Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

- Você dois vão – Claúdia disse. - Eu posso levar Sam daqui. Vocês irão mais rápido sem o trenó. Eu peço auxílio pelo rádio se precisar, logo chegamos no carro. Meus auxiliares estão aqui perto.
Alfonso não esperou para ouvir mais. Ele e Cristian  começaram a correrem pela neve.Christopher. Morto. As palavras zumbiam repetidas vezes, enchendo sua mente com uma louca cantiga.
O bastardo os atraiu, seqüestrando uma criança, e agora ele tinha Any. Seu sangue correu frio. Mais frio que a neve que envolveu ao redor suas pernas. Any morreria se eles não a encontrassem e salvassem rápido.
Adiante, o brilho das luzes da cidade aparecia fora da neve. Alfonso partiu em uma explosão de velocidade, querendo chegar ao jipe o mais rápido possível.Cristian  mantinha-se ao lado dele, abstendo-se de verbalizando os medos que rondavam sua consciência.
Alcançaram a parte de trás da loja do Riley e continuaram correndo para o estacionamento no lote do outro lado da rua onde o carro estava estacionado. Várias pessoas, inclusive os pais do Sam gritaram perguntas, mas Alfonso ignorou tudo exceto o jipe.
Lançou-se no banco do motorista, ligou o motor e deu a ré. Cristian entrou e Alfonso disparou rua abaixo.
O caminho até em cima da montanha era longo e Alfonso o percorreu inteiro rezando. “Deus, não os leve antes de mim.”
Agarrou o volante, fazendo as curvas mais rápido que qualquer outra vez. “Faça-o estar bem. Não tome Christopher de nós.”
Estacionou em cima da calçada, e saltaram para a porta. A casa estava escura. Alfonso precipitou-se porta adentro, gritando por Christopher. Cristian passou por ele, alcançando os interruptores.
Blasfemou quando as luzes não acenderam e seguiram chamando por Christopher aos berros.

Alfonso parou em seco quando ouviu um gemido baixo. Ele saltou por cima do sofá em direção ao corredor.
- Consiga-me uma luz! - ele gritou para Cristian .
- Christopher! – Alfonso lançou-se para o chão ao lado do irmão ferido.
Cristian apareceu com uma lanterna e iluminou o corpo de Christopher. Seu tórax estava coberto de sangue, mas suas pálpebras tremeram quando a luz bateu em seu rosto.
- Christopher, sou eu, Alfonso. Você pode me ouvir?
- Como posso não ouvir quando você está gritando no meu ouvido, maldição? - Christopher murmurou.
Alfonso suspirou de alívio, sentindo o corpo relaxar.
- Você é um bastardo, esse susto deve ter me tirado uns dez anos de vida.
- Any - Christopher começou, a voz falhando. - Ele levou Any.
- Onde você está ferido? – Alfonso exigiu, não enfocando em Any por somente um momento. Tinha que cuidar de um de cada vez, e neste minuto, precisava ter certeza que Christopher estava bem.
- No ombro - Christopher respondeu, a respiração ofegante.
- Você pode levantar?
Christopher tentou mover-se e gemeu de dor.
- Alfonso! – Claúdia chamou da porta. – Onde você está?
- Aqui – Christian chamou, brilhando uma luz na direção  dela. - Como você conseguiu chegar aqui tão rápido?
- Eu deixei a criança na cidade e vim tão rápido quanto podia. Jesus Cristo, que diabo aconteceu? – perguntou se ajoelhando ao lado de Christopher.
- Ajude-me, a levantar, droga - Christopher disse desesperadamente. - Ele pegou Any.
- Quem a tem, Christopher? - Alfonso exigiu.
Ele e Cristian ergueram Christopher, e Alfonso passou um braço ao redor dele impedindo-o de cair. Guiaram Christopher para o sofá e o sentaram.
- Nós precisamos levar você para o hospital – Cristian disse.
- Não.
- Christopher, você precisa ir para o hospital. Não pode ir a qualquer outro lugar.
- É um ferimento na carne – ofegou. - Eu não vou para qualquer lugar com Any lá fora com esse bastardo – parou bruscamente. - Ele a machucou. Eu o ouvi batendo nela.
Alfonso apertou os dedos em punhos apertados. Ele também ouviria o bastando atingir Any.
- O que mais você ouviu, Christopher? Ele disse qualquer coisa? Nós temos que acha-la.
- Ele fez um telefonema. Disse algo sobre uma cabana distante e com pontas soltas.
- Cristo! - cabana distante. Como se existissem poucas em Rockies.
- Ele agiu como se conhecesse o lugar - Christopher disse com a mão no ombro. O sangue escapando através de seus dedos.
- Você precisa chegar ao hospital.Claúdia, você consegue levá-lo até lá? – Alfonso perguntou.
- Eu não vou - teimou.
- Você só nos retardaria – Alfonso contatou. - Nós não temos condições de desperdiçar um minuto. Ele a matará.
Christopher olhou desoladamente para Alfonso.
- Eu a falhei.
- Ela pensa que você está morto – Alfonso disse. - A melhor coisa você pode fazer é ir para o hospital, para evitar que aconteça o que ela pensa.
Christopher levantou.
- Como você sabe o que ela pensa?
Alfonso explicou depressa o telefonema e combinou os detalhes com Claúdia para ela levar  Christopher para o hospital. Sua mente trabalhava furiosamente, tentando formar um plano de ação.
- Vamos,Christian.

Ele parou tempo suficiente para pegar mais munição para os rifles e correu para o jipe. Christian saltou ao lado dele.
- Legal, cabana distante. Você acha que ele podia estar levando-a para Blythe Prado? – Christian perguntou enquanto tomavam a estrada.
- É um bom lugar – Alfonso concordou. - Certamente confere. Se não lá, talvez a velha cabana do mineiro. Nós procuraremos em ambas.
Christian desviou a vista da janela em silêncio. Então, virou os olhos agonizados para Alfonso.
- E se chegarmos muito tarde?
Alfonso agitou a cabeça e apertou o pé no acelerador.
- Nós não podemos chegar muito tarde,Christian. Nós não podemos.