Fanfics Brasil - O resgate. ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]


Capítulo: O resgate.

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Any abriu os olhos lentamente, surpreendida pelo esforço que precisou fazer. O ar era frígido ao redor ela, e sua mandíbula doída. Não reconheceu ambiente. Estava em uma cabana de um quarto, deitada no chão. Testou os braços e descobriu que estava livre das amarras.
Sombras pálidas de luz entravam pela janela. Amanhecer. Então ela estava ali há pelo menos duas horas.
Lágrimas escaparam de suas pálpebras. Christopher. Ela nunca disse a ele que o amava. E agora não teria mais a chance de dizer.
Um som a surpreendeu e a dor assaltou seu quadril quando raptor a chutou.
- Eu vejo que está acordada. Bom. Agora levante.
Olhou-o cautelosamente. Foi o primeiro olhar de verdade que conseguiu dar nele. Esperava encarar um brutamontes, mas ela olhou fixamente para o que parecido ser um homem amável, de  aprazível de altura e tamanho médio.
Ele sorriu como se lendo seus pensamentos.
- Não deixe meu bom aspecto, enganar você, meu bem. Agora você pode levantar sozinha ou posso obrigá-la, e eu asseguro, não seria uma experiência agradável.
Ficou tomada pelo terror. Quis vomitar. Pôs as mãos no chão e conseguiu se firmar para erguer-se. Assim que levantou, o homem agarrou-lhe o braço e a empurrou em direção a uma cadeira.
- Sente-se.
Ela afundou na cadeira situada atrás de uma escrivaninha velha. A cadeira estava quebrada e gemeu quando abandonou seu peso nela, e por um momento, temeu que desmoronaria.
Usou a mão na escrivaninha para se equilibrar. Ela estava gelada. Mais gelada que em qualquer outro momento de sua vida. Não havia nenhum calor na cabana.
Nenhuma proteção contra o frio. Sentia os membros congelando. Tremia incontrolavelmente. Depois que começou, não podia parar.
O homem acendeu um cigarro os lábios sopraram fumaça. Debruçou-se contra a mesa e a observou com os seus olhos gelados.
- Não tenho paciência para ficar te embromando. Eu vou te matar.
O pânico a inundou. Sua garganta apertada, e por um momento pôde respirar. Ela não queria morrer.
- Não espere que eu concorde com isto.
Ele pareceu divertido com sua proclamação. Até emitiu um riso seco.
- Vou te oferecer uma escolha. Uma morte rápida e indolor, ou - pausou para fazer efeito -pode ser suja, prolongada, e muito dolorosa. Sua escolha.
Sentiu a boca ficar seca.
- Tudo que você tem que fazer é dizer para mim para quem mais contou o que aconteceu na noite do seu casamento. Muito simples. Sr. Bardwell está muito ansioso para proteger seus interesses. O que seria difícil em uma cela de prisão, como eu estou certo que você pode imaginar.
Ele tirou uma grande e afiada faca à medida que falava. Acariciou o metal frio e lustroso com as pontas dos dedos, correndo-os da extremidade para a ponta.
A mente de Any ficou em pane. Ele era um falador bastardo. Claramente apreciava a situação. Obviamente, esperava terminar com o assunto em minutos. Ela olhou para faca, o terror miserável tomava-lhe todo o corpo.
Fechou os olhos e tentou encontrar sua coragem. Lembrou de Christopher e mordeu a bochecha para afastar o choro. Não podia permitir que aquele bastardo escapasse depois do que ele fez.
- Então o que será, Sra. Bardwell? Podemos ter uma breve conversa antes de seu intempestivo falecimento?



Com as mãos abertas sobre escrivaninha, ficou de pé.
- Vá para o inferno - cuspiu.
Seus olhos endureceram. Cruzou o espaço entre eles e sem advertência, agarrou seu braço e o puxou para trás. Virou-a para a escrivaninha. Ela gemeu de dor e ele continuou a fazer uma pressão enorme em seu braço.
Empurrou mais alto. Ela gritou em agonia e sentiu um estalar.
Ele quebrou seu braço!
Ele deixou o braço cair, oscilando ao seu lado. Sentiu a vista escurecer cada vez mais até que temeu perder os sentidos de dor. Levou a mão à escrivaninha tentando se segurar de pé.  As pontas do dedo encontraram um lápis e ela o pegou.
Sentiu-se tomada pela ira, a adrenalina zunindo pelas veias, virou-se, com o lápis na mão e mergulhou-o no rosto do seu torturador. Afundou em sua bochecha, e ele afastou-se com um uivo de dor.
Ela não desperdiçou tempo. Ignorando a dor horrorosa em seu braço, voou nele, levando o joelho em sua virilha. Uma vez, duas vezes e uma terceira até que ele caiu no chão.
Ela não hesitou nem um momento. Ela correu.
Ela chegou à porta  da cabana e mergulhou para fora. Gelada a neve atingia seus quadris enquanto tentava caminhar.
Sentiu o coração doer. Nunca conseguiria sair dali. A neve estava muito alta. Muito funda. Com aquela roupa ela congelaria para a antes de encontrar um lugar seguro.
Apertou a mandíbula até sentir dor.  Não iria morrer nas mãos do bastardo. Se ela morresse, não seria sem lutar.
Ignorando a dor, o frio e o entorpecimento horrível que afetava seus membros, lutou para seguir em frente, determinada pôr tanta distância quanto podia entre ela e seu raptor.
Dirigiu-se às árvores, tentando se perder na área arborizada. Um riso histérico borbulhou de sua garganta. Como podia se perder alguém com três pés de neve?
Sentiu a cabeça ser puxada para trás. Foi agarrada por trás, a mão segurando com firmeza seus cabelos. Não se intimidou, lutando com unhas e dentes. Sentia que a sobrevivência era possível.
O metal brilhou no início do sol matutino Então sentiu a dor explodindo no peito. Caiu na neve, vagamente ciente do homem segurando uma faca acima dela. O braço sadio afundou no gelo.
A mão tateou até bater contra uma pedra. Agarrou-a firmemente, e se preparou para fazer sua última tentativa.
Com um grito de ira, arrastou o braço adiante e bateu na cabeça do homem com a pedra, enquanto a faca descia em sua direção. Desta vez atingiu abaixo do ombro, fazendo um longo corte abaixo do braço.
Ele caiu com o rosto na neve, e ela não lhe deu tempo para recuperar.
Rolou, levantando a pedra novamente e batendo tão forte quanto podia. Ele ficou quieto, e ela soltou a pedra.
Rolou e fugiu para longe, desesperadamente tentando recuperar seu controle.
O mundo balançou e balançou ao redor dela, estava se afundando na agonia. Ele a apunhalou no tórax. Podia sentir o sangue quente correndo pela pele. O braço caído oscilou do lado. De alguma maneira tinha que achar um modo de chegar
em casa.
Tropeçou colina abaixo, longe da cobertura das árvores. Precisava estar no claro agora. Sua esperança era ser encontrada e salva.
Fechou os olhos. Nunca diria a eles que os amou. Lágrimas quentes caiam, se misturando com o sangue que corria livremente do corpo. Se somente ela pudesse dizer a eles...


 



Alfonso dirigia o jipe no limite. Por duas horas, eles procuraram todo canto da montanha em que pudesse pensar. Existia só mais aquela possibilidade, e apesar de seus esforços, estava rapidamente perdendo a esperança.
- Depois da próxima curva, saia da estrada – Cristian dirigiu, a voz horrível. – Esperemos que a nevada não destruiu a trilha.
Christopher asgou o caminho e freou apressado para entrar na trilha.
- Alfonso olha! – Cristian clamou.
Alfonso não perdido tempo. Havia marcas frescas. Feitas recentemente. Por um veículo. Ele acelerou pelo declive áspero, deslizando e oscilando na neve. Controlando com dificuldade o carro pelo caminha até a velha cabana mineira.
Um SUV preto refletiu na luz solar. Alfonso rugiu quando parou, agarrou ou rifle e pulou para fora do jipe. Cristian o seguiu depressa, a arma de fogo apontada e pronta.
Franziu a testa quando a porta escancarada. Olhou pela janela e perscrutou dentro. Estava vazio.
Ele e Cristian entraram apressados.
- Alguém esteve aqui – Cristian murmurou. - Muito recentemente.
Pegou um cigarro caído no chão e jogou longe.
O coração do Alfonso afundou enquanto procurava. Existiam sinais visíveis de uma briga. Sangue no chão. Voltou-se e correu para a porta, seus olhos procurando os sinais frescos na neve.
As trincheiras afundadas na neve levaram para longe da cabana até as árvores ao longe. Ele e Cristian saíram da varanda e começaram a seguir as pegadas.
Alguns segundos mais tarde, Cristian levantou a mão para deter Alfonso.
- Olhe!
Apontou para um corpo ao longe. Eles correram até achar um homem afundado na neve. O sangue escorria de um ferimento atrás da cabeça.
Alfonso o virou.  Estava inconsciente. A esperança aumentou o ritmo de seu coração. Any tinha escapado?
Então seus olhos viram o sangue vermelho escuro que manchava a neve. Sangue que não veio do homem. Seus olhos seguiram os salpicos através da neve, ele seguia colina abaixo.
- Vamos! - ele gritou.
Forma descendo a colina, sempre seguindo a trilha de sangue. Alfonso rezando o tempo inteiro. Deus, deixe-nos achá-la. Faça com que ela esteja bem.
- Alfonso, ela está ali!
Alfonso olhou adiante a tempo de ver Any cambalear e afundar na neve. Ele correu as restantes trinta jardas, seu coração gritando o tempo todo.
Quando chegou a ela, segurou-a puxou até seu tórax.
- Oh Deus - gemeu.
Havia tanto sangue. Tomava sua frente inteira. O braço estava caído em um ângulo estranho, inchado e descorado.
- Any! Any, bebê - ele chorou.
Cristian ajoelhou ao seu lado dele e ajudou a erguê-la da neve.
Seus olhos tremeram levemente. A desorientação nublava-os. Começou a empurrar e empurrado, tentando levantar-se.
Estava tomada pela adrenalina, e perdendo o controle. Começou a tremer  violentamente.
- Ela está entrando em choque – Alfonso disse. - Nós temos que a tirar daqui agora. Chame pelo rádio. Diga a eles para ter o helicóptero esperando. Nós teremos que tirá-la dessa montanha o mais rápido possível. 
- Christopher - clamou. - Oh Deus, Christopher. - Ela tentava lutar.
Alfonso, sentiu as lágrimas deslizarem por sua face.
- Shhh, bebê. Está tudo certo com o Christopher. Eu juro.
Ela não pareceu o ouvir.
- Eu nunca disse que… eu nunca disse a eles que os amo - sussurrou.
Alfonso a segurou mais apertada contra ele. Enterrou os lábios em seus cabelos e piscou para afastar as lágrimas.
- Deus, eu amo você também, bebê. Eu amo você também.
Levantou-se, segurando-a cuidadosamente em seus braços. Não tinha idéia da extensão de seus danos, mas tinha que conseguir descer da montanha rapidamente.
Cristian apressou-se adiante, fazendo um caminho na neve para Alfonso. Eles lutaram para subir a colina, cada passo dolorosamente lento. Finalmente avistaram o jipe. Cristian seguiu em frente, redobrando seus esforços.
- Pegue o kit de primeiros socorros – Alfonso pediu. - Eu me sentarei com ela atrás. Preciso tentar parar a hemorragia.
Cristian entrou e pegou o kit de primeiros socorros, vários cobertores e um chumaço de bandagens.


Assim que Alfonso com Any, Cristian ligou o motor e seguiu pela trilha em direção à estrada principal.
- Como está ela, Alfonso? Eu preciso saber algo – Cristian pediu, o desespero presente na voz.
- O bastardo quebrou-lhe o braço. Parece com que a apunhalou no tórax. Cristo, tem tanto sangue!
Achou o ferimento, colocou um chumaço de bandagem e apertou firme. Levou um dedo para seu pescoço, sentindo-lhe o pulso. Era fraco e irregular, mas batia contra a pele.
Manteve as bandagens apertadas com firmeza contra o ferimento no tórax. Precisava diminuir a velocidade o fluxo de sangue.
- Christopher …
Any estava só meio consciente e completamente desligada da presença dele e Cristian. Alfonso afastou o cabelo de sua face.
- Está tudo bem com o Christopher, bebê. Você me ouve?
Ela balançou a cabeça, pequenos gemidos ásperos escapavam de sua garganta.
- Frio… tão frio.
- Aumente o calor, maldição – Alfonso gritou para Cristian.
Juntou os cobertores mais apertados ao redor dela, tentando infundir calor em seu corpo.
O barulho do rádio o interrompeu, e ele ouviu Cristian responder, mas sua atenção estava em Any e no sangue que ensopava as bandagens em suas mãos.
- O helicóptero está quase chegando - avisou. - Eles vão aterrissar no pasto do Duffy. Nós estaremos lá em aproximadamente dois minutos.
Alfonso prendeu a respiração, aliviado. Eles estavam quase lá, e o mais cedo que Any chegasse no hospital, melhores suas chances de sobrevivência.
- Alguma palavra sobre Christopher? - Alfonso perguntou.
- Claúdia disse que eles transportaram para Denver. No mesmo hospital para o qual enviarão Any. Eles estavam preocupados com a quantidade de sangue que ele perdeu.
A voz do Cristian  mostrava sua preocupação, os nervos de Alfonso chacoalharam ainda mais.
- Mas ele está bem, certo?
- Disse que ele perdeu a consciência antes deles decolar. Não sabia nada mais que isto.
- Droga!
Fechou os olhos e quis uivar de fúria e frustração. Lágrimas escaparam de suas pálpebras, e ele fechou os olhos com firmeza para impedi-las de vazar. Nunca se sentiria tão impotente em sua vida.
Duas das pessoas mais importantes em sua vida, retirando Cristian podiam ser tiradas dele.
Agarrou-se ao banco para segurar-se quando o jipe parou abruptamente. A porta abriu imediatamente, e o médico do helicóptero começou a examinar Any.
O médico gritou instruções, e dois enfermeiros correram para atendê-las. Alfonso saiu do carro e deixou-os assumir o comando.
Uma mão deslizou por seu ombro, e Alfonso voltou-se para ver Claúdia.
- Eu só quero que você saiba o quanto eu sinto pelo que aconteceu, Alfonso.
- Eu sei que você sente Claúdia.
- Existe qualquer coisa que eu possa fazer?
Ele voltou o olhar para ela.
- Nós deixamos o homem na velha cabana mineira. Ele está provavelmente morto agora. Você poderia pedir para um dos seus assistentes subir e trazê-lo.
Claúdia deu a ele um olhar afiado.
- Você não o matou, não é, Alfonso?
- Não, mas eu desejei fazê-lo - suavemente retornou.
Os médicos puxaram Any para fora do carro e a deitaram na maca. Alfonso e Cristian correram para perto do para-médico.
- A situação é crítica, senhor. Eu sinto muito, mas nós não podemos desperdiçar nem um segundo.
Alfonso abriu a boca, querendo fazer a pergunta, mas não conseguiu. Não se permitiria verbalizá-la. Ao invés, ele observou enquanto eles apressavam a maca para o helicóptero. O médico de vôo entrou e sinalizou ao piloto para decolar. Segundos mais tarde, o pássaro erguia no ar e voava em direção a Denver.


- Vamos, Alfonso -Cristian chamou em uma voz cansada. Soava como ele estivesse contendo-se a duras penas também. – Levaremos algumas horas para chegar ra Denver.
Alfonso arrastando-se seguiu Cristian e subiram no jipe. Ele estava com medo. Com medo do que descobririam quando chegasse ao hospital.


 




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Autor(a): mariahsouza

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Alfonso conseguiu não agredir pelo menos seis pessoas antes de descobrir onde Christopher e Any estavam. Andou pela emergência até ser ameaçado de prisão se não se acalmasse. Any tinha sido levada para cirurgia, mas Christopher estava ainda na ER recebendo uma transfusão de sangue. A princípio, a Alfonso e Christian &nbs ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 202



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  • alessandrabp Postado em 05/11/2012 - 19:13:37

    Fanfic perfeita, amei. Segunda temporada *-*

  • LuanaFernandes Postado em 08/09/2010 - 18:51:05

    faz a segunda temporada[2]

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:50

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:42

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

    faz a segunda temporada plis!!!!!


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