em respirações enormes, tentando fazer o pânico diminuir.



Conseguir o telefone seria outra batalha. Rolou e contorceu o corpo, sacudindo-se. Maneou os dedos, até alcançar o telefone e puxá-lo. Os dedos deslizaram pela superfície até que conseguiu abri-lo.
Escorregou os dedos em cima dos botões, tentando discar. Pacientemente, ela apertou um, então outro até finalmente ter a seqüência do número do telefone celular de Alfonso introduzidos. Então ficou em dúvida sobre o botão para chamar, rezou para acertar.
Assim que ela apertou o último botão, ela rolou e torceu, girando até que sua boca e orelha ficaram perto do receptor.
Atenda, ela rezou. Por favor, atenda.



Alfonso puxou o pesado casaco tentando afastar o frio cortante. Estavam subindo por aquela trilha a mais de uma hora. Ele e Cristian iluminando o caminho com os holofotes, movendo-se tão  depressa quanto os ventos permitiam.
Flocos pesados caíam, cobrindo os caminhos quase tão depressa quanto eles passavam.
- Existe um abrigo um pouco adiante – Alfonso gritou para Claúdia que vinha na retaguarda.
Ele avançou pelo restante da distância contra o vento pesado até chegar bem próximo ao abrigo. Agarrou o rifle acomodando-o sobre o ombro, com a mão no gatilho.
Aaron aproximou-se o rifle apontado para a porta.
- Ilumine, eu entrarei – Alfonso determinou.
Contou até três e lançou o ombro contra a porta de madeira. Quebrou e Alfonso tropeçou para o lado de dentro. Cristian apressou-se atrás dele, luz levantada, arma de fogo varrendo a área.
- Lá, no canto! – Alfonso exclamou.
Claúdia  entrou atrás deles, a pistola
em punho.
- Acharam alguma coisa? - ela perguntou ofegante.
Alfonso não respondeu. Sua atenção estava enfocada na criança pequena amontoada no canto do abrigo. Ajoelhando-se na frente do menino, Alfonso alcançou e tocou a pele fria da criança.
Para seu alívio, o menino se mexeu e abriu seus olhos.
- Graças a Deus - Alfonso murmurou. 
Claúdia imediatamente começou a dar ordens pelo rádio, informando sua posição. Ela solicitou EMS e pediu para informar os pais que a criança tinha sido achada.
- Sam – Alfonso chamou suavemente.  - Nós viemos para levar você para casa.
- O homem mau disse que eu não podia ir para casa - Sam gaguejou fora. - Não até…
- Não até o que? –Claúdia perguntou.
Com a sobrancelha franzida em confusão e os lábios tremendo do frio, Sam respondeu:
- Disse que eu ia servir ao seu propósito. Isso é mau?
Alfonso olhou para os outros e encolheu os ombros. Que maluco raptava uma criança e o deixava no frio para morrer congelada?
Abaixou-se e levantou Sam, embalando ele em seus braços.
- Nós vamos levar você para casa agora, Sam. Sua mamãe está muito preocupada.
- Não deixe o homem mau a machucar - Sam murmurou contra o peito de Alfonso
- Não se preocupe, filho. Ele não pode machucar sua mamãe.
Sam levantou a cabeça.
- Não a mamãe. A mulher. O homem mau disse que ia cuidar de uma mulher.
Espinhos glaciais dançados pela espinha de Alfonso. Ele olhou para os outros, assustado com o pressentimento que sentia.
- Leve ele para mim -  pediu a Cristian.
Depois de Cristian tomar o menino nos braços, Alfonso procurou seu telefone. Discou o número de casa e esperou enquanto chamava. Deixou tocar vinte vezes antes de desistir. Blasfemou baixinho.
- É tarde da noite – Claúdia consolou. - Eles provavelmente estão adormecidos.
- Sim e meu sinal está ruim – Alfonso disse, tentando dispersar o pesado pressentimento percorria seu corpo.  - Tentarei novamente quando chegarmos a cidade.
- Prontos para irmos embora? –Claúdia perguntou quando segurou a corda para do trenó.
Cristian deitou Sam no banco e organizou cobertores ao redor dele. Então, ele e Alfonso pegaram a corda e começaram a puxar o trenó pela neve. Levariam pelo menos uma hora para chegar a cidade, e Alfonso sentiu sua preocupação aumentando a cada segundo.
Quarenta e cinco minutos mais tarde, sem fôlego e trabalhando muito lento por causa da neve, Alfonso e Cristian pararam um momento para descansar.
- Não falta muito agora – Claúdia disse.
Alfonso concordou com a cabeça, sem fôlego para falar. O repique de seu telefone celular tocando chamou a atenção no silêncio da noite. Alfonso soltou a corda e procurou freneticamente o telefone.
Atendeu:


- Alfonso falando.
- Alfonso...  – a voz de Any, parecia distante e trêmula.
- Any? – sentiu o alívio percorrê-lo.
- Alfonso, graças a Deus – a voz parecia um pouco mais forte. - Eu não tenho muito tempo. - Ele podia ouvir lágrimas, a voz espessa, e sentiu a pulsação inflamar-se até a cabeça. - Ele matou Christopher - ela soluçou.
Sentiu o sangue gelar.
- Any, Any, bebê, onde você está? Você está bem? - gritou.
- Eu não sei onde eu estou – respondeu, a voz mostrando seu desespero. - Ele me pegou. Por favor venha me buscar – a voz foi sumindo.
- Você me paga cadela, dê-me isto!
Alfonso segurou o telefone, paralisado enquanto ouvia a cena que passava do outro lado do telefone. Any clamou. Alfonso ouviu a bofetada. Então o telefone foi desligado.
- Jesus Cristo!
Cristian o agarrou pelo ombro.
- O que diabos está acontecendo?
- Any –Alfonso disse sufocado.  - Ela disse que Christopher está morto. E que alguém a levou.
Cristian soltou o holofote que levava.
- Nós temos que ir para a cabana. Christopher. Meu Deus. - Alfonso não podia formar outro pensamento coerente.


 


 




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Autor(a): mariahsouza

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- Você dois vão – Claúdia disse. - Eu posso levar Sam daqui. Vocês irão mais rápido sem o trenó. Eu peço auxílio pelo rádio se precisar, logo chegamos no carro. Meus auxiliares estão aqui perto.Alfonso não esperou para ouvir mais. Ele e Cristian  começaram a correrem pela neve ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 202



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  • alessandrabp Postado em 05/11/2012 - 19:13:37

    Fanfic perfeita, amei. Segunda temporada *-*

  • LuanaFernandes Postado em 08/09/2010 - 18:51:05

    faz a segunda temporada[2]

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:50

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:42

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

    faz a segunda temporada plis!!!!!


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