Fanfics Brasil - D.A. ****A mulher dos Herreras****[Terminada]

Fanfic: ****A mulher dos Herreras****[Terminada]


Capítulo: D.A.

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Any abriu seus olhos lentamente e piscou para afastar as teias de aranha. Por um momento, não lembrou onde se encontrava ou por que estava naquele lugar desconhecido. E quando lembrou, uma dor maior que já sentira voltou junto.
Christopher.
Fechou os olhos e tentou lembrar de todos os acontecimentos, mas tudo que lhe vinha a memória era Christopher caindo, a mão sobre o peito coberto de sangue.
Lágrimas quentes encheram seus olhos e escaparam das pálpebras. Sentiu-as caindo pela face. Uma mão morna pegou seu rosto e suavemente enxugou a umidade.
Abriu os olhos para ver Alfonso de pé junto dela, um olhar preocupado em seu rosto. Piscou novamente para enfocar. Lentamente tomou conhecimento do resto do ambiente. Ela estava em um quarto de hospital. Olhou para o outro lado onde viu Cristian adormecido em uma cadeira.
A ausência de Christopher era visível enviado mais agonia para seu coração. Um soluço escapou-lhe pela sua garganta – um soluço que tentou segurar – mas que ameaçou sufocá-la com sua intensidade.
Foi forçada a deixá-lo vir.
Soou severo e feio, até para suas próprias orelhas. E uma vez soltou o primeiro, vieram outros até transforma-se quase num grito.
- Any, me escute, bebê. Você tem que me escutar. Christopher está bem. Ele não está morto. Ele está aqui.
Alfonso segurou seu queixo, forçando-a a olhá-lo, penetrando nela  seus olhos verdes.
- Você entende o que eu estou dizendo? - ele exigiu.
Então ela ouviu alguém no fundo.
- Deixe-me, mostrar isto!
- Christopher? - ela sussurrou. Não podia ser. Ela o vira cair. Ela ouvira o tiro. Sentiu seu sangue.
Lutou para se sentar e quase desmaiou com a dor que se espalhou por todo o tórax. Alfonso blasfemou acima dela e a forçou a deitar com a mão.
- Calma, bebê. Não se machuque.
Atrás de Alfonso, Christopher surgiu, o rosto desfigurado, olhos sanguinolentos, suas partes superiores em bandagens. Ele apareceu antes de seu que seus olhos ficassem cheios de lágrimas. Ela nunca teria uma visão tão bonita em sua vida.


- Cristo, Christopher, você não devia estar levantado - Alfonso protestou.
Christopher empurrou Alfonso para o lado, e no momento seguinte, Any se sentiu abraçada contra o corpo deChristopher. Ela apertou a face em seu tórax, as bandagens tocando em seu rosto. Ela não se importou. Não importava o quanto a machucaria estar em uma posição tão desajeitada.
Ele apertou os lábios em sua testa.
- Graças a Deus que você está bem - ele sussurrou.
Ele afastou-se e Any agarrou-se a sua mão.
- Não vá.
- Eu odeio interromper – Alfonso começou. - Mas vocês dois estão com muita dor e ambos deviam estar descansando. Isso significa colocar seu traseiro de volta na cama, Christopher. Eu quero vocês dois bem, assim nós podemos ir para casa.
Any ouviu a preocupação em sua voz. Ela também viu a dor nos olhos de Christopher. Sua própria dor estava rapidamente assumindo o comando de todo o resto. Mas ela tinha que dizer algo primeiro.
Levou a mão para tocar o rosto de Christopher.
- Eu amo você. Eu devia ter dito a você antes.
Christopher pegou sua mão e apertou os lábios na palma.
- Eu amo você, também.
Adam passou um braço ao redor Christopher e o afastou. Christopher apoiou-se contra seu irmão. Any olhou até onde o Alfonso estava de pé ao seu lado.
- Ele está bem - perguntou em voz baixa.
- Ele está melhor que você – Alfonso disse secamente. Afastou o cabelo de sua testa. - Você nos assustou, boneca.
Ela não respondeu. Como podia ela dizer que eles não podiam ter ficado mais assustados que ela estivera? Nunca mais estaria tão apavorada em toda sua vida. Ela não queria morrer com tanto remorso. As coisas se tornaram claras naqueles horríveis minutos na neve, quando teve certeza que nunca mais veria Alfonso, Christopher ou Cristian novamente.
- Eu amo você - disse, permitindo que toda a emoção escapasse naquelas três pequenas palavras.
Alfonso curvou-se para encostar a testa na dela.
- Eu amo você, também, boneca. Amo muito. Eu nunca mais quero correr o risco de perdê-la.
Ela fechou os olhos quando ele a beijou suavemente nos lábios.
- Eu estou com dor - ela disse baixinho.
Cristian imediatamente levantou-se.
- Eu chamarei a enfermeira.
Ela sorriu, estremecendo pelo esforço. Sentiu a mão lisa do Alfonso em seu braço e ombro. Ele ternamente empurrou seu cabelo para trás da sua orelha.
- Descanse bastante, bebê. Nós estamos bem aqui. Nós não vamos a qualquer outro lugar.
Any ouviu a enfermeira entrar, sentido a picada da agulha quando aplicou o remédio, e segundos mais tarde, percebeu a consciência escapando.
- Eu amo você - disse inarticulada, vendo o rosto de Alfonso tornar-se desfocado.
- Eu amo você, também, bebê. Descanse agora.


Nos dias seguintes, Any dormiu a maior parte do tempo. Christopher ficou mais torcido e mais torcido até que finalmente as enfermeiras desistiram de tentar mantê-lo na cama. No quarto dia, eles oficialmente o liberaram.
No mesmo dia, Any foi movida para o quarto comum. Alfonso finalmente relaxou. Christopher e Any estavam fora de perigo.
Logo ele teria sua família de volta a casa a qual pertenciam.
Ele se sentou na cadeira ao lado da cama de Any enquanto ela dormia e esticou o pescoço. Esfregou os olhos cansados e perguntou-se quando voltaria a dormir sossegado sem a ameaça do marido de Any.
Do outro lado do quarto, Christopher estava sentado no sofá, escorado em várias almofadas. Seu irmão mais novo não havia descansado o suficiente depois de seu ferimento, Alfonso sabia, mas com falta de espaço para outra cama, Alfonso não sabia como fazer Christopher deitar-se.
Aaron se sentou em uma cadeira próximo a Christopher, o cansaço tocando os olhos. Eles estavam  tão malditamente cansados. Eles queriam a mesma coisa. Ir para casa.
O telefone celular do Alfonso tocou, e ele atendeu de pressa para não acordar Any.
Ele levantou e caminhou para a porta, longe da cama de Any.
- Alfonso falando.
- Alfonso, é Claúdia. É um momento ruim?
- Não, o que está deseja?
Dulce  hesitou por um momento.
- Como estão Christopher e Any?
- Melhores. Eles deram alta para Christopher hoje e removeram Any para um quarto. Ambos precisam descansar muito, mas eles ficarão bem.
- Eh, ótimo, Alfonso. Olhe, eu chamei porque eu pensei que você devia saber que nós achamos o sujeito que atirou em Christopher e tentou matar Any. Ele está morto.
- Droga.
- Sim, eu sei disso. Eu queria o bastardo vivo. Alfonso, você sabe o quanto é difícil acusar Mason Bardwell de qualquer coisa.
- Sim, eu sei - Alfonso rosnou.
- O que você quer que eu faça?
Alfonso suspirou e correu a mão por seu cabelo.
- Não faça nada ainda. Eu preciso conversar com Cal, e também Christopher e Cristian.Nós não podemos fazer nada que possa colocar Any em perigo.
- Eu informarei se descobrir qualquer outra coisa -Claúdia prometeu.
- Obrigado - Alfonso agradeceu antes de desligar o telefone.
Ele virou para ver Any o estudando.
- Eh - caminhou em direção à cama. Curvou-se e a beijou na testa e afastou o cabelo de sua face. - Como você está se sentindo?
Os olhos azuis o olhavam apreensivos.
- Quem era no telefone?
Ele não queria chateá-la, mas ele também não iria mentir.
- Era Claúdia. O homem que machucou você… ele está morto.
Algo selvagem relampejou através de seu rosto.
- Bom. Ele quase matou Christopher - ela soltou.
- Ele quase matou você, bebê.
- Como está Christopher? - ela perguntou.
Alfonso piscou com a mudança abrupta de assunto. Entretanto a exclusiva preocupação de Any quando acordada era o bem-estar de Christopher. Ele sabia que ela ainda estava lidando com o susto de quase o perder. Era um sentimento que lhe era intimamente familiar.
Ele olhou para trás e viu que Cristian e Christopher estavam profundamente adormecidos.
- Ele está descansando.
Any fechou os olhos por um momento então os abriu e aprovou com a cabeça.
- Ele não devia estar fora da cama.
Alfonso se debruçou para beijá-la novamente. Ele não podia tocá-la o suficiente. Ele a beijava a toda hora, aproveitando cada chance que tinha.
- Eu quero ir para casa - ela sussurrou.
- Eu sei que você quer, bebê. Logo. Eu prometo.
Acariciou seu cabelo e sentou na extremidade da cama, cuidando para balançá-la demais.
Ela pareceu se retirar para dentro dela mesma. Algo que ele vinha acontecendo com cada vez freqüência. Ficou preocupou. Ele tinha nenhuma idéia do que ela estava pensando.
Começou a perguntar a ela, mas seus olhos estavam trêmulos, e ela lentamente os fechou. Sentou-se com ela até que ouviu pela respirando bem suava que estava adormecida. Acomodou-se na cadeira para tentar cochilar um pouquinho.


Any olhou fixamente para o teto, seus pensamentos num caos. Alfonso, Cristian e Christopher estavam adormecidos. Eles pareciam desconfortáveis como no inferno, mas ela queira fazer nada para despertá-los.
A culpa pesou uma tonelada em seu peito. Toda vez que fechava os olhos, via Christopher caindo novamente. Seu pior medo tinha sido o perigo que ela estava trazendo para os irmãos. Um medo que agora tinha sido justificado.
Estava na hora de tomar uma atitude para evitar que algo de mal acontecesse com Alfonso, Cristian ou Christopher. Especialmente Christopher. Ela os amava a todos, tanto! A idéia de perder algum deles criava uma dor insuportável em seu coração.
Olhou para Alfonso só alguns pés longe. Seu telefone celular estava deitado na mesa próxima a sua cama. Observou-o fixamente por um momento longo então lentamente pegou o telefone.
Ela sabia que o número de Claúdia  tinha sido o último e que devia estar armazenado. Any devagar abriu o telefone e apertou nos botões para parar no último telefonema recebido. Então ela fez a ligação.
Alguns segundos mais tarde, ouvia a voz filtrada de Claúdia pela linha.
- Claúdia? Aqui é… é Any Bardwell - disse em uma voz mais forte.
Houve uma pausa longa.
- O que eu posso fazer para você, Sra. Bardwell?
Any respirou fundo e verificou para ter certeza que não tinha acordado os homens.
- Eu preciso de você para contatar o advogado de distrito do Município de São Francisco – pediu quase num sussurro.
Outra pausa longa.
- Alfonso sabe que você está me ligando? –Claúdia  perguntou.
- Não, e eu quero manter isto deste modo - Any declarou com firmeza. - Olhe,Claúdia... Eu sei que você não gosta de mim, mas sei que gosta de Alfonso. O que vai fazer se acontecer a ele o mesmo que a Christopher? Eu tenho que fazer o que eu posso o manter seguro. Para manter todos seguros.
- O que você quer que eu diga para o D.A.?
- Diga a ele que eu tenho algumas informações sobre Mason Bardwell que lhe interessariam muito. Diga-lhe onde me achar. Eu não vou discutir por telefone. Tem que ser pessoalmente.
- Você tem certeza que isto é sábio? – Dulce  perguntou.
Se Any não conhecesse os fatos, juraria existia preocupação real  na voz da outra mulher.
- É minha única opção. Eu não posso deixar eles serem mortos por minha causa.
O silêncio desceu entre as duas mulheres. Finalmente Claúdia falou.
- Certo, eu farei o telefonema.
- Obrigado - Any agradeceu suavemente.
Ela fechou o telefone e cuidadosamente o colocou no lugar. Então afundou nos travesseiros, esvaziaram de energia.

Dois dias mais tarde, o D.A. chegou, dois oficiais de patrulha flanqueando-o. Eles caminharam para o quarto de Any, produzindo imediatas reações nos irmãos.
O medo apertou o tórax de Any, apertando-o até obrigá-la a lutar pela respiração. Ela sabia quem ele era e por que estava ali.
- O que diabos está acontecendo? – Alfonso exigiu quando ele entrou no quarto, levantando-se em toda sua altira
Cristian e Christopher também levantaram. A tensão pesada nublou o quarto, tão espessa que poderia ser colhida por uma colher.
- Calma, filho. Meu nome é David Masterson. Eu sou o advogado distrital do Município de São Francisco.
Alfonso cruzou os braços e parado, as pernas separadas, continuou olhando fixa e desafiadoramente para o Delegado.


 



 



 



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Autor(a): mariahsouza

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- Isso não explica por que você está aqui.- Eu pedi para ele vir - Any disse devagar. Todos os olhos viraram para ela. Christopher aproximou-se da cama, pairando protetoramente acima dela. Parecia cômico. O peito e os ombros cheios de bandagens, lembrava uma múmia. - Talvez eu possa ter um momento a sós com a Sra. Bardwell - o Delegado ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 202



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  • alessandrabp Postado em 05/11/2012 - 19:13:37

    Fanfic perfeita, amei. Segunda temporada *-*

  • LuanaFernandes Postado em 08/09/2010 - 18:51:05

    faz a segunda temporada[2]

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:50

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 16/02/2009 - 15:45:42

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

    faz a segunda temporada plis!!!!!

  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:54

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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  • vitoria10 Postado em 15/02/2009 - 18:20:53

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