Fanfic: Um lindo homen Vondy

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Capítulo: 9° Capítulo

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Quando entrou de volta a casa de Christopher, ainda sentia o grito de Pierre lhe perguntando se estava surtada ou algo parecido. Ela havia lhe respondido que estava, mas que agora não tinha tempo de explicar e que amanha, quando a poeira baixasse e outra "estrela" desse um barraco daqueles, eles conversariam com mais calma.

Mirou Christopher que se encontrava na cozinha, ele fazia panquecas e as virava no ar como Dulce jamais havia visto outro homem fazer. Cantarolava uma música baixa, e para o seu total deleite, encontrava-se sem camisa.

Chris - Seu agente é meio afeminado, não?

Dul - Não confio em homens para trabalhar comigo.

 

Christopher calou-se, sim, aquilo havia respondido sua pergunta.

 

Chris - Os últimos gritos foram devido ao casamento?

Dul - Sim, entre tudo, organizar meu casamento era o que Pierre menos esperava.

Christopher virou-se, desligando o fogo, percebendo que ela se calava e voltava a sentar-se no sofá, conferindo sua mala e ligando seu computador.

Chris - Que história vão inventar?

Dul - Nenhuma, não vou dar nenhuma explicação, a verdade é que eu estou cansada de ter um marca passos, eles que tirem as conclusões que quiserem, não me interessa.

Christopher novamente fez uma careta, não, aquela mulher não era Dulce Maria Torredo.

Dul - Certamente amanha nos jornais eu serei a suicida, não sei, pode ser que Pierre não me escute e invente uma história das boas, eu não me importo, não mais...

Dulce sorriu de suas próprias palavras, como uma simples notícia poderia mudar certas formas de se pensar. Se isso estivesse acontecido há 24 horas atrás, certamente ela estaria surtando, ou estaria em uma coletiva contando uma história das boas que iria terminar em um tolo acontecimento sem importância.

Christopher a viu digitar com rapidez e entrar em seu próprio site.

Deu-lhe privacidade, mesmo que tivesse inúmeras perguntas a fazer.

 

Dul - Em Priori, nessa época do ano faz frio, faça uma lista das roupas, acessórios e calçados que precise que eu compre, ou qualquer outra coisa que possa precisar nessas semanas, Pierre comprará com o maior tato, eu lhe garanto.

Chris - Eu tenho roupa de frio, agradeço, e também tenho minhas próprias coisas como, calçados e acessórios...

 

Ela nem ao menos ergueu os olhos para lhe mirar, continuou ali digitando, de certa forma trabalhando com bastante agilidade para os acontecimentos do dia. Notou que ela nem mesmo reparou nas panquecas com mel que havia lhe colocado à frente naquele instante, como se fizesse isso com freqüência ela apenas agradeceu, sem nem mesmo tirar os olhos da tela ou os dedos o teclado.

Desligou o computador depois que alguns minutos, o deixou em cima da mesa, e mirou Christopher que se encontrava sentado ao seu lado a mirando.

 

Dul - O quê?

Chris - Não me conhece...O que a fez pensar que não sou um ladrão? Ou que não vou te roubar, ou que eu não iria roubar seu carro, a trazer até minha casa para abusar de você, ou algo parecido?

Dulce sorriu, e Christopher quase soltou um palavrão, de tudo o que ele esperava dela, aquele maldito sorriso não era nem o último, nem o primeiro da lista.

Dul - Se fosse desse tipo, já teria me roubado não acha?

Chris - E quem lhe garante que não sou um esperto? E que esteja esperando o momento certo para lhe passar a perna.

Dul - Sério? E o que você roubaria? Meu carro? Que seja, eu tenho outros na garagem. Minha carteira? Posso mandar fazer outros cartões e documentos, além de o dinheiro não ser o problema. Agora abusar de mim? - Sorriu novamente, dessa vez com uma pitada de ironia. - Acredito que você já o teria feito, no carro talvez, quando me tirava a roupa com o olhar.

 

Dulce quase gargalhou da careta que ele lhe fez.

Oh sim, ele queria a esganar, e se sentiria estranha se ele não o quisesse.

 

Chris - Você se acha muito boa não é mesmo?

Dul - Me diga você Christopher, se você não se achasse bom, faria o que faz?

 

Ele novamente se calou, e ela deu o assunto por encerrado.

Levantou-se caminhando até o banheiro com sua mala, tão rápido como da outra vez ela vestia um conjunto roxo escuro que consistia em uma saia perfeitamente social e sem nenhuma dobra que lhe chegava até os joelhos, as meias eram novas e não possuía nenhum rasgo, nos pés outros sapatos que deveriam ser tão mais caros do que os outros que vestia, por baixo uma blusa de seda simples e por cima o casaquinho que fazia conjunto com a saia, os cabelos manteve do mesmo jeito e a maquiagem não precisou ser retocada.

Chris - E posso saber aonde você vai?

Dul - A lugar nenhum, apenas estava me arrumando, eu estava completamente indecente.

Chris - Exagerada! Porque não tira esses sapatos altos? Essa maquiagem e solta o cabelo? Está em casa, ninguém irá te ver.

Dul - Em primeiro, não estou em casa e em segundo me sinto bastante à vontade da forma que estou, lhe agradeço.

Christopher lhe sorriu de forma debochada, e só então Dulce reparou em sua postura no sofá. Encontrava-se completamente relaxado, com a cabeça do respaldo do sofá e o corpo quase esticado, os tornozelos cruzados e os pés descalços. Os cabelos haviam secado e nem por isso deixavam de ser sensuais, e os lábios...

Merda, os lábios estavam ainda mais vermelhos, os olhos ainda mais brilhantes conforme ele claramente ria dela. Engoliu a saliva e desejou que a casa fosse mais arejada, fazia um calor completamente insuportável.

Chris - Defina um Marido para você, Dulce. - ela se remexeu inquieta no sofá, passando as mãos nos cabelos em um gesto claramente de preocupação.

Dul - Você sabe o que é um marido...- O viu sorrir de novo, e desejou o encher de socos, o maldito estava jogando com ela!

Chris - Ficaremos no mesmo quarto?

Dul - Naturalmente...

Chris - Dormiremos na mesma cama?

Ela tragou a saliva, respirando fundo.

Dul- Naturalmente...

Chris - E nos beijaremos?

Dul - Quando for necessário.

Chris - Então faremos um ajuste no preço...

Ela o olhou confusa, cruzando as pernas novamente.

Dul - E posso saber o porquê?

Chris - Porque eu não beijo na boca. Garotos de Programa, não beijam na boca.

Dulce o mirou de cima a baixo, perguntando-se, se uma mulher com um corpo daquele sobre o dela, movendo-se contra ela, necessitava de beijos.

O sorriso safado e o olhar tentador que ele lhe lançou, a avisando que sabia exatamente do que ela pensava lhe disse que não, que ele sabia como fazer uma mulher enlouquecer de prazer sem a beijar nos lábios.

Dul - Quanto? - perguntou, passando a língua sobre os próprios lábios, notando como o olhar dele transformava-se a cada instante...Oh Deus, ele estava gostando, estava gostando do que estava fazendo com ela.

Chris - Mais cinco mil.

Dul - Fechado. - Respondeu imediatamente e nem sua resposta o fez perder aquele olhar pervertido. - É melhor que pare de me olhar dessa forma Christopher, eu te garanto que posso acabar com a sua diversão em um milésimo de segundo.

Chris - Ah pode? - ele lhe perguntou em deboche, levantando-se, aproximando-se dela lentamente, causando uma reação em cadeira em todo o corpo de Dulce.

Dul - Posso. - Ele se aproximou tanto que Dulce teve a certeza que a beijaria. Fechou os olhos, ciente de que talvez quisesse o beijo e que...

Chris - Que pena! - ele murmurou, afastando-se dela completamente, voltando-se a sentar no sofá com aquele mesmo olhar, ainda mais revigorado. - Eu estava começando a gostar da idéia! - Dulce abriu os olhos e os mesmos o fuzilaram e sentiu-se arder de raiva quando ele soltou por fim a risada, levantando-se, caminhando-se até o quarto. - Quando vamos? - perguntou em um grito, e Dulce levou a mão sobre o coração, mandando que aquele estúpido músculo parasse de bater daquela forma.

Dul - O mais breve possível. Hoje vou para um Hotel e amanha podemos nos encontrar.

Chis - Hotel?

Ele perguntou, surgindo agora com uma camiseta surrada na cor branca.

Dul - Sim.

Chris - E para quê? Se formos casados durante 3 semanas receio que temos bastante coisa a conversar.

Dulce pensou consigo que naturalmente ele não estava errado.

Sua mãe os encheria de perguntas, de jogos e de pegadinhas, conhecia Blanca como ninguém. E somente aquele fato lhe fez perder o pouco de senso de humor que havia conquistado naquelas horas, naquela humilde e confortável casa.

Dul - Tem razão, pode ir para o Hotel comigo.

Chris - E porque não ficamos aqui? Pode dormir na minha cama.. - Ela arregalou bem os olhos o mirando e o gesto foi tão cômico que Christopher novamente sorriu. - Eu durmo no sofá, esposa inocente.

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